Gestão e Desenvolvimento
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Published By Universidade Catolica Portuguesa

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Author(s):  
Margarida Afonso ◽  
António Andrade

A gamificação, abordagem tecnológica inovadora, tem sido cada vez mais utilizada como forma de motivar a adoção de comportamentos benéficos nos utilizadores. A área do saber relativo à gamificação aplicada ao contexto dos serviços poderá traduzir-se em benefícios diversos – pessoais, sociais, organizacionais, entre outros – e, como tal, importa proceder ao mapeamento sistemático e rigoroso da produção científica subjacente a este tema. Quanto ao método, partiu-se de uma abordagem de scoping review, analisando-se os dados através de duas aplicações – VOSViewer e Citespace – e partindo de métricas disponibilizadas pela Web of Science. Com base nisso realizou-se uma análise bibliométrica englobando vários parâmetros. Concluiu-se que a investigação científica sobre a gamificação e os serviços está ainda numa fase de desenvolvimento muito inicial. A análise realizada forneceu indicadores que sugerem que a gamificação se encontra numa trajetória de crescimento e expansão no que respeita à sua aplicação no âmbito dos serviços, com particular ênfase nos serviços de saúde e de educação. A Finlândia parece ser o país que mais se destaca em termos de produção científica nesta área.


Author(s):  
Cristina Simões ◽  
Célia Ribeiro ◽  
Inês Cabral ◽  
Paulo Almeida Pereira

A presente investigação apresenta os resultados de um estudo piloto que tem como objetivos efetuar a adaptação cultural da Escala Pessoal de Resultados-Crianças e Jovens (EPR-CJ), bem como examinar a sua validade e fiabilidade. Esta escala possibilita avaliar a Qualidade de Vida (QV) das crianças e jovens com Dificuldade Intelectual (DI). Das diferentes amostras englobadas nesta investigação, salienta-se que a amostra final incluiu 54 crianças e jovens com DI e 54 profissionais de educação. O estudo iniciou com a aplicação das diretrizes internacionais relativas à adaptação cultural. Os resultados do Índice de Validade de Conteúdo (IVC) dos itens, do acordo universal do IVC do instrumento, da média do IVC da escala e dos valores do Kappa de Cohen suportaram a validade de conteúdo, tendo as correlações de Pearson reforçado a validade de constructo da EPR-CJ. Os valores do teste-reteste, da consistência interna e do acordo entre observadores sustentaram a fiabilidade do instrumento. Os diferentes coeficientes psicométricos ilustraram que esta escala pode ser bastante útil para a avaliação da QV das crianças e jovens com DI, sendo a EPR-CJ crucial para desenhar os programas de intervenção destes alunos em contextos inclusivos de aprendizagem.


Author(s):  
Maria Martins ◽  
Teresa Sarmento ◽  
Sónia Alves

A família, enquanto primeira instância de formação e socialização da criança, que se mantém ao longo da vida como permanente educadora, parece continuar a não suscitar o interesse que seria desejável por parte dos investigadores, pelo que continua a ser percecionada um pouco como “caixa negra”, ou seja, cujo funcionamento fica registado nos seus educandos mas oculto em termos públicos. Neste texto realiza-se uma abordagem à instituição familiar em termos de conceptualização, funções e sucessivas recriações estruturais, procurando-se contribuir para uma melhor apreensão da complexidade do fenómeno educativo, assumindo a imprescindibilidade da família nesse processo e o “peso imensurável que tem no desenvolvimento das pessoas” (Caeiro, 2005:21). Numa postura reflexiva, é apresentada uma análise em torno das várias tipologias familiares - da mais tradicional às pós-modernas – com destaque para as funções que socialmente sempre lhe foram e continuam a ser atribuídas.


Author(s):  
Magda Guerra ◽  
Isabel Martins ◽  
Dina Santos ◽  
J. Veiga ◽  
R. Moitas ◽  
...  

Introdução: Resultante do crescente envelhecimento demográfico e do aumento da esperança média de vida, a institucionalização do idoso representa nos dias de hoje uma problemática emergente. Consideramos por isso pertinente estudar o perfil do cuidador formal de idosos institucionalizados e a sua satisfação profissional no intuito de melhorar a qualidade dos cuidados prestados. Objetivo: Delineou-se como objetivo principal identificar as representações que os cuidadores formais têm acerca do cuidado prestado ao idoso institucionalizado. Metodologia: Estudo qualitativo através da análise de conteúdo das unidades de registo. O instrumento de recolha de dados utilizado foi a entrevista semiestruturada. A amostra foi constituída por doze cuidadoras formais de uma instituição de idosos da zona centro do país. Resultados: Os significados atribuídos pelas cuidadoras do que é ser idoso foram: uma pessoa merecedora de respeito, com sabedoria, que precisa de afeto e cuidados, que voltar a ser criança e pessoa com limitações físicas. Por cuidar, entendem dar carinho/apoio, transmitir confiança, um bem essencial, cuidar do corpo, mente e coração e ainda, saber escutar. A relação das cuidadoras com os idosos pauta-se pela alegria e boa disposição, uma relação de respeito pela individualidade/vontade da pessoa idosa, tentar adaptar-se à personalidade de cada um. Executam frequentemente os cuidados de higiene (fazer a barba); vestir/despir; levantar/deitar; posicionar; cuidados da alimentação/hidratação; atividades lúdicas e apoio na deambulação dos idosos. É no transporte e posicionamento dos idosos que sentem maiores dificuldades. Na maioria dos casos, as entrevistadas referem que o seu trabalho é apreciado por todos (idosos, família e direção). Para algumas cuidadoras o que lhes dá maior satisfação é sentirem que os idosos estão contentes/confortáveis. Conclusão: Todas as entrevistadas relataram que a atividade de cuidadora lhes traz satisfação profissional e identificaram necessidades formativas em algumas áreas do conhecimento. Os resultados resultantes desta investigação levam-nos à reflexão sobre a importância da criação e monitorização de programas de ação no domínio formativo em áreas especificas adaptado à realidade de cada instituição.


Author(s):  
Sónia Alves ◽  
Olga Madanelo ◽  
Maria Martins

Nas últimas décadas, a Escola portuguesa não só conseguiu ultrapassar os desafios do alargamento da escolaridade obrigatória, com também reduzir significativamente o abandono e insucesso escolar; ainda assim, subsistem dificuldades na aplicação dos conhecimentos pelos alunos, o contexto socioeconómico permanece determinante no sucesso escolar e o desinteresse e indisciplina, aliados ao predomínio de metodologias pedagógicas tradicionais, continuam a afetar negativamente a aprendizagem. São estas debilidades que justificam a adoção de um paradigma educativo focado no desenvolvimento de competências adequadas aos desafios contemporâneos, para formar cidadãos com saberes diversificados, que sustentem a ação intencional e refletida. O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA) assegura a convergência das decisões de organização e gestão curriculares, nos diferentes percursos formativos, definindo princípios, valores e áreas de competências a desenvolver. As Aprendizagens Essenciais explicitam os conteúdos indispensáveis, os processos cognitivos a ativar e o saber fazer associado; sugerem também ações estratégicas de ensino orientadas para as competências previstas no PA. No novo currículo para o ensino básico e secundário (Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho), confere-se mais autonomia às Escolas para tomarem decisões que visem a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem, a efetivação da educação inclusiva, a implementação da coautoria curricular na gestão interdisciplinar do currículo, a educação para a cidadania e desenvolvimento e a integração da avaliação no desenvolvimento curricular. A flexibilidade curricular pretende garantir a todos o direito à aprendizagem e ao sucesso educativo, pela adequação da ação educativa às especificidades do aluno e Escola, pela contextualização interdisciplinar dos saberes e pela promoção de aprendizagens ativas e significativas. Nos Domínios de Autonomia Curricular, o aluno é agente da construção de conhecimento pela ação, em ambientes de aprendizagem diferenciados e colaborativos. A avaliação formativa assume uma função reguladora do ensino e da aprendizagem, fundamentando adequações e readaptações, e gera feedback sobre dificuldades e potencialidades, promovendo a autorregulação das aprendizagens.


Author(s):  
Sandrina Sobral ◽  
Filomena Capucho

A forma de perspetivar o conflito tem sofrido significativas alterações com implicações para as organizações, constituindo-se estas em verdadeiras arenas para a sua formação. Por um lado, surge a visão tradicional, onde o conflito era sinónimo de violência, destruição e irracionalidade e, por outro lado, a visão emergente, onde o conflito é sinónimo de produtividade, ao fomentar a criatividade e a inovação. A comunicação surge como causa e solução, em simultâneo, devendo ser instigadas estratégicas ajustadas à natureza e à situação de conflito, baseadas na cooperação entre as partes, naturalmente distintas. Através de uma revisão bibliográfica, objetivou-se refletir o “estado da arte” no âmbito da gestão de conflitos nas organizações, dando ênfase às diferenças de género. Os resultados não evidenciaram um estilo estritamente associado ao género masculino ou ao feminino; contudo, reconhece-se a utilização de uma estratégia de negociação e menos de confrontação pelas mulheres, em oposição aos homens. Identifica-se escassa investigação empírica em Portugal neste domínio, podendo este estudo contribuir no seu progresso, ao estabelecer bases teóricas que a sustentem.


Author(s):  
Joana Fernandes ◽  
António Andrade

Ainda que as novas formas de gestão já valorizem a adoção de ferramentas e algoritmos de análise de base de dados, estando, por sua vez, cada vez mais predispostas a utilizar análises em tempo real e preditivas, existe ainda alguma relutância por parte das gerações mais conservadoras para a sua adoção (Arasteh, Aliahmadi, Mahmoodi, & Mohammadpour, 2011; Chen, Chiang, & Storey, 2012). Por conseguinte, o propósito da investigação será identificar as motivações para a adoção do Business Analytics em Portugal. Para este efeito foi realizado um estudo exploratório tendo como base o modelo desenvolvido por Venkatesh, Thong, & Xu, (2012) a: Unified Theory of Acceptance and Use of Technology (UTAUT). O processo de recolha de dados foi realizado através de um inquérito por questionário online, cujo público alvo foi a população portuguesa. O total de respostas obtido foi de 102, sendo que sendo que 47,8% dos inquiridos se identificam como indivíduos do sexo Masculino e 52,2% como sendo do sexo Feminino. A análise de dados foi dividida em duas partes, numa primeira fase procurou-se identificar os determinantes de aceitação já pré identificados pela UTAUT, através de uma análise por componentes principais. Neste sentido, foi possível identificar quatro determinantes de aceitação: a Expectativa de Desempenho, a Expectativa de Esforço, as Condições Facilitadoras e a Intenção Comportamental. Na segunda parte procurou-se, através da utilização de modelo de regressão clássica, analisar as motivações na base da adoção do Business Analytics para cada um dos determinantes. A análise permitiu ainda concluir, que a adoção é fortemente influenciada pela posição hierárquica. Ademais, concluiu-se, ainda, que o preço e a expectativa do retorno do investimento não foram considerados os maiores impeditivos na adoção do Business Analytics. No entanto, verificou-se que o não conhecimento do conceito de inteligência artificial é um dos principais condicionantes à adoção.


Author(s):  
Célia Ribeiro ◽  
Sofia Campos ◽  
Maria da Luz Coelho ◽  
Paulo Almeida Pereira

O presente estudo teve como objetivo geral conhecer as características da inteligência emocional que norteiam a ação do diretor de escola e que perspetivas têm os professores e os assistentes operacionais relativamente à forma como é levada a cabo a liderança. Foi utilizada uma metodologia de natureza quantitativa, que consistiu na aplicação da Escala de Inteligência Emocional de Moreno (2012) a uma amostra constituída por 131 sujeitos: 3 diretores de escola, 100 professores e 28 assistentes operacionais. Os resultados obtidos apresentam os 3 diretores com consciência de que estão na posse das competências emocionais (pessoais e sociais) para o desempenho do cargo. Para os restantes grupos, professores e assistentes operacionais, o expectável nem sempre é verificado, apesar do reconhecimento de inúmeras características de inteligência emocional, os seus diretores não a manifestam sempre.


Author(s):  
Celina Lizardo ◽  
Paulo Ribeiro
Keyword(s):  

O estudo em curso visa demarcar a evolução do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS) em Cabo Verde, desde a época colonial até a atualidade, e verificar a oscilação deste imposto, no período de 2008 a 2015, com o objetivo de delinear propostas de medidas para melhorar a sua cobrança. O método utilizado foi o estudo de caso com recurso a recolha documental, enquadrado pela legislação fiscal e Pareceres das Contas Gerais do Estado, proferidos pelo Tribunal de Contas de Cabo Verde. Os resultados indicam que este imposto passou por 4 fases, inicialmente conhecido como imposto de defesa (1939), posteriormente como imposto complementar sobre os rendimentos e imposto profissional (1963), depois assumiu o cariz de Imposto Único sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (1996) e na fase atual adotou a figura de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS) (2015). A oscilação deste imposto, entre 2008 e 2015, induziu um acréscimo médio de receitas de 102.712 milhares de Escudos Cabo-Verdianos (2,2% das receitas do IRPS), porém, o stock médio de dívidas deste imposto, neste período, ascendeu a 4,3% das receitas de IRPS. Desta constatação surgirão um conjunto de propostas de medidas para aumentar a eficácia da sua cobrança que envolvem o controlo da dívida fiscal com cruzamento de informações. Pretende-se, por um lado, purificar e cobrar estas dívidas, e, por outro, promover um forte investimento na educação/consciencialização fiscal.


Author(s):  
Ana Paula Couceiro Figueira ◽  
Filipa Rocha

O constructo atenção/concentração é um domínio complexo de análise, mas tem-se revelado de grande importância no desempenho académico e mesmo em tarefas da vida diária. Explorando as potencialidades de alguns módulos do programa de intervenção neuropsicológica REHACOG, foi realizado um estudo descritivo e exploratório com 37 crianças/adolescentes, do sexo feminino e masculino, com idades compreendidas entre os 7 e os 17 anos, com fragilidades atencionais. A amostra foi dividida e analisada em função de ciclos de escolaridade. Trata-se de um estudo de pré e pós-teste e a intervenção de algumas tarefas dos módulos de atenção do REHACOG. Os resultados obtidos revelam algumas diferenças nos diferentes ciclos de estudo, sugerindo relações positivas e estatisticamente significativas entre as variáveis sob análise.


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