giorgio agamben
Recently Published Documents


TOTAL DOCUMENTS

1252
(FIVE YEARS 506)

H-INDEX

17
(FIVE YEARS 2)

2021 ◽  
Vol 41 (65) ◽  
pp. 181
Author(s):  
Valentina Figuera Martínez

Resumo: Este artigo discute alguns dos vestígios da tradição na literatura contemporânea, partindo das considerações de Giorgio Agamben (2009), bem como da influência de estilos,  reminiscências de escritores do cânone e da multiplicidade de experiências que se manifestam na produção do texto literário contemporâneo (CALVINO, 2002), procurando observar as incidências de obras canônicas, referencialidades intertextuais e autores convocados em A vida inútil de José Homem (2013), de Marlene Ferraz. Pretende-se mostrar a presença e o sentido da tradição no romance, a construção de códigos renovados com uma visão pluralista e multifacetada do mundo e a harmonia textual entre a história contada e os escritores convocados que busca propor um novo referente estético para olhar a contemporaneidade.Palavras-chave: tradição; romance português contemporâneo; Marlene Ferraz.Abstract: This article discusses traces of the past in contemporary literature, considering the work of Giorgio Agamben (2009) and Ítalo Calvino (2002), to present the influence of styles, vestiges of canonical writers and the multiplicity of experiences in contemporary literature, showing the incidence of canonical works, intertextual references and authors used in Marlene Ferraz’s A vida inútil de José Homem (2013). The importance and sense of the tradition in the novel, the construction of renewed codes with a plural and multifaceted world vision, as well as a textual harmony among the story told and the writers evoked to propose new esthetic references will be discussed as a means to analyze contemporary issues. Keywords: tradition; contemporary Portuguese novel; Marlene Ferraz.


2021 ◽  
Vol 9 (18) ◽  
pp. 188-207
Author(s):  
Gilmar Antonio Bedin ◽  
Laura Mallmann Marcht ◽  
Aline Michele Pedron Leves

A soberania é um dos elementos essenciais para a constituição do Estado moderno. Nesta condição, representa as exigências efetivas de governabilidade do domínio interno e da independência externa. Portanto, a soberania é uma das condições fundamentais para o reconhecimento desta grande estrutura organizada e centralizada que se constitui como uma unidade política independente. Desse modo, a soberania atribui ao Estado um poder extraordinário. Isto tanto para produzir um processo de autonomia quanto para gerar submissão e obediência. Então, o presente texto se preocupa em analisar, a partir das contribuições teóricas de Michel Foucault, Giorgio Agamben e Achille Mbembe, como a produção do domínio interno pelo Estado pode produzir a destruição dos direitos humanos. A análise parte do exame do conceito de biopolítica, perpassa pelo conceito de campo e de homo sacer e alcança da ideia de necropolítica. A convergência destes conceitos ajuda na compreensão do fenômeno político moderno e dos riscos de serem adotadas políticas perversas, como as que definem, a partir dos lugares do poder, de quem deve viver e de quem deve morrer. O resultado é denúncia da instrumentalização da soberania e da possibilidade da emergência de políticas de destruição de corpos humanos e de grupos humanos específicos. Assim, a contribuição dos autores é uma lição muito importante e que deve ser vista como um alerta para o presente e para o futuro da humanidade. À vista disso, o método utilizado na pesquisa foi o compreensivo e a técnica de pesquisa utilizada foi a bibliográfica.


Travessias ◽  
2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 154-168
Author(s):  
Kleber Kurowsky

Estudando o narrador do conto “O Gargalhada” de J. D. Salinger (2019), este artigo busca analisar a maneira com que as contradições na narrativa permitem ao leitor entrever falhas na memória de quem está narrando, indicando um desejo implícito de estruturar um passado desconhecido através do ato narrativo. Isso será pensado em relação à linguagem literária, observando as instâncias em que o discurso memorialístico e o discurso narrativo se sobrepõem, viabilizando possibilidades únicas de representar não apenas as memórias em si, mas também a maneira com que o narrador tem acesso a essas memórias e quais leituras são construídas a partir disso. O artigo se organiza a partir de uma introdução, em que a obra de Salinger é contextualizada, uma discussão teórica dividida em duas categorias principais – a relação entre memória e literatura, concentrada em Henri Bergson (1999) e Giorgio Agamben (2014); estudos prévios sobre os narradores de Salinger, partindo de André Ferreira Gomes dos Santos (2013) e Adolfo Jose de Souza Frota (2008) – e uma análise em que os pontos que pretendemos estudar serão apresentados conforme eles se manifestam na narrativa, seguindo uma abordagem linear da obra. Essas linhas teóricas, somadas à abordagem adotada, nos levaram à interpretação de que existe uma dupla negação por parte do narrador da obra, as quais se manifestam tanto de maneira temática e expressa, quanto de forma estrutural, operando como princípio organizador dos eventos da narrativa.


2021 ◽  
Vol 7 (2) ◽  
pp. 99-115
Author(s):  
Hatice Karaman ◽  

In the preface to the English edition of The World Republic of Letters, Pascale Casanova focuses on the existence of a literary world/universe, which maintains a relative autonomy from the world and its political disparities and restrictions. This suggested ideal of a literary space is an attempt to posit world literature as an alternative chronotope in which literary production can survive and multiply transnationally. My paper will offer a reconsideration of this global literary space, read via a philosophical perspective, shaped by the famous discussion of the common and community as conducted by Giorgio Agamben, Maurice Blanchot, Georges Bataille, among others. Within the above theoretical frame, my attempt will be to reread Casanova’s contribution to World Literature as a desired community of literature(s), formed by the coming together of qualunque singularities which co-exist and co-belong without “any representable condition of belonging” (Agamben). Furthermore, the idea of qualunque (whatever) will constitute the starting point for the ethico-political reconsideration and reconceptualisation of the global literary space offered by Casanova, not only without borders but also without hierarchies.


Organon ◽  
2021 ◽  
Vol 36 (72) ◽  
pp. 66-79
Author(s):  
Paula Cristina Gomes Do Amparo ◽  
Gabriel Martins Da Silva

A escritora Clarice Lispector reservou, ao longo da sua obra, um espaço privilegiado para o encontro entre humanos e animais, através de trocas de olhares que desestabilizam a hierarquia ontológica entre os seres. Em uma argumentação interessada no papel do olhar durante o encontro com a diferença animal, analisaremos os contos “O búfalo”, de Laços de Família (1960), e “Tentação”, de A legião estrangeira (1964), em diálogo com os trabalhos de Giorgio Agamben e John Berger sobre o lugar social do zoológico como dispositivo de separação, controle e catalogação do que é dado como natureza e cultura.


2021 ◽  
Vol 32 (63) ◽  
pp. 209-229
Author(s):  
Hiandro Bastos da Silva ◽  
Lauro Roberto Do Carmo Figueira

O presente estudo visa dar enfoque aos corpos invisíveis à ordem jurídica na escrita de Julio Cortázar a partir da leitura do conto Carta a uma senhorita em Paris (1951). Com base nas discussões de Giorgio Agamben acerca do homo sacer – figura do direito romano arcaico insacrificável e, ao mesmo tempo, matável –, procura-se analisar na narrativa de Cortázar o modo como o não humano, assim classificado pela “máquina antropológica” (AGAMBEN, 2007, p. 51), adentra na esfera da matabilidade. Dessa forma, o homem recai no mesmo grau de vulnerabilidade do animal, desmantelando as fronteiras éticas existentes entre ambos, atestadas por Jacques Derrida (2002). Por consequência, compreende-se, com Gabriel Giorgi (2016), que a vida reconhecida como humana se torna cada vez mais difícil de aferir na atualidade. Assim, além de se averiguar na narrativa do prosador Cortázar as políticas do contemporâneo atravessarem o corpo e a subjetividade do protagonista, subtraindo o seu valor, evidencia-se o animal demarcando o limiar desta realidade de exceção, onde a vida se faz matável.


2021 ◽  
Vol 63 ◽  
Author(s):  
Yael Valentina Yona

En este artículo abordo la serie televisiva The Handmaid’s Tale —creada por Bruce Miller y basada en la novela de Margaret Atwood— a fin de mostrar su potencia crítica de las narrativas del progreso para advertir la fragilidad de nuestras democracias y —como sostiene Giorgio Agamben— su contigüidad con los totalitarismos. Empero, asimismo examino la forma en que la tercera temporada pareciera aplacar las mencionadas críticas a través del desarrollo de lo que Fredric Jameson denomina nostalgia del presente. Igualmente, siguiendo a Mariela Solana, investigo de qué sentidos políticos se cargan la esperanza y la nostalgia en tanto afectos cuyos significados no es posible establecer a priori. Finalmente, sostengo que en la serie existe una convivencia extraña y perversa de dos modos de entender la nostalgia que hacen estallar la dicotomía entre deseos que —según Sara Ahmed— nos redireccionan hacia formas sociales donde ya se han depositado las esperanzas y deseos de cambio radical.


Author(s):  
Petra Báder

El objetivo del presente estudio es presentar cómo se cuestiona el concepto de lo humano en dos obras representativas de la literatura hispanoamericana contemporánea: El Rey de la Habana, de Pedro Juan Gutiérrez, y Plop, de Rafael Pinedo. Si bien el punto de partida de este artículo es literario, el acercamiento a las novelas será interdisciplinario, ya que la crítica literaria se combinará con el análisis cultural y estético. Se manejará un fondo teórico variado que comprende trabajos de Giorgio Agamben, Gilles Deleuze y Félix Guattari, Gabriel Giorgi y Georges Bataille. Tras una introducción donde se presenta la diferenciación entre ‘lo humano’ y ‘lo no-humano’, se indagarán las diferentes ‘zonas de indeterminación’ (Giorgi 2012, 2014) donde ‘lo animal’ se entremete en ‘lo humano’, entre ellas, lo escatológico, lo corporal y la sexualidad. Todo esto para demostrar cómo las dos obras en cuestión subvierten, con un gesto crítico, las fronteras de la cultura humana. Uno de los propósitos fundamentales de este artículo es estudiar el papel que desempeñan, por un lado, la deshumanización y animalización del cuerpo y subjetividad humanos y, por el otro, la obscenidad y la vulgaridad en tanto discursos contraculturales en el cuestionamiento de lo humano, que hasta se manifiesta en la corrupción del lenguaje (literario).


Author(s):  
C. V. Fokin

The article is devoted to the discussion about what the concept of biopower, developed within the framework of the postmodern critical theory, means in the context of the modern world, both in general theoretical and empirical sense. According to the author’s conclusion, although this concept remains significant for Political Science, it is largely outdated and could turn into a scientific zombie idea. Giorgio Agamben, one of the classics of Political Philosophy, who denied the danger of the COVID-19 pandemic on the basis of the methodology of biopolitics, is case in point. Another evidence comes from the fact that researchers from different countries, including Russia, increasingly look for new approaches and tools of the biopolitical analysis, and try to saturate the concept with new ideas and data. This article proposes three ways how to make biopolitical research more relevant today. One way is to rethink the normative/moral foundations of biopower, to reject an implicitly negative assessment of the concept. Another way is to expand the historical framework, to pay greater attention to historical cases that allow us to trace different stages of the evolution of biopolitical patterns, to focus on the analysis of specific manifestations of biopower in concrete situations. The third way is to move towards the synthesis of critical biopolitics and evolutionary biopolitics, which draws data from the natural sciences. According to the author, these efforts together will make it possible to move from the unidirectional asymmetric link “the political influences the bio logical” to a more complex scheme of mutual reflective influence of the political and the biological.


2021 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 338-358
Author(s):  
Igor Corrêa de Barros

O presente artigo tem por objetivo apresentar a relação entre biopolítica e nazismo à luz da obra de Michel Foucault e Giorgio Agamben. Para Foucault, o nazismo utilizou-se do racismo de Estado para proteger uma raça e legitimar a morte daqueles que representavam uma espécie de perigo biológico. Seguindo a mesma via, Agamben nos convida a refletir sobre os campos de concentração não como um fato histórico superado, mas como uma estrutura de poder que vem sendo cada vez mais utilizada nas democracias contemporâneas, marcada pela vigência do estado de exceção e produção da vida nua.Palavras-chave: Foucault.Agamben.Biopolítica. Campo. AbstractThis article aims to present the relationship between biopolitics and Nazism in the light of the work of Michel Foucault and Giorgio Agamben. According to Foucault, Nazism used state racism to protect a race and legitimize the death of those who represented a kind of biological danger. Following the same path, Agamben invites us to reflect on the concentration camps not as an outdated historical fact, but as a power structure which has been increasingly used in contemporary democracies, marked by the validity of the state of exception and production of bare life.Keywords: Foucault. Agamben. Biopolitics. Field. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1386-955X


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document