Revista Summae Sapientiae
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Published By Revista Summae Sapientiae

2595-9204

2020 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 150-161
Author(s):  
HIGOR RODRIGUES LEAL

Na medida em que a igreja existe para pregar o evangelho e ser agência do Reino de Deus na terra, os valores e princípios do Reino precisam brotar no seio da igreja para abençoar as comunidades locais, de modo a sinalizar uma pátria celestial vindoura onde justiça e equidade emanam do trono de Deus sobre os seus filhos e filhas. Por isso, a igreja não pode caminhar de qualquer forma. Pensar e encarar a igreja como uma organização que precisa de planejamento e controle, não retira o caráter espiritual dela, antes a solidifica e impulsiona a atuar de forma segura e coordenada no alcance de sua missão. O apóstolo Paulo procurava estabelecer nas igrejas plantadas uma identidade apostólico doutrinária, sustentada sob o senhorio de Cristo, o cabeça da Igreja. Apesar da simplicidade orgânica, as igrejas fundadas pelo apóstolo não eram desorganizadas. Sua organização era essencial e submissa à revelação de Deus, com forte identidade e uma poderosa consciência de ser o novo “povo de Deus”, com o objetivo de glorificar ao Pai e alcançar o mundo.


2020 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 162-184
Author(s):  
Jhonathan Jarison dos Anjos de Oliveira ◽  
Gabriela Medeiros Marinho
Keyword(s):  

Tendo em vista a influência de tendências pedagógicas que buscam emancipar o indivíduo, levando-o a negar sua natureza e desvincular-se de qualquer herança do passado na tentativa de justificar o progresso em detrimento da desvalorização da verdade, sendo a instituição escolar a principal agente de propagação de uma filosofia, este artigo vista, através do método bibliográfico, esclarecer os pilares teóricos da pedagogia crítica. As linhas de pensamento expressas nessa tendência educacional partem do marxismo, seus pressupostos sobre a natureza humana e o conceito da práxis, passando pela escola de Frankfurt e sua teoria crítica, a influência dessa escola no movimento reconstrucionista, até que cheguemos a Antonio Gramsci e sua concepção de revolução cultural. Essa pedagogia ultrapassa os limites da teoria e atravessa o campo epistemológico, mas cruza também os campos éticos, econômicos, políticos e culturais, pois quando é posta em prática, influencia todas as esferas da sociedade, pois serve de veículo de divulgação ideológica. A avidez por transformar ao invés de conhecer põe o caráter principal da educação, que é a adaptação ao conhecimento legado em nulidade, formando homens que alçam-se deuses sedentos pelo futuro.


2020 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 137-149
Author(s):  
Bruno Ribeiro Nascimento ◽  
Gabriela Medeiros Marinho ◽  
Jorhanna Isabelle Araújo de Brito Gomes

O objetivo deste artigo é analisar a objeção de jure formulada por Sigmund Freud (1856-1939) que alega que a crença teísta é irracional. Faremos isso através de uma comparação entre a proposta de Freud e a do filósofo americano Alvin Plantinga, que utiliza o conceito de garantia como a qualidade ou quantidade que distingue o conhecimento da mera crença verdadeira. Para Plantinga, uma crença é garantida quando é formada por faculdades cognitivas agindo em pleno funcionamento. Dessa forma, Plantinga elabora o modelo Aquino e Calvino que postula o sensus divinitatis como uma faculdade cognitiva que dá garantia a crença cristã. Por outro lado, Freud afirma que a crença em Deus resulta de uma disfunção cognitiva. Utilizamos do método bibliográfico, com uma abordagem dedutiva ao, sendo o objetivo de caráter exploratório. Concluímos que Freud alega que a crença teísta é irracional ao pressupor uma objeção de facto, isto é, ao partir do pressuposto que Deus não existe, quanto Plantinga mostra porque a alegação de Freud é injustificada.


2020 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 67-96
Author(s):  
Dênis Júlio Pereira Francisco

Tendo em vista as fortes pressões por parte dos centros propagadores de ciência, e que, por isso, escolas confessionais tem mantido um relacionamento eclético com as práticas pedagógicas seculares, este artigo objetiva analisar o problema do ecletismo na educação escolar cristã, bem como destacar a necessidade de escolas distintamente cristãs, de maneira que não apenas a fundação filosófica, mas toda a superestrutura do sistema educacional seja formada por elementos e processos que estão em harmonia com a cosmovisão bíblica. Para tanto, realizou-se como procedimento metodológico uma pesquisa pura e dedutiva, por meio de revisão bibliográfica sistemática de trabalhos publicados em revistas científicas e livros que tratam sobre o tema em questão. Diante disso, verificou-se que o ecletismo é inconsistente e incoerente consigo mesmo e, por tanto, de natureza insatisfatória para a educação cristã, a qual é dissemelhante e consagrada por se estruturar completamente na existência de um Deus Trino, que está em processo de restauração de todas as coisas, e que, a partir disso, os educadores cristãos devem desenvolver práticas que unam os princípios eternos do cristianismo com as necessidades e peculiaridades do seu contexto.


2020 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 29-66
Author(s):  
Gabriel Medeiros do Nascimento

Em um experimento de Teologia Bíblica, este trabalho propõe-se a investigar a natureza do uso da literatura Veterotestamentária em pregações de Pedro e Paulo em Atos dos Apóstolos. Utilizando-se de revisão bibliográfica, o trabalho partirá de uma investigação prévia acerca das características literárias do livro de Atos dos Apóstolos. Serão discutidos brevemente tópicos como autoria e historicidade, a fim de pincelar atributos do contexto histórico e canônico do livro. Após esta breve análise será feito um levantamento das ferramentas hermenêuticas adequadas para o estudo proposto. Dentre o tripé hermenêutico, as ferramentas históricas e teológicas serão escolhidas para o fim proposto, tendo em vista as particularidades dos relatos das pregações. Por fim, o trabalho partirá para a investigação propriamente dita. As porções textuais selecionadas foram a pregação de Pedro no dia de Pentecostes e os dois sábados de Paulo de Tarso em Antioquia da Pisídia. A razão desta escolha é pela riqueza textual em alusões e referências à linguagem pactual, profética e messiânica encontrada no Antigo Testamento. O trabalho conclui apontando para a importância de um domínio sólido da literatura Veterotestamentária para se atingir níveis mais profundos de entendimento acerca do escopo da obra redentiva de Cristo Jesus.


2020 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 7-28
Author(s):  
Aislan Fernandes Pereira

Este trabalho apresenta uma interpretação de Hebreus 11.1, cuja reivindicação principal é de que o verso não trata de fé, mas antes de confiança resistente. Essa afirmação é baseada principalmente na elucidação do uso das palavras gregas “pistis” (πίστις), “hipostasis” (ὑπόστασις) e “elenchos” (ἔλεγχος) contidas no versículo. Assim, argumenta-se em favor, não da tradicional definição de fé cristã, porém a respeito do que a confiança genuinamente cristã é capaz de resistir, ou melhor, suportar.


2020 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 97-116
Author(s):  
ANDERSON BARBOSA PAZ

O presente artigo tem por objetivo estudar a doutrina da resistência ao Estado no pensamento do reformador João Calvino (1509-1564). O reformador francês foi fundamental para o desenvolvimento e consolidação da doutrina de resistência aos tiranos. Essa doutrina teve sua origem nos debates luteranos sobre a legitimidade dos cristãos resistirem aos governantes que se tornassem tiranos. Com o tempo, alguns calvinistas passaram a debatê-la e desenvolvê-la. Contudo, foi o próprio Calvino que deu passos fundamentais nessa discussão por meio de exceções à doutrina da resistência passiva. A discussão sobre a legitimidade de agentes privados ou magistrados populares resistirem aos imperadores em uma sociedade cristã no início da era moderna possibilitou uma das grandes aberturas da modernidade para a diminuição da força do Estado e para a consolidação da liberdade religiosa. Percebem-se ambiguidades no pensamento de Calvino sobre a doutrina da resistência ao Estado. Isso atesta que Calvino era um reformador preocupado com seu contexto imediato de ameaças que a igreja sofria por parte da ação de governantes.


2020 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 217-244
Author(s):  
Jorhanna Isabelle Gomes ◽  
Helloah Wictoria De Vasconcelos Lima

RESUMO Diferentes posicionamentos acerca do relacionamento existente entre o Pai e o Filho na Trindade têm feito parte das discussões teológicas. Mesmo entre os teólogos cristãos que concordam acerca das doutrinas primárias da fé cristã, há o questionamento se a Subordinação do Filho ao Pai é eterna ou não. O objetivo deste estudo é proporcionar um rico debate acerca do contraste das visões de Subordinação Eterna e Temporal. Dessa forma, será apresentada uma visão geral dos teólogos Ferreira e Myatt; em contraposição ao pensamento de Grudem acerca da temática. O artigo foi desenvolvido através do método bibliográfico, com pesquisa de abordagem dedutiva. De acordo com o pensamento de Grudem, a subordinação do Filho ao Pai na Trindade é eterna e referente ao relacionamento. Já Ferreira e Myatt defendem que o Pai e o Filho estão eternamente em um relacionamento de filiação, entretanto isso não implica em uma subordinação ou sujeição eterna. Para eles, há uma incoerência ao afirmar que o Cristo se submete a vontade divina, pois, do mesmo modo que existe uma só natureza divina, também existe uma só vontade divina. Por fim, se faz importante compreender de forma justa os dois posicionamentos, possibilitando um debate saudável e proveitoso.    


2020 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 185-216
Author(s):  
Jhonata Santos De Assis ◽  
Romeu Vieira Damacena

O Banquete Messiânico é uma figura amplamente conhecida para se referir a história da redenção. Tal banquete, como apresentado em Isaías 25, visa abranger todos os povos da Terra. Entretanto, essa visão abrangente foi suprimida por conta da tradição judaica. Ela retira a visão abrangente, excluindo os povos pagãos, além de impor condições para o ingresso que causam uma estratificação social. Jesus, em seu ministério, por muitas vezes entrou em debate com os líderes religiosos de sua época. Por meio de parábolas Ele redirecionava o entendimento do povo acerca do Reino de Deus. Nosso trabalho tem como objetivo reafirmar a visão abrangente da redenção. Para isso, utilizaremos três parábolas que se interligam a ideia do Banquete Messiânico. Abordaremos o tema sob a perspectiva de Lucas, o evangelista dos gentios. Utilizando-se da técnica de pesquisa bibliográfica e descritiva, chegamos à conclusão de que os ensinamentos de Jesus nos fornecem uma visão mais ampla, sem limitação territorial ou sanguínea em relação ao tema da salvação. A visão defendida pela tradição não só é uma ofensa a Deus e seu Reino mas também é responsável por esconder a realidade judaica de que estão tão perdidos quanto os povos pagãos.


2020 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 117-136
Author(s):  
ANA BEATRIZ DE ANDRADE BORBA DELGADO

  O objetivo deste artigo é investigar de maneira crítica as relações culturais, diante de uma perspectiva filosófica, sociológica e antropológica da pós-modernidade e a  incongruência do relativismo cultural. Para isso, serão abordadas questões sobre o conceito de verdade nas relações culturais, sugerindo uma resposta para o relativismo. Nesse aspecto,considera-se que o uso da perspectiva múltipla não promove ou entra em contrapartida com a verdade, mas a reconhece.  Além disso, há uma abordagem no âmbito do  Direito e da moralidade, haja vista que o tema do presente artigo envolve, de maneira integral, a dignidade humana. Sendo  assim, foi utilizada a pesquisa bibliográfica e descritiva, a luz de grandes intelectuais, a fim de chegar a uma conclusão fidedigna acerca do conceito de verdade e da problemática do relativismo.


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