Politeia - História e Sociedade
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Published By Universidade Estadual Do Sudoeste Da Bahia/Edicoes UESB

2236-8094, 1519-9339

2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 277-299
Author(s):  
Joseph Abraham Levi

Neste estudo analisar-se-ão como as diferentes correntes migratórias dos Sefardim, particularmente a Gente da Nação – ou seja, dos Sefarditas de origem portuguesa e seus descendentes diaspóricos – durante mais de quatro séculos (ca. 1391-ca. 1812) de Diáspora (Galut,  גלות‎exílio) por muitas terras da Europa, do Magreb, da Ásia e do Novo Mundo colonial, foram também motivos de encontros e desencontros entre diversos povos, usos, costumes e religiões. Deixando de lado os já exaustivamente estudados casos de cripto-judaísmo de cunho católico nas áreas geográficas supracitadas, é nossa intenção, ao invés, investigar nessa sede casos de dissimulação e assimilação em áreas onde o Protestantismo irá ter um peso económico-religioso relevante durante esses séculos, sobretudo no Novo Mundo, nomeadamente nos Estados Unidos da América e no Canadá.


2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 243-256
Author(s):  
Newton Silva ◽  
Vera Chaia
Keyword(s):  

Para compreender como se deu a relação entre a Igreja Católica e o governo militar brasileiro nos Anos de Chumbo e como se construiu esse jogo de interesses entre as duas instituições com mais poder político no cenário nacional, é realizado o estudo das matérias publicadas no jornal da Cúria Metropolitana de São Paulo, O São Paulo. O período estudado vai de novembro de 1970, quando D. Paulo Evaristo Arns é nomeado para ser o quinto Arcebispo de São Paulo; e março de 1974, quando chega ao fim o governo mais repressor do período ditatorial, o comandado pelo general Emílio Garrastazú Médici. Com o estudo, verificou-se que o jornal, apesar da censura, fez uma cobertura extremamente opinativa. Tal fato traduz o espírito do arcebispo à frente da cidade de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns, que optou pelo enfrentamento aos militares de forma respeitosa e diplomática, e em território nacional.


2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 67-95
Author(s):  
Vanicléia Silva Santos

O objetivo deste texto é discutir a trajetória de Crispina Peres, proeminente comerciante de Cacheu que foi demonizada por membros dessa comunidade mercantil no contexto de comércio de seres humanos, em meados do século XVII. Por meio de uma análise detalhada dos testemunhos que constam no processo inquisitorial movido contra Crispina, mostro que o Tribunal do Santo Ofício português foi utilizado pelos seus agentes e pela elite local para eliminar inimigos e concorrentes comerciais. O argumento central deste texto é que o estado de viuvez e o sucesso econômico propiciava mais mobilidade para as mulheres livres de Cacheu tocarem seus negócios e fortalecia suas casas comerciais, sem obrigações com regimes patriarcais e patrilineares. Contudo, a mobilidade das viúvas as colocava em posição de vulnerabilidade perante seus concorrentes comerciais portugueses ou nascidos localmente, bem como levava a comunidade a demonizar os meios utilizados por elas para obterem enriquecimentos.


2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 5-7
Author(s):  
Ana Paula Sampaio Caldeira

2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 141-161
Author(s):  
Elizete da Silva

Neste artigo, pretendemos analisar as formas de contestação ao Tribunal do Santo Ofício português, empreendidas por setores do Protestantismo europeu, críticos do obscurantismo católico, mas que desenvolveram, também, instrumentos persecutórios na defesa de suas doutrinas. Investigamos, especialmente, no século XVIII, como o Iluminismo e a noção de liberdade de consciência contribuíram para forjar representações e a produção de textos contra as práticas inquisitoriais. Destacamos a trajetória do réu protestante lusitano Francisco Xavier de Oliveyra, escritor de contundentes opúsculos contra o referido tribunal eclesiástico. Abolida a Inquisição Portuguesa em 1821, o nascente Protestantismo Brasileiro, na segunda metade do século XIX, alimentou-se dessa memória na disputa com a Igreja Católica, hegemônica no País.


2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 192-207
Author(s):  
Alex Rogério Silva

Na Idade Média, os monstros e demônios ocuparam um lugar de destaque no imaginário social europeu, representando o diferente, o grotesco e, muitas vezes, o maligno. Muitos testemunhos atestavam a sua existência no plano real, como personagens de carne e osso, relatando características físicas, psíquicas e até morais. Esses testemunhos chegaram até nós por meio de documentos das mais diversas tipologias. Atualmente, observamos tais personagens como fruto de um período no qual a sociedade era movida por uma estrutura social que abarcava os monstros e demônios. O conceito de monstro, bem como de demônio, é bem amplo, sofrendo alterações a depender de cada época e localidade. Diante do exposto, com base no conceito de representações de Roger Chartier, o objetivo deste trabalho é fazer uma análise de imagens e discursos sobre o diabo e sobre o que os homens e mulheres da Idade Média Ibérica consideravam como monstruoso, a partir da imagem dos judeus. Como fonte serão utilizadas duas Cantigas de Santa Maria, atribuídas a D. Alfonso X, o Sábio, Rei de Castela e Leão. Serão analisadas duas cantigas: a CSM n. 47, como exemplo da representação do diabo na literatura e, consequentemente, no imaginário medieval, e a CSM n. 4, que assimila o personagem judeu à ideia de monstros, devido às suas ações e diferenças no tocante à religiosidade.


2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 45-66
Author(s):  
Luiz Mott

A história da homossexualidade em Portugal confirma a mesma tendência observada no resto do mundo: o lesbianismo sempre foi muito menos perseguido do que a homossexualidade masculina. Nesse artigo analisamos um documento inédito de 1646, onde os Inquisidores de Lisboa, após consulta do Tribunal do Santo Ofício de Goa, discutem detalhadamente, baseados em diversificada bibliografia, a opinião dos principais teólogos morais da cristandade sobre o tema. Apesar de manifestarem posicionamentos antagônicos, prevaleceu a exclusão da “sodomia faeminarum” da condição de “sodomia perfeita”, deixando a partir de então o lesbianismo de ser crime punível com a fogueira, passando sua perseguição, mais branda, à justiça secular.


2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 118-140
Author(s):  
Letícia Maia Dias
Keyword(s):  
De Novo ◽  

O Santo Ofício português, embora não tenha estabelecido um Tribunal no Brasil, atuou expressivamente na sociedade colonial, mediante a tentativa de disciplinar, julgar e punir os comportamentos, hábitos e costumes em conformidade com os preceitos da Igreja Católica.  A bigamia se configurava como um delito Mixti Fori; isto é, violava as normas da justiça civil, eclesiástica e inquisitorial. Posto isto, buscamos mostrar, através da análise do processo inquisitorial de Antonio José Cogominho, algumas particularidades da sociedade mineira setecentista. Ademais, tentamos também perceber a bigamia através da própria estrutura dos casamentos coloniais, uma vez que o ato de casar de novo evidenciava brechas inerentes aos processos matrimoniais que podem ter sido estrategicamente usadas pelos bígamos. Portanto, procuramos traçar os principais aspectos da sociedade em Minas Gerais ao longo do século XVIII por meio de uma perspectiva que dialogue com a trajetória deste acusado e as estruturas matrimoniais coloniais existentes.


2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 8-22
Author(s):  
Grayce Mayre Bonfim Souza

Apresentação do dossiê Tribunal do Santo Ofício português, 200 anos após extinção: História e Historiografia


2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 226-242
Author(s):  
César Augusto Queirós

O presente artigo tem como objetivo compreender o processo de reestruturação político-partidária ocorrido no estado do Amazonas após a instauração do Ato Institucional nº 2, buscando analisar o processo de formação dos novos partidos e abordar a forma como as disputas políticas existentes no estado, no período anterior ao golpe de 1964, foram ressignificadas a partir do AI-2. Nossa ênfase recairá sobre as eleições legislativas de 1966 e sobre as articulações políticas para a consolidação da Aliança Renovadora Nacional (ARENA), no estado.


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