Revista do Instituto Geológico
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(FIVE YEARS 1)

Published By Instituto Geologico

2176-1892

2021 ◽  
Vol 41 (3) ◽  
pp. 9-20
Author(s):  
Frederico Luiz Funari ◽  
Augusto José Pereira Filho

A finalidade deste trabalho é determinar a evapotranspiração potencial em uma área do bioma de Mata Atlântica, inserida na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), a partir de medições obtidas em estações meteorológicas convencional e au­tomática instaladas no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), em São Paulo, SP. O cálculo da evapotranspiração potencial foi determinado a partir da partição do balanço de energia, usando o método da razão de Bowen, e pelo método Penman­-Monteith, padrão recomendado pela FAO – Food and Agriculture Organization. Os valores obtidos foram 3,1 mm pelo balanço de energia e 3,0 mm pelo método Penman­-Monteith, com alto coeficiente de correlação (r = 0,9467). Os valores são semelhantes aos obtidos em outras áreas da Mata Atlântica, como na Ilha do Cardoso (2,8 mm) e em Cunha (2,8 mm), ambos no estado de São Paulo.


2021 ◽  
Vol 41 (3) ◽  
pp. 21-33
Author(s):  
Márcio Greyck Guimarães Correa ◽  
Emerson Galvani
Keyword(s):  
El Niño ◽  

Esta pesquisa foi desenvolvida considerando os impactos causados pelo El Niño - Oscilação Sul (ENOS) na variabilidade da precipitação. Apresenta uma proposta de uso de um modelo estatístico inferencial para a identificação da participação do fenômeno, por meio do Índice de Oscilação Sul (IOS), na variabilidade temporal da precipitação pluviométrica na bacia hidrográfica do rio Piquiri-PR. Para o desenvolvimento da pesquisa optou-se por analisar a ocorrência de ENOS por meio do IOS, com os dados disponibilizados pelo National Climate Centre da Austrália e dados mensais de precipitação pluviométrica do Instituto das Águas do Paraná para 41 postos pluviométricos com série histórica entre 1976 e 2010. Os resultados obtidos indicam que 31,4% dos meses da série histórica analisada tiveram IOS negativo ≤ -7, enquanto 21,1% obtiveram IOS positivo ≥ +7 e 47,5% dos meses foram considerados neutros com relação ao IOS. Aplicou-se o modelo estatístico GAMLSS (Modelos Aditivos Generalizados para Posição, Escala e Forma) para identificar a influência do ENOS na precipitação média mensal. Observou-se uma defasagem de até um mês entre o registro dos desvios de IOS e a precipitação registrada na bacia hidrográfica do rio Piquiri. Identificou-se ainda uma diminuição na precipitação média mensal quando se aumenta em média uma unidade de IOS ao modelo inferencial. Essa diminuição mostrou-se variável entre as três áreas de drenagem consideradas no estudo.


2021 ◽  
Vol 41 (3) ◽  
pp. 1-7
Author(s):  
Valerian A. Snytko ◽  
Alexey V. Sobisevich

This paper is dedicated to the life of the Soviet geographer Viktor Borisovich Sochava (1905-1978), who contributed substantially to the geosystemic theory formation in the field of knowledge of Geography, Ecology, and Geosciences in general. The paper covers his academic trajectory and scientific production, pointing out V. Sochava’s main research and contributions for landscape analysis and evolution and development of these disciplines in theoretical and applied sciences. The main results of V. Sochava’s research are also presented throughout the text.


2020 ◽  
Vol 41 (2) ◽  
pp. 33-55
Author(s):  
Ellen Caroline Puglia Leite ◽  
Mirian Chieko Shinzato ◽  
Juliana Gardenalli de Freitas
Keyword(s):  

Processos térmicos têm sido cada vez mais aplicados mundialmente para a remediação de áreas contaminadas. O tratamento térmico, in situ ou ex situ, baseia-se na elevação da temperatura do solo e da água subterrânea visando a degradação do contaminante ou a sua transferência para a fase vapor, facilitando sua extração. Existem diversas formas de aquecimento, sendo a condução de calor, o aquecimento por resistência elétrica e a injeção de vapor os métodos mais utilizados. A remediação térmica pode ser utilizada em áreas com concentrações elevadas de contaminantes dissolvidos e até mesmo em fase separada (NAPLs), além de ser aplicável em diferentes litologias. Apesar do seu potencial de utilização, no Brasil essa técnica ainda é pouco estudada e aplicada. Dessa forma, o presente trabalho apresenta uma análise das diversas técnicas de remediação por processos térmicos, suas aplicações, vantagens e desvantagens, assim como um panorama de sua utilização em nível nacional.


2020 ◽  
Vol 41 (2) ◽  
pp. 57-75
Author(s):  
Rafael Gobeti Faquim Pereira ◽  
Juliana Gardenalli de Freitas

O percarbonato de sódio (PCS) é um oxidante com aplicação recente para a remediação de solos e água subterrâneas. Por ser um composto à base de peróxido de hidrogênio, o PCS possui potencial para degradar uma grande variedade de contaminantes, mas ainda é relativamente pouco conhecido e estudado. Esse trabalho apresenta uma revisão das suas principais propriedades, reações e fatores que interferem na sua aplicação na remediação ambiental. Os estudos de diversos autores foram compilados para levantar informações sobre reações com diferentes tipos de contaminantes, dosagens, uso de ativadores e quelantes. O PCS apresenta capacidade de degradar de forma eficiente alguns hidrocarbonetos aromáticos, incluindo benzeno, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e solventes clorados, entre outros. Verificou-se que o uso de ativadores propiciou a geração do radical hidroxila com maior velocidade e intensidade. Outras espécies reativas de oxigênio, como os radicais hidroperoxila e o ânion superóxido, também são formadas e auxiliam na degradação dos contaminantes, apesar de não possuírem o mesmo potencial de oxidação do radical hidroxila. Diferentes ativadores são citados na literatura como eficientes, como Fe(II) e Fe(III). O uso de agentes quelantes também resulta em maior eficiência, principalmente o ácido citrico, ácido oxálico e EDDS (ácido etilenodiamino-N,N’-dissuccínico – C10H16N2O8). No entanto, a análise dos estudos publicados torna evidente que as condições para obtenção de bons resultados são extremamente dependentes das condições específicas da área, como íons dissolvidos, presença de matéria orgânica e interações com diferentes minerais. Além disso, existe um número reduzido de informações sobre a interação do PCS com diferentes minerais e solos.


2020 ◽  
Vol 41 (2) ◽  
pp. 1-13
Author(s):  
César de Oliveira Ferreira Silva ◽  
Rodrigo Lilla Manzione
Keyword(s):  

A escassez de informações para embasar a tomada de decisão no gerenciamento de recursos hídricos é uma das principais limitações ao uso adequado desses recursos. Assim, metodologias de regionalização de vazões, que visam suprir a ausência de medições de vazões, a partir da utilização das informações hidrológicas de bacias com características físicas similares, são de vital importância. O Estado de São Paulo utiliza um método de regionalização de vazões formulado com dados das décadas de 1940 a 1980 para gestão de outorgas de água em regiões sem dados históricos fluviométricos. O presente trabalho avaliou este método de regionalização de vazões com valores mensais médios em cinco microbacias da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do “Médio Paranapanema” (UGRHI 17), que compõem o Comitê de Bacia Hidrográfica do “Médio Paranapanema” (CBH-MP), analisando a aderência de suas curvas de permanência. O principal objetivo foi analisar se (1) as curvas de permanência que utilizam dados de regionalização de vazões proveem informação suficiente para a tomada de decisão e (2) quais impactos o uso da metodologia atual pode gerar. As análises foram feitas com três recortes temporais, usando dados observados anteriores e após 1990, bem como a série histórica completa. Dessa forma, evidências do impacto da desatualização do modelo de regionalização de vazões podem ser extraídas. O modelo de regionalização de vazões médias mensais utilizado pelo Estado de São Paulo apresentou subestimação de vazões, comprovada com a realização de testes de aderência estatística, com resultados piores em microbacias menores. As curvas de permanência obtidas a partir de dados de regionalização de vazões apresentaram melhor aderência aos valores observados anteriores a 1990. A principal fonte de incerteza na manutenção do uso dessa metodologia é sua desatualização frente a cenários de mudanças climáticas. O processo de outorga de água, quando baseado nesse método, apoia-se em cenários mais restritivos que os reais, enquanto para o planejamento de obras civis há baixa previsibilidade de eventos extremos, como enchentes. Com isso podem ser gerados impactos na segurança hídrica (com outorgas mais restritivas e menor previsibilidade de cheias) e empecilhos à sustentabilidade no uso da água nessas microbacias. Avanços nos estudos em regionalização de vazões, bem como a expansão das redes hidrométricas, ampliam a base de dados para tomada de decisão em gerenciamento de recursos hídricos nos comitês de bacias.


2020 ◽  
Vol 41 (2) ◽  
pp. 15-32
Author(s):  
Elias Hideo Teramoto ◽  
Hung Kiang Chang

Parcela significativa do nordeste brasileiro se notabiliza pela escassez hídrica, que é responsável por implicações socioeconômicas locais negativas. Além do déficit hídrico, esta região é afetada pela salinização de águas subterrâneas, que contribui para a perda de potabilidade da água. Na bacia do rio Cachoeira, Estado da Bahia, situada no limite do semiárido nordestino, as águas subterrâneas possuem concentração de sais dissolvidos naturalmente elevados em razão das altas taxas de evapotranspiração e interação rocha-água. Para a avaliação quantitativa desses processos nas concentrações de sais totais dissolvidos, foram empregadas técnicas estatísticas e simulações geoquímicas. Na análise das Componentes Principais verificou-se que os Componentes Principais 1 (CP1) e 2 (CP2) respondem, respectivamente, por 82,89 e 13,68% da variância das amostras analisadas. Enquanto o CP1 é majoritariamente atribuído a variações na concentração do íon HCO3 - , o CP2 é atribuído a variações na concentração do íon Cl- . Verificou-se três diferentes tendências, que descrevem variações distintas do CP2 em função daquelas observadas para CP1, refletindo diferentes proporções na importância da evapotranspiração e interação rocha-água na salinidade. As simulações geoquímicas foram capazes de reproduzir as concentrações das amostras mais salinas, a partir da evaporação e de reações rocha-água. A maior parte das amostras de água subterrânea agrupam-se ao longo da Tendência 3, cujo incremento de sólidos totais dissolvidos é majoritariamente explicado pela interação rocha-água. Em oposição, as amostras de água das Tendências 1 e 2, menos frequentes, possuem sólidos totais dissolvidos majoritariamente provenientes da evaporação da água.


2020 ◽  
Vol 41 (1) ◽  
pp. 35-41
Author(s):  
Jean-Pierre Coutard ◽  
Rosely Pacheco Dias Ferreira ◽  
Jöel Pellerin ◽  
José Pereira de Queiroz Neto
Keyword(s):  

Republicação da “Carta Geomorfológica de São Pedro, SP – 1:50.000” e memo-rial explicativo, originalmente publicado em “Sedimentologia e Pedologia”, número 12, pelo Instituto de Geografia, Universidade de São Paulo, São Paulo, em 1978. Pes-quisa desenvolvida no âmbito do Convênio entre o Laboratório Pedologia e Sedimen-tologia do Instituto de Geografia da USP / Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e o Centre de Géomorphologie du CNRS sob a coordenação de J.P. Queiroz Neto e A. Journaux.


2020 ◽  
Vol 41 (1) ◽  
pp. iv
Author(s):  
Corpo Editorial
Keyword(s):  

Este número especial da Revista do Instituto Geológico resgata as cartas geomorfológicas clássicas desenvolvidas no âmbito do convênio entre o Laboratório de Pedologia e Sedimentologia do Instituto de Geografia / Departamento de Geografia da FFLCH da Universidade de São Paulo e o Centre de Géomorphologie du CNRS – Caen, sob a coordenação de J.P. Queiroz Neto e A. Journaux, na década de 1970. Este convênio foi um importante marco para os estudos pedogeomorfológicos no Brasil, trazendo avanços significativos para a cartografia geomorfológica, tema que está em pleno debate na atualidade. A organização desse número foi conduzida pelos professores Rosely Pacheco Dias Ferreira e Marcos Roberto Pinheiro, do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Além da republicação das cartas clássicas, o número apresenta um histórico dos trabalhos que adotaram a legenda de cartografia geomorfológica francesa (RPC.77), bem como artigos com mapas inéditos elaborados em diferentes contextos paisagísticos do Brasil. Realizou-se nova editoração eletrônica dos memoriais explicativos das cartas geomorfológicas clássicas, incluindo modificações de termos em desuso na literatura científica ou com grafia desatualizada e de nomes de localidades, conforme o Novo Acordo Ortográfico. As cartas foram tratadas digitalmente, visando sua melhor leitura.


2020 ◽  
Vol 41 (1) ◽  
pp. 29-33
Author(s):  
Jean-Pierre Coutard ◽  
André Journaux ◽  
Constantina Carmen Marotta Melfi ◽  
Jean-Claude Ozouf ◽  
José Pereira de Queiroz Neto ◽  
...  
Keyword(s):  

Republicação da “Carta Geomorfológica do Vale do Rio do Peixe em Marília, SP – 1:100.000” e memorial explicativo, originalmente publicado em “Sedimentologia e Pedologia”, número 10, pelo Instituto de Geografia, Universidade de São Paulo, São Paulo, em 1978. Pesquisa desenvolvida no âmbito do convênio entre o Laboratório de Pedologia e Sedimentologia do Instituto de Geografia / Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e o Centre de Géomorphologie du CNRS - Caen, sob a coordenação de J.P. Queiroz Neto e A. Journaux.


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