História da Historiografia
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Published By Sociedade Brasileria De Teoria E Historia De Historiografia

1983-9928, 1983-9928

2021 ◽  
Vol 14 (37) ◽  
pp. 62-104
Author(s):  
Lana Moraes ◽  
Carlos Carvalho ◽  
Manoel Rendeiro ◽  
Tiago Gil

This article reflects on the construction of Curt Nimuendajú's “Ethno-historical map”, an exhaustive work that sought to map the native groups of South America. This map was one of the most widely-used representations by researchers since its creation in 1944. The theoretical framework adopted in this paper stresses maps as rhetorical constructs that should be read as texts. The article also discusses the limits and possibilities of a visual vocabulary to understand explicit and implicit theoretical and methodological decisions in cartography. Digital cartography will be employed to bring out the differences between what the author of the project intended and what was presented in the "Ethno-historical map".  The text starts with a description of the work and its most evident options, showing a relative selectivity in Nimuendajú's choices. In the last part, technical procedures will be abandoned to interpret the results considering the new critical cartography and ethno-geography positions.


2021 ◽  
Vol 14 (37) ◽  
pp. 105-134
Author(s):  
Gil Eduardo de Albuquerque Macedo

O historiador e jornalista João Francisco Lisboa escreveu, entre 1858 e 1663, a biografia Vida do Padre Antônio Vieira. A escrita sobre o padre esteve imersa em uma série de aproximações com as teorias do complô jesuítico, uma narrativa enredada em uma clara proposta de denúncia histórica. Como resultado de nossa pesquisa, entendemos que Lisboa criou a imagem de Vieira enquanto um personagem político, abordagem que pretendia questionar a legitimidade histórica do padre e de sua ordem. Para tratar de tal questão, procuramos: refletir sobre o modelo de escrita biográfica; investigar as conexões com a historiografia do século XIX; e analisar conceitualmente o antijesuitismo e seus desdobramentos no discurso de Lisboa. São esses os procedimentos da abordagem historiográfica de nosso estudo, com a qual colocamos em perspectiva uma escrita sobre Vieira na cultura histórica oitocentista.


2021 ◽  
Vol 14 (37) ◽  
pp. 17-61
Author(s):  
Lana Moraes ◽  
Carlos Carvalho ◽  
Manoel Rendeiro ◽  
Tiago Gil

O objetivo deste artigo é refletir sobre a construção do “Mapa Etno-histórico” de Curt Nimuendajú, obra que buscou cartografar de modo exaustivo os grupos nativos da América do Sul. Esse estudo foi uma das representações mais utilizadas por pesquisadores desde sua criação, em 1944. Partiremos da ideia de que os mapas são constructos retóricos que devem ser lidos como textos, discutindo limites e possibilidades de um vocabulário visual adequado para entender as opções teóricas e metodológicas explícitas e implícitas na elaboração cartográfica. Vamos nos valer da reconstrução cartográfica digital do “Mapa Etno-histórico” para fazer emergir as diferenças entre o projeto enunciado pelo autor e o que foi dito em termos cartográficos. Iniciaremos com uma descrição da obra e de suas opções mais evidentes, demonstrando uma relativa seletividade nas escolhas realizadas por Nimuendajú. Na parte final, abandonaremos os procedimentos técnicos para interpretar os resultados em um diálogo com a nova cartografia crítica e com a etnogeografia.


2021 ◽  
Vol 14 (37) ◽  
pp. 251-281
Author(s):  
Aryana Lima Costa

Este artigo se propõe a analisar o estado da arte sobre a história dos cursos superiores de História no Brasil. Listo trabalhos entre os anos 1999 e 2021 e os analiso em termos de: estrutura da narrativa; problemática selecionada; fontes; e referências teórico-metodológicas. Concluo com a importância desses tipos de trabalhos para a memória profissional da área e para a história da historiografia brasileira; e por outro lado, com os desafios dos trabalhos que são: aprofundar o uso e a interrogação sobre fontes pertencentes ao âmbito da sala de aula universitária, além da necessidade de problematizar a narrativa evolucionista originada pela opção que a explicação linear da origem dos cursos ocasiona.


2021 ◽  
Vol 14 (37) ◽  
pp. 135-170
Author(s):  
Bruno Leal Pastor de Carvalho
Keyword(s):  

O objetivo deste trabalho é compreender que lugar a história e os “historiadores” ocuparam nas Conferências Populares da Glória, considerada pela literatura especializada como um marco da “vulgarização científica” do Brasil oitocentista. Para esse fim, serão examinados os perfis dos principais “conferencistas de história”, as temáticas dessas conferências e o teor de algumas dessas falas. Considera-se neste estudo o período 1873-1880, e o corpus documental é formado por resumos e transcrições das conferências publicadas em jornais e revistas do Rio de Janeiro. A análise evidenciou que um dos mais importantes eventos de vulgarização científica do Brasil no século XIX reservou um lugar expressivo para temas históricos e que os “historiadores” e a “história” aí representados estavam alinhados com as perspectivas históricas predominantes no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), estando a história, a exemplo de outras humanidades e ciências da natureza, a serviço do projeto de instrução pública que orientou, desde o início, as Conferências Populares da Glória.


2021 ◽  
Vol 14 (37) ◽  
pp. 282-311
Author(s):  
Luiz Cambraia Karat Gouvêa da Silva

A controvérsia teórica que opõe continuístas a descontinuístas ocupa um lugar privilegiado dentro dos debates relacionados à História da Historiografia da Ciência. Mais do que uma polêmica contemporânea, essa disputa tem idade considerável; diferentes pensadores em distintas épocas dedicaram reflexões ao assunto, mobilizando categorias analíticas, tais como “ciência moderna”, a partir de seus respectivos contextos. Este artigo tem por objetivo analisar a historicidade dessa contenda, examinando a dimensão histórica de alguns dos elementos argumentativos que compõem ambas as tradições. Para tanto, selecionamos alguns pensadores que se debruçam sobre o tema e alinhamos nossa análise à abordagem histórico-conceitual. Concluímos que, embora os contornos dessa problemática teórica tenham se tornado mais visíveis no século XX, a tensão continuidade/descontinuidade pode ser vista como um desdobramento de concepções históricas muito mais antigas.


2021 ◽  
Vol 14 (37) ◽  
pp. 220-248
Author(s):  
Sebastián Guerra

En este artículo se analiza la influencia que tuvo la obra de Vico, particularmente su principio verum ipsum factum, sobre la visión de la historia desarrollada por Voegelin, y el influjo de la visión sobre los mitos del napolitano en las nociones de “conciencia”, “experiencia noética” e “historiogénesis” desarrolladas por el filósofo alemán. El objetivo es observar la influencia explícita e implícita que tuvo Vico en aspectos de la filosofía de la historia desarrollada por Voegelin. Gracias al análisis conceptual, se pudo detectar una influencia directa de la gnoseología viquiana, fundada en el principio verum ipsum factum, así como de la valoración del mito que hizo Vico en la teoría del conocimiento y la consiguiente teoría de la historia desarrolladas por Voegelin.


2021 ◽  
Vol 14 (37) ◽  
pp. 171-200
Author(s):  
Ian Kisil Marino

No Brasil, a quantidade de publicações de livros que narram histórias de empresas e instituições privadas tem aumentado nas últimas duas décadas. Essas publicações ilustram parte de como o panorama profissional dos historiadores vem se configurando no país – ao lado da organização de arquivos e centros de memória de empresas, por exemplo. Como a história empresarial sob contrato ascendeu no Brasil? Quais os problemas teóricos envolvidos na sua popularização? Qual o teor das práticas e das narrativas incorporadas nessa literatura histórica feita sob encomenda? Procurando responder a essas questões, revisa-se a formação do campo da história empresarial no Brasil, caracterizando algumas obras publicadas mediante contrato com grandes empresas nacionais, propondo o uso da categoria “história sob encomenda” para melhor qualificar o gênero. Por fim, alinham-se percepções sobre o impacto do neoliberalismo na prática historiográfica contemporânea, como fenômeno de fundo que arremata a ocasião de ascensão com o teor discursivo do gênero no Brasil.


2021 ◽  
Vol 14 (37) ◽  
pp. 201-219
Author(s):  
Osvaldo Fontes Filho

Este artigo tece alguns comentários em torno do modo como o historiador e filósofo Georges Didi-Huberman analisa, em seu livro Imagens apesar de tudo, a crítica visual das imagens da história. Assumida pelo autor como “o olho da história”, a imagem possui uma tenaz vocação para tornar visível. Contudo, admite o autor, há documentos visuais da história que só podem ser restituídos de modo lacunar. Este estudo objetiva mostrar alguns argumentos pelos quais Didi-Huberman preconiza para o historiador uma política da imaginação, sucedâneo metodológico a toda investida na legibilidade plena e absoluta de uma “imagem autêntica do passado”. Ao fazê-lo, entendemos observar algumas facetas (filosófico-antropológicas) de uma proposta de resgate historiográfico junto às intermitências e opacidades de um olhar implicado pela imagem entendida como uma interminável “necessidade lacunar”.


2021 ◽  
Vol 14 (36) ◽  
pp. 133-166
Author(s):  
Erinaldo Vicente Cavalcanti

Este artigo analisa as temáticas estudadas nas disciplinas de Teoria da História, ensinadas nos cursos de licenciatura em História das universidades federais do Brasil, para entender se o ensino de História se insere ou não entre as reflexões presentes nas disciplinas. Para tanto, utilizo as ementas de 49 componentes curriculares como opção metodológica para analisar o lugar ocupado pelo ensino de História como tema de interesse no debate promovido pelas disciplinas de Teoria da História e, dessa forma, entender quais temáticas são priorizadas e abordadas. As pesquisas sinalizam que as reflexões sobre Teoria da História nos cursos de licenciaturas têm ignorado o debate sobre o ensino de sua própria área.


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