Abril – NEPA / UFF
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Published By "Pro Reitoria De Pesquisa, Pos Graduacao E Inovacao - Uff"

1984-2090

2021 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 9-13
Author(s):  
Silvio Renato Jorge ◽  
Margarida Calafate Ribeiro

Apresentação à Abril 27.


2021 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 151-166
Author(s):  
Rafaella Cristina Alves Teotônio

Este ensaio pretende analisar como Caderno de Memórias coloniais (2015) e Luanda, Lisboa, Paraíso (2019), narrativas de Isabela Figueiredo e Djaimilia Pereira de Almeida, buscam abordar as duas faces de uma mesma história: a história da presença portuguesa na África. O trabalho busca discutir como as narrativas dessas duas autoras constroem, a partir das ruínas do Império, visões sobre o processo de colonização e descolonização, trazendo para a Literatura Portuguesa Contemporânea o debate acerca de temas como a nostalgia colonial, o racismo e a pós-memória.


2021 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 79-94
Author(s):  
Felipe Cammaert
Keyword(s):  

Na escrita de Paulo Faria, a apropriação das memórias alheias da guerra colonial portuguesa em África materializa-se em dois âmbitos complementares e, contudo, autónomos. Por um lado, o ponto de partida da escrita ficcional de Faria é a cristalização, na escrita e pela escrita, da memória do pai sobre a experiência colonial. Desde a perspetiva do filho, esta depuração da memória é representada em termos de uma guerra através da escrita, no intuito de reviver a experiência traumática do pai. Por outro, no processo de constituição da pós-memória, a visão do herdeiro é composta igualmente pelas narrativas das testemunhas diretas da guerra colonial, nomeadamente as dos militares que estiveram em Moçambique com o pai. Porém, nesse processo de construção de uma pós-memória pelo filho, acontece que, em ocasi.es, estas testemunhas interrogam a visão do descendente quando transformada em ficção. Ora, a resposta de Faria vai precisamente no sentido de insistir no caráter ficcional – e, sobretudo, mediado – da sua escrita, que sempre tem em conta o facto de se tratar apenas de uma memória de segunda mão.


2021 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 45-60
Author(s):  
Paulo De Medeiros

Close to half a century after their end, the colonial wars Portugal waged in a desperate and doomed attempt to hold on to its African colonies in 1974 remain still largely unprocessed. This article examines the multiple silences surrounding the colonial wars and the 25th April Revolution in Portugal drawing from the concept of postmemory and the notion of a traumatic past whose wounds have never healed. It argues that silence in the end does nothing more than allow those open wounds to go on festering. The combined silence over the dictatorship and the colonial wars was never more than a mild palliative, yet another self-delusion the nation allowed itself as it attempted to put on its new European costume. The article focuses on two films, Inês de Medeiros’ Cartas a uma Ditadura (2006) and Ivo M. Ferreira’s Cartas da Guerra (2016), their differences and their similarities, singling out the work of postmemory evident in the scenes with Belmira Monteiro and her granddaughter in the former. --- Original in English.


2021 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 95-108
Author(s):  
Daniel Laks
Keyword(s):  

O objetivo deste artigo e discutir o romance O anjo branco, de Jose Rodrigues dos Santos, a partir da ideia do campo literário como um arquivo de memorias que se confrontam em disputa por uma autoridade narrativa sobre um tempo e a legitimidade dos seus acontecimentos específicos. O autor se coloca como representante de sua comunidade de memória e teatraliza, no palco de sua narrativa, uma argumentação ideológica interessada muito mais na representação do que chama de “espírito do tempo” do salazarismo do que na reconstituição factual das ocorrências. Esta noção das intenções que sustentam as ações do regime está intimamente relacionada a base das teorias contratualistas que justificam o monopólio e a utilização da violência por parte do poder público quando visam o bem comum. Assim, o artigo discute a relação entre história, memoria, política e literatura a partir de teóricos como Thomas Hobbes, Hayden White, Micheal Pollack, Margarida Calafate Ribeiro e Diana Klinger.


2021 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 61-78
Author(s):  
Kathrin Sartingen ◽  
Sophie Baltas
Keyword(s):  

‚Wohnen‘ stellt immer noch ein Thema dar, das in Bezug auf den Film weitgehend unbehandelt scheint. Obwohl Düllo (2008, p. 358) in seinem Artikel Wohnen im Film feststellt, dass die jeweiligen Wohnsituationen von Filmfiguren ausschlaggebend für deren Verortung im Leben und Handeln bzw. deren Verankerung in der diegetischen Handlungsebene und –aktion sind, wird der spezifischen Wohnraumgestaltung bislang sehr wenig Bedeutung beigemessen. Dabei sind es gerade Aspekte wie die räumliche Verortung der ProtagonistInnen im Wohnraum sowie das individuelle Ausgestalten der Wohnräume – das spacing (DÜLLO, 2008, p. 369f) -, die essentielle und für das Filmgeschehen signifikante Aussagen zur kulturellen, sozialen, psychischen und identitären Einbettung der Figuren in konkrete Kontexte und Räume liefern. Insofern repräsentieren filmisch abgebildete Wohnungen, Häuser, Orte und Nicht-Orte (AUGÉ, 1994) immer auch die diversen kulturellen und geopolitischen Kontexte, in denen sich die Filmfiguren aufhalten. Sie lassen Rückschlüsse auf individuelle bzw. kollektive Wohnkulturen zu, und damit auf den Status, den Wohnraum in den verschiedenen Kulturen innehat, sowie die Möglichkeiten, Wohnraum zu haben, zu erhalten, auszugestalten, oder auch nicht zu haben. Am Beispiel von zwei mosambikanischen Dokumentarfilmen, Hóspedes da Noite von Licínio Azevedo (2007) und Grande Hotel von Lotte Stoops (2010) soll die diversifizierte Wohnsituation im alten Kolonial-Hotel in Beira, wie sie sich in den beiden Filmen spiegelt, analysiert werden. Im Kontinuum zwischen Spielfilm und Dokumentation angesiedelt, werden neue Perspektiven auf die Verhandlung von ‚Wohnen‘ in kolonialer und postkolonialer Zeit, und damit auf die (Re-)Vision von Vergangenheit und Gegenwart in Mosambik präsentiert. -----------------------------------------------------------  HOUSING EM MOÇAMBIQUE – PLURALIDADE NO CINEMA MOÇAMBICANO O “habitar” ainda representa um tópico que parece em grande parte não abordado na análise de filmes. Embora Düllo (2008, p. 358) declare em seu artigo “Wohnen im Film” (“Viver no Cinema”) que as respectivas situações de moradia dos personagens fílmicos são cruciais para situá-las em suas vidas e em suas ações, isto é, determinar sua ancoragem no nível diegético da ação, muito pouca importância tem sido dada até agora à específica configuração do espaço habitado pelos personagens. No entanto, é precisamente o aspecto da localização espacial de protagonistas no seu espaço habitacional que fornece informações significativas a propósito da incorporação cultural, social, psicológica e identitária dos personagens em contextos e espaços concretos. Neste sentido, os apartamentos, casas, lugares e não-lugares (AUGÉ, 1994) cinematograficamente representados refletem sempre os diversos contextos geopolíticos nos quais os personagens do filme se encontram. Eles permitem tirar conclusões sobre culturas habitacionais individuais ou coletivas e, portanto, sobre o estatuto que o espaço habitado tem nas diversas culturas, bem como as possibilidades de ter, manter, ou mesmo não ter moradia, isto é, um espaço para habitar. Tomando como exemplos dois documentários moçambicanos, Hóspedes da Noite de Licínio Azevedo (2007) e Grande Hotel de Lotte Stoops (2010), serão analisadas as diferentes dimensões do habitar no antigo hotel colonial em Beira. Situadas na interface entre longa-metragem e documentário, serão apresentadas novas perspectivas sobre a negociação das formas do “habitar” nos tempos coloniais e pós-coloniais, bem como sobre as formas de (re)visão do passado e do presente em Moçambique. --- Original em alemão.


2021 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 125-135
Author(s):  
Sheila Khan

O presente artigo procura olhar para dentro do ato de criação de uma pós- -memória partindo da análise do romance Maremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida. Recolhendo as contribuições teóricas da sociologia das ausências (SANTOS, 2002) e da sociologia pós-colonial das ausências (KHAN, 2015), defende-se as seguintes teses: em primeiro lugar, que o pós-colonialismo de experiência portuguesa encerra em si muitos dos legados de silenciamento e de invisibilização do ‘Outro’, como no tempo colonial; e, em segundo lugar, a preparação de um chão para a pós-memória implica um compromisso solitário de dever de memória por aqueles que, tanto no passado quanto no presente, se sentem ausentes e silenciados, quer nas narrativas oficiais, quer na arena pública da pós-colonialidade portuguesa.


2021 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 137-149
Author(s):  
Nicola Biasio

O presente artigo propõe apresentar o romance A visão das plantas, de Djaimilia Pereira de Almeida, através de uma chave de leitura ecocrítica e pós-colonial, a fim de destacar a relevância desse livro na produção literária da autora e no panorama da literatura da pós-memória afrodescendente. Em Portugal, a ecocrítica é uma disciplina que ainda não tem sido suficientemente utilizada como possibilidade metodológica de desconstrução das oposições binárias entre cultura/natureza e humano/não-humano que fundam o binómio colonizador/colonizado. A visão das plantas possibilita essa leitura ecocrítica de questões pós-coloniais, enfatizando em particular o tema da culpa. Para se inserir no grande debate da literatura, o romance conta uma história colonial visando descolonizar aquele mesmo passado que as segundas e terceiras gerações de afrodescendentes questionam no Portugal contemporâneo.


2021 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 17-43
Author(s):  
Margarida Calafate Ribeiro ◽  
Fátima Da Cruz Rodrigues

Este artigo oferece as narrativas biográficas de três artistas cujos trabalhos exercem um questionamento pós-memorial sobre o passado colonial português e as suas sombras no presente: Jorge Andrade, ator e encenador, nascido em Moçambique; Délio Jasse, artista visual, nascido em Angola; Vanessa Fernandes, cineasta, nascida na Guiné-Bissau. O nosso ponto de partida assenta numa reconceptualização do conceito de pós-memória desenvolvido no âmbito do projeto Memoirs – Filhos de Império e Pós- -Memórias Europeias, que identifica a herança colonial como uma questão transversal para a definição da Europa contemporânea. O nosso objetivo é o de proporcionar narrativas biográficas que permitam refletir sobre o impacto do final do colonialismo português nas memórias, nas vidas e nas produções artísticas de uma geração herdeira da experiência dos processos de descolonização de territórios colonizados por Portugal.


2021 ◽  
Vol 13 (27) ◽  
pp. 181-196
Author(s):  
Rodrigo Cavelagna
Keyword(s):  

Caderno de memórias coloniais, de Isabela Figueiredo (2018), constitui-se como uma escrita de memórias, no qual uma narradora-personagem rememora sua infância, abrangendo o período da Guerra de Independência de Moçambique (1964-1974) e, posteriormente, o processo de mudança social e política que se dá em Portugal após o 25 de abril de 1974. O livro representa a opressão do regime colonial e a denúncia de suas violências, valendo-se de diversos recursos estéticos, com uma composição fragmentária que traduz a complexidade do testemunho inscrito. Neste artigo, nos deteremos nas reflexões sobre a memória, na retomada de temas de Levi (2016), e na elaboração do testemunho, a partir da postura ética-política que assume a narradora-personagem. Para essa discussão empenhamos crítica específica, em Silvio Renato Jorge (2015) e Daniel Laks (2019), e bibliografia geral, em Walter Benjamin (2012), Márcio Seligmann-Silva (2008) e Jeanne Marie Gagnebin (2009).


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