Saúde em Debate
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Published By Scielo

2358-2898, 0103-1104

2021 ◽  
Vol 45 (spe1) ◽  
pp. 212-223
Author(s):  
Carolina Lopes de Lima Reigada ◽  
Denize Ornelas Pereira Salvador de Oliveira ◽  
Ana Paula Borges Carrijo ◽  
Patrícia Sampaio Chueiri ◽  
Julia Horita Moherdaui ◽  
...  
Keyword(s):  

RESUMO Este relato situa-se no campo do protagonismo das mulheres Médicas de Família e Comunidade (mMFC) e em sua articulação nacional por meio do Grupo de Trabalho Mulheres na Medicina de Família e Comunidade (GT-MMF), fundado em 2016 no bojo da Sociedade de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), entidade científica que representa a especialidade no País. Descreve a organização do I Encontro do GT-MMFC, em 2019, intitulado ‘Liderança feminina em saúde’ e discute seus desdobramentos, com foco na equidade de gênero nos domínios: profissional, acadêmico, de gestão, de ensino e pesquisa; assim como na própria instituição, a SBMFC. O artigo se debruça, ainda, sobre questões relacionadas com as causas de mulheres no âmbito da especialidade e da medicina. O evento foi aberto a estudantes e profissionais de outras áreas e ofertou discussões contemporâneas, como: protagonismo feminino; autocuidado; interseccionalidades; maternidade e trabalho; inserção da mulher e diferenças de gênero na política. O Encontro reuniu mulheres de quatro regiões do Brasil, aprofundou as relações e o apoio interpares e permitiu a ampliação das pautas para o fortalecimento da consciência de gênero e sua influência no cotidiano das mMFC, na sua prática acadêmica, científica, assistencial e de gestão.


2021 ◽  
Vol 45 (spe1) ◽  
pp. 124-136
Author(s):  
Adriana Rosa Cruz Santos ◽  
Ruth Silva Torralba Ribeiro ◽  
Silvana Rocco Ferreira

RESUMO Esta escrita é desdobramento de um percurso investigativo comum das autoras a partir da obra da artista brasileira Lygia Clark, especialmente no que tange às interfaces arte-vida, arte-clínica, arte-política, implicadas em suas obras e proposições. Temos a psicologia e a dança como territórios profissionais-existenciais de partida e nos interessamos pelas experiências tecidas em uma trama transdisciplinar. No ano de centenário da artista, 2020, acordamos a memória inscrita no corpo da trajetória de Lygia Clark nos indagando sobre as possíveis contribuições de seu legado na contemporaneidade. Compreendemos que a violência colonial, que insiste nos tempos de agora, incide sobre o corpo, anestesiando sua dimensão sensível e absorvendo sua dimensão criadora, e se estabelece por meio de uma política de desencantamento da vida. O movimento de produção de saúde, que a trajetória de Lygia inspira, faz-nos afirmar seu percurso como possibilidade de ativação da dimensão sensível do corpo e de restauração do sentido de encanto. Por meio da partilha de algumas memórias de experimentações que foram criadas no contágio com a sua obra, desejamos criar sopros que liberem sentidos à aventura do viver e teçam espaços de ativação de uma saúde poética.


2021 ◽  
Vol 45 (spe1) ◽  
pp. 137-153
Author(s):  
Simone Santos Oliveira ◽  
Mary Yale Neves ◽  
Jussara Brito ◽  
Lúcia Rotenberg

RESUMO O artigo visou refletir acerca da produção intelectual da pesquisadora Helena Hirata como importante referência para o campo da saúde coletiva, em especial para a compreensão das relações entre o trabalhar e as dinâmicas que envolvem a saúde. Recorreram-se às suas publicações teórico-acadêmicas e entrevistas concedidas a revistas especializadas, cuja análise foi aprofundada por meio de uma conversa virtual com a pesquisadora. Com suas pesquisas comparativas no Brasil, na França e no Japão, Hirata apresenta as diversidades e semelhanças dos mundos do trabalho, dos processos de globalização e seus efeitos, fortalecendo a discussão sobre a ampliação do conceito de trabalho - para além do trabalho assalariado - e sua centralidade. Seus estudos enriquecem o debate sobre a indissociabilidade entre as relações sociais de sexo/gênero e a divisão sexual do trabalho. A imbricação e a interdependência do conjunto das relações sociais figurarão de forma exemplar em suas análises acerca do trabalho de cuidado, possibilitando a condensação de ideias e conceitos. Dessa forma, a produção intelectual de Hirata, ao afirmar a transversalidade das relações sociais de sexo/gênero, subsidia reflexões sobre a determinação do processo saúde-doença, contribuindo decisivamente para os estudos da relação saúde e trabalho.


2021 ◽  
Vol 45 (spe1) ◽  
pp. 154-167
Author(s):  
Elizabeth Maria Freire de Araújo Lima

RESUMO Considerando que a maioria das terapeutas ocupacionais são mulheres e que a profissão foi pensada, em seu início, como uma profissão feminina, este ensaio recuperou a presença do movimento feminista no solo em que germinou a terapia ocupacional e suas possíveis contribuições para o desenvolvimento da profissão na atualidade. O texto foi construído a partir de um estudo teórico, histórico e crítico, que revisitou as origens da terapia ocupacional enquanto campo de práticas e saberes ligados ao cuidado para apresentar exercícios para uma genealogia da profissão, enfatizando a presença, em seu surgimento, nos Estados Unidos da América, no início do século XX, do ativismo político e do pensamento feminista. Dessa forma, buscou-se problematizar os contornos tradicionalmente impostos à profissão e reativar a dimensão ético-política que marcou fortemente sua emergência, questionando as desigualdades de gênero que a atravessaram ao longo desses pouco mais de 100 anos de existência. A aproximação de epistemologias feministas foi fundamental para a realização desse percurso, que buscou dar visibilidade à potência da terapia ocupacional para escapar às modelagens restritivas da vida e do trabalho no contemporâneo.


2021 ◽  
Vol 45 (spe1) ◽  
pp. 200-211
Author(s):  
Constância Ayres ◽  
Ana Cecília Cuentro ◽  
Marilia Nascimento

RESUMO No início do ano de 2020, foi realizado no Instituto de Pesquisas Aggeu Magalhães (IAM), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco, o projeto ‘Meu verão na Fiocruz’, cujo objetivo era permitir o acesso de meninas de escolas públicas do ensino médio aos laboratórios da instituição, para desenvolver curtos projetos de iniciação científica e, adicionalmente, debater sobre o tema da luta feminista para redução da desigualdade de gênero e raça no campo da ciência. Este artigo é um relato de experiência sobre o projeto. A divulgação do projeto foi realizada em oito escolas pelo Observatório Feminista do Nordeste, a inscrição para seleção foi feita por meio do envio de vídeos de um minuto, e a orientação nas pesquisas foi realizada por pesquisadoras de cinco laboratórios do IAM. No total, foram selecionadas 12 meninas que frequentaram os laboratórios de janeiro a fevereiro de 2020. O projeto culminou com a realização de um evento ocorrido no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Ao final, foram identificados gargalos que dificultam o acesso de jovens de comunidades periféricas aos programas de iniciação científica, e os caminhos que podem ser seguidos para acelerar esse processo na academia, principalmente no campo da saúde.


2021 ◽  
Vol 45 (spe1) ◽  
pp. 232-245
Author(s):  
Maria Andrea Loyola ◽  
Claudia Bonan ◽  
Ivia Maksud

2021 ◽  
Vol 45 (spe1) ◽  
pp. 98-111
Author(s):  
Nara Azevedo ◽  
Antônio Carlos Souza de Abrantes

RESUMO O envolvimento de mulheres com a atividade de patenteamento no Brasil é examinado por meio da análise de patentes concedidas e de pedidos de depósitos de residentes no País, publicados na ‘Revista da Propriedade Industrial’ do Instituto Nacional da Propriedade Industrial durante o período 1996-2017. O estudo contribui para a melhor compreensão da presença de mulheres na produção de conhecimento tecnológico nacional, revelando o crescimento de sua participação, apesar do predomínio do sexo masculino no sistema de patentes brasileiro. Ao examinar essa dimensão pouco estudada da atuação das mulheres como cientistas, busca-se apresentar novos elementos sobre os processos que vêm conformando as desigualdades de gênero na ciência brasileira.


2021 ◽  
Vol 45 (spe1) ◽  
pp. 60-72
Author(s):  
Estela M. L Aquino ◽  
Luisa Maria Diele-Viegas ◽  
Flávia Bulegon Pilecco ◽  
Ana Paula Reis ◽  
Greice Maria de Souza Menezes

RESUMO Apesar do aumento histórico da participação feminina na produção científica brasileira, reconfigurações domésticas e laborais para o controle da Covid-19 podem estar reduzindo a produtividade das mulheres cientistas. A pesquisa GenCovid-Br objetivou traçar um panorama da participação feminina nos artigos sobre Covid-19 das ciências médicas e da saúde, disponibilizados no PubMed, com ao menos um autor de filiação brasileira. Das 1.013 publicações até 14 de agosto de 2020, 6,1% foram escritas exclusivamente por mulheres; 17,2%, exclusivamente por homens; grupos mistos respondem por 31,1% com liderança feminina, e 45,6% com liderança masculina. As mulheres participam mais de artigos com primeira autoria feminina (50,1% vs 35,6% nos liderados por homens). Nos artigos de áreas da Medicina Clínica, em que as mulheres são maioria, ocorre menos participação de autoras, o que também acontece em publicações resultantes de colaborações internacionais. Os presentes resultados indicam a possibilidade de ampliação de desigualdades de gênero prévias durante a pandemia de Covid-19. Novos estudos devem aprofundar a investigação sobre a magnitude e os determinantes desse fenômeno, incluindo análises temporais. As políticas institucionais devem considerar as iniquidades de gênero nas avaliações acadêmicas, prevenindo impactos futuros nas carreiras das mulheres, em particular, das jovens pesquisadoras envolvidas na reprodução social.


2021 ◽  
Vol 45 (spe1) ◽  
pp. 181-199
Author(s):  
Ana Paula Dellbrügger ◽  
Mariel Corrêa de Oliveira ◽  
Camilla Rodrigues Guerra ◽  
Claudia Schramm Scaramussa ◽  
Joice Guerra Zorzi ◽  
...  

RESUMO A pandemia de Covid-19 gerou uma grave ruptura do cotidiano, submetendo as pessoas ao distanciamento e ao isolamento social e exigindo o desempenho de diversos papéis ocupacionais em um só ambiente. Diante disso, 11 mulheres de 2 universidades federais se uniram para fazer ciência e produzir grupos de ajuda e suporte mútuo virtuais para a população de 6 públicos-alvo diferentes. Neste artigo, apresenta-se uma reflexão sobre os caminhos percorridos pelas autoras a partir de aspectos semelhantes e singulares, dificuldades e privilégios identificados que perpassam suas vidas. Recorreu-se à cartografia para desenvolver este texto pela possibilidade de romper a lógica positivista acadêmica e expressar sentimentos e subjetividades. Entendendo tal experiência como irreprodutível pela técnica, construíram-se narrativas a partir da pergunta: “Como a minha história, constituindo-se mulher, afeta a minha participação nesta atividade de pesquisa?”. Depois das leituras, elencaram-se oito categorias de análise e inferiu-se que gênero, raça/etnia e classe podem ser privilégios ou obstáculos a depender da sua expressão: masculino/ feminino, branco/negro, alta/baixa. Para as mulheres, a divisão sexual e a dupla jornada de trabalho, assim como a maternidade, ampliam a desvantagem causada pelo gênero.


2021 ◽  
Vol 45 (spe1) ◽  
pp. 73-82
Author(s):  
Leandro Brambilla Martorell ◽  
Ana Luiza Mustafe Silva ◽  
Cláudio Rodrigues Leles ◽  
Brunno Santos de Freitas Silva ◽  
Cristina Vianna Moreira dos Santos ◽  
...  

ABSTRACT This study aimed to evaluate possible gender differences among the invited speakers of Brazilian dentistry meetings. The selected meetings (n=15) were held in different states distributed among the five Brazilian regions. The conference programs were manually reviewed, and a database was constructed. Data analysis was performed using descriptive statistics, chi-square and Mann-Whitney tests. A total of 1,195 speakers was identified, 19.7% (n= 235) of which were women. The results of this study provide an overview of the trends of gender disparity in dentistry conferences in Brazil. These findings suggest disseminated gender-discriminatory practices in the promotion of women participation as speakers in such events. This requires more effective approaches to promote gender balance among conference organizing committees and encourage greater visibility and promotion of equity and diversity policies in dental professional societies to ensure more equitable conference programs.


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