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Published By Rahis - Revista De Administracao Hospitalar E Inovacao Em Saude

1983-5205, 1983-5205

RAHIS ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 70-74
Author(s):  
Ana Faria Ulhoa ◽  
Yasmin Justine Borges ◽  
Luíza Pereira Lopes ◽  
Isabella Taynah Rodrigues Nogueira Dias

As cardiopatias, principais causas de morbimortalidade materna, incidem em 1% das gestações. Uma das raras causas, a Síndrome de Takotsubo (ST), é caracterizada por disfunção ventricular esquerda reversível. Permanece desconhecida e pobre em estudos clínicos, sendo então subdiagnosticada. Assemelha-se a síndrome coronariana aguda e, eventualmente, se apresenta como emergência cardiológica. O objetivo deste relato foi descrever o caso de uma puérpera de gestação gemelar que apresentou diagnóstico de ST. A teoria mais aceita da etiopatologia é de um aumento na liberação local de catecolaminas induzida pelo estresse, produzindo espasmos cardíacos que geram alterações na contratilidade cardíaca. Na ST, o foco é no episódio agudo, pois a disfunção é transitória. O tratamento de suporte é o mesmo que nas demais situações cardiológicas. São necessários mais estudos sobre a ST em gestantes e puérperas, de maneira a direcionar a condução de casos futuros. A abordagem pré-concepcional e perinatal das cardiopatias é importante para diminuir intercorrências que possam aumentar o risco materno e fetal.


RAHIS ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 81-86
Author(s):  
Vanessa Caroline Randi Magalhães ◽  
Daniel Assis Santos

INTRODUÇÃO: As micoses sistêmicas representam um grande desafio mundial e ainda são um tema negligenciado pelas autoridades de saúde pública. Estima-se que mais de foram 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de infecções fúngicas a cada ano com cerca de 1,0 a 2,0 milhões de mortes. Sabe-se que o atraso do diagnóstico das micoses sistêmicas impossibilita o início da terapia antifúngica imediata podendo ocasionar mortes ou o agravamento destas. O diagnóstico micológico, usualmente, baseia-se na identificação dos fungos por meio da observação de suas características morfológicas, isolados do material clínico cultivado. No entanto, em se tratando de amostras sanguíneas, sistemas de hemocultura automatizados são utilizados. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico dos fungos isolados de amostras sanguíneas cultivados no sistema de hemocultura automatizado e nos meios usuais da micologia clássica. METODOLOGIA: Amostras sanguíneas de 596 pacientes internados no Hospital Eduardo de Menezes, Minas Gerais, no período de março de 2017 a dezembro de 2019, foram inoculadas pareadas nos meios ágar Sabouraud e ágar Mycosel e no frasco aeróbio do sistema BacT/ALERT®. RESULTADOS: Candida spp. 0,3% (2/596, IC 95% 0,09 - 1,22) Cryptococcus spp. 0,8% (5/596, IC 95% 0,36 - 1,95) e Sporothrix spp. 0,2 % (1/596, IC 95% 0,03 - 0,94) foram os fungos isolados na hemocultura automatizada. Por outro lado, recuperamos Cryptococcus spp. 1,0% (6/596, IC 95% 0,46 - 2,18), Histoplasma spp. 3,0% (18/596, IC 95% 1,92 - 4,72), Paracoccidioides spp. 0,5% (3/596, IC 95% 0,17 - 1,47) e Sporothrix spp. 0,2 % (1/596, IC 95% 0,03 - 0,94) nas culturas micológicas clássicas. CONCLUSÃO: Os fungos mostraram notável variabilidade entre os gêneros na preferência das metodologias utilizadas. Na prática, podemos concluir que as metodologias se complementam e dessa forma, a aplicação simultânea da hemocultura automatizada e das culturas micológicas em Sabouraud e Mycosel oferecem a possibilidade de detectar uma diversidade maior de agentes fúngicos e melhora a sensibilidade do diagnóstico. Palavras-chave: micoses sistêmicas, diagnóstico micológico, hemocultura automatizada.


RAHIS ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 138
Author(s):  
Paola Nunes Fernandes ◽  
Henrique Alves Antunes ◽  
Ingrid Werneck Linhares ◽  
Izabella Cristina Ribeiro Alves

INTRODUÇÃO: De acordo com a Organização Mundial de Saúde os bebês com até seis meses de vida devem ser alimentados exclusivamente com leite materno (LM), começando na primeira hora de vida. Contudo, diante da impossibilidade do LM, deve-se utilizar uma fórmula infantil (FI) que satisfaça as necessidades nutricionais do lactente, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde e sociedades científicas internacionais. OBJETIVO: Analisar e comparar as fórmulas infantis comercializadas no Brasil. METODOLOGIA: Avaliou-se a composição nutricional das FI de partida - FIP (do nascimento até 5 meses e 29 dias), de seguimento - FIS (6 meses até 11 meses e 29 dias) e para necessidades dietoterápicas específicas - FINDE (do nascimento até 11 meses e 29 dias). Para análise, considerou-se aquelas de acordo com a legislação brasileira segundo a RDC nº 43 e nº 44, de 19 de setembro de 2011. Analisou-se a densidade calórica (DC), macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) em g/100g e sua composição e micronutrientes em (mg/100g). RESULTADOS: Das 45 FI analisadas, 15,5%(7) são classificadas como FIP, 15,5%(7) FIS e 69%(31) FINDE. A DC variou entre 0,66 (valor calórico médio encontrado no leite materno) a 1 Kcal/mL (hipercalórica). A lactose é o carboidrato presente em 100% das FIP e das fontes proteicas, 57%(4), eram compostas por 60% do soro do leite e 40% de caseína. Considerando os micronutrientes, 100%(7) apresentaram a relação cálcio:fósforo na proporção 1:1 a 2:1, os níveis de sódio estavam entre 130 a 200mg e nas FIS e FINDE há teor extra de ferro para compensar a menor biodisponibilidade do mineral e maior necessidade do lactente. De acordo com a Dietary Reference Intakes (DRI’s) ou Consumo Dietético de Referência, as recomendações aumentam de 0,27mg para 11mg (após o sexto mês de vida). Nas FIS a lactose foi mantida em 100% somente em 42% (3), nas demais houve acréscimo de maltodextrina (polímeros de glicose) em sua composição. Entre as FINDE  houve uma maior variação entre as fontes de macronutrientes de sua composição, a fim de se adequarem às diferentes condições dietoterápicas propostas. CONCLUSÃO: Apesar de toda pesquisa científica e seus constantes avanços, não existe FI capaz de manter todas as propriedades nutricionais, imunológicas e de excelência do LM. É papel do profissional saber analisar as diferenças entre as marcas e, quando necessário sua prescrição, realizar de maneira individual objetivando o adequado crescimento e desenvolvimento.


RAHIS ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 156
Author(s):  
Cássia C. P. Mendicino ◽  
Cristiane A. Menezes de Pádua

INTRODUÇÃO: A frequência de alterações metabólicas em pessoas vivendo com HIV (PVHIV) é maior que a frequência na população geral. Estas alterações podem estar associadas em uma complexa e sinérgica interação levando à ocorrência de doenças crônicas, as quais representam as principais causas de mortalidade em PVHIV atualmente. OBJETIVO: Estimar a frequência das comorbidades mais frequentes em PVHIV em uso de terapia antirretroviral (TARV) e avaliar os principais fatores de risco. MÉTODOS: Foi realizado um estudo seccional entre 2017-2018 em 98 PVHIV (> 18 anos de idade) que iniciaram TARV entre 2001-2005 em Belo Horizonte. O evento definido foi o número total de comorbidades simultâneas. Foram consideradas as seguintes comorbidades: hiperglicemia, dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica (HAS) e densidade óssea mineral (DOM) reduzida. Idade, sexo e atividade física habitual (Questionário de Baecke) foram as variáveis de exposição. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, exames de laboratório e de imagem e dados de prontuários. Análises descritivas foram realizadas, frequências absolutas/relativas foram estimadas. A associação entre o evento, idade e o atividade física foi estimada utilizando o modelo de Quasipoisson multilinear, ajustado pelo sexo (R-Software versão 3.0.1). RESULTADOS: A maioria dos participantes era homens (53%) com idade média=51,8 anos, tempo médio de exposição à TARV=15,6 anos e 82% com atividade física moderada. Foram identificadas 207 comorbidades: 70 ocorrências de dislipidemia em (71% dos participantes), 51 ocorrências de HAS em (52% dos participantes), 44 ocorrências de DMO reduzida (45% dos participantes) e 42 ocorrências de hiperglicemia (43% dos participantes). 56% dos participantes apresentou mais de uma comorbidades (média=2,1 alterações/participante). 91 participantes apresentaram pelo menos uma alteração. Como alteração isolada mais comum foi identificada a dislipidemia (12 participantes), seguida da ocorrência simultânea de dislipidemia+hiperglicemia ou dislipidemia+HAS (36 participantes). Dislipidemia+hiperglicemia+HAS formou a ocorrência tripla mais frequente em 24 participantes e 13 participantes apresentaram as quatro alterações. O modelo multivariado mostrou um efeito discreto a cada 10 anos na idade (OR=1,03; CI95%=1,02-1,04) e um efeito importante da atividade física moderada (referência: ativ. física alta) (OR=1,84; CI95%=1,08-3,13) sobre o aumento no número de comorbidades. CONCLUSÃO: Devido à disponibilidade de TARV, as PVHIV apresentam maior sobrevida, entretanto enfrentam desafios com relação à ocorrência de doenças crônicas. Estilos de vida saudáveis, tais como atividade física habitual, devem ser incentivados para garantir uma vida saudável nesta população.


RAHIS ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 145
Author(s):  
Laura Braga Figueiredo Braga ◽  
Marcio Bruno Figueiredo Amaral ◽  
Stella Cristina Soares Araújo ◽  
Roger Lanes Silveira

INTRODUÇÃO: A pandemia do Novo Coronavírus 2019, afetou diversos países, devido à alta virulência do SARS-Cov-2, o protocolo recomendado para prevenir a infecção é o isolamento social. OBJETIVO: Comparar o número de pacientes internados e seus dados epidemiológicos em um Hospital do Trauma após a declaração do estado de pandemia e na primeira semana de isolamento obrigatório, com o mesmo período em 2019. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo dos prontuários dos pacientes internados no Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital João XXIII, entre 24 de março a 31 de março de 2020 e 2019. A coleta de dados contemplou um total de 129 prontuários. RESULTADOS: Houve redução de 52,27% no total de pacientes e 76,34% no total de consultas do serviço durante o bloqueio. Todos os grupos apresentaram diminuição da significância com eventos de acidentes de trânsito, o grupo de 11-20 anos apresentou aumento na correlação com violência e quedas. Ao comparar os dois gêneros com as etiologias, o masculino apresentou aumento na correlação com violência e quedas. O gênero feminino apresentou correlação apenas com causas menores. Nenhuma significância válida foi observada ao comparar mulheres com eventos de violência.     CONCLUSÃO: O lockdown é uma forma eficaz de reduzir não só a transmissão do COVID-19, mas o uso e ocupação hospitalar, o que traz um duplo benefício ao sistema de saúde no momento da pandemia.


RAHIS ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 134
Author(s):  
Felipe Leonardo Rigo ◽  
Stayse Soares de Almeida ◽  
Elizabeth Iracy Alves Leite
Keyword(s):  

INTRODUÇÃO: A retirada de suporte invasivo, como a ventilação mecânica, constitui uma medida de alívio a dor ao paciente e é frequentemente realizada no momento anterior a morte. Nos casos de limitação terapêutica onde a morte é esperada, a extubação paliativa se torna uma medida de conforto nesse momento. Sua indicação e execução requer equipe multiprofissional, discussão e envolvimento prévio de toda equipe, diálogo, participação familiar e transcende para além das demandas dos cuidados rotineiros. OBJETIVO: Investigar a percepção dos profissionais que vivenciam o processo de extubação paliativa.  METODOLOGIA: Estudo qualitativo e exploratório, realizado na unidade de cuidados paliativos pediátricos de um hospital público da rede estadual de saúde de Minas Gerais, em 2020. Estudo aprovado pelo Parecer: nº 4.071.373.  RESULTADOS: Foram entrevistados 11 profissionais de saúde. Emergiram 4 categorias temáticas: Conhecimento prévio a acerca da extubação paliativa; Planejamento da conduta; Comunicação entre equipe e compartilhamento do cuidado e Percepção e entendimento sobre o procedimento.  Os profissionais relataram maior conhecimento teórico sobre a extubação paliativa porém, trouxeram que compreenderam melhor o procedimento na prática. Algumas classes profissionais não se sentiram incluídas no planejamento assistencial que abrangia conversa prévia com os familiares do paciente e discussão sobre o plano de cuidados. Falhas na comunicação entre os membros da equipe também foram evidenciados por profissionais não médicos. O procedimento foi entendido por todos os profissionais como necessário em virtude do prognóstico clínico da criança.  CONCLUSÃO: Faz necessário realizar novas pesquisas relacionados as percepções da equipe multiprofissional frente às estratégias assistenciais em unidades de cuidados paliativos para que as condutas sejam alinhadas e haja maior envolvimento de todos profissionais. Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Pediatria; Extubação


RAHIS ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 161
Author(s):  
Lorena Marques Heck de Piau Vieira ◽  
Luíza Pereira Lopes ◽  
Maria Gabriela Ferreira Carvalho
Keyword(s):  

INTRODUÇÃO: Pobreza ou precariedade menstrual é um conceito que engloba o desafio vivenciado por bilhões de pessoas, no Brasil e no mundo, que não tem acesso adequado à saneamento básico, itens de higiene pessoal, protetores menstruais ou banheiros. Segundo dados da ONU, 12,5% da população feminina sofrem com este obstáculo, o que pode ser penoso durante a menstruação. Trata-se de um tema que reflete uma problemática sistêmica de desigualdade social e de gênero.   OBJETIVOS: Analisar a realidade das mulheres brasileiras que menstruam, a dificuldade de acesso aos seus direitos menstruais e o impacto gerado na vida destas. METODOLOGIA: Revisão sistemática de artigos científicos originais nas bases de dados do PubMed, Medline, Lilacs e Scielo. Ao enfatizar os termos “Mulher”, “Pobreza”, “Menstruação”, foram selecionados “10” artigos, dos anos 1997 a 2021, relacionados ao assunto abordado. Utilizou-se como critério de escolha: pesquisas científicas até o ano de 2021 escritas e publicadas em português e inglês, selecionando aquelas que abordaram dados epidemiológicos, definições e políticas públicas sobre a pobreza menstrual.   RESULTADOS: No Brasil aproximadamente 26% das mulheres sofrem o impacto da pobreza menstrual.  A falta de acesso a absorventes, por exemplo, leva ao uso inapropriado de papéis, sacolas plásticas, meias e jornais, com consequente surgimento de vulvovaginites, infecções do trato urinário e outras complicações. A situação se agrava para presidiárias, refugiadas e moradoras de rua. Ademais, além de afetar a saúde física e psíquica de inúmeras pessoas, faz perdurar a desigualdade entre homens e mulheres. 10% das meninas não comparecem às aulas quando estão menstruadas. Neste mesmo contexto, sabe-se que o nosso país possui uma das mais elevadas taxações sobre absorventes no mundo, com tributação média de 25% do produto. Isto, somado à não distribuição de tais produtos e o descaso na criticidade da situação demonstram a importante de se debater a respeito.   CONCLUSÃO: Com base na análise feita, é imprescindível dizer que a pobreza menstrual impacta negativamente na vida de milhares de mulheres no Brasil. Assim, este atual cenário evidencia a necessidade de mais políticas públicas de saúde para zelar pela dignidade humana da população feminina que sofre diariamente com a escassez de condições adequadas para o período menstrual.


RAHIS ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 166
Author(s):  
Cassia C. P. Mendicino ◽  
Cristiane A. Menezes de Pádua

INTRODUÇÃO: Na medida em que novos conhecimentos avançavam com relação à infecção do HIV, protocolos para o tratamento eram lançados, mas a questão mais abordada era sempre “quando” iniciar o tratamento. Atualmente, diante do diagnóstico de infecção pelo HIV, as principais recomendações são a contagem de linfócitos T-CD4+ (T-CD4+), início imediato da terapia antirretroviral (TARV) e a carga viral (CV) após oito semanas de TARV. OBJETIVOS: Apresentar as mudanças ocorridas nos protocolos para tratamento do HIV e a evolução de T-CD4+ e CV e início da TARV de pessoas vivendo com HIV (PVHIV) em Minas Gerais. MÉTODOS: Uma análise seccional foi realizada em PVHIV (>18 anos) em Minas Gerais (MG), que iniciaram TARV entre 2004 e 2018. Os dados foram obtidos de bases nacionais: Sistema de Controle de Exames (SISCEL) e Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM). O tempo mediano para o início da TARV foi estimado a partir da data da primeira contagem de T-CD4+. Foram considerados para o T-CD4+ os exames realizados até 90 dias antes do início da TARV. Foi considerado para a CV o primeiro exame realizado após início da TARV. Todas as proporções foram estimadas tendo como denominador o total de participantes que iniciou TARV no respectivo período. Análises descritivas foram realizadas, teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para comparar as variáveis contínuas e o método de Bonferroni para múltiplas comparações. RESULTADOS: No total, 60.618 (67% sexo masculino; 48% 25-39 anos de idade) PVHIV iniciaram TARV entre no período. Destes, 36% realizaram contagem de T-CD4+ e 51% realizaram CV. Apesar do tempo mediano para início da TARV reduzir de 604 (2004-2007) para 28 dias (2016-2018) (p-valor<0,01), não foi observado aumento satisfatório nas contagens medianas de T-CD4+: de 288 cels/mm3 (2004-2007) para 349 cels/mm3 (2016-2018) (p-valor<0,01) e na redução da proporção de T-CD4+<200 cels/mm3: 13% (2004-2007) para 12% (2016-2018) (p-valor<0,01). Apesar da mediana da CV reduzir de 2,3 log10 (2004-2007) para 1,7 log10 (2016-2018) (p-valor<0,01), a proporção de CV indetectável reduziu de 56% (2004-2007) para 11% (2016-2018) (p-valor<0,01). CONCLUSÃO: A maior parte das recomendações foi seguida, principalmente quanto ao início precoce da TARV. Entretanto, o acesso aos exames de T-CD4+ e CV ainda é restrito e a evolução dos resultados é insuficiente. Estes exames são fundamentais na avaliação da reconstituição imunológica e na redução da CV e seus resultados são reflexos no controle adequado no tratamento da infecção pelo HIV.


RAHIS ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 157-158
Author(s):  
Ronaldo Sales de Araujo ◽  
Nádia Laguárdia de Lima
Keyword(s):  

O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da cirurgia de mastectomia em mulheres atendidas em um ambulatório hospitalar público na cidade de Belo Horizonte - MG. A metodologia utilizada constou de pesquisa bibliográfica e estudo de caso numa abordagem psicanalítica de orientação Freud-lacaniana. Os casos clínicos analisados mostraram que a mutilação do seio teve o efeito de um confronto com o real, despertando a angústia e causando grande impacto psicossocial. Por que estas mulheres não verbalizavam o tema da morte, mas questões relativas à imagem corporal e à sexualidade? A análise por meio da clínica psicanalítica demonstrou o modo particular como cada uma subjetivou aquele momento vivido. Constatou-se que a noção de feminilidade para estas mulheres estava ligada à beleza corporal. Foi comum relatos de inibições sexuais, bem como a recusa do ato sexual depois da cirurgia de mastectomia. Concluiu-se que os efeitos dessa castração real no corpo sobre a imagem e a identificação com a feminilidade e sua relação com a beleza devem ser analisados de forma particular, reconhecendo, portanto, a impossibilidade de formular uma resposta universal para esta questão.


RAHIS ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 137
Author(s):  
Cristiane Rosa ◽  
Jean Carlo da Silva ◽  
Marisa Afonso Andrade Brunherotti
Keyword(s):  

Introdução: A Educação Permanente em Saúde (EPS) é uma política nacional instituída pelo governo federal em 2004, que visa a metodologia de ensino-aprendizagem aos profissionais da área, acadêmicos, gestores e representantes sociais. É a aprendizagem no trabalho, feita a partir dos problemas enfrentados na realidade, levando em consideração as experiências das pessoas e tendo como público alvo a equipe multiprofissional. A Educação Continuada (EC) é um processo educacional dinâmico, que busca qualificação e aperfeiçoamento técnico. Está relacionada a conhecimentos e saberes, atualizações técnico-científicas, promovendo o desenvolvimento pessoal e desempenho profissional. Objetivo: Descrever o percentual de ações de EP e EC realizadas na Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG). Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo, desenvolvido na FHEMIG, no período de 2013 a 2018, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Franca/UNIFRAN (Parecer nº 2.633.368) e da FHEMIG (Parecer nº 2.940.015).   Foi feito um levantamento de todas as ações educativas realizadas nas 20 unidades da rede FHEMIG e calculada a porcentagem de ações relacionadas a EP e a EC Foi utilizada a planilha de dados do Sistema de Gestão em Educação Permanente (SIGEPE). Resultados: Em 2018 o Hospital Regional João Penido (HJP) apresentou mais ações de EP (n=772), seguido do Hospital Júlia Kubitschek (HJK) (n=614). Em relação a EC, o HJK e o Hospital Regional de Barbacena (HRB) foram as unidades que apresentaram mais ações (n = 1.292; n = 1171). Em todas as unidades hospitalares, houve um aumento do número de ações educativas realizadas ao longo dos anos. Discussão: O Complexo Hopitalar representa uma das maiores redes de hospitais públicos da America do Sul e é grande o número de demandas por ações educativas em todas as unidades. Necessita-se gerar planejamento e práticas voltadas para a EP, considerando a habilidade técnica. Conclusão: A política de formação e de desenvolvimento do Complexo Hospitalar é formada de ações voltadas principalmente para a EC. É necessário apontar estratégias de melhoria para garantir maior adesão nas ações educativas.


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