Páginas de Filosofia
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Published By Instituto Metodista De Ensino Superior

2175-7747

2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 1-3
Author(s):  
José PAscoal Mantovani

A Revista Páginas de Filosofia deste semestre tem como objetivo apresentar pesquisas referente a Filosofia Antiga. Refletir sobre os elementos epistêmicos da antiguidade é esforço significativo para compreender os desdobramentos da construção filosófica do período moderno e contemporâneo.


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 147-164
Author(s):  
João Batista Cichero Sieczkowski

ResumoPor volta de 1975 a filosofia da ciência foi assombrada pela publicação do irreverente livro de P.K. Feyerabend “Contra o Método” (“Against Method”) que ousava defender a tese de que a ciência não progredia amarrada por uma metodologia determinada e nem mesmo era uma atividade humana racional como positivistas e falseacionistas entendiam. O objetivo deste artigo é mostrar quais são as teses de Feyerabend que abalaram a maneira de pensar dos epistemólogos das ciências. Para isso confrontamos as teses de Feyerabend com os positivistas, falseacionistas e com o relativismo pragmático de T. Kuhn. O resultado foi um mergulho no ceticismo. Do dogmatismo de positivistas e falseacionistas para o relativismo de Kuhn e acabando no ceticismo de Feyerabend em respeito a atividade científica.


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 69-107
Author(s):  
Thais Conconi Silva
Keyword(s):  

Neste artigo buscamos contextualizar o cinema como forma de estudo da história e fonte de conhecimento. Uma vez que esta linguagem pode condensar diversas visões acerca de um fenômeno, ela se apresentará como meio para o desenvolvimento de uma postura crítica e reflexiva sobre a relação cinema e história, bem como os objetos que permeiam este discurso. Analisaremos o filme Sócrates (1972) da coleção Os Filósofos, dirigida por Roberto Rossellini, buscando, através do olhar cinematográfico, reconstruir a história do filósofo e a evolução de seus pensamentos, numa perspectiva filosófica. Rossellini focaliza o caminho de Sócrates até a sua morte por cicuta, ilustrando a fidelidade do filósofo à sua própria consciência. É mostrado com certo rigor histórico conflitos e guerras, as nuances do politeísmo grego, o espírito questionador da filosofia antiga e o julgamento de Sócrates perante a Assembleia. O artigo analisa, de forma intertextual, as principais obras de Sócrates e aquelas que seus discípulos escreveram sobre ele como a Defesa de Sócrates, por Platão e os Ditos e feitos memoráveis de Sócrates, por Xenofonte. Incluímos, também, observações advindas de artigos científicos que versam sobre as experiências do filósofo e reflexões filosóficas realizadas por este. A análise fílmica foi feita com base nas transcrições de diálogos, imagens, luz e banda sonora, refletindo sobre conceitos de filosofia e religião presentes na obra. Pretendemos mostrar que o uso do cinema explorado criticamente de forma ampliada, ou seja, através dos símbolos e signos que estruturam uma base de valores estéticos e éticos em algum contexto temático e cultural, pode potencializar a construção de novos saberes e reflexões.


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 131-145
Author(s):  
Rodrigo Fernando Gallo

O objetivo deste artigo é discutir a relevância da leitura dos autores clássicos da filosofia política para a compreensão do desenvolvimento do campo da Ciência Política no Ocidente. A hipótese levantada por este estudo é que autores como Maquiavel, Hobbes e Locke, dentre outros, não devem ser lidos exclusivamente dentro de seus contextos, pois, se interpretados a partir da longa duração, podemos perceber que esses filósofos são fundamentais para a fundação e para a consolidação de correntes políticas complexas, ainda que de um modo não sistematizado - e tal esforço intelectual deixa um legado para a política contemporânea e para áreas correlacionadas, como Políticas Públicas e Relações Internacionais.


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 19-34
Author(s):  
Fabíola Menezes Araújo ◽  
Raíssa Ximenes

O que Aspásia, hetaira de Péricles, o maior Arcontes de todos os tempos, referida como professora de Sócrates no Menexeno, tem a nos ensinar acerca do nascimento da filosofia e acerca do modo de produção dos diálogos platônicos? Aqui tentamos nos aproximar da solução desta questão tanto a partir das poucas pistas deixadas por esta personagem histórica quanto a partir do Menexemo, diálogo em que Aspásia surge como a pensadora que nomeia a mãe-terra como nutris de todos. Discute-se assim a possível função cívica de Aspásia no advento da chamada Era de Ouro de Péricles, e a pertinência da noção de mãe-terra para unir gregos e estrangeiros em uma época de stasis,  conflito na Magna Grécia.


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 35-57
Author(s):  
Camila Souza Lima

O presente trabalho tem como objetivo fazer uma exposição da figura do demiurgo em Platão, especialmente através do diálogo Timeu. O demiurgo constitui papel central de atuação no processo de fabricação do cosmos, trata-se de uma inteligência ordenadora da matéria disforme em um mundo de ordem e beleza. Delimitamos a interpretação da narrativa levando exclusivamente em consideração aqueles intérpretes da leitura não-literal do texto. Também levamos em consideração, através de simplificada explicação, a base ontológica e epistemológica em que Platão alicerçou a função demiúrgica. E então, fazemos a exposição das características e elementos do demiurgo em si, como causa do mundo e sua atuação, e também a importância dada ao aspecto do demiurgo enquanto inteligência. Compreendemos que Platão valeu-se de uma metáfora artesanal, miticamente simbolizada pelo deus-artesão, para a explicação da atuação de uma inteligência (noûs) ordenadora do cosmos. 


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 183-200
Author(s):  
Tom Menezes Pedrosa
Keyword(s):  

Este artigo pretende explorar a questão da autoafirmação da subjetividade das mulheres por meio da transcendência, conceito central na obra O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir. Neste sentido, far-se-á um minucioso estudo da utilização do conceito de transcendência, sob a ótica existencialista, porém seguindo o enfoque feminista dado por Beauvoir, a fim de reconstruir a condição de opressão da mulher e os meios de superá-la. Dar-se-á ênfase não apenas às questões da má-fé e da cumplicidade, como também da situação, que é ponderada por Beauvoir. Serão identificados e esmiuçados, ainda, aspectos importantes das teorias da autora sobre o conceito em tela: a importância de uma ação feminina em conjunto, além da fraternidade entre homem e mulher, a fim de que os projetos de um possam incorporar os projetos do outro. 


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 5-17
Author(s):  
Maurício Alves Bezerra Junior

Existe uma ambivalência quando o tema são os Sofistas. A primeira visão é a que foi estabelecida por Platão, que fora depreciativa dos Sofistas, uma vez que o ateniense os coloca como algozes de Sócrates, o filósofo por excelência. Essa visão foi imperante durante quase toda a história da filosofia. Entretanto, desde Hegel, há estudiosos que procuram novo olhar sobre os Sofistas. Diante disto, é interesse deste artigo lançar esse segundo olhar sobre os Sofistas, utilizando como base um dos maiores expoentes, Górgias. Mostraremos que os sofistas tinham uma teoria do conhecimento prática e antropológica, utilizando a Persuasão para fazer uma psicagogia que conduzia os interlocutores. Mostraremos também, utilizando a obra de Platão, quais caminhos uma retórica deve traçar para lograr êxito, de acordo com Górgias.


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 109-120
Author(s):  
Cleiton Lopes Rodrigues

A teoria hipocrática dos quatro humores, presente na obra Da Natureza do Homem, constitui o corpo humano a partir de quatro fluidos: sangue, fleuma, bile amarela e bile negra. De acordo com o tratado, a saúde seria mantida por um equilíbrio entre esses quatro humores. Alguns intérpretes afirmam que esses humores influenciam os temperamentos, concluindo assim, que determinadas representações mentais correspondem a elementos físicos. O presente artigo visa percorrer um trajeto histórico-filosófico das interpretações em torno da teoria humoral hipocrática, de modo a compreender como se deu o seu desenvolvimento para uma teoria temperamental.


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 121-129
Author(s):  
Ana Beatriz Gobbo De Brito Sousa

Na obra Confissões, Agostinho de Hipona apresenta um impasse quanto à veracidade de seu conhecimento a respeito de si e de Deus e suas palavras. O autor argumenta que, ao direcionar-se a Deus, sua fala não pode ser indevida, sendo preferível se calar do que falar algo incoerente. Como resposta a este impasse, ele recorre à primazia da interioridade, reconhecendo em Deus a única fonte reveladora de um conhecimento verdadeiro e o mestre interior capaz de guiá-lo a uma linguagem verdadeira.O presente trabalho busca, a partir das aporias levantadas no início dos livros I e X das Confissões, meditar sobre o caminho percorrido por Agostinho para buscar uma fala que seja verdadeira a respeito de Deus tendo a ciência de que seu conhecimento e sua linguagem são mediados, insuficientes, porém, mesmo assim são necessários. Para tanto, esta pesquisa se apoiou nas contribuições de Madureira (2017), Bermon (2019), Mammi (2000) e suas considerações à obra presentes no prefácio à edição brasileira (2017).


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