Novos Rumos Sociológicos
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Published By Universidade Federal De Pelotas

2318-1966, 2318-3721

2020 ◽  
Vol 8 (14) ◽  
pp. 40-64
Author(s):  
Thiele Costa Muller Castro ◽  
Carla Garcia Bottega ◽  
Priscila Pavan Detoni ◽  
Jaqueline Tittoni
Keyword(s):  

As mulheres geralmente são mais afetadas em momentos de epidemias e pandemias, inclusive no meio acadêmico, como este que estamos vivenciando com a COVID 19. A metodologia desse artigo está baseada na autoetnografia das autoras, todas ligadas à academia por serem professoras, pesquisadoras e estão estudando. As questões orientadoras foram as mobilizações iniciais diante da pandemia e as estratégias utilizadas para a continuidade ou não de uma rotina, especialmente da conciliação do trabalho em home office, vida doméstica e pessoal em tempos de cuidados para a proteção da vida. Destaca-se a condição de privilégios que possibilita interseccionar o trabalho feminino, com a branquitude e o ofício docente. As narrativas mostraram, principalmente, a sobrecarga da mulher na sobreposição do trabalho doméstico e profissional, bem como a fragilização dos limites entre os espaços públicos e privado trazidas pelo trabalho via tecnologias digitais.Palavras-chave:Pandemia; Trabalho feminino; Saúde Mental; Narrativa; Home office


2020 ◽  
Vol 8 (14) ◽  
pp. 179-196
Author(s):  
Sergio Baptista Dos Santos

O objetivo deste artigo é analisar e comparar os modelos de reconhecimento dos filósofos Charles Taylor (1931), Axel Honneth (1949) e da cientista política Nancy Fraser (1947), a fim de avaliar os limites e as possibilidades de cada uma dessas visões sobre esse modelo de justiça. As lutas por reconhecimento, diferentemente das lutas por “redistribuição”, não têm como orientação normativa, em primeiro plano, a eliminação das desigualdades econômicas, mas o combate ao preconceito e a discriminação de determinados grupos e indivíduos, tendo em vista que a negação do reconhecimento causa danos subjetivos, constituindo-se numa forma eficaz de opressão. Para Fraser (2007), o reconhecimento concebido como autorrealização das identidades de indivíduos ou grupos tende a inviabilizar a construção de um paradigma de justiça que englobe, simultaneamente, reconhecimento e redistribuição. Por isso, elabora um modelo de reconhecimento que tende a promover a paridade participativa sem estar baseado na autorrealização. No entanto, contrariando Fraser (2007), apesar dos modelos de reconhecimento de Taylor (2000) e Honneth (2003) estarem baseados ao processo de formação das identidades, eles não são incompatíveis com luta por redistribuição.


2020 ◽  
Vol 8 (14) ◽  
pp. 116-135
Author(s):  
Pedro Mendonça Castelo Branco ◽  
Francisco De Assis Comaru ◽  
Sidney Jard Da Silva

A pandemia da Covid-19 em poucos meses atingiu proporções globais e alterou a realidade de muitas pessoas que passaram a ficar boa parte dos seus dias em casa. Porém, milhões de trabalhadores uberizados no Brasil, e também no mundo, não tiveram essa opção, pela ausência de regulação trabalhista, e seguiram trabalhando para empresas de plataformas tecnológicas para conseguir sobreviver. Este ensaio pretende discutir como a pandemia do coronavírus esgarça e apresenta de maneira mais transparente as contradições e a precariedade do trabalho no século XXI, o trabalho uberizado como forma distante das formas públicas de regulação de direitos trabalhistas, de saúde ocupacional e sociais. Com isso, conclui-se que esta realidade coloca em risco a vida dos trabalhadores de maneira ainda mais aberta durante a pandemia e fragiliza sobremaneira a saúde coletiva no país. Porém, longe de uma conclusão catastrófica, encerramos apresentando algumas tendências de organização desde baixo pelos entregadores uberizados que desafiam as empresas de plataforma.Palavras-chaves: Uberização; Covid-19; Trabalho; Plataformas.


2020 ◽  
Vol 8 (14) ◽  
pp. 3-7
Author(s):  
Ana Paula Ferreira D'Avila ◽  
Eduardo Vilar Bonaldi

Neste arquivo apresentamos o dossiê: Trabalho e Educação em Tempos de Pandemia.


2020 ◽  
Vol 8 (14) ◽  
pp. 228-265
Author(s):  
Pedro Felipe Narciso

Neste artigo pretendemos observar de modo criterioso quatro das principais análises de conjuntura que versam sobre o período em que Lula da Silva foi Presidente do Brasil, são elas: a) a análise do governo pós-neoliberal, b) a análise do governo de conciliação de classes, c) a análise do governo de arbitragem e d) a análise do governo da frente neodesenvolvimentista. Vale salientar que nosso objeto não são as análises em si, mas os sistemas teóricos que as sustentam, nesse sentido defendemos duas hipóteses complementares: primeiro, as três primeiras análises carregam consigo pelo menos uma inconsistência, ou o fetichismo de Estado ou o economicismo-voluntarista; e, segundo, a última análise citada supera essas deficiências por meio das teorias da conjuntura, do bloco no poder e das frações burguesas que aparecem ali em estado aplicado. Considerando que nosso objetivo é contribuir com a sistematização de uma teoria da análise de conjuntura buscamos evidenciar uma definição do conceito de conjuntura, os seus elementos constitutivos fundamentais e sua diferenciação em dois tipos básicos.


2020 ◽  
Vol 8 (14) ◽  
pp. 90-115
Author(s):  
Aline Da Costa Lourenço

Após a crise de 2015-2016, a economia brasileira sofreu um aumento do número de desempregados e devido a recuperação lenta da crise, ocorreu uma ampliação da informalidade no mercado de trabalho. Desta forma, uma das alternativas de milhares de brasileiros foi se adaptar à nova forma de controle, gerenciamento e organização do trabalho, mediado muitas vezes por plataformas digitais, mas não restrito a elas, que se tornou uma tendência mundial, denominada de “uberização”. A emergência sanitária, causada pela disseminação mundial da Covid-19 que marcou o ano de 2020, chegou ao Brasil em um contexto em que o mercado de trabalho já precisava de proteção. O objetivo deste trabalho é analisar o mercado de trabalho precário do país e a reorganização da mão de obra durante a pandemia. O percurso metodológico parte de uma análise da situação do mercado de trabalho antes e durante a pandemia, e uma análise da reorganização dos trabalhadores das plataformas digitais diante da precarização do trabalho intensificada na pandemia. Uma grande parcela da população historicamente não foi incluída no mercado de trabalho formal no País e, diante da pandemia, os trabalhadores que se submetem aos trabalhos mediados por plataformas digitais se organizaram tanto por meio de manifestações para solicitar direitos mínimos de trabalho quanto com a criação de cooperativas. Palavras-Chave:Precarização; Reorganização; Pandemia


2020 ◽  
Vol 8 (14) ◽  
pp. 1-2
Author(s):  
Pedro Robertt ◽  
Ana Paula D'Ávila ◽  
Camila Prates ◽  
Marcos Lacerda ◽  
Arielson Do Carmo ◽  
...  

Editorial 2020/2


2020 ◽  
Vol 8 (14) ◽  
pp. 65-89
Author(s):  
Marcelo Pinheiro Cigales ◽  
Doralice Pereira De Assis ◽  
Lucas Sales De Figueredo ◽  
Guilherme Henrique Cruz Quevedo
Keyword(s):  

O artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa realizada junto ao projeto de extensão “Acompanhamento e análise do Novo Ensino Médio na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas”, vinculada ao Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília, em 2020. O objetivo do artigo é compreender a percepção dos estudantes do ensino médio da rede pública do Distrito Federal (DF) sobre a Reforma do Ensino Médio e o ensino remoto implementado a partir do distanciamento social imposto pela pandemia da Covid-19. A metodologia está embasada na aplicação de questionários via Google Forms®com 79 estudantes do primeiro ano do ensino médio de uma escola pública do DF. Entre os resultados da pesquisa, destacam-se: a) a percepção dos respondentes de que o novo currículo é mais atrativo ao diversificar a oferta de ensino; b) a dificuldade de aprendizagem dos(as) estudantes no que se refere ao ensino remoto; e c) a indefinição pela escolha do Itinerário Formativo na parte diversificada do novo currículo. Palavras-chave:Reforma do Ensino Médio; Ensino Remoto; Currículo


2020 ◽  
Vol 8 (14) ◽  
pp. 136-166
Author(s):  
Ana Paula Ferreira D'Avila ◽  
Eduardo Vilar Bonaldi

Nesta entrevista, Marcos Supervielle, professor emérito da Udelar (Uruguai), aponta para uma série de questões suscitadas pela pandemia no Uruguai e, de modo geral, na França. Entre os temas abordados estão o isolamento dos trabalhadores, principalmente dos docentes, devido ao trabalho remoto, a imbricação do trabalho no cotidiano das famílias, a “boa onda” descrita pelo entrevistado como uma forma de aceitação tácita de más condições de trabalho, devido ao Covid-19. Por fim, explora-se o tema do Estado ao lidar com a pandemia e o papel dos sindicatos.


2020 ◽  
Vol 8 (14) ◽  
pp. 266-329
Author(s):  
Alvaro Augusto de Borba Barreto

O artigo compara eleições para prefeito nas 26 capitais estaduais brasileiras e para intendentes departamentais uruguaios, no período 2000-2016. Analisa o resultado que candidatos e partidos obtêm nessas eleições, tendo como foco principal aquele alcançado pelo incumbent. Observa os pleitos em que o incumbent não se faz presente, por impossibilidade legal ou por que não se reapresenta, bem como aqueles em que, tendo concorrido, confronta um antecessor e/ou quem jamais foi titular do cargo. O resultado mostra que em ambos os países predomina o incumbent, mas que ele é proporcionalmente mais vitorioso no Brasil do que no Uruguai. A razão para essas diferenças reside na força do titular do cargo no Brasil frente ao partido, o que não se verifica no Uruguai, em que ambos são fortes, mas o partido é mais determinante para a vitória.


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