Revista Brasileira de Educação Especial
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Published By Scielo

1413-6538, 1413-6538

2017 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 455-470
Author(s):  
Taís Crema REMOLI ◽  
Vera Messias Fialho CAPELLINI
Keyword(s):  

RESUMO: alunos com altas habilidades/superdotação (AH/SD), embora sejam parte do público-alvo contemplado pela Educação Especial brasileira, muitas vezes não recebem a mesma atenção que alunos com deficiência. Uma das características de alunos com AH/SD é a criatividade, que deve ser estimulada a fim de ser desenvolvida. Nesse contexto, este artigo apresenta uma revisão de literatura elaborada a partir de artigos produzidos entre 2005 e 2015 visando a descrever a relação entre os constructos criatividade e altas habilidades/superdotação e verificar como tem ocorrido o estímulo da criatividade a tal público. Uma busca nas bases de dados Web of Science e Dialnet com os unitermos "giftedness" e "creativity" foi realizada e obtidos 20 artigos que abordavam a inter-relação dos temas apresentados. Eles foram classificados em: estudos teóricos (4); revisão de literatura (4); e estudos experimentais (12). Após a leitura dos textos encontrados, verificou-se que a temática que mais se repetiu foi a comparação da criatividade em alunos com e sem AH/SD, especialmente tendo alunos do Ensino Fundamental como público-alvo. Os diferentes resultados encontrados também revelam uma preocupação quanto à confiabilidade de resultados obtidos por meio de testes, especialmente quanto à sua influência sobre o emocional dos participantes e à falta de padronização entre os instrumentos, o que dificulta uma análise precisa da relação entre AH/SD e criatividade. A falta de publicação a respeito de programas de enriquecimento da criatividade a alunos com AH/SD revela que há maior preocupação em mensurar do que desenvolver a criatividade nesse público.


2017 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 327-328
Author(s):  
Eduardo José Manzini ◽  
Débora Regina de Paula Nunes ◽  
Dirce Shizuko Fujisawa ◽  
Márcia Denise Pletsch

2017 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 361-376 ◽  
Author(s):  
Camila de Moura COSTA ◽  
Mey de Abreu van MUNSTER
Keyword(s):  

RESUMO: enquanto componente curricular obrigatório do ensino básico, a Educação Física deve possibilitar aos estudantes com deficiência o acesso ao currículo comum. Esta pesquisa teve como objetivo analisar e descrever as adaptações nos elementos base do currículo comum, empregadas por professores de Educação Física, voltadas à participação de estudantes com deficiência visual. Sob a perspectiva qualitativa, trata-se de um estudo de campo desenvolvido em três escolas da rede regular de ensino em município localizado no interior do estado de São Paulo. A amostra foi constituída por três professores de Educação Física que atuavam no ensino fundamental e quatro estudantes com deficiência visual. Os dados foram coletados por meio das técnicas de observação sistemática e entrevista semiestruturada. O tratamento dos dados foi baseado em análise de conteúdo. Os resultados obtidos nessa pesquisa evidenciaram a escassez e até mesmo a inexistência de adaptações curriculares voltadas às necessidades dos estudantes com deficiência visual nas aulas de Educação Física. Conclui-se que a ausência de adaptações curriculares nas aulas de Educação Física implica em barreiras de acesso e constitui em impedimento para o aproveitamento da aprendizagem por parte dos estudantes com deficiência visual.


2017 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 409-422
Author(s):  
João Otacílio Libardoni dos SANTOS ◽  
Maria Almerinda de Souza MATOS ◽  
Geyse Pattrizzia Teixeira SADIM ◽  
João Rakson Angelim da SILVA ◽  
Marta Patricia FAIANCA

RESUMO: este estudo objetiva evidenciar e discutir os dados referentes às ofertas das Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), como espaço de Atendimento Educacional Especializado (AEE), mapeados na Rede Municipal em Manaus, com intenção de entender como esses serviços estão sendo organizados em cumprimento aos dispositivos legais para sua implementação. Como pesquisa quantitativa, de caráter descritivo, discute os dados referentes às SRM. Inicialmente fez-se um levantamento documental por meio dos regulamentos de âmbito federal que regulamentam e caracterizam a política de inclusão escolar (Educação Inclusiva). Em seguida, foram coletados dados oficiais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e da Secretaria Municipal de Educação (SEMED/Manaus) referente aos números de SRM e de alunos da Educação Especial matriculados em classes comuns, e em classes exclusivas, no Brasil e em Manaus (2009 - 2015). Levantou-se para discutir: 1) o número de alunos da Educação Especial matriculados em Classes Comuns do Ensino Regular por Divisão Distrital Zonal (DDZ); e 2) o número de escolas municipais que possuem SRM, distribuídos por DDZ das áreas urbanas e rural. Os resultados revelaram que o quantitativo de SRM implementadas na rede municipal de ensino, nos últimos três anos (2014 a 2016), tem sido insuficiente para atender o aumento de matrículas do público-alvo da Educação Especial no ensino regular. Conforme a pesquisa, estima-se um déficit de 30 SRM para atender a demanda vigente.


2017 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 439-454 ◽  
Author(s):  
Giovanna Beatriz Kalva MEDINA ◽  
Maria de Fátima Joaquim MINETTO ◽  
Sandra Regina Kirchner GUIMARÃES

RESUMO: o objetivo deste artigo é fazer uma revisão sistemática de literatura a fim de analisar produções científicas que abordam as funções executivas (FE) e a dislexia. O método consiste num levantamento de artigos publicados na Biblioteca Virtual em Saúde, no Portal de Periódicos da CAPES e na PUBMED. Foram selecionados 28 trabalhos, sendo 9 do PUBMED, 14 dos Periódicos da CAPES, 4 da BVS e um manualmente. Resultados indicaram que os estudos selecionados não avaliam as FE da mesma forma. Alguns avaliam as FE como um componente global, o qual demonstra pouca diferença comparando os disléxicos a leitores típicos, outros avaliam os componentes principais das FE, que são o Controle Inibitório, a Flexibilidade Cognitiva e a Memória de Trabalho (MT), e um terceiro grupo de estudos avalia a MT também em seus subcomponentes: MT visuoespacial, executivo central e MT verbal ou fonológica. É possível concluir que o estudo das FE em disléxicos está em pleno desenvolvimento. Nos últimos 5 anos, o interesse nesta temática aumentou, inclusive no Brasil, expresso pelo aumento no número de estudos publicados. Porém, ainda há muito que se conhecer, principalmente sobre o efeito de intervenções envolvendo as FE.


2017 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 345-360 ◽  
Author(s):  
Suelen Moraes LORENZO ◽  
Nilson Rogério SILVA
Keyword(s):  

RESUMO: esta pesquisa tem como objetivo descrever e analisar características do processo de contratação de pessoas com deficiência no mercado formal de trabalho em empresas privadas no interior paulista. Também pretende descrever o perfil desses empregados nessas empresas. A coleta de dados foi realizada com 12 profissionais de Recursos Humanos por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado cuja análise ocorreu por meio da técnica de análise conteúdo. Os resultados revelaram que: 1) os profissionais de recursos humanos não procuraram apoio de serviços terceirizados para especificar as vagas, recrutar ou selecionar os candidatos; 2) as vagas ofertadas eram predominantemente operacionais, em funções mais simples; 3) as contratações foram motivadas pela obrigatoriedade da lei; 4) a remuneração era baixa e os desligamentos geralmente acontecem por solicitação do trabalhador; 5) em todas as empresas pesquisadas havia pessoas contratadas com deficiência intelectual e, em menor número, pessoas com deficiência física; 6) a maioria dos funcionários contratados possuía Ensino Fundamental completo. Conclui-se que a escolarização é imprescindível às pessoas com deficiência para a conquista do emprego e que havia desconhecimento, por parte das empresas, quanto ao conceito adequado de inclusão profissional, indicando a necessidade de ações integradas que contemplem esses aspectos para benefício dos trabalhadores e das empresas.


2017 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 423-428
Author(s):  
Samira Cassote GRANDI ◽  
Luciano Carvalhais GOMES

RESUMO: este trabalho analisou a experiência museal que visitantes com deficiência visual tiveram em um ambiente de Física num Museu de Ciências. Por experiência museal entende-se o conjunto composto pelas principais emoções, sensações, vivências e aprendizagens, resultantes da interação do visitante com os objetos e os discursos presentes no museu. Participaram deste estudo seis alunos do CAE-DV de dois colégios públicos de Maringá. A coleta dos dados foi dividida em três momentos: entrevista semiestruturada pré-visita; observação não-participante durante a visita e entrevista semiestruturada pós-visita. A análise dos dados observacionais fundamentou-se num conjunto categorias já desenvolvidas na literatura. A análise dos dados provenientes das entrevistas semiestruturadas foi fundamentada na Análise Textual Discursiva. Os resultados mostraram que o simples cuidado em fazer com que as explicações dos aparatos pelos monitores fossem acompanhadas pelo toque e manuseio do visitante com deficiência visual foi responsável por permitir uma experiência museal gratificante para os participantes. Ao se sentirem acolhidos pela atenção diferenciada dada nas descrições dos experimentos, eles ficaram mais à vontade e ativos nos diálogos que ocorreram durante a visita, despertando o interesse em querer aprender o que foi apresentado em cada experimento.


2017 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 391-409
Author(s):  
Carla Cilene Baptista da SILVA ◽  
Gabriela PORTUGAL

RESUMO: este artigo tem por objetivo apresentar experiências e concepções de professoras de educação infantil sobre a utilização de um Sistema de Acompanhamento de Crianças (SAC) enquanto método de avaliação de suas práticas educativas, dos processos de desenvolvimento das crianças e de suporte para inclusão escolar. O SAC propõe uma avaliação processual e contínua, atenta à experiência de cada criança, e visa promover as melhores respostas educativas a todas e a cada criança. Participaram da pesquisa cinco professoras de educação infantil de duas escolas públicas de uma cidade paulista que, ao longo de quatro meses, estudaram e utilizaram o SAC no contexto da sua prática pedagógica. As suas experiências e concepções foram obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas. Todas as participantes manifestaram satisfação em terem conhecido e utilizado o SAC e o consideraram um importante instrumento de avaliação. Nas falas, destacaram-se também a possibilidade de ouvir as crianças e a importância dada à sua iniciativa e autonomia nas atividades. Sobre a educação inclusiva, de modo geral, ficou evidenciado que o sistema pode ser uma ferramenta importante para auxiliar as professoras nos processos de inclusão. Quanto às reflexões sobre contextos, estratégias e práticas educativas, a maioria deu maior destaque para as dificuldades relacionadas à falta de tempo, espaço físico e recursos materiais. Também foram relatadas algumas contribuições que o uso do SAC trouxe às professoras nas suas práticas pedagógicas, especificamente com relação a melhoria de ofertas educativas promotoras de maior autonomia das crianças e de ações mais inclusivas.


2017 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 329-334 ◽  
Author(s):  
Roseli Terezinha KUHNEN

RESUMO: o estudo teve como objetivo principal identificar e analisar a concepção de deficiência e os fundamentos teóricos que embasam as políticas públicas de Educação Especial no Brasil (1973-2016) para os alunos do Ensino Fundamental. Analisamos os documentos normativos e orientadores das políticas de Educação Especial, identificando a forma como é definido o público-alvo nas políticas, bem como as justificativas técnicas, teóricas e políticas para essa definição. A investigação foi desenvolvida por meio de análise documental de fontes nacionais e internacionais e está sustentada nos pressupostos teóricos e metodológicos do materialismo histórico e dialético, explicitando os conflitos que representam as forças sociais em disputa num movimento de contradição dialética. Dessa análise, depreendemos que a concepção de deficiência presente nas políticas educacionais, desde a década de 1970 até os dias atuais, se mantém dentro de uma perspectiva tecnicista e funcionalista. Todavia, esse tecnicismo foi sendo reconfigurado com outros discursos nos períodos analisados. A análise permitiu perceber que não há ruptura com uma perspectiva baseada na dicotomia entre normal e patológico e não há mudança da racionalidade hegemônica da concepção de deficiência, mas há variações de estratégias para justifica-las. O princípio do normal e patológico, que estava presente na racionalidade moderna, foi redefinido numa perspectiva pós-moderna. Assim, temos, hoje, o normal e o patológico definidos em termos de diferença e diversidade ou multiplicidade cultural como algo que enriquece o ser humano.


2017 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 471-482
Author(s):  
Natalia Gomes dos SANTOS ◽  
Silvia Márcia Ferreira MELETTI ◽  
Vinícius Neves de CABRAL

RESUMO: com o objetivo de investigar o posicionamento da área de Educação Especial no que diz respeito às instituições especiais privadas, apresenta-se um balanço das produções científicas de três fontes de referência da área, quais sejam: Revista Brasileira de Educação Especial, Revista Educação Especial (UFSM) e os anais do GT15 - Educação Especial da ANPED. De um total de 975 trabalhos produzidos entre 2000 e 2014, apenas 24 se debruçaram sobre as Instituições Especiais Privadas e, dentre esses, apenas dois problematizaram a constituição dessas instituições como espaço segregado. O baixo número de artigos preocupados em analisar criticamente essa esfera, que é ocupada por um vasto número de pessoas com deficiência, pode indicar um possível esvaziamento teórico da área e a constituição de sua produção científica como mantenedora e reprodutora de uma cultura hegemônica.


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