Revista Portuguesa de Imunoalergologia
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Published By "Publicacoes Ciencia E Vida, Lda"

2184-3856, 0871-9721

2021 ◽  
Vol 29 (4) ◽  
Author(s):  
Maria Marques ◽  
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Inês Falcão ◽  
Moisés Labrador-Horrillo ◽  
Helena Falcão ◽  
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Allergy to bovine serum albumin is the main predictor of beef allergy associated with cow’s milk proteins allergy. We report a case of a 3-year-old child with cow’s milk proteins allergy since the age of 6 months who, after some ingestions of beef, developed episodes of irritability, urticaria and syncope. Specific IgE to beef, oral food challenge with medium rare cooked beef and specific IgE to bovine serum albumin were all positive, but an oral food challenge with well cooked beef was tolerated. Allergy to bovine serum albumin is not usually associated with severe reactions, since it is a thermolabile protein, however, the process of cooking meat may be insufficient to have an effect on the complex matrix of meat and associated serum albumins. The irregular pattern of the episodes and the previous diagnosis of cow’s milk proteins allergy may act as confounding factors leading to a delayed diagnosis.


2021 ◽  
Vol 29 (4) ◽  
Author(s):  
Maria Silva ◽  
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Marisa Paulino ◽  
Célia Costa ◽  
Fátima Duarte ◽  
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Keyword(s):  

Introdução: A alergia alimentar afeta milhões de pessoas globalmente. As proteínas de transferência lipídica (LTP) são panalergénios presentes em alimentos vegetais cujos sintomas de sensibilização variam de síndrome de alergia oral (SAO) a anafilaxia. Objetivo: Caraterização do perfil de sensibilização clínica e molecular de doentes com história de reação prévia a alimentos contendo LTP. Material e métodos: Estudo retrospetivo incluindo 15 doentes com história de reação sistémica a alimentos contendo LTP. Os doentes foram caracterizados quanto a sintomas e sensibilização em testes cutâneos por picada (TCP) com extrato comercial e alimentos em natureza (TC PP). Foi realizado Macroarray Allergy Explorer-ALEX® para avaliação de valores de IgE total, IgE específica para componentes moleculares (IgEcm) e extratos totais (IgEet). Resultados: Quinze doentes, 73% mulheres, média de idades 30,7±13,7 anos. Média de idades no primeiro episódio foi 21,8±10,5 anos, manifestando-se como anafilaxia n=8 (maçã, pêssego, frutos secos), urticária/angioedema n=4 (maçã, pêssego, amendoim) e SAO n=3 (maçã, pêssego, amendoim). IgE total média: 430,5kU/L. Identificaram-se as seguintes LTP (N; IgEcm média±desvio padrão-kU/L): Pru p 3 (15; 15,7±21,5), Ara h 9 (10; 2,9±4), Mal d 3 (9; 1,5±1,7), Act d 10 (6; 0,6±1), Vit v 1 (6; 1,8±2,5), Cor a 8 (4; 0,1±0,2), Sola l 6 (1; 0,88). Com pêssego todas as associações entre clínica, testes cutâneos e valores de IgE tiveram concordância k=1; concordância da clínica com TCP e TC PP foi superior para maçã (k=0,44; p=0,03); concordância da clínica com IgEet foi superior para amendoim (k=0,87; p<0,01); concordância da clínica com IgEcm foi superior para avelã (k=0,70; p<0,01) e uva (k=0,55; p=0,02). Conclusões: A técnica ALEX® permitiu identificar simultaneamente a IgE total, IgEet e IgEcm, simplificando a interpretação e correlação clínica dos resultados. Neste estudo demonstramos que, para diferentes alimentos, o método diagnóstico com maior concordância com a clínica é variável e dependente do alimento. Será necessário um estudo prospetivo mais alargado para aferir a sensibilidade e especificidade deste teste.


2021 ◽  
Vol 29 (4) ◽  
Author(s):  
Ana Sá-Sousa ◽  
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Ana Pereira ◽  
João Marques ◽  
Nuno Neuparth ◽  
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Introdução: Desde o último Inquérito Nacional sobre Asma (2010), o conhecimento da doença, a sua classificação e as opções terapêuticas disponíveis mudaram significativamente. Por outro lado, a evolução das tecnologias de informação e comunicação potencia a utilização de novos métodos de recolha de dados e permite a disponibilização de ferramentas digitais para recolha de dados de forma continuada, nomeadamente através da constituição de um painel online de participantes. Objetivos: O objetivo principal deste projeto é a constituição de um painel online nacional de pessoas com asma para vigilância de variações do controlo da doença ao longo dos próximos 10 anos (2020-2030). Para tal pretendemos desenvolver e implementar uma plataforma online para recolha continuada de dados relacionados com asma em Portugal e realizar um estudo inicial cujo objetivo principal é estimar a variação, entre 2010 e 2021, da proporção de pessoas com asma não controlada em Portugal. Métodos: Estudo observacional contínuo baseado na constituição de uma coorte dinâmica de pessoas com asma, usando uma plataforma online que irá incluir um questionário inicial a ser complementado, numa segunda fase, por questões adicionais de caracterização. Serão incluídos adolescentes (>14 anos) e adultos com asma atual (diagnóstico prévio de asma, ou duas ou mais respostas positivas a um questionário de rastreio validado ou que estão atualmente a tomar medicação para a asma) residentes em Portugal. O controlo da asma será baseado no Teste do controlo da asma e rinite alérgica (CARAT) e definido pela pontuação global >24 ou pontuação das vias aéreas inferiores ≥16. Resultados esperados: Este projeto permitirá a obtenção de um painel dinâmico de pessoas com asma recrutado através de um questionário online. Por outro lado, a implementação de uma plataforma online para recolha de dados sobre asma de forma continuada permitirá a obtenção de informação atual e robusta, baseada em dados do ‘mundo-real’, colhida usando um método de fácil implementação, de elevado alcance e com possibilidade de atualização frequente. Os dados obtidos no estudo inicial permitirão um melhor conhecimento dos fatores determinantes da gestão e controlo da doença e do seu impacto na utilização de recursos de saúde. Conclusão: A constituição de um painel de doentes que, juntamente com a disponibilização de uma ferramenta online de apoio a estudos observacionais, têm o potencial de gerar conhecimento sobre a evolução da gestão da asma a nível nacional. Desta forma o projeto contribuirá para informar políticas de saúde, com vista a melhorar os resultados clínicos das pessoas com asma em Portugal.


2021 ◽  
Vol 29 (4) ◽  
Author(s):  
Marília Beltrão ◽  
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Ana Ferreira ◽  
Ana Pereira ◽  
Oksana Sokhatska ◽  
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Os doseamentos séricos de anticorpos específicos para o Aspergillus fumigatus (A. fumigatus) são úteis para a orientação diagnóstica de aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA). Objetivo: Avaliar a sensibilização aos componentes purificados do A. fumigatus por quantificação de anticorpos específicos IgE e IgG no soro de doentes com ABPA ou com asma e sensibilização a fungos, usando como comparadores doentes com asma alérgica não sensibilizados a fungos, doentes com fibrose quística (FQ) sem critérios de ABPA e doentes com aspergiloma pulmonar. Métodos: Avaliação transversal de 57 doentes com os diagnósticos de ABPA (n=13), FQ (n=9), asma sensibilizada a fungos (ASF, n=10), asma alérgica sem sensibilização a fungos (AA, n=18) e aspergiloma (n=7). A determinação das concentrações séricas de IgE e IgG específica (sIgE e sIgG) para A. fumigatus (m3) e cinco dos seus componentes antigénicos recombinantes (rAsp f) rAsp f 1, rAsp f 2, rAsp f 3, rAsp f 4 e rAsp f 6 foi realizada por ImmunoCAP. Resultados: A ABPA diferiu significativamente da ASF, pela sensibilização (sIgE>0,10 kUA/L) ao antigénio intracelular rAsp f 6 (64% versus 0% Qui2=6,2, p=0,013) e pelo aumento significativo da sIgE para o antigénio extracelular rAsp f 1 (45,3; 0,2-33,7kUA/L versus 0,3; 0,1-0,3kUA/L, p=0,041). Os níveis de sIgG para A. fumigatus foram significativamente diferentes entre os grupos (p=0,002). No entanto, os níveis de sIgG para os rAsp f testados não diferiram entre ABPA, ASF, FQ e aspergiloma. Conclusão: A avaliação da resposta IgE ao A. fumigatus para alguns dos seus antigénios excretados (rAsp f 1) e intracelulares (rAsp f 6) parece útil na distinção serológica da ABPA em relação à ASF, permitindo melhorar a classificação dos doentes. Os níveis séricos de IgG para os rAsp f não distinguem os diferentes grupos de doentes sensibilizados, não melhorando a descriminação diagnóstica obtida utilizando o extrato total do A. fumigatus.


2021 ◽  
Vol 29 (3) ◽  
pp. 197-207
Author(s):  
Maria Silva ◽  
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Amélia Santos ◽  
Elisa Pedro ◽  
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Introdução: A doença alérgica, rinoconjuntivite/asma brônquica alérgicas, são muito prevalentes em todo o mundo, e a terapêutica potencialmente modificadora é a imunoterapia com aerolergénios. Em dezembro de 2019 foi identificado um novo coronavírus na China (SARS-CoV-2), causando uma pandemia com efeitos devastadores. Por este motivo foi decretado o estado de emergência (EE) em Portugal pela primeira vez nesta pandemia, entre 18 de março e 2 maio de 2020 e toda a atividade não urgente foi suspensa no nosso hospital, incluindo a administração da imunoterapia subcutânea com aeroalergénios (ITSCA). Objetivo: Caracterizar os ajustes de dose de acordo com o atraso na administração da ITSCA, verificar a segurança da dose administrada no retomar da ITSCA e avaliar o agravamento de sintomas da doença alérgica nos doentes sob programa de ITSCA que a interromperam durante o EE. Material e métodos: Procedeu-se à análise dos processos clínicos de ITSCA dos 195 doentes que interromperam a dose de manutenção durante o EE. De acordo com a clínica e intervalo de atraso, foi reduzida a dose ou realizado novo esquema de iniciação, segundo o protocolo da Unidade Funcional de Imunoterapia com Alergénios adaptado de guidelines internacionais para esta fase. Resultados: 7,7% tiveram agravamento dos sintomas alérgicos durante o período de suspensão e 6,2% recorreram a terapêutica de resgate. 96,4% diminuíram a dose na retoma da ITSCA, com diminuição maioritariamente superior à prevista à luz do nosso protocolo. Registaram-se reações locais imediatas em 9,2%, não se tendo registado reações anafiláticas. Após a retoma, 9,7% agravaram os sintomas e 5,1% recorreram a terapêutica de resgate. Conclusões: A pandemia trouxe muita dificuldade no acompanhamento das patologias crónicas dos doentes, inclusivamente da doença alérgica. A maioria dos doentes não reportou agravamento dos sintomas e poucos tiveram reações adversas na retoma da ITSCA, demonstrando a segurança do protocolo de ajuste de dose.


2021 ◽  
Vol 29 (3) ◽  
pp. 209-213
Author(s):  
Joana Branco ◽  
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Filipa Todo Bom ◽  
Sofia Furtado ◽  
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Severe asthma is defined as either refractory to traditional therapies or controlled only with therapies that have intolerable side effects. Biological agents are known to offer treatment alternatives to patients with type 2 inflammation severe asthma. We describe the case of a woman with a long history of type 2 inflammation severe asthma, with uncontrolled symptoms and need of systemic corticosteroid therapy as prevailing features, and with respiratory failure that differentiated her from other patients with severe asthma.


2021 ◽  
Vol 29 (3) ◽  
pp. 159-166
Author(s):  
Carolina Dinis ◽  
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Mariana Farraia ◽  
Inês Paciência ◽  
Ana Ribeiro ◽  
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A exposição ao ambiente urbano tem sido associada ao desenvolvimento de asma e doença alérgica. No entanto, as associações encontradas ainda geram controvérsia, com alguns estudos a indicarem os espaços verdes como protetores no desenvolvimento das doenças alérgicas, enquanto outros apontam essas exposições como tendo um papel indutor na exacerbação da sintomatologia associada. O presente artigo pretende rever a evidência científica até aqui publicada, de forma a debater o eventual efeito da exposição a espaços verdes urbanos no desenvolvimento de asma e doença alérgica em crianças, com especial importância dada aos estudos realizados em Portugal.


2021 ◽  
Vol 29 (3) ◽  
pp. 179-196
Author(s):  
Joana Cosme ◽  
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Amélia Santos ◽  
Anabela Resende ◽  
Susana Marques ◽  
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Fundamentos: A imunoterapia subcutânea a aeroalergénios (ITASC) foi suspensa em alguns serviços durante o confinamento em contexto da pandemia por COVID -19. Objetivos: Avaliar o impacto da suspensão da ITASC nos sintomas, necessidade de medicação de controlo e qualidade de vida e, ainda, conhecer as expectativas e grau de segurança/receio dos doentes em voltar ao hospital. Métodos: Inquérito anónimo para autopreenchimento pelos doentes com mais de 12 anos nas primeiras 5 semanas após reinício da ITASC. Utilizou -se o CARAT como instrumento de avaliação do controlo dos sintomas de rinite e asma. Resultados: Incluíram -se 77 doentes (90% adultos, 68% mulheres), todos com rinite e 40% com asma. O intervalo de tempo médio entre a última administração e o reinício da ITASC foi de 13±2,48 semanas. Foram observados em consulta urgente/não programada por agudização da patologia respiratória 7% dos doentes e apenas 1 teve COVID -19. As pontuações CARAT -Total revelaram controlo dos sintomas de rinite e de asma em 35% e 66% dos doentes, respetivamente. A proporção de doentes não controlados aumentou com o alargamento do período de suspensão (PS) da ITASC. A maioria (>90%) dos doentes referiu não haver impacto significativo na sua qualidade de vida e manteve a medicação de controlo habitual (48%), referiu preocupar -se em perder os benefícios da ITASC com a sua suspensão (62%) e referiu sentir -se mais seguro nos gabinetes de vacinas do que no edifício do hospital ou sala de espera. Conclusões: Registou -se um aumento da frequência de doentes não controlados com o aumento do PS. Para a maioria, o PS não teve impacto significativo na qualidade de vida. A frequência de doentes que necessitaram de ser observados em consulta urgente/não programada foi baixa e apenas 1 referiu ter tido COVID -19. A perceção de segurança na sala de vacinas é maior do que nos espaços comuns do hospital.


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