scholarly journals Educação ambiental e extração clandestina de palmito juçara (Euterpe edulis): o caso do Parque Estadual "Carlos Botelho"-São Paulo

Author(s):  
Maria Cláudia Nogueira
Keyword(s):  
2012 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 125-145 ◽  
Author(s):  
Carlos Alfredo Joly ◽  
Marco Antonio Assis ◽  
Luis Carlos Bernacci ◽  
Jorge Yoshio Tamashiro ◽  
Mariana Cruz Rodrigues de Campos ◽  
...  

Este trabalho resume os dados de florística e fitossociologia de 11, das 14 parcelas de 1 ha, alocadas ao longo do gradiente altitudinal da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. As parcelas começam na cota 10 m (Floresta de Restinga da Praia da Fazenda, município de Ubatuba) e estão distribuídas até a cota 1100 m (Floresta Ombrófila Densa Montana da Trilha do rio Itamambuca, município de São Luis do Paraitinga) abrangendo os Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Na Restinga o solo é Neossolo Quartzarênico francamente arenoso, enquanto que na encosta o solo é um Cambisolo Háplico Distrófico argilo-arenoso, sendo que todas as parcelas apresentaram solo ácido (pH 3 - 4) com alta diluição de nutrientes e alta saturação de alumínio. Na Restinga e no sopé da encosta o clima é Tropical/Subtropical Úmido (Af/Cfa), sem estação seca, com precipitação média anual superior a 2.200 mm e temperatura média anual de 22 ºC. Subindo a encosta mantêm-se a média de precipitação, mas há um gradativo resfriamento, de forma que a 1.100 m o clima é Subtropical Úmido (Cfa/Cfb), sem estação seca, com temperatura média anual de 17 ºC. Destaca-se ainda que, quase diariamente, a parte superior da encosta, geralmente acima de 400 m, é coberta por uma densa neblina. Nas 14 parcelas foram marcados, medidos e amostrados 21.733 indivíduos com DAP > 4,8 cm, incluindo árvores, palmeiras e fetos arborescentes. O número médio de indivíduos amostrados nas 14 parcelas foi de 1.264 ind.ha-1 (± 218 EP de 95%). Dentro dos parâmetros considerados predominaram as árvores (71% FOD Montana a 90% na Restinga), seguidas de palmeiras (10% na Restinga a 25% na FOD Montana) e fetos arborescentes (0% na Restinga a 4% na FOD Montana). Neste aspecto destaca-se a FOD Terras Baixas Exploradas com apenas 1,8% de palmeiras e surpreendentes 10% de fetos arborescentes. O dossel é irregular, com altura variando de 7 a 9 m, raramente as árvores emergentes chegam a 18 m, e a irregularidade do dossel permite a entrada de luz suficiente para o desenvolvimento de centenas de espécies epífitas. Com exceção da FOD Montana, onde o número de mortos foi superior a 5% dos indivíduos amostrados, nas demais fitofisionomias este valor ficou abaixo de 2,5%. Nas 11 parcelas onde foi realizado o estudo florístico foram encontradas 562 espécies distribuídas em 195 gêneros e 68 famílias. Apenas sete espécies - Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), Calyptranthes lucida Mart. ex DC. e Marlierea tomentosa Cambess (ambas Myrtaceae), Guapira opposita (Vell.) Reitz (Nyctaginaceae), Cupania oblongifolia Mart. (Sapindaceae) e as Urticaceae Cecropia glaziovii Snethl. e Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini - ocorreram da Floresta de Restinga à FOD Montana, enquanto outras 12 espécies só não ocorreram na Floresta de Restinga. As famílias com o maior número de espécies são Myrtaceae (133 spp), Fabaceae (47 spp), Rubiaceae (49) e Lauraceae (49) ao longo de todo gradiente da FOD e Monimiaceae (21) especificamente nas parcelas da FOD Montana. Em termos de número de indivíduos as famílias mais importantes foram Arecaceae, Rubiaceae, Myrtaceae, Sapotaceae, Lauraceae e na FOD Montana, Monimiaceae. Somente na parcela F, onde ocorreu exploração de madeira entre 1960 e 1985, a abundância de palmeiras foi substituída pelas Cyatheaceae. O gradiente estudado apresenta um pico da diversidade e riqueza nas altitudes intermediárias (300 a 400 m) ao longo da encosta (índice de Shannon-Weiner - H' - variando de 3,96 a 4,48 nats.indivíduo -1). Diversas explicações para este resultado são apresentadas neste trabalho, incluindo o fato dessas altitudes estarem nos limites das expansões e retrações das diferentes fitofisionomias da FOD Atlântica durante as flutuações climáticas do Pleistoceno. Os dados aqui apresentados demonstram a extraordinária riqueza de espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, reforçando a importância de sua conservação ao longo de todo o gradiente altitudinal. A diversidade desta floresta justifica também o investimento de longo prazo, através de parcelas permanentes, para compreender sua dinâmica e funcionamento, bem como monitorar o impacto das mudanças climáticas nessa vegetação.


1990 ◽  
Vol 4 (2 suppl 1) ◽  
pp. 1-7 ◽  
Author(s):  
Francismar Francisco Alves Aguiar
Keyword(s):  

Duas espécies da família Palmae: Euterpe edulis Mart. (palmiteiro) e Geonoma schottiana Mart. (guaricanga), ambas com potencial ornamental e em vias de extinção, estão sendo estudadas no Instituto de Botânica de São Paulo, quanto à germinação de suas sementes. Testes de germinação foram realizados em diferentes condições ambientais (casa de vegetação e laboratório) e substratos (terra vegetal, areia, esfagno natural, esfagno seco moído e vermiculita). O efeito dos substratos e dos ambientes na germinação das sementes, foi avaliado através da porcentagem de germinação e velocidade de germinação (V.G.). Considerando-se os resultados obtidos, pode-se concluir que o melhor substrato para germinação de Euterpe edulis Mart. em casa de vegetação foi o esfagno natural. Já em condições controlada (25ºC e fotoperíodo de 12 horas), o melhor substrato para germinação das duas espécies investigadas foi a vermiculita.


2020 ◽  
Vol 41 ◽  
Author(s):  
Antonio Carlos Pries Devide ◽  
Cristina Maria de Castro ◽  
Raul de Lucena Duarte Ribeiro ◽  
Antonio Carlos de Souza Abboud ◽  
Marcos Gervasio Pereira

O objetivo desse trabalho foi avaliar o crescimento de guanandi (Calophyllum brasiliense Cambess.), em planície inundável, em plantio homogêneo (controle) e em dois sistemas agroflorestais - SAFs (simples e biodiverso). O plantio de guanandi foi instalado no Vale do Paraíba, estado de São Paulo, em 2007. De 2011 a 2014 avaliou-se o crescimento de guanandi em um experimento em delineamento em blocos ao acaso, com oito repetições. Os SAFs consistiram do plantio de culturas anuais nas entrelinhas de guanandi. O SAF biodiverso foi acrescido de 16 espécies arbóreas, bananeiras (Musa sp.) e palmeira juçara (Euterpe edulis Mart.). As árvores de guanandi apresentaram similaridade morfológica no plantio homogêneo e nos sistemas agroflorestais, atingindo, em média, 5,40 m de altura total aos sete anos de idade. A taxa de crescimento relativo foi similar nos três tratamentos, com maiores valores atribuídos ao raio da copa (2,59%) e à circunferência a 1,30 m do solo (1,86%). Os sistemas agroflorestais são promissores, por aliar os benefícios da geração de renda e da restauração ecológica ao plantio de guanandi em planície de inundação.


2020 ◽  
Vol 30 (2) ◽  
pp. 489
Author(s):  
Pietro Oliveira Scarascia ◽  
Eliana Cardoso Leite ◽  
Roberta Averna Valente
Keyword(s):  

Diante dos diversos métodos de mensuração da integridade biótica de determinada área de floresta evidencia-se a Avaliação Ecológica Rápida (AER). Com base na AER foi desenvolvido um índice para avaliar a condição da vegetação, denominado Índice de Integridade Biótica (IIB). A aferição e precisão deste índice retratam o quão íntegro um dado ecossistema florestal se encontra no momento da análise. O alicerce para a eficiência na aplicação do IIB está na escolha correta dos indicadores de integridade biótica, ou seja, nas variáveis a serem mensuradas. O presente estudo partiu de um índice anteriormente proposto para Floresta Estacional Semidecidual (FES), e teve como objetivo adaptar o IIB para uso em área de Floresta Ombrófila Densa no Estado de São Paulo, bem como testar sua eficiência no diagnóstico da integridade de fragmentos de Floresta Ombrófila Densa (FOD) inseridos em matriz rural. Dos onze indicadores presentes no método original, alguns foram mantidos como no original ou adaptados, alguns retirados e alguns novos foram criados. O IIB adaptado foi aplicado numa área de FOD de 70 hectares. Para isso, foram utilizadas 20 parcelas de 10x10m, dentro da área amostral. Os resultados mostraram uma variação do IIB entre 28 e 47, ou seja, 2 parcelas registraram integridade baixa, 11 integridade média e 7 integridade boa. A área como um todo apresentou integridade regular, o que era esperado devido ao seu tamanho, ao entorno agrícola e ao histórico de perturbações. O IIB mostrou-se adaptado e eficiente para análise da integridade biótica da FOD, pois conseguiu mostrar a diferença de integridade entre diferentes trechos de Floresta Ombrófila Densa. Os indicadores menos eficientes foram: “cobertura de serapilheira” e “espécies exóticas lenhosas”. Os mais eficientes foram: “Euterpe edulis”, “epífitas”, “clareiras” e “cipós/lianas”.


2004 ◽  
Vol 4 (2) ◽  
pp. 130 ◽  
Author(s):  
Alexandre Marco da Silva
Keyword(s):  

O objetivo deste trabalho foi levantar informações sobre a cobertura do solo numa faixa de entorno de 3000 metros para as Unidades de Conservação (UCs): Parques Estaduais Intervales, Morro do Diabo e Vassununga, localizadas no Estado de São Paulo. Com base em imagens de satélite a classificação das cenas foi realizada por interpretação visual. Utilizando-se o software Idrisi uma faixa tampão de 3.000 metros foi criada no entorno da área de cada UC. Este mapa foi sobreposto com o mapa de cobertura anteriormente criado, objetivando recortar e isolar a área a ser estudada. Os resultados indicam uma situação distinta de cobertura do solo entre as UCs. No entorno do P. E. Morro do Diabo a classe de cobertura do solo predominante foi a pastagem (≈43%), para o P. E. Vassununga foi a cana-de-açúcar (≈34%) e para o P. E. Intervales foi a vegetação natural remanescente (≈96%). Estas informações indicam que os parques estaduais Vassununga e Morro do Diabo possuem um alto grau de isolamento e as informações complementares obtidas junto à bibliografia ratificam os riscos de impactos ambientais que são previstos devido à situação dos usos da terra do entorno destas UCs. Para o caso do P. E. Intervales a preocupação maior é com a exploração ilegal do palmito (Euterpe edulis) e com a possível instalação de empresas mineradoras na região, o que poderia comprometer a manutenção da integridade da UC e da qualidade de vida da população.


Rodriguésia ◽  
2014 ◽  
Vol 65 (4) ◽  
pp. 1043-1055 ◽  
Author(s):  
Kelly Fernandes de Oliveira ◽  
Simey Thury Vieira Fisch ◽  
Juliana de Souza Duarte ◽  
Matheus Fischer Danelli ◽  
Luiz Fernando da Silva Martins ◽  
...  

A estrutura ontogenética e espacial de dez espécies de palmeiras que ocorrem na Serra do Mar, Ubatuba, São Paulo, foi analisada nas fitofisionomias: Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, Submontana e Montana. Em 12 parcelas de um hectare (quatro parcelas em cada fitofisionomia) foram instaladas três transecções de 10 × 100 m, subdivididas em subparcelas de 10 × 10 m, totalizando 0,3 hectares inventariados em cada parcela. Foram procedidas identificação e biometria completa de todas as palmeiras, e a distribuição espacial das populações foi analisada por meio do Índice de agregação (Ia) proposto por Perry. Com a elevação, foram observadas alterações na riqueza e abundância das espécies, com predominância de plântulas em Astrocaryum aculeatissimum, Euterpe edulis, Geonoma gamiova, Geonoma pohliana e Syagrus pseudococos. Indivíduos jovens apresentaram maior frequência em Attalea dubia, Bactris hatschbachii e Geonoma schottiana. Geonoma elegans apresentou mais adultos e Bactris setosa, frequências similares de plântulas e jovens. A maioria dos estádios ontogenéticos não foi correlacionada com a altitude e o padrão agregado foi predominante nas espécies de palmeiras. Dessa forma, concluiu-se que a altitude não influenciou no padrão de distribuição espacial das populações de palmeiras, mas afetou a composição dessa comunidade na Floresta Ombrófila Densa na Serra do Mar.


2011 ◽  
Vol 11 (2) ◽  
pp. 139-152 ◽  
Author(s):  
Maíra de Campos Gorgulho Padgurschi ◽  
Larissa de Souza Pereira ◽  
Jorge Yoshio Tamashiro ◽  
Carlos Alfredo Joly

O trabalho foi desenvolvido em duas parcelas de 1 ha de Floresta Ombrófila Densa Montana do Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, São Luiz do Paraitinga/SP, Brasil. Além de determinar a estrutura e a composição florística do componente arbóreo de cada parcela, o trabalho teve como objetivo comparar uma área (PLOT N) onde, segundo relatos de antigos moradores da região, houve corte seletivo de madeira até meados da década de 70 do século passado, com outra área (PLOT K) sem histórico de perturbação antrópica recente. As duas parcelas, que distam entre si cerca de 4 km, foram subdivididas em 100 subparcelas de 10 × 10 m e todos os indivíduos com DAP > 4,8 cm foram marcados, mapeados, medidos e identificados. Ao todo foram amostrados 3.503 indivíduos, sendo 2.269 árvores (64,7 %), 860 palmeiras (24,5%) e 159 (4,5%) fetos arborescentes, distribuídos em 265 espécies e 51 famílias. O restante dos indivíduos (215) estava morto. Dentre as famílias mais abundantes (Arecaceae, Myrtaceae, Lauraceae, Cyatheaceae), Monimiaceae é a única considerada típica da fitofisionomia Montana da Floresta Ombrófila Densa Atlântica. Euterpe edulis Mart. (Arecaceae) é a espécie dominante no PLOT K (pristina), onde foram registrados 1.852 indivíduos, distribuídos em 189 espécies e 43 famílias, sendo Myrtaceae (48), Lauraceae (26) e Monimiaceae (13) as que apresentaram a maior diversidade de espécies. É importante mencionar que moitas de bambu nativo (Merostachys neesii Ruprecht, Poaceae) estão presentes em 93 das 100 subparcelas desse plot, totalizando 3.813 colmos. Em contraste, no PLOT N, em que Euterpe edulis também é a espécie dominante, mas os bambus não estão tão presentes, foram identificados 1.436 indivíduos, distribuídos em 149 espécies e 40 famílias, com destaque para Myrtaceae (27), Lauraceae (15) e Fabaceae (oito) em termos de número de espécies. Na área de floresta secundária (PLOT N) o índice de diversidade de Shannon (H' = 4,05 ) e o índice de equidade (J ' = 0,8) são mais altos do que os valores encontrados na área que não sofreu corte seletivo (PLOT K) onde H' = 3,72 nats.ind-1 e J' = 0,7. No entanto, a estimativa do número máximo de espécies esperado no ponto de rarefação do PLOT N (IC% 95-158,54) se sobrepõe parcialmente à estimativa do número mínimo de espécies do PLOT K (95% - 157,12), mostrando que o número de espécies de ambas as áreas se equivaleriam em 1420 indivíduos. Embora a maior árvore amostrada tenha sido encontrada no PLOT K, no qual os estratos da floresta são mais evidentes, não há diferença significativa entre as somas de área basal de indivíduos vivos das duas parcelas. Considerando o histórico de perturbação da região, os resultados sugerem que a recuperação da estrutura da floresta pode ocorrer dentro de 25 anos, mas, como mostrado pelo número total de espécies e pelo índice H' do PLOT K, este período é insuficiente para recuperação da diversidade de espécies arbóreas características da Floresta Ombrófila Densa Atlântica antiga.


2010 ◽  
Vol 34 (6) ◽  
pp. 1065-1073 ◽  
Author(s):  
Clovis José Fernandes de Oliveira Junior ◽  
Yago Tauá Rodrigues das Neves ◽  
Paula Soares Junqueira

Neste trabalho foram desenvolvidos estudos na região do Rio Una da Aldeia, afluente do ribeira de Iguape, no entorno da Estação Ecológica Jureia-Itatins, Município de Iguape, São Paulo. Esses estudos consistiram de levantamento em campo das populações de Euterpe edulis Mart. (palmito-juçara) e também de estudos preliminares etnobotânicos, através da aplicação de questionários semiestruturados e realização de seminário para diagnóstico do uso atual da área, sensibilização e percepção da sustentabilidade ambiental pelos comunitários. O trabalho teve como objetivos avaliar o estado de conservação das populações do palmito-juçara e também estudar relações que as comunidades caiçaras da região mantinham com o ambiente natural. Os resultados indicaram a urgente necessidade de elaboração de um plano para enriquecimento e manejo de Euterpe edulis Mart. Foi constatada também a imensa potencialidade de uso econômico da floresta, bem como o desejo das populações tradicionais em manejar sustentavelmente os recursos naturais.


2015 ◽  
Vol 81 (1) ◽  
pp. 55
Author(s):  
Luciano P. Macedo ◽  
Evoneo Berti Filho ◽  
Jacques H. C. Delabie

DIVERSIDADE DE FORMIGAS EDÁFICAS (Hymenoptera: Formicidae) ASSOCIADAS A Euterpe edulis Von Martius (Acarecaceae), EM DIFERENTES FORMAÇÕES VEGETAIS DO BIOMA MATA  ATLÂNTICA EM SÃO PAULO, BRASIL


2019 ◽  
Vol 9 (7) ◽  
pp. 1-11
Author(s):  
Cleber Vinicius Vitorio Silva ◽  
Josimar Ribeiro de Almeida ◽  
Carlos Eduardo Silva ◽  
Lyanna Oliveira de Carvalho ◽  
Carlos Domingos da Silva ◽  
...  

The Atlantic Forest is the largest biome in the State of São Paulo, one of the most biodiverse ecosystems complexes on the planet, considered a conservation hotspot. This work aimed to list the plant species through the classification of the life forms of RAUNKIAER (1905), improved by CABRERA & WILLINK (1973). The survey of the species was carried out by prospecting’s in 54 quadratic plots of 36 m2, evenly distributed in a forest fragment of 48,010.91 m2. There recorded 97 species distributed in 47 families, with predominance Myrtaceae. The survey was carried out in December 2017, of the total number of species collected in the area of the fragment: 63 are trees, 17 are herbaceous, 6 are epiphytic, 4 are lianas, 3 are shrubs, 2 are palm trees, one is arborescent and one scandent. It is worth noting the registration of the vulnerable species Euterpe edulis, all botanical material is in the Herbarium RBR - UFRRJ - Institute of Biological and Health Sciences.


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