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Published By Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul

2238-8915, 0102-6267

Organon ◽  
2021 ◽  
Vol 36 (72) ◽  
pp. 1
Author(s):  
Heloisa Monteiro Rosário

Organon ◽  
2021 ◽  
Vol 36 (72) ◽  
pp. 80-98
Author(s):  
Cristiane Checchia
Keyword(s):  

O escritor argentino Juan José Saer (1937-2005) desenvolveu em alguns de seus ensaios críticos a ideia de que a Literatura seria uma antropologia especulativa. Proponho neste artigo investigar essa imagem mais a fundo, entendendo-a de certo modo literalmente e deixando os termos do campo discursivo antropológico ressoarem sobre a poética saeriana, tanto em seu entendimento sobre a linguagem como em algumas das imagens trabalhadas em sua ficção. Desenvolvo ainda essa leitura experimentando a sobreposição de olhares de uma antropologia que se nutre da literatura e de uma literatura que se vê como antropologia, por meio do cruzamento dos textos do escritor, Saer, e do antropólogo, Eduardo Viveiros de Castro, na condição de leitores de um mesmo conto de Guimarães Rosa.


Organon ◽  
2021 ◽  
Vol 36 (72) ◽  
pp. 223-242
Author(s):  
Lucas Demingos ◽  
Maria Petrucci Sperb

O presente artigo busca refletir a respeito dos possíveis vínculos entre estética, política e ética na obra A mulher de pés descalços (2018), de Scholastique Mukasonga, no que tange à reivindicação por reconhecimento. Lançamos mão do conceito rancièreano de política para analisar os desdobramentos da narrativa da autora, que embaralha os termos da partilha do sensível ao relatar e, assim, humanizar um povo desapossado e silenciado. Investigamos, ainda, as relações entre o estatuto conferido aos tutsis de sujeitos passíveis de violência sistemática e extermínio sancionado pelo Estado, e a urgência ética do relato de si dado pela narradora de Mukasonga a partir da história de sua mãe, que abraça suas próprias opacidades e limites, assumindo desde sempre sua vulnerabilidade e dependência em uma sociabilidade primária.


Organon ◽  
2021 ◽  
Vol 36 (72) ◽  
pp. 26-47
Author(s):  
Gabriel Salvi Philipson ◽  
Fábio Roberto Lucas

Partindo de um diagnóstico a respeito da crise da instituição filosófica em sua relação com a literatura, tal como ela se apresenta especificamente na experiência brasileira, em especial paulistana, propomos repensar o agenciamento da enunciação literária em seus elos e atritos com a filosofia, tentando abordar mais de perto a historicidade dos nexos entre corpo, imagem e conceito. Para tanto, a inscrição do corpo heterotópico e cinemático num poema de Herberto Helder abriria uma via de diálogo com a reflexão de Marco Antônio Valentim sobre o “conceito de conceito” indígena-kopenawano utupë. A partir desse diálogo, procuramos, ao final, retirar algumas contribuições para compreender a atual crise da democracia e do papel de mediação do espaço público, cuja formulação moderna estava calcada, precisamente, na distinção, agora em crise, entre filosofia e literatura, entre linguagens de argumentação intramundana e linguagens de abertura de mundo.


Organon ◽  
2021 ◽  
Vol 36 (72) ◽  
pp. 306-346
Author(s):  
Alexandre Nodari

Busca-se repensar categorias da poética ocidental pelo seu contraste com poéticas ameríndias num exercício de equivocação e não de equivalência. Ou seja, investigar de que modo conceitos da teoria literária podem ser relidos (deslocados) a partir do contato entre práticas verbais de distintas ordens e naturezas. Isso comporta uma dificuldade prévia, sobre o  estatuto do que chamamos de “literatura”, que não corresponde ao(s) lugar(es) daquilo que se designa, de modo imperfeito, como poéticas indígenas: estas não se separam em uma esfera autônoma, não se dissociam de práticas como o xamanismo, o ritual, a exortação, a explicação cosmológica, e mesmo o entretenimento ou a literatura no sentido “branco”, etc – são artes “multimodais”. Qualquer equiparação comporta o perigo da redução e da violência, fazendo com que a comparação e a (con)tradução conceitual propostas sejam inviáveis se não forem acompanhadas de uma reflexão político-institucional sobre os lugares (do ter lugar) da linguagem.


Organon ◽  
2021 ◽  
Vol 36 (72) ◽  
pp. 361-380
Author(s):  
Antonio Candido Da Mata ◽  
Hilan Bensusan

Reunimos aqui 16 despachos relevantes entre vírions de diferentes tipos, numa tentativa de convergência e congruência. Os despachos, menos que documentos de uma confabulação ou conspiração, são transmissões de fronteira que, de alguma maneira, incidem sobre a separação entre o genético e o cibernético, entre o informacional e o infeccioso. Essas transmissões oferecem um projeto de tomada da autoria humana através de uma confusão na metafísica que a subjaz, como diz Christian Bök. Os vírions, os ínfimos corpos dos agentes virais – como o Creeper, os vírus do nipah, o ILOVEYOU, o capital, o Sars Cov-2, o virófago Sputnik e o 6-Licorice de Paul de Filippo – estão em meio ao que circula  pelos fluxos codificados e neles conseguem se aperceber do que vem vindo.


Organon ◽  
2021 ◽  
Vol 36 (72) ◽  
pp. 347-360
Author(s):  
Matheus Ichimaru ◽  
Mateus Toledo

Tradução do texto " Le phénoumène", de Gabriel Catren


Organon ◽  
2021 ◽  
Vol 36 (72) ◽  
pp. 173-188
Author(s):  
Leonardo Petersen Lamha

Partindo da leitura pioneira feita por Antonio Candido em “O homem dos avessos”, o presente artigo propõe um passeio por quatro leitores de Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa – Antonio Candido, João Adolfo Hansen, Vilém Flusser e Willi Bolle – à luz de certa antropologia recente, representada aqui por Eduardo Viveiros de Castro. O objetivo do trabalho é investigar como os críticos, em suas estratégias de investigação, se valem da oposição “natureza/cultura”, e diversos de seus desdobramentos, para suas análises do romance rosiano. Em última instância, busca-se apontar a insuficiência da forma como certa metafísica ocidental costuma ser operada para tentar dar conta do romance.


Organon ◽  
2021 ◽  
Vol 36 (72) ◽  
pp. 66-79
Author(s):  
Paula Cristina Gomes Do Amparo ◽  
Gabriel Martins Da Silva

A escritora Clarice Lispector reservou, ao longo da sua obra, um espaço privilegiado para o encontro entre humanos e animais, através de trocas de olhares que desestabilizam a hierarquia ontológica entre os seres. Em uma argumentação interessada no papel do olhar durante o encontro com a diferença animal, analisaremos os contos “O búfalo”, de Laços de Família (1960), e “Tentação”, de A legião estrangeira (1964), em diálogo com os trabalhos de Giorgio Agamben e John Berger sobre o lugar social do zoológico como dispositivo de separação, controle e catalogação do que é dado como natureza e cultura.


Organon ◽  
2021 ◽  
Vol 36 (72) ◽  
pp. 392-407
Author(s):  
Davi Alexandre Tomm
Keyword(s):  

HARAWAY, Donna. O manifesto das espécies companheiras – Cachorros, pessoas e alteridade significativa. Trad. Pê Moreira. Revisão técnica e posfácio Fernando Silva e Silva. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021. 184 p.


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