DoisPontos
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Published By Universidade Federal Do Parana

2179-7412, 1807-3883

DoisPontos ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
Author(s):  
José Carlos Estêvão
Keyword(s):  

Nesse artigo, mostraremos que, no argumento de Anselmo de Cantuária, “aquilo em relação ao qual nada maior pode ser pensado”, antes que uma definição, é a significação do próprio nome de Deus. Segundo esse argumento, ao não se dar ao trabalho, exigido pelo caráter apofático do nome divino, de praticar a ascese necessária para adentrar a própria mente e afastá-la de tudo mais que não Deus, o insipiens abdica da racionalidade do pensamento. Assim, sem dar a devida atenção ao fato de que essa discussão de Anselmo é proposta no formato de uma quaestio medieval, os comentários posteriores, e especialmente os contemporâneos, acabam não mostrando que, ali, Anselmo, inspirado em Agostinho, desenvolveu o que, para ele mesmo, era propositalmente um programa filosófico: afastar-se do sensível a fim de se voltar para o inteligível, “lugar natural da contemplação da verdade”.


DoisPontos ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
Author(s):  
Marco Aurélio Oliveira Da Silva

O século XIII de Alberto Magno é um período no qual começa a circular mais intensamente a recepção das traduções completas dos Elementos de Euclides, que foram feitas por Adelardo de Bath, Roberto de Chester e João de Tinemue, além da tradução de Gerard de Cremona ao comentário feito pelo matemático árabe Al-Nayrizi ao geômetra alexandrino. O objetivo deste artigo é apresentar como Alberto incorpora as traduções arabo-latinas de Euclides com a visão latina da prática geométrica.


DoisPontos ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
Author(s):  
Lorenzo Mammì

Nos primeiros parágrafos do livro XIII das Confissões, Agostinho interpreta os primeiros versículos do Gênesis de maneira a entrelaçar criação do mundo, surgimento da consciência e história da conversão. Para isso, lança mão tanto da literatura neoplatônica quanto de uma tradição cristã já quase consolidada. Uma das fontes poderia ser o conjunto de tratados sobre a Trindade de Mário Vitorino.


DoisPontos ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
Author(s):  
Clever Cardoso ◽  
Moacyr Novaes

Tradução do Sermão 24 de Agostinho de Hipona: Deus, quem é semelhante a ti? (Salmo 82, 2). Proferido no Concílio de Cartago em 16 de Junho de 401 d.C.


DoisPontos ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
Author(s):  
Francisco Bertelloni
Keyword(s):  

La pregunta planteada en el título de este trabajo reitera una alternativa que se ha transformado en un locus classicus de la teoría política: ¿el orden político forma parte de la constitución racional de la realidad y, por ello, no necesita ser creado pues basta con descubrir su existencia como una entidad más entre los entes de la naturaleza? ¿O ese orden político solo existe cuando es instituido por el hombre y, por ello, es el resultado de un acto de la voluntad humana? No analizaré aquí cada una de esas dos posiciones, naturalista la primera y voluntarista la segunda, sino que intentaré mostrar cuál fue la respuesta de la teología política de Egidio Romano y de Carl Schmitt a la pregunta por el origen del Estado. 


DoisPontos ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
Author(s):  
Alfredo Storck

Uma das particularidades da recepção do pensamento de Algazel entre os pensadores latinos medievais foi o fato de ele ter sido considerado um sequax Avicennae. As críticas que Algazel direcionou a Avicena não foram conhecidas em um primeiro momento de modo que sua obra influenciou positivamente a recepção do pensamento aviceniano. O objetivo do presente artigo é passar em revista o modo como as versões latinas da Lógica e da Metafísica de Algazel transmitem a tese aviceniana da existência como acidente da essência. O presente artigo será divido em duas partes. Na primeira, defenderemos que a Lógica de Algazel oferece uma caracterização da distinção em termos puramente lógicos ao passo que, na segunda, perguntaremos se a distinção recebe, na Metafísica, uma interpretação ontológica, ou seja, se implica uma distinção real entre essência e existência.


DoisPontos ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
Author(s):  
Meline Costa Sousa
Keyword(s):  

Esse artigo faz parte de um estudo maior sobre Avicena e suas fontes tardo-antigas que visa a analisar a relação entre Avicena, Alexandre de Afrodísia e Temístio no que diz respeito ao intelecto. Há, ainda hoje, uma série de questões discutidas pelos estudiosos relativas à teoria noética de Avicena. Uma dessas questões trata da natureza do intelecto agente e da sua relação com o intelecto humano. Contudo, dada a complexidade dessa relação, as linhas que se seguem consistem na primeira parte da investigação, a qual se restringirá a uma introdução geral ao posicionamento dos três autores quanto à natureza do intelecto produtivo (ou agente). Tendo em vista as diferentes abordagens, dentre elas a identificação da posição tomada por Avicena com aquela encontrada nas obras de Alexandre de Afrodísia e Temístio, analisarei, em linhas gerais, as suas interpretações do De anima 430a10-25 quanto à caracterização e distinção dos intelectos. Por fim, discutirei algumas dificuldades apresentadas por esse tipo de abordagem da questão.


DoisPontos ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
Author(s):  
Pedro Thyago Dos Santos Ferreira

Tomás de Aquino define a alma humana de maneira semelhante a Aristóteles: ela é a forma substancial do corpo humano potencialmente vivo. Todavia, um dos problemas da psicologia tomista consiste, de acordo com D. Abel, em classificar a alma humana por meio de termos comumente utilizados para nomear os compostos hilemórficos, a saber, substância e hoc aliquid. Se a alma humana é parte de um composto, como poderia ser chamada de substância e de hoc aliquid? O objetivo deste artigo consiste em mostrar qual é a estratégia subjacente a esta classificação utilizada por Tomás. Sugerimos que ela remonta a Aristóteles quando ele atribui diferentes significados aos termos substância e hoc aliquid. A novidade de Tomás está em expandir este campo semântico, introduzindo um significado que se aplica exclusivamente à alma humana, a saber, o sentido peculiar.


DoisPontos ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
Author(s):  
Carlos Eduardo De Oliveira ◽  
Cristiane Negreiros Abbud Ayoub

DoisPontos ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
Author(s):  
Arthur Klik
Keyword(s):  

O Fasl al-maqal, umas das obras originais de Averróis, se destaca por seu caráter polêmico. Sendo redigida como um pronunciamento jurídico, tem como um de seus objetivos principais analisar o estatuto da filosofia em face da Lei islâmica, ao verificar qual é a atitude que deve ser adotada por todo aquele que travar contato com as obras da antiguidade grega. Em um cenário em que a legitimidade da filosofia se coloca em questão, o diagnóstico e a solução propostos por Averróis se destacam ao apresentar uma interpretação singular da Lei ante a filosofia, concebendo a segunda como um elemento necessário para a saúde da comunidade. Este artigo pretende analisar essa interpretação, na qual três pontos se colocam na consideração da relação entre filosofia e revelação: o (1) asseguramento da possibilidade do assentimento religioso individual e (2) da manutenção do bem-estar geral junto à (3) possibilidade de se afirmar a legitimidade de um intérprete que garanta o assentimento correto aos crentes não filósofos.


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