simone de beauvoir
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H-INDEX

15
(FIVE YEARS 1)

2022 ◽  
Vol 3 (7) ◽  
pp. 47-67
Author(s):  
ELIANE DOLENS ALMEIDA GARCIA GARCIA

Este artigo reflete a discussão sobre o feminismo ao longo tempo. A luta das mulheres por participação, voz, equidade e respeito na sociedade existente há séculos, desde as “bruxas” perseguidas na idade média até as lutas travadas nas ruas para conquistar o direito ao voto. Concordamos com a filósofa francesa existencialista Simone de Beauvoir (1949), “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. Logo, condicionar o ser mulher ao simples fato de ter nascido do gênero feminino resume sua imagem a uma condição de sexo frágil ou segundo sexo, fadada a executar tarefas enfadonhas, reprodutivas e sem remuneração. Para Judith Butler (2010) o ser humano não tem a sua essência ou identidade definida ao nascer, pois primeiro existimos e a partir de nossa orientação sexual é que definimos a nossa essência. Considerando que o homem é um ser social e que se constrói a partir da socialização e das interações, como as mulheres poderiam se constituir como figuras ativas na sociedade, já que o seu papel se limitou por séculos, a ser desempenhado no seio da família e de forma invisível, delineando a falta de equidade e igualdade de participação na sociedade? Já na década de 20, um século atrás, a revolucionária russa Alexandra Kollontai (2011) abordava a importância de alternativas públicas, como restaurantes e lavanderias para que a mulher pudesse se libertar dos trabalhos domésticos, ao mesmo tempo que defendia a importância de se estabelecer uniões entre pessoas livres. Discutir o feminismo igualitário é dialogar com uma realidade insurgente e plural onde grande parte das mulheres encontram-se inseridas e atuando num cenário de desigualdade, violência, fome e desemprego ainda mais agravado pela pandemia ocasionada pelo Novo Corona vírus, que teve início no final de 2019 e ainda assola países no mundo inteiro. Enquanto base da construção teórica, serão tomados como referência ativistas e filósofos como Flora Tristan (1838), Mary Wollstonecraft (1971), Neuma Aguiar (1984), Mikhail M. Bakhtin (2014) Olimpe Gouges (2017), Chimamanda Ngozi Adichie (2017) e Emma Watson (2017), bem como outros que versam sobre este tema e impulsionam um sentimento de sororidade na condução da transformação das estruturas sociais.


2021 ◽  
Vol 5 (2) ◽  
pp. 143
Author(s):  
Allen Pranata Putra ◽  
Erwan Aristyanto

<p align="center"> </p><p><em>This article discusses the women's movement to sustain its existentialism in the COVID-19 pandemic by moving and taking high risks to become female online drivers. Based on research conducted by Simone De Beauvoir, who analyzed the film "The Second Sex" using existentialist feminism theory, women are often used as objects and men as subjects because of the man's masculinity and biological circumstances that are considered to support inter-subjective in men. The contribution of this research is the use of existentialist feminism as an anti-thesis of male masculinity by applying it to the empirical conditions of women. The study used feminist ethnographic methods that combine ethnographic interviews and participant observations. The focus of this study lies on the class struggle of women to maintain their existentialism despite having to take high job risks and the risk of contracting the COVID-19 virus due to high mobility. This research data analysis technique uses data reduction, data display, and data triangulation. The results showed that women worked as online drivers to become subjects for themselves and act as breadwinners and housewives in the conditions of the COVID-19 pandemic. Women's struggles in the COVID-19 pandemic undermine the social stigma of society that often makes them objects.</em></p><p>Artikel ini membahas tentang gerakan kaum perempuan untuk mempertahankan eksistensialnya di masa pandemi COVID-19 dengan bergerak dan mengambil resiko tinggi untuk menjadi driver online perempuan. Berdasarkan penelitian yang dilakukan oleh Simone De Beauvoir yang menganalisis film <em>“The Second Sex”</em>menggunakan teori feminisme eksistensialis, perempuan seringkali dijadikan sebagai objek dan laki-laki sebagai subjek karena maskunilitas dari seorang laki-laki dan keadaan biologis yang dianggap mendukung adanya inter-sebujektif pada laki-laki. Kontribusi penelitian ini adalah penggunakan feminisme eksistensialis sebagai <em>anti-thesis</em> maskulinitas laki-laki dengan menerapkan pada kondisi empiris perempuan. Penelitian ini menggunakan metode etnografi feminis yaitu menggabungkan <em>ethnographic interview </em>dan <em>participant observations. </em>Fokus penelitian ini terletak pada <em>class struggle</em><em> </em>kaum perempuan untuk mempertahankan eksistensialnya meskipun harus mengambil resiko pekerjaan yang tinggi dan resiko tertular virus COVID-19 akibat mobilitas yang tinggi. Teknik analisis data penelitian ini menggunakan reduksi data, <em>display </em>data, verifikasi data dan triangulasi data. Hasil menunjukkan bahwa kaum perempuan bekerja sebagai <em>driver online</em><em> </em>untuk menjadi subjek bagi dirinya sendiri sekaligus berperan sebagai pencari nafkah dan ibu rumah tangga dalam kondisi pandemi COVID-19. Perjuangan perempuan dalam pandemi COVID-19 meruntuhkan stigma sosial masyarakat yang seringkali menjadikan mereka sebagai objek.</p>


Bajo Palabra ◽  
2021 ◽  
pp. 47-60
Author(s):  
Agata Joanna Bąk

Este artículo investiga la relevancia quepuede tener la noción de minimal self, defendidapor ejemplo por Zahavi, para unateoría fenomenológica de la identidad queaquí se analiza al hilo del fenómeno de la vejez.Primero, analizo la noción de minimalself tal y como se plasma en los escritos deZahavi para analizar los presupuestos y argumentosen los que se sostiene. No obstante,segundo, este planteamiento puede resultarproblemático para la descripción de los fenómenosvitales cuyo sentido se constituyeintersubjetivamente. Así, fenómenos comola enfermedad, la vejez o el género no solose asientan en la experiencia solitaria e individual,sino que solo pueden ser comprendidospor el propio sujeto en interacción conlos demás. El argumento que se aporta, entercer lugar, para defender este aspecto de lanoción de minimal self es una descripción delfenómeno de la vejez en términos del descubrimientode una misma como anciana, apartir de los escritos de Simone de Beauvoir.


Syntax Idea ◽  
2021 ◽  
Vol 3 (12) ◽  
pp. 2731
Author(s):  
Rizky Wardhani ◽  
Zuriyati Zuriyati ◽  
Ninuk Lustyantie

This research aims at the theme of the study of feminism in acting, especially in film. The female figure in this film is described as a strong and spirited female figure. This female figure exists among the domination of men as usual. A female figure is usually portrayed in a feminine role, but in this film, the roles shown are very different. From the role of this female character in this film "The Great Wall", emerges the Existentialist Feminism side, for example, that women are described as a figure who has a level of independence, a way of thinking that is not dependent on men. This study uses descriptive qualitative research using the strategy proposed by Simone de Beauvoir, how women interpret themselves, like 1) work and determine fate; 2) join intellectual groups, think, see, and define to bring about change for women; 3) work and achieve social transformation in society, and 4) refuse to internalize that women are below men. This study shows that the emotional side of a woman cannot change the character of a woman in dealing with problems, this can be seen from the storyline given in this colossal genre film.


Plural ◽  
2021 ◽  
Vol 28 (2) ◽  
pp. 184-202
Author(s):  
Ana Flávia P. L. Bádue
Keyword(s):  

Neste ensaio, Manon Garcia analisa o lugar da filosofia do amor no argumento geral de Simone de Beauvoir sobre a opressão feminina e defende que, embora o amor pareça desempenhar um papel secundário n’O Segundo Sexo, ele tem papel fundamental para responder à pergunta “o que é uma mulher?”. Garcia defende que o amor é central para a análise que Beauvoir faz da opressão das mulheres, na medida em que constitui o fundamento ideológico da objetificação das mulheres e estrutura as ambiguidades das experiências vividas da opressão. Ao mesmo tempo, Garcia aponta que, para Beauvoir, o amor pode ser um recurso para a emancipação das mulheres no nível individual.


2021 ◽  
Vol 39 (2) ◽  
pp. 266-277
Author(s):  
Luana Alves dos Santos

Num primeiro plano, partindo do fato de que Diadorim é uma subjetividade atravessada pelo olhar do outro – ou seja, não se trata de uma subjetividade que narra a si mesma, mas de uma subjetividade cujo “ser” se põe, face a um narrador em primeira pessoa, como “ser-para-outro” – é preciso indagar em que medida a revelação de seu corpo como sendo corpo-de-mulher contribui, na maneira pela qual Riobaldo-narrador tece os fios do passado, para o acorde entre feminino e alteridade. Trata-se, portanto, de investigar o ajuste firmado, no romance de Rosa, entre o feminino e a condição de “Outro absoluto” que lhe é atribuída e sobre a qual discorre Simone de Beauvoir. Num segundo plano, para além do exame sobre o que o romance fala (seus ajustes e pactos), é preciso deslindar o que o romance dissimula. Em outras palavras, mais do que capturar Diadorim em uma identidade de gênero, ainda que provisória – visto que Diadorim parece não performar os padrões de masculinidade impostos por seus pares e daí receber o epíteto de “o delicado”; tampouco Diadorim “torna-se mulher”, mas é, discursivamente, “tornada” mulher, no advento de sua morte – pretendemos demonstrar que o que o romance dissimula é o escândalo, manifesto já no nome “Diadorim”, da desorganização das normas de inteligibilidade de gênero; a essa altura, tomaremos como pressupostos teóricos os estudos de Judith Butler sobre o tema.


2021 ◽  
Vol 39 (2) ◽  
pp. 203-213
Author(s):  
Clêmie Ferreira Blaud
Keyword(s):  

A prática de evocar o nome de mulheres, personagens míticas ou reais, nos discursos filosóficos que tratam da emancipação feminina serve a dois propósitos principais: i. resgatar a memória das mulheres, com o propósito de reconstruir a história da filosofia, refutando os argumentos desfavoráveis às mulheres; ii. exemplificar os conceitos discutidos no texto com a ação ou pensamento de outras mulheres, muitas delas esquecidas na história da filosofia. O estudo das semelhanças e diferenças no modo como os nomes de mulheres são mobilizados produz novas reflexões sobre a memória e a história da filosofia. Este artigo investiga essas questões em dois textos, sendo um do século XVII, Égalité des hommes et des femmes, escrito por Marie de Gournay; e o outro do século XX, o capítulo intitulado "História" da obra O segundo sexo de Simone de Beauvoir.


2021 ◽  
Vol 39 (2) ◽  
pp. 309-319
Author(s):  
Izilda Johanson
Keyword(s):  

Quem frequenta discussões e debates dedicados à filosofia de Simone de Beauvoir sabe que não é incomum surgir em algum momento a inevitável questão sobre essa grande pensadora do século XX ter-se considerado principalmente escritora, mas não filósofa. Nossa proposta é de enfrentar essa questão diretamente como uma questão ou um problema de filosofia, e não um problema de Simone de Beauvoir com a filosofia, como alguns autores e autoras, filósofas feministas inclusive, há algum tempo vêm insistindo em fazer. Entendemos que o engajamento intelectual e feminista de Simone de Beauvoir é não só compatível como necessário à afirmação da autenticidade e originalidade de sua filosofia.


2021 ◽  
Vol 39 (2) ◽  
pp. 118-129
Author(s):  
Mariana Di Stella Piazzolla

A ética levinasiana assume a mulher ou o feminino como alteridade discreta. A decisão por uma leitura elegendo um dos termos pode abrir para diferentes interpretações sobre a atribuição dessa alteridade, e isso suscitou um enorme interesse por teóricas feministas pela filosofia de Levinas, sendo Simone de Beauvoir uma das precursoras da crítica ao rebaixamento da mulher como Outro, continuada, de certa forma, por Luce Irigaray. Para compreender como essas críticas implicam na constituição de uma subjetividade oferecida a Outrem, decidimos iniciar pela análise do lugar que a mulher ocupa na ética levinasiana. Discutiremos desde a perspectiva da separação entre o ser e o ente, com objetivo de constituir o que sustenta uma aceitação de uma alteridade radical, tomando primeiramente o termo mulher como alteridade silenciosa, cuja posição intermediária entre ser e não-ser torna-se a condição para o recolhimento, e por conseguinte, indispensável para a relação ética. Em seguida, apresentaremos algumas questões que orbitam em torno da noção de feminino empregada por Levinas.


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