A Cor das Letras
Latest Publications


TOTAL DOCUMENTS

394
(FIVE YEARS 104)

H-INDEX

1
(FIVE YEARS 0)

Published By Universidade Estadual De Feira De Santana

2594-9675, 1415-8973

2020 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 230
Author(s):  
Luiz Djavan Silva Santos ◽  
Sandro Marcío Drumond Alves Marengo

Os documentos configuram-se como fontes históricas, na medida em que nos transmitem informações pretéritas, possibilitando-nos acesso à informação de ordens diversas, na dada diacronia estudada, o período da libertação dos escravos e os primeiros dias da República. Este é o caso do Livro do Registro do Detalhe (DET) da Polícia Militar da Bahia, constando as ordens do dia e a rotina do quartel da Mouraria à sua época de escrita. Objetivamos apresentar um fragmento de edição fac-símile e diplomática do DET 68 e, em seguida, descrever as abreviaturas de patentes que aparecem no documento em tela.  Ao final, foram totalizadas 64 abreviaturas, dispostas em tabela geral com as suas variantes e o número de ocorrências, comparando as frequências segundo as classificações. Nossa base para estudos das abreviaturas foi centrada nos postulados de Spina (1994), Flexor (2008) e Berwanger e Leal (2008). Este estudo tem sua relevância primária por poder salvaguardar para a posteridade as ordens do dia, exibindo um contexto de usos linguísticos do século XIX. Em segundo lugar, aponta para um campo ainda pouco sistematizado que é o estudo das abreviaturas militares e sua significação social nos processos de produção da escrita oitocentista.


2020 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 77
Author(s):  
Eduardo Ferreira dos Santos ◽  
Kialunda Sozinho Kialanda

A complementação verbal é um dos fenômenos que diferencia o português brasileiro (PB) do europeu (PE) em relação a realização dos objetos diretos e indiretos – ou dativos (DUARTE, 1986; CYRINO, 1993,1997; TORRES MORAIS & BERLINCK, 2007; entre outros). Trabalhos como os de Mingas (2000), Miguel (2003), Campos (2010) e Lopes, Souza & Alvarenga (2016) apontam algumas características da complementação verbal no português de Luanda, capital de Angola, como a ocorrência de objeto direto nulo, comum no PB; uso do clítico 'lhe' para objeto indireto, comum no PE, mas também o seu uso como objeto direto, comum no PB. Faz-se necessário, então, um estudo mais amplo da complementação verbal em demais variedades do português angolano, como a variedade falada no Libolo.


2020 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 39
Author(s):  
Ana Maria Santiago ◽  
Ana Lívia Agostinho
Keyword(s):  

Este trabalho pretende discutir a situação linguística do português em São Tomé e Príncipe, situado no Golfo da Guiné. São Tomé e Príncipe é um país multilíngue, onde línguas crioulas de base portuguesa convivem com variedades locais de português, compondo uma ecologia linguística de grande complexidade e fortemente marcada pelo contato linguístico de línguas tipologicamente diferentes. Apresentaremos as características sócio-históricas da situação de contato em São Tomé e Príncipe e discutiremos a situação linguística atual e o papel do português neste contexto.


2020 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 208
Author(s):  
Warley José Campos Rocha ◽  
Valéria Viana Sousa

Neste artigo, temos como principal objetivo apresentar os resultados e discussões decorrentes de um teste de avaliação, o qual compôs uma parte do estudo que buscou descrever a variação/estratificação entre os pronomes você e cê, em posição pré-verbal, na função de sujeito de orações finitas, presente na comunidade de fala de Vitória da Conquista – BA (ROCHA, 2017). Quanto ao aporte teórico-metodológico, baseamo-nos no Sociofuncionalismo (LABOV, 2008 [1972]; HOPPER, 1991; TAVARES, 2003), o que permitiu discutir os dados e apresentar as conclusões alcançadas no estudo empreendido a partir da aplicação do referido teste, uma vez que, ao final das análises dos grupos de fatores linguísticos e sociais, foram observados indícios de estigma no que diz respeito ao uso da variante cê. Diante disso, perguntamo-nos se o uso preferencial pela forma conservadora, você, seria motivado pelos valores sociais das variantes e, assim, aplicamos um teste de atitude com dezessete informantes escolarizados da comunidade de fala em foco. Feito isso, foi possível comprovar que não há a presença de estereótipos referentes ao uso do cê no vernáculo conquistense. Palavras-chave: Alternância pronominal. Teste de avaliação. Sociofuncionalismo. Estigmatização.   


2020 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 285
Author(s):  
Patrícia Ribeiro De Andrade

Neste texto, discutimos o problema da compreensão leitora, com o objetivo de auxiliar graduandos em Letras e professores pouco experientes, na difícil tarefa de promover o desenvolvimento da proficiência em leitura, por estudantes da educação básica. Realizamos, para tanto, um breve exercício de transposição didática, no qual se evidenciam dois níveis de construção do sentido, tomando como instrumento de estudo uma visão estruturalista da linguagem e a perspectiva discursiva bakhtiniana, para a prática de leitura, centrada no cotexto e no contexto discursivo, defendendo que, quanto mais conhecimento se busca, em torno da rede discursiva de um enunciado, maior e mais profunda é a compreensão deste discurso. Este material refere-se a uma comunicação que fizemos ao Congresso do Abralin em Cena, realizado em Feira de Santana, Bahia, no ano de 2018. Nesta oportunidade, ampliamos a discussão, com a finalidade de demonstrar dois aspectos importantes: em se tratando de prática pedagógica, as diferentes teorias podem se complementar para a construção de uma didática eficiente; ratificar a necessidade de que o componente de Língua Portuguesa tem como um dos principais atributos buscar formas de promover um constante e satisfatório exercício de compreensão discursivo-textual, atividade para qual a teoria dialógica bakhtiniana pode servir como um importante instrumento.


2020 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 62
Author(s):  
Marcelo Da Silva Souza ◽  
Josane Moreira de Oliveira

Este artigo apresenta alguns resultados de um estudo descritivo e analítico da variação modal entre o indicativo e o subjuntivo em duas comunidades quilombolas situadas à margem direita (Rio das Rãs) e à margem esquerda (Montevidinha) do Rio São Francisco. À luz dos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972]), analisa-se a alternância entre dois tipos de variação: uma que acontece entre o tempo presente do indicativo e o presente do subjuntivo (Você quer que eu conto uma história/Você quer que eu conte uma história); e outra, entre o pretérito imperfeito do indicativo e o pretérito imperfeito do subjuntivo (Ela imaginou que eu era um homem estrangeiro/Ela imaginou que eu fosse um homem estrangeiro). O objetivo geral é descrever e analisar quali-quantitativamente a variação modal indicativo-subjuntivo no português rural das referidas comunidades quilombolas, na tentativa de responder quais os fatores linguísticos e extralinguísticos são condicionadores da variação e em que medida o contato linguístico e os aspectos sócio-históricos podem contribuir para a compreensão e a descrição desse fenômeno. A pesquisa, de um modo geral, aponta que os condicionadores da variação indicativo-subjuntivo são tanto de natureza estrutural quanto social, conforme selecionados como relevantes pelo GoldVarb X, um programa computacional de regras variáveis. Além disso, a partir da análise contrastiva entre algumas pesquisas realizadas nos meios rural e urbano, a análise confirma a existência de uma realidade sociolinguística polarizada e a existência de subvariedades rurais delineadas a partir de especificidades sócio-históricas distintas no português brasileiro.


2020 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 249
Author(s):  
Nilton Carlos Carmo Sousa ◽  
Silvana Silva de Farias Araújo

Este artigo com base teórica na Sociolinguística (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006[1968]) e na Psicologia Social (LAMBERT; LAMBERT, 1968) apresenta as reações subjetivas de estudantes da Educação Básica do município de Tucano, interior da Bahia, Brasil, sobre as variantes não padrão da concordância verbal. Com base em entrevistas e em aplicação de questionários, objetivou-se analisar a avaliação social de normas não padrão da primeira pessoa do plural (P4) e da terceira pessoa do plural (P6). Para isso, foram entrevistados oito estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental Anos Finais, oriundos de espaços geográficos diferentes: quatro da zona rural e quatro da zona urbana. Os resultados indicam que, mesmo havendo características comuns aos dois grupos, a exemplo de os dois estarem matriculados no mesmo ano escolar, estudarem em escolas públicas e terem a mesma faixa etária, a localidade (rural-urbana) condicionou as reações subjetivas, evidenciando os participantes da localidade rural como utentes da língua mais críticos e detentores de uma avaliação sociolinguística mais aflorada.


2020 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 105
Author(s):  
Mônica Maria Guimarães Savedra ◽  
Leticia Mazzelli

Este artigo discute os processos de vitalidade, pertencimento e territorialidade identificados no uso de variedades linguísticas germânicas do Hunsrükisch, em Petrópolis, Rio de Janeiro e do Pomerano, em Santa Maria de Jetibá, Espírito Santo, ambas trazidas para o Brasil no contexto de imigração do século XIX. Utilizamos a abordagem glotopolítica (GUESPIN; MARCELLESI, 1986; LAGARES, 2018) e os conceitos de línguas Abstand e Ausbau (KLOSS, 1967) para tratar do desenvolvimento, linguístico e cultural dessas variedades. Apresentamos os resultados de pesquisas conduzidas pelo LABPEC (Laboratório de Pesquisa em Contato Linguístico) da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com o grupo B/Orders in Motion da Europa Universität-Viadrina (EUV) em dois contextos de imigração distintos: um urbano e um rural. Discutimos a vitalidade linguística (SIMONS; LEWIS, 2013; LEWIS; SIMONS, 2010, 2017; UNESCO, 2009; FISHMAN, 1991) com base em critérios sociolinguísticos mensuráveis, que estão relacionados com fenômenos próprios do contato linguístico tais como perda, manutenção e revitalização e, também, com ações glotopolíticas de ordem comunitária e institucional.


2020 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 91
Author(s):  
João Ricardo Fagundes dos Santos ◽  
Marlete Sandra Diedrich

Este artigo apresenta uma ação do Grupo de Pesquisa em Processos de Interação em Discursos de Caráter Conversacional, envolvendo uma experiência de contato linguístico, por meio de práticas que visam garantir o direito à comunicação humana. O objetivo do trabalho é apresentar o projeto Ateliê de Conversação para imigrantes, o qual tem por finalidade promover, por meio da interação conversacional com alunos e professores do curso de Letras da Universidade de Passo Fundo/UPF, um tempo e um espaço de acolhida aos imigrantes vindos de diferentes países à cidade de Passo Fundo/RS. Vinculado às ações de extensão do Programa Ensino e Inovação, a proposta fundamenta-se teórica e metodologicamente em princípios da Teoria Dialógica do Discurso, do Círculo de Bakhtin (VOLÓCHINOV, 2017), segundo a qual a relação entre os indivíduos em sociedade e a expressão de cada um por meio de palavras é de natureza social e é um puro produto da interação social. Os encontros promovidos, inspirados nos Ateliers de Conversation franceses, têm obtido resultados relevantes, revelando duas frentes significativas do contato com a diversidade linguística: os brasileiros, falantes de português, vivem a experiência real de contato com falantes de diferentes línguas, na sua grande maioria, africanas e crioulas; os imigrantes, além de terem um contato mediado e praticarem o uso da língua portuguesa com o auxílio dos professores, também participam de diferentes vivências interacionais verdadeiramente significativas para todos os envolvidos, por meio da língua viva em interação, o que é condição para a vida digna em sociedade.


2020 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 9
Author(s):  
Silvana Silva De Farias Araujo ◽  
Telma Cristina De Almeida Silva Pereira ◽  
Ricardo Nascimento Abreu

Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document