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Published By Universidade De Sao Paulo Sistema Integrado De Bibliotecas - Sibiusp

2317-8086, 1516-5159

2021 ◽  
pp. 261-296
Author(s):  
Simone Caputo Gomes

Chaves de leitura para a Poesia Cabo-verdiana contemporânea na sua relação com os conceitos de Literatura Mundial e Literatura-Mundo, com base em propostas teóricas de Zhang Longxi, David Damrosch, Armando Gnisci, Franco Moretti, Édouard Glissant, Helena Buescu e Zilá Bernd, entre outros pesquisadores. Constructos como transárea, arquipélago e vetorização, definidos por Ottmar Ette, bem como de Postpoesia, segundo Augustín Fernández Mallo, mostrar-se-ão também produtivos para o estudo da Poesia Cabo-verdiana.


2021 ◽  
pp. 400-429
Author(s):  
Providence Bampoky
Keyword(s):  

Partindo do argumento de Moretti (2000) de que o romance moderno desponta nas culturas periféricas não como desenvolvimento autônomo, mas como uma conciliação entre influência formal estrangeira e conteúdos locais, busco pensar, neste artigo, como Kourouma manipula a língua do colonizador para expressar nela sentimentos e realidades imaginadas na sua língua materna - o malinké[1] e como ocorre dentro do sistema literário mundial esta luta pelo reconhecimento.   [1] O termo designa o indivíduo que pertence ao grupo étnico malinké, mas também designa a língua. Tradicionalmente, agricultores, artesãs e de religião muçulmana altamente influenciados pelas crenças animistas, os malinkés estão agrupados na Guiné, no Mali, na Costa do Marfim, no Senegal, na Gâmbia, na Serra Leoa, no Burkina Faso, na Guiné-Bissau, na Libéria e no Gana.


2021 ◽  
pp. 7-12
Author(s):  
Mário César Lugarinho ◽  
Paulo de Medeiros ◽  
Emanuelle Rodrigues dos Santos

Editorial nº 40


2021 ◽  
pp. 464-497
Author(s):  
Murilo Coelho

A polifonia como o procedimento literário que, por meio de efeitos mundiais, dá voz às múltiplas vozes do sistema-mundial. Mas do outro lado, uma ideologia autoritária e monológica, amenizada por aspirações utópicas, ditando ou orquestrando essa polifonia: Riobaldo. Patriarca sagaz e carismático, mostraremos como esse narrador dúbio e digressivo conta a história do avanço da civilização sobre o sertão, enfatizando poeticamente o que há de épico e ocultando retoricamente o que há de prosaico nesse feito que, enfim, é tão comum ao mundo moderno: a assimilação de uma zona periférica e em conflito (leia-se, improdutiva) ao sistema-mundial.


2021 ◽  
pp. 364-399
Author(s):  
Adriana Cristina Aguiar Rodrigues
Keyword(s):  

A entrada de Angola na economia neoliberal e o fim da guerra civil deram a Luanda o aspecto de um canteiro de obras que visava conferir a ela o status de cidade global. Todavia, as mudanças econômicas advindas das relações (assimétricas) com o capital internacional não foram capazes de obliterar a permanência de desigualdades e da lógica espacial de exclusão incrustrada na urbe. Tomando esse contexto e as concepções de literatura-mundo definidas por membros do Warwick Research Collective (2015), o artigo analisa as contradições do sistema-mundo capitalista no romance Os transparentes (2013), de Ondjaki, compreendido aqui como expressão cultural da lógica contraditória da modernidade.


2021 ◽  
pp. 297-332
Author(s):  
Elena Brugioni
Keyword(s):  

Abordando os debates críticos que caracterizam a pesquisa no âmbito dos estudos do oceano Índico, bem como no campo das literaturas africanas e do debatesobre literatura-mundial (world-literature WReC), este artigo apresenta uma reflexão sobre a ideia de ruínas, restos – debris – e escrita de si – self-writing – como dispositivos estéticos e conceituais através dos quais narrativas visuais e literárias registram o passado e problematizam o futuro, sugerindo novas possibilidades críticas para abordar e analisar formas de narrar e imaginar o presente e a subjetividades no âmbito do que se define como literaturas do oceano Índico.


2021 ◽  
pp. 73-115
Author(s):  
Stephen Shapiro

Franco Moretti (2005) afirma que as formas narrativas a que chamamos de gêneros têm longevidades perceptíveis, devido ao seu uso relativo e valor de troca como mercadorias culturais. Concentrando-se no romance europeu pós-1800, ele argumenta que gêneros específicos têm um ciclo de vida de cerca de 25-30 anos antes de sua eficácia no mercado se desgastar. Por que, no entanto, os gêneros não apenas têm um padrão ondulatório de ascensão e queda, mas também diminuem (ou reaparecem) em aglomerados em pontos de inflexão, como "final de 1760, início de 1790, final de 1820, 1850, início de 1870 e meados da década de 1880”? Esse movimento em grupo significa, para Moretti, a presença de uma “explicação causal [que] deve ser externa aos gêneros e comum a todos: como uma mudança repentina e total de seu ecossistema. Ou seja, uma mudança em seu público. Livros sobrevivem se são lidos e desaparecem se não o são: e quando todo um sistema genérico desaparece de uma vez, a explicação mais provável é que seus leitores desapareceram de uma vez ”. O desaparecimento de gêneros agregados marca o tempo de vida de uma "geração", uma duração do "clima mental" particular dos leitores.


2021 ◽  
pp. 333-363
Author(s):  
Emanuelle dos Santos

Com foco na inerente relação entre as esferas locais e globais que marca a ficção de João Paulo Borges Coelho, este ensaio propõe que a articulação estética da memória pós-colonial presente em sua obra constitui-na como literatura-mundial. Através da análise do romance Rainhas da Noite (2013), argumentamos que sua representação nuançada do colonialismo pela lente da memória opera uma crítica das sociedades pós-coloniais que é, intrinsecamente, transnacional e sistêmica.


2021 ◽  
pp. 178-214
Author(s):  
Sharae Deckard
Keyword(s):  

Este artigo constitui um estudo de caso de comparativismo literário-mundial considerando duas obras de ficção contemporâneas da semiperiferia, African Psycho [Psicopata Africano] (2003) do congolês Alain Mabanckou e Jaime Bunda, Agente Secreto (2001) do angolano Pepetela, os quais empregam narradores "imperfeitos" com corpos comicamente exagerados cujas assimetrias físicas empregam uma semiótica somática que incorpora satiricamente os afetos e habitus corporais associados ao desenvolvimento desigual, com assimetrias correspondentes no enredo, narração e forma. Ambos os textos se apropriam e reinventam autoconscientemente dispositivos narratológicos anteriores de escritores das periferias, incluindo Machado e Dostoiévski. Essas inovações narratológicas são soldadas a uma estética desigual que combina elementos dos gêneros ficção policial, detetive e de suspense. Eu proponho que o "narrador falho" proeminente nas obras de Pepetela e Mabanckou pode ser interpretado como um dispositivo formal que intermedia as pressões sociais do desenvolvimento desigual em vários contextos sócio-temporais, e compararei seu uso contemporâneo nesses dois contextos diversos de nações pós-coloniais africanas à luz de localizações de produção literária semiperiféricas anteriores, considerando Luanda de Pepetela e Brazavile de Mabanckou em referência a São Petersburgo de Dostoiévski, Praga-Boskovice de Herman Ungar e Rio de Janeiro de Machado.


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