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(FIVE YEARS 1)

Published By Universidade Federal De Santa Maria

2176-1485, 1519-3985

Letras ◽  
2021 ◽  
pp. 13-38
Author(s):  
Tiffany Stern
Keyword(s):  

Este ensaio explora os eventos encenatórios que aconteciam antes que a performance da peça iniciava bem como os eventos de cena que aconteciam depois do final da peça teatral. Indaga se tais elementos, que Gerard Genette chama de ‘epitextos’, são importantes o bastante para a encenação, o texto a edição e/ou sentido como partes constituintes do drama enquanto tal. Concentrando-se sobre o toque de trombeta que anunciava o ‘início’ de uma peça, sobre a oração, a música e o clowning, assim como sobre o anúncio que se seguia ao final da ‘peça’, concebida de modo amplo. Deveriam tais elementos ser adicionados aos textos das peças (playtexts)? O que é, em última instância, uma ‘peça teatral’, e quando de fato ela inicia e quando ela termina?


Letras ◽  
2021 ◽  
pp. 07-12
Author(s):  
Lawrence Flores Pereira ◽  
Régis Augustus Bars Closel ◽  
John Milton ◽  
Lavinia Silvares

Letras ◽  
2021 ◽  
pp. 71-92
Author(s):  
Lawrence Flores Pereira ◽  
Kathrin Holzermayr Lerrer Rosenfield
Keyword(s):  

Este artigo trata da bem conhecida apreensão de Ofélia como personagem opaco e invisível em Hamlet de William Shakespeare.  A elaboração mais sutil e implícita do caráter de Ofélia exige um olhar mais aguçado que deduz seu modo de ser das relações com outros personagens. Abordamos as resistências a esse trabalho de leitura - resistências essas que levaram as personagens dentro da peça, a crítica e artistas plásticos a envolver Ofélia num halo de beleza mítica e num mistério mudo. Lançando mão de uma série de estudos recentes que abordam o destino das figuras femininas, investigamos a sutil trama de discursos e retóricas que ocultam o que essa personagem é ou poderia ter sido, se tivesse conseguido se liberar da tutela discursiva que fixava as mulheres renascentistas no reduzido e sofrido espaço delimitado pela sociedade patriarcal.   


Letras ◽  
2021 ◽  
pp. 159-178
Author(s):  
Pascale Aebischer

Resumo: Este artigo acompanha o período de desenvolvimento da transmissão teatral no Reino Unido dentre 2009, quando a NT Live lançou sua operação de transmissão, e 2019. Defende a necessidade de considerar o impacto que as tecnologias de transmissão teatral têm na produção e na recepção de Shakespeare tanto na Grã-Bretanha como ao redor do mundo, considerando-se que as transmissões estão cada vez mais aptas a se tornarem substitutas da experiência de teatro que promovem. A primeira parte do artigo considera o alcance diferencial deste fenômeno supostamente "global" em continentes diversos e explora o risco de que grandes companhias como a National Theatre, a RSC e a Shakespeare's Globe construam monopólios culturais que possam restringir a participação de companhias menores. A segunda parte considera as técnicas de câmera utilizadas pelas transmissões e dá uma atenção especial à relação entre a montagem de proscênio no teatro e a bidimensionalidade da tela de cinema em Romeu e Julieta de Rob Ashford e Kenneth Branagh, que foi transmitida ao vivo pela Kenneth Branagh Company no Garrick Live em 2016.


Letras ◽  
2021 ◽  
pp. 141-158
Author(s):  
José Roberto Bastos O'Shea

O presente artigo se vale de ilustrações extraídas de duas traduções em versoe anotadas, de peças teatrais, concluídas pelo autor no âmbito de um projeto apoiadopelo CNPq-PQ. Trata-se de Tróilo e Créssida e Os Dois Primos Nobres, a primeira de autoriade William Shakespeare, a segunda atribuída a Shakespeare e John Fletcher. Para tal,são invocados preceitos da chamada “tradução/transposição cultural” (segundo Sándore Higgins), bem como noções relativas à tradução de “itens culturais específicos”, isto é,“culture-specific items”, ou CSIs (segundo Aixelá). O artigo postula e conclui que tais preceitospodem constituir procedimentos tradutórios básicos, abrangentes, e capazes de enfrentaros notórios desafios lexicais e culturais inerentes à tradução do teatro renascentista inglês.Palavras-chave: Tróilo e Créssida. Os Dois Primos Nobres. Tradução/transposição cultural.


Letras ◽  
2021 ◽  
pp. 93-108
Author(s):  
Ricardo Cardoso

A conhecida ambiguidade atribuída aos textos de Shakespeare tem sido tema de exames. Este artigo investiga determinada explicação para o fenômeno creditada a alguns estudiosos da História do Pensamento Político Moderno. Segundo propõem, a polifonia em certas obras decorreria do uso pelo dramaturgo da técnica retórica in utramque partem, abordagem de dois lados opostos de um mesmo tópico, na dramatização de questões políticas delicadas. Utilizaremos como estudos de caso duas peças escritas em contexto de intensas discussões sobre guerra e paz em Londres, buscando compreender como Shakespeare representou o assunto por meio de perspectivas antagônicas.  


Letras ◽  
2021 ◽  
pp. 39-54
Author(s):  
Elizabeth Ramos

Em fins do século XVI, William Shakespeare escreveu, além de outros textosdramáticos, três comédias que giram em torno da inebriante e complicada experiênciade se estar apaixonado – Much ado about nothing (1598), As you like it (1599-1600) e Twelfth Night (1601). Nas três, personagens femininas ocupam papel de destaque e se tornam a força motriz da trama, superando desafios. Em 2006, a Editora Objetiva publicou o romance A décima segunda noite, do escritor, cronista, cartunista, tradutor, roteirista e dramaturgo Luís Fernando Verissimo (1936-), uma releitura bem humorada da comédia shakespeariana, Twelfth Night or What you Will. O novo texto confirma a relevância das  personagens femininas da comédia inglesa e possibilita que o leitor se divirta com as identidades trocadas por meio dos disfarces de gênero. Este quinto romance do escritor gaúcho é o segundo da coleção ‘Devorando Shakespeare’, que pretendia publicar recriações do dramaturgo inglês. Aqui, num movimento de convergência de duas de suas paixões – a capital francesa e a produção do dramaturgo inglês – o escritor gaúcho desloca o lócus dramático da Ilíria balcânica, para a Paris dos anos 70, lócus onde se constrói o híbrido, onde se cruzam os lugares realmente vividos por diferentes sujeitos oriundos dediversos estratos sociais que se unem através do sentimento de solidariedade de grupo, próprio da condição do exílio. De maneira sensível e inteligente, o romancista insere em seu texto um narrador particular: o papagaio Henri, que constrói sua narrativa a partir do poleiro onde o colocam, no salão de cabelereiros Ilíria, de propriedade de Orsino.


Letras ◽  
2021 ◽  
pp. 179-199
Author(s):  
Régis Augustus Bars Closel
Keyword(s):  

Este artigo traz considerações sobre a tradução de Arden of Faversham para o português e o método que estabeleci para trabalhar com peças colaborativas, a tradução prismática. A discussão recorre a exemplos de relevantes variações textuais encontradas nas três versões iniciais da obra e nas edições contemporâneas. Ao preservar as diferenças baseadas em diversas origens, o método de tradução permite que o resultado destaque a história do texto. O método empregado extrai possibilidades autorizadas pelas publicações do período. Variações apontam para a pergunta-título, cujas respostas podem ser buscadas na alternância existente entre palavras no título da peça, a composição dramática, os protagonistas e a autoria.


Letras ◽  
2021 ◽  
pp. 109-140
Author(s):  
Gary Taylor ◽  
John V. Nance

Este artigo emprega estudos de atribuição de autoria para propor que é possíveldistinguir um dramaturgo trabalhando conjuntamente com outro (em colaboração) de um que emprega recursos linguísticos reconhecíveis de outro poeta (imitação). Partindo do pressuposto de que a identidade é celular e sistêmica enquanto a imitação é seletiva e semiótica, verifica-se três trechos de Henrique VI Parte I, na qual William Shakespeare e Christopher Marlowe trabalharam colaborativamente.


Letras ◽  
2021 ◽  
pp. 55-70
Author(s):  
Michael Dobson
Keyword(s):  

Este ensaio reflete sobre a longa história de abreviações de Hamlet para acena, desde os primeiros quartos e o texto do Folio até as produções pós-modernas, como as de Bocsardi Laszlo, de Kelly Hunter e de Daniel Tyler (todas de 2015). Coloca em questão o que as pessoas almejavam cortar quando operavam cortes em Hamlet; pondera em que época o público que frequentava o teatro começa a desejar um Hamlet sem cortes, e indaga se a peça em si era considerada como um filtro, um meio termo ou um agregado de todas as suas muitas iterações. Mostra que muitas edições impressas até 1800, que registram cortes e pequenas modernizações verbais feitas pelos produtores de teatro, não viam diferença entre o legível da página e o visível no teatro, e propõe-se a discutir se os cortes em pauta seriam compatíveis com as estratégias de interrupção e abreviação da própria peça. O ensaio argumenta que a percepção de uma fissura entre a peça encenada e o estudo da peça surgiu somente no século XIX, e foi levada em consideração na virada do século XX por produções de nichos “puristas” que revivificaram estritamente o texto do Q1 ou priorizaram ostensivamente as impraticáveis longas conflações do Q2 e F, recentemente anunciadas como versões (sem cortes). Nos nossos dias, Hamlet é tão conhecido que é considerado à prova de cortes (como na produção de Laszlo, na qual, mesmo com as linhas não ditas internalizadas pelo elenco, os personagens stanislavskianos se recusavam a falar certas frases conhecidas) e, portanto, suscetíveis a abreviações que privilegiam a interioridade sobre a trama (como a de Hunter), ou a alocação de uma confusa e fastidiosa herança – como em The Hamlet Archive de Tyler, um espetáculo criado para uma locação específica, organizado em uma biblioteca, na qual várias versões das cenas principais da peça foram encenadas no meio de um lixo alusivo de sobras de adereços, estilos, clipes de filmes e motivos do histórico da recepção múltipla da peça. Todas essas produções sugerem que chegamos a um estágio muito tardio da performance e da história literária da peça. levada em consideração na virada do século XX por produções de nichos “puristas” que revivificaram estritamente o texto do Q1 ou priorizaram ostensivamente as impraticáveis longas conflações do Q2 e F, recentemente anunciadas como versões (sem cortes). Nos nossos dias, Hamlet é tão conhecido que é considerado à prova de cortes (como na produção de Laszlo, na qual, mesmo com as linhas não ditas internalizadas pelo elenco, os personagens stanislavskianos se recusavam a falar certas frases conhecidas) e, portanto, suscetíveis a abreviações que privilegiam a interioridade sobre a trama (como a de Hunter), ou a alocação de uma confusa e fastidiosa herança – como em The Hamlet Archive de Tyler, um espetáculo criado para uma locação específica, organizado em uma biblioteca, na qual várias versões das cenas principais da peça foram encenadas.


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