Advances in Scientific and Applied Accounting
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(FIVE YEARS 1)

Published By Associacao Nacional De Programas De Pos-Graduacao Em Ciencias Contabeis (Anpcont)

1983-8611, 1983-8611

Author(s):  
Ricardo Suave ◽  
Andson Braga de Aguiar

Objetivo: O objetivo geral deste estudo é examinar, inicialmente, a relação entre liderança (transformacional versus transacional) e estilo de pensamento criativo (divergente versus convergente), depois a relação entre estilo de pensamento criativo e desempenho no trabalho e, por fim, se esta última relação depende do uso de incentivos. Método: Utilizou-se de levantamento com gestores de startups, em fase de Scaleup, cadastradas na ABStartups (Associação Brasileira de Startups). A partir das 96 respostas obtidas, os dados foram analisados por meio de modelagem de equações estruturais, pelo método dos mínimos quadrados parciais. Resultados: Conforme as hipóteses, demonstra-se que liderança transformacional (transacional) possui relação positiva com pensamento divergente (convergente). Além disso, ambos os estilos de pensamento criativo possuem relação positiva com desempenho no trabalho. Por fim, o uso de incentivos influencia apenas a relação entre pensamento convergente e desempenho no trabalho, mas não a relação entre pensamento divergente e desempenho no trabalho. Contribuições: As principais implicações práticas desses resultados são que as organizações precisam considerar o estilo de pensamento criativo desejado na definição do perfil de liderança, para que, assim, seus líderes possam estimular os níveis desejados de criatividade. Além disso, o uso de esquemas de incentivo pode ser mais eficiente para motivação do pensamento convergente em processos criativos.


Author(s):  
Tiago Carneiro da Rocha ◽  
Juliana Maria de Araújo ◽  
Antônio Carlos Brunozi Júnior

Objetivo: apesar das ações para a intensificação da governança, da transparência e da accountability, existem ainda tendências de os governantes manipularem resultados fiscais, orçamentários e/ou utilizarem informações políticas e socioeconômicas para direcionarem suas ações em benefício próprio, principalmente visando as suas reconduções ao cargo ou de seus partidos. Com isso, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a interveniência de aspectos orçamentários, políticos e socioeconômicos na reeleição de gestores e na recondução de partidos nos municípios brasileiros. Método: coletaram-se dados dos municípios brasileiros com população acima de 100 mil habitantes para os ciclos eleitorais de 2004, 2008, 2012 e 2016. Os dados foram submetidos a Regressão Logística com dados em painel. Resultados: a probabilidade de reeleição do gestor municipal ou a recondução do seu partido ao cargo é influenciada por fatores relacionados aos eleitores que premiam aqueles prefeitos que realizam mais investimentos municipalmente, melhorando a qualidade de vida populacional, que possibilitam a minimização das desigualdades através da transferência direta de renda e que tenham maiores chances de estabelecimento de cooperação entre as demais esferas de governo por meio do alinhamento partidário. Contribuição: a contribuição teórica é de que a assimetria informacional, as escolhas públicas que envolvem a influência de elementos humanos e institucionais, e a percepção pelo eleitor da justiça social, são fatores em conjunto que explicam a sucessão político-partidária. Como contribuição prática, discorre-se que administradores públicos podem se utilizar do aparato estatal para benefícios próprios – levando a influenciar o voto do eleitor – que não exerce a participação social e/ou não se utiliza das informações públicas e disponíveis para o conhecimento adequado da gestão e governança municipal.


Author(s):  
Gabriel De Amorim ◽  
Nilton César Lima ◽  
Antônio Carlos Brunozi Júnior

Objetivo: Pela tendência dos mercados de ações internacionais sugere-se que empresas que não distribuem dividendos são mais bem avaliadas pelo mercado do que empresas que efetuam uma pequena distribuição de lucros, enquanto as empresas com maiores distribuições de dividendos são melhor avaliadas. Esse cenário na literatura foi descrito como Relação em “Formato J”. De posse desse aspecto de mercado, este estudo objetivou identificar se há a existência do “Formato J” na relação entre dividendos e valor das empresas no mercado de capitais brasileiro. Método: Dividiu-se uma amostra de 3.556 observações de 271 empresas, no período de 1996 a 2018, entre empresas não pagadoras de dividendos (DIV0) e pagadoras de dividendos, sendo essas últimas divididas em cinco grupos classificados de acordo com o dividendo distribuído (DIV1 a DIV5). Realizou-se a análise do formato da relação através das medianas dos grupos e os testes estatísticos para se estabelecer a relação estatística entre o dividendo distribuído e o valor das empresas (q de Tobin). Resultados: Foi constatado que o mercado brasileiro não apresenta o “Formato J”. Dessa forma, as empresas não pagadoras de dividendos apresentaram piores valores do que aquelas que distribuíram dividendos aos acionistas - sendo que apresentaram melhores valorizações as empresas que distribuíram maiores volumes de lucros aos detentores de ações. Adicionalmente, confirmou-se a relevância dos dividendos no valor das empresas no mercado brasileiro. Contribuições: O trabalho avança na discussão de dividendos e valor de empresas no Brasil ao propor uma nova abordagem estatística ao tema, categorizando empresas por suas políticas distintas de distribuições de lucro e evidenciando a clientela pró-dividendos no mercado brasileiro.


Author(s):  
Gabriela Borges Silveira ◽  
Hans Michael Van Bellen ◽  
Alex Mussoi Ribeiro
Keyword(s):  

Objetivo: Esta pesquisa busca analisar os fatores que podem influenciar a presença das grandes firmas de auditoria contábil no mercado de asseguração externa dos Relatórios de Sustentabilidade (RS) no Brasil. Método: A amostra compõe-se de 47 companhias de capital aberto que asseguraram seus RS no período de 2012 a 2018. Os dados foram analisados por meio das técnicas estatísticas Anacor, HOMALS e regressão hierárquico logístico para dados em painel. Resultados: Os resultados apontaram que a prestação conjunta de auditoria contábil e asseguração externa dos RS, bem como o isomorfismo mimético são fatores que afetam positivamente a presença das firmas Big-4 no mercado de asseguração externa dos RS no Brasil, caracterizando a vantagem competitiva dos provedores de contabilidade sobre os demais provedores nesse emergente mercado. Contribuições: Este trabalho traz importantes implicações para profissionais e reguladores da área contábil, pois o reconhecimento das firmas de auditoria contábil no mercado de asseguração externa dos RS deve promover o interesse em desenvolver apoio institucional a essa prática.


Author(s):  
Kelly Cristina Mucio Marques ◽  
José Braz Hercos Junior ◽  
Helio Masaru Figihara

Objetivo: analisar de que forma a alavancagem operacional modera a relação entre investimento corporativo e rentabilidade de empresas listadas na B3. Método: A amostra foi composta por 114 empresas ativas na B3. Para análise dos dados foi usada regressão com dados em painel compreendendo o período de 2008 a 2018. Foram usados modelos estáticos e dinâmicos, com estimação FGLS e PCSE. Resultados: Os resultados principais mostraram que a alavancagem operacional modera a relação entre investimento corporativo e rentabilidade, de forma que quanto maior a alavancagem operacional e maior o investimento, maior a rentabilidade. Contribuições: Fornecer evidências empíricas de que uma maior alavancagem operacional tem o potencial de aumentar a rentabilidade da firma não apenas quando do aumento nas vendas, mas também dependendo do nível de investimento corporativo no período anterior. A implicação é que uma maior alavancagem operacional é vantagem para empresas que apresentam oportunidade de crescimento e não atingiram o ponto de superinvestimentos. Uma explicação econômica para esse efeito foi a variação negativa no investimento (desinvestimento) em seis dos onze períodos analisados e períodos com quedas nas vendas, provavelmente devido às crises política e econômica vivenciadas, o que pode ter contribuído para que a maior AO promovesse o investimento ao invés de inibir, contrariando os achados de Jiao et al. (2019).


Author(s):  
Thaissa De Oliveira ◽  
Duterval Jesuka ◽  
Fernanda Maciel Peixoto ◽  
Catarine Palmieri Pitangui Tizziotti

Objetivo: Este estudo investigou os impactos do índice de sustentabilidade da B3 e da pandemia Covid-19 sobre o valor, o desempenho e o risco de 494 firmas brasileiras listadas, no período de 2010 a 2020. Método: Foi adotado o método de regressão diff-in-diff para observar as variações do desempenho, valor e risco entre as empresas listadas e não listadas no ISE. As variáveis dependentes selecionadas foram: Retorno sobre o Ativo (ROA), Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE), Preço sobre Valor Patrimonial da Ação, Market-to-book, Volatilidade e Beta. Para medir a sustentabilidade, adotou-se o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da B3 e considerou-se o efeito da pandemia Covid-19 em 2020. Resultados: Os principais resultados apontam que a adesão ao índice de sustentabilidade empresarial reduz significativamente o ROA, o ROE, o Preço sobre Valor Patrimonial da Ação, o Market-to-Book, o Beta e a Volatilidade das empresas brasileiras. Não foi encontrada diferença significativa na variação do desempenho, valor e risco entre as firmas listadas no ISE e as suas contrapartes.  As evidências mostram que no ano de 2020 houve redução no valor, no desempenho contábil e na volatilidade das empresas brasileiras, influenciadas pelo surgimento e expansão da Covid-19. Contribuições: Este estudo trouxe evidências de que as práticas sustentáveis de empresas participantes do ISE podem influenciar positivamente o valor de mercado e reduzir a percepção de risco do investidor. Além disso, o estudo inovou ao mostrar as implicações da Covid-19 sobre o valor, o desempenho e o risco das empresas brasileiras.


Author(s):  
Vagner Antônio Marques ◽  
Bethânia Mara Lima Família Costa ◽  
Mariana Borges Lopes ◽  
Sarah Waichert Ramos

Objetivo: O objetivo do presente estudo foi analisar a existência do Paradoxo de Bowman (PB) no contexto das empresas brasileiras listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3). Método: O estudo descritivo, com utilização de dados secundários e com abordagem quantitativa, analisou dados trimestrais, do período de 2008-2018, de 292 empresas listadas na B3 e um total de 9.387 observações firmas/ano. Resultados: As evidências reforçaram a hipótese de associação positiva entre o risco e o retorno, tanto para proxies de mercado quanto para dados contábeis. Entretanto, verificou-se que incertezas econômicas e/ou normativas podem prejudicar a preditividade dos retornos, resultando em uma relação espúria negativa entre o risco e o retorno. Implicações/Contribuições: Os resultados reforçam os pressupostos da moderna teoria de finanças, em especial a ideia de associação positiva entre o risco e o retorno. Contribui para o debate na gestão de carteira de investimentos no contexto brasileiro, utilizando-se, inclusive, de dados contábeis. As evidências têm implicações para os investidores, em especial, os não institucionais e outros agentes econômicos que buscam compreender as variáveis relevantes na tomada de decisão em investimentos de risco.


Author(s):  
Thayla Machado Guimarães Iglesias ◽  
Thayse Machado Guimarães ◽  
Vinícius Silva Pereira ◽  
Antônio Sérgio Torres Penedo
Keyword(s):  

Objetivo: Este estudo tem como objetivo compreender como os fatores macroeconômicos e as características das firmas impactam na definição da estrutura de capital das empresas brasileiras, tendo em vista o contexto regional. Método: O estudo envolveu 426 empresas brasileiras, não financeiras, listadas na B3 durante o período de 2007 a 2017. Na perspectiva interna, foram utilizadas as variáveis liquidez, ROE, tangibilidade e tamanho, enquanto, na abordagem externa, as variáveis PIB, inflação e a identificação dos períodos de crise, representados pelos anos 2008 e 2015. Resultados: Os resultados evidenciaram que a maioria das organizações está situada nas regiões sudeste e sul (86%), sendo o controle pelas regiões um fator importante na tomada de decisão a respeito do financiamento das empresas. Além disso, foi corroborada a teoria Pecking Order, no que tange às características das firmas, uma vez que as empresas tendem a priorizar a utilização de recursos internos ao de terceiros, especialmente em momentos de recessão econômica, quando há maior impacto nos lucros empresariais. No entanto, não foi ratificada a teoria Market Timing, o que sugere que as empresas não tendem a observar as janelas de oportunidade para a emissão dos títulos. Contribuições: É relevante investigar como as decisões de financiamento das empresas são impactadas por questões que vão além das características das firmas, isto é, como elas sofrem a influência do ambiente no qual estão inseridas, sobretudo no que tange aos fatores macroeconômicos e ao contexto regional. Desse modo, entende-se que esta pesquisa avança na literatura não só por abranger os fatores externos, mas também por considerar as diferenças regionais do Brasil.


Author(s):  
Fabio Renato Leite Colares ◽  
Fernando Caio Galdi
Keyword(s):  

Objetivo: O objetivo desta pesquisa é investigar a performance de analistas buy-side e sell-side brasileiros na previsão de preços-alvo. Este trabalho investigou a existência de viés, acurácia e nível de atingimento dos preços-alvo. Método: O método utilizado para investigar a performance foi o de testes de médias. Utilizamos regressões a fim de encontrar elementos que explicassem as diferenças na previsão dos preços-alvos. A amostra foi composta por empresas brasileiras acompanhadas por tais analistas durante os anos de 2013 a 2018, preços-alvo estipulados por analistas buy-side de um investidor institucional brasileiro e do consenso de mercado dos analistas sell-side extraídos da Bloomberg. Resultados: Os resultados indicaram a existência de viés mais otimista por parte dos analistas buy-side em todos os testes. Quando utilizadas todas as empresas da amostra, verificou-se melhor acuracidade e melhor nível de atingimento dos preços-alvo pelos analistas sell-side. Quando utilizada apenas empresas emissoras de ADR, não houve diferença na acurácia e no nível de atingimento dos preços-alvo, e o viés otimista se reduziu para os dois grupos de analistas. Contribuições: Este trabalho contribui com a literatura ao apontar que as divergências no desempenho dos analistas buy-side e sell-side se revelam evidentes para as empresas com menor e menos rígida cobertura de analistas; confirma que o fraco ambiente institucional contribui para uma precificação (preços-alvo) de menor precisão; e avança na qualidade da amostra em relação a outras trabalhos, ao utilizar as mesmas empresas e o mesmo objeto de estudo (preço-alvo). Este artigo aponta como direção para novas pesquisas a investigação de diferença de preços-alvo em empresas com pouca cobertura de analistas, menor valor de mercado e menor volume de negociação.


Author(s):  
Éverton Galhoti Coelho ◽  
Romualdo Douglas Colauto
Keyword(s):  

Objetivo: O estudo analisa o efeito moderador da concentração de investidores institucionais na relação entre surpresa nos lucros e retornos anormais em companhias brasileiras de capital aberto. Método: Os dados foram coletados no banco de dados da Thomson Reuters®. O investidor institucional é tratado nessa pesquisa como um acionista que detém ações ordinárias e atua com ativos sob gestão (Assets Under Management - AUM). A surpresa nos lucros foi computada pela diferença entre o lucro divulgado pela companhia e o estimado pelo consenso dos analistas. Os retornos anormais foram calculados pelo método de Estudo de Eventos. As análises foram pautadas em regressões multivariadas com estrutura de painel. Foram investigadas 118 companhias listadas na B3 durante o período de 2010 a 2018, totalizando 2.264 observações. Resultados: Os resultados confirmaram que a surpresa positiva de lucro é capaz de gerar retornos anormais positivos após a divulgação dos resultados contábeis trimestrais. No entanto, o efeito moderador da concentração de investidores institucionais sobre a relação surpresa-retorno foi inconclusivo, pois não foram encontradas evidencias estatísticas de que a concentração dos investidores institucionais possa alterar a direção ou a força que a surpresa positiva dos lucros causa nos retornos anormais. Contribuições: O estudo contribui para o entendimento do papel dos investidores institucionais no mercado de capitais ao analisar se a sofisticação financeira atribuída a estes investidores é suficiente para diminuir as anomalias no preço das ações provocadas pelas surpresas nos lucros.


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