Em Tese
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Published By Faculdade De Letras Da Ufmg

1982-0739, 1415-594x

Em Tese ◽  
2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 247
Author(s):  
Leila De Aguiar Costa

Emma ou o amor infeliz. Episódio de cólera no Québec em 1832, título do conto publicado pelo jurista, professor de Direito e prefeito da cidade do Québec em princípio do século XIX, o canadense Ulric-Joseph Thessier, é narrativa que encena o flagelo que acomete uma comunidade quebequense em geral e uma família abastada em particular. Suas poucas dez páginas representam os horrores advindos do cólera que, flagelo mal administrado pelas autoridades locais, ataca diversas classes sociais, sem distinção. A anedota que emoldura o conto conta o fracasso da paixão amorosa do casal Emma e Eugène, pois que o cólera atinge a jovem e conduz a um desfecho irremediável e bastante trágico.


Em Tese ◽  
2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 262
Author(s):  
Camila Carvalho

Guiada pela inteligibilidade de um corpo-memória que recupera o passado revelando sua latência no presente, em Jamais o fogo nunca (2007) Diamela Eltit propõe, de forma literariamente política, uma releitura histórica da ditatura militar chilena de um modo, fundamentalmente, feminino. Neste romance, uma mulher sem nome rememora episódios passados ao mesmo tempo em que examina a banalidade do presente que compartilha com seu companheiro, a imagem degradada de uma liderança militante autoritária. Por meio desse corpo-ruína, que interpela o desaparecimento de um projeto político, revelando suas contradições internas, Jamais o fogo nunca expõe a relação dialética que une passado e presente para retirar do silenciamento a hierarquia de gênero que estruturou tanto o moralismo do Estado quanto as organizações militantes. Ao aproximar-se da ditadura militar por meio do escrutínio da masculina militância, o romance questiona a falocêntrica racionalidade e elabora um tipo de aproximação ao passado que, como colocou Walter Benjamin nas teses que compõem seu “Sobre o conceito de História” (1940), alia rememoração e redenção. Neste artigo, interessa-nos investigar em que medida esse gesto – que coloca em xeque os lugares hegemônicos do saber – possibilita ao romance de Eltit postar-se como uma instância dissensual de pensamento.


Em Tese ◽  
2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 280
Author(s):  
Camila Bylaardt Volker
Keyword(s):  

Resenha do livro A Parábola do Semeador, da autora americana Octavia Butler, traduzido pela primeira vez no Brasil em 2017.


Em Tese ◽  
2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 295
Author(s):  
Carlandréia Ribeiro

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Em Tese ◽  
2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 100
Author(s):  
Elizabeth Cardoso ◽  
Luis Carlos Girão ◽  
Raquel Laranjeira Pais

Dentro de uma tradição que se inicia no século XVII, ao confluir educação e literatura, as cartilhas ou abecedários sempre associaram a aprendizagem da leitura aos processos de imaginação próprios à infância. No contemporâneo, alguns livros categorizados como abecedários literários despontam pela potência de sua ludicidade poética ao brincar com palavras e imagens no estruturar o letramento estético, levando-nos a questionar: como a literatura para infância desconstrói o alfabeto para construir o leitor literário? Partindo dessa questão, tomamos os títulos A E I O U (2008), de Angela Lago e Zoé Rios, e ABC em movimento (2006), de Suzy Lee, como corpus representante de nossa discussão. Para auxiliar nossa reflexão sobre essas experiências de linguagem, partimos do pensamento por semelhanças de Walter Benjamin (1985; 2002; 2013), que embasa as discussões de Giorgio Agamben (2005), sobre in-fância da linguagem, e de Georges Didi-Huberman (2017), sobre desaprender a aprender, apesar de tudo.


Em Tese ◽  
2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 232
Author(s):  
Cristóvão José dos Santos Júnior

Esta é a primeira tradução lipogramática do Livro XIV da obra De aetatibus mundi et hominis. Tal escrito é o mais antigo lipograma atestável, sendo atribuído ao autor norte-africano e tardo-antigo Fábio Plancíades Fulgêncio, o Mitógrafo, que teriavivido entre os séculos V e VI d.C. Nesta última seção, Fulgêncio descreve a vida de imperadores romanos a partir de sua óptica moral cristã sem empregar unidades lexicais que apresentem a letra ‘o’. Ressalte-se, por fim, que essa marca estilística foi cultivada no texto de chegada, proposto a partir da edição crítica estabelecida pelo filólogo latinista Rudolf Helm (1898), haja vista sua relevância para a História da Arte e para a tradição de Escrita Constrangida.


Em Tese ◽  
2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 122
Author(s):  
Rafael Fava Belúzio
Keyword(s):  

Bilhete: Leitor, se quiser vasculhar essa carta, você precisará ter a permissão da Ana Martins Marques. Escrevi para ela pensando em conversar um pouco sobre como se fosse a casa (2017) e tentei abordar alguns assuntos que me chamam a atenção na poética da autora. Eu estava aqui, no Edifício JK, em Belo Horizonte, e fiquei comparando os textos da poetisa e determinados aspectos do prédio de Niemeyer, local em que Ana e eu, migrantes, moramos por algum tempo. Também fiquei refletindo sobre o modo de a escritora desenvolver a musicalidade nos enjambements de seus versos, além de notar que a sua obra mais recente está em diálogo com as anteriores A vida submarina (2009), Da arte das armadilhas (2011) e O livro das semelhanças (2015). Enfim, ainda há nessas páginas fotos pessoais e assuntos delicados. Conto com a sua discrição. Um abraço.


Em Tese ◽  
2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 79
Author(s):  
Rafael Guimarães Tavares Silva

Partindo de um conjunto de obras literárias muito díspares, unidas principalmente por abordarem o mesmo tema do caos provocado pela instalação de uma peste ou epidemia, proponho uma série de considerações sobre o Ensino de Literatura à luz de nosso presente pandêmico. Para isso, tento extrair dessas narrativas o material básico para propor estratégias pedagógicas capazes de estabelecer discussões críticas que conduzam à possibilidade de uma tomada de consciência e de posição perante a realidade por parte das pessoas envolvidas nesse processo. Reflexões sobre isolamento social, conectividade virtual e outros aspectos transversais às muitas situações colocadas aqui em diálogo suscitam a possibilidade de um olhar renovado sobre o jogo entre teoria e crítica da literatura numa prática pedagógica atenta ao presente.


Em Tese ◽  
2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 306
Author(s):  
Brenda K Souza

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Em Tese ◽  
2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 14
Author(s):  
André Carvalho
Keyword(s):  

: Este artigo discute A praga escarlate (The Scarlet Plague), novela publicada em 1912 pelo escritor estadunidense Jack London. A obra detalha um futuro alternativo em que o planeta foi devastado por uma pandemia e a população restante vive em condições próximas à barbárie. A obra é examinada em relação a teorias de contágio e é interpretada como uma instância exemplar das transformações intelectuais e políticas da chamada Era Progressista. Detalhamos como teorias da microbiologia e da epidemiologia influenciaram conceitos nascentes de multidão e cultura, particularmente em teorias nascentes de sociologia e comunicação. Argumentamos que a novela pode ser lida como uma reflexão sobre as atitudes e as ambivalências de uma classe de intelectuais reformistas da época, que buscava encontrar métodos e linguagens originais para representar a nova realidade social dos centros urbanos industrializados na passagem para o século XX.


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