Ciência Florestal
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(FIVE YEARS 2)

Published By Universidade Federal De Santa Maria

1980-5098, 0103-9954

2021 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 1867-1884
Author(s):  
João Francisco Labres dos Santos ◽  
Bruna Kovalsyki ◽  
Tiago De Souza Ferreira ◽  
Franciane Pajewski ◽  
Antonio Carlos Batista ◽  
...  
Keyword(s):  

Considerando que a formulação de índices de perigo de incêndios auxilia no planejamento das atividades de prevenção e combate, refletindo de forma antecipada a probabilidade de ocorrência e de propagação dos incêndios florestais, o presente trabalho teve por objetivo realizar o ajuste e validação da Fórmula de Monte Alegre para áreas de cultivo de eucalipto no Estado de São Paulo. Foram utilizados dados de umidade relativa do ar, precipitação pluviométrica e registros de ocorrência de incêndios florestais no período de 11/10/2003 a 29/04/2016. Para a análise, o conjunto de dados foi dividido em duas partes, sendo que as observações entre os anos de 2003 e 2013 (75%) foram utilizadas para o ajuste da FMA, enquanto os dados referentes aos anos de 2014 a 2016 (25%) foram utilizados para validar a nova classificação gerada conforme o estabelecimento dos novos valores limiares de distinção entre a classes de perigo de incêndios. Os resultados demonstraram que o estabelecimento de novos limiares para as definições das classes de perigo proporcionou melhorias na eficiência da Fórmula de Monte Alegre em prever a ocorrência de incêndios na região de estudo.


2021 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 1671-1694
Author(s):  
André Luís Pasdiora ◽  
Daiane Cristina Dall Agnol Ceni ◽  
Marília Borgo ◽  
Gustavo Ribas Curcio ◽  
Edilaine Duarte ◽  
...  

Este estudo buscou investigar se a composição florístico-estrutural de uma floresta aluvial é influenciada pelas variações pedológicas e se há baixa diversidade e similaridade florística nesses ambientes. Ainda, objetivou avaliar se, independentemente do tipo de solo, essas florestas apresentam monodominância. O estudo foi realizado às margens do rio Iguaçu, no município de Araucária, Paraná, onde foram mapeadas e demarcadas a área de ocorrência de duas classes de solo: Gleissolo Háplico Ta Distrófico típico e Neossolo Flúvico Psamítico típico. Para a análise da estrutura fitossociológica, foram instaladas em cada compartimento 10 parcelas de 10 m x 10 m e monitorada a profundidade média do lençol freático. Foram amostradas 39 espécies, distribuídas em 21 famílias botânicas. Destas, somente seis espécies foram similares nos compartimentos analisados. A flutuação do lençol freático diferiu entre os compartimentos, sendo mais próximo da superfície no Gleissolo. Gymnanthes klotzschiana apresentou os maiores valores de densidade, dominância e importância em ambos os compartimentos. A segunda espécie de maior importância na área de Gleissolo foi Myrciaria tenella, e na área de Neossolo destaca-se Araucaria angustifolia, devido à maior profundidade do lençol freático e ao caráter não hidromórfico do solo. Os ambientes ripários apresentaram distinções florístico-estruturais, evidenciando a necessidade de compartimentação baseada em parâmetros pedológicos, obtendo-se assim um melhor entendimento da comunidade vegetal.


2021 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 1968-1990
Author(s):  
Vinicius Pizzo Ferreira ◽  
João Luís Ferreira Batista

A predição de volume da floresta é essencial para diversas finalidades logísticas como o transporte, colheita entre outros fins. Portanto, a medição de tal variável é indispensável para um empreendimento florestal. Para tal medição, são utilizados modelos matemáticos para a quantificação da madeira em campo. O trabalho visa avaliar o impacto da incorporação da informação de localidade, na forma de variáveis indicadoras sobre a acurácia preditiva dos modelos de equações volumétricas, verificando se essa incorporação influencia a escolha do modelo mais apropriado. Ao todo, foram utilizados 11 modelos volumétricos divididos entre modelos de dupla entrada e locais. Para as variáveis qualitativas, foram utilizadas as informações de município, fazenda, estrato e talhão. Foram observados o coeficiente de determinação, erro padrão da estimativa e vários índices relativos aos resíduos, como o desvio absoluto médio, distância interquartil, amplitude de variação, entre outros. Além dos índices, foram analisados os gráficos de dispersão, quantil-quantil e boxplot. Para avaliar a heteroscedasticidade dos modelos, foi calculado o coeficiente de correlação de Spearman e os valores ajustados dos modelos. As variáveis qualitativas ajustadas com um intercepto diferente para cada variável dentro do modelo e em um segundo momento os modelos foram interagidos com as variáveis qualitativas.


2021 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 1751-1767
Author(s):  
Orlando Sílvio Caires Neves ◽  
Eduarda Demari Avrella ◽  
Luciana Pinto Paim ◽  
Claudimar Sidnei Fior

Considerando-se que os substratos apresentam constituições físico-químicas diversas e que a liberação de íons do substrato, ou a adição de fertilizantes, eleva a condutividade elétrica da solução, este trabalho teve como objetivo avaliar a retenção de água em substratos com hidrogel com presença e ausência de adubação. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 3 x 2, com quatro repetições. Os fatores constituíram de quatro tipos de substratos (casca de pinus compostada, pó-de-coco (fibra do mesocarpo triturada), turfa de Sphagnum e substrato comercial (à base de turfa de Sphagnum, vermiculita expandida, casca de arroz torrefada, calcário dolomítico e gesso agrícola), três formas de aplicação do produto hidrogel (sem aplicação, com aplicação sem pré-hidratação e com aplicação após hidratação) e duas formas de aplicação de fertilização de base (na presença e ausência). O hidrogel utilizado foi um copolímero de poliacrilato de potássio (K2S2O8). Os resultados apontam que a adição de hidrogel promove melhorias na capacidade de retenção de água dos substratos, contudo, é influenciada pela sua composição e pela presença de fertilizantes químicos. Quanto maior a Condutividade Elétrica (CE) do substrato, menor é o potencial de hidratação do hidrogel. A forma de aplicação do hidrogel, se seco ou pré-hidratado, não influencia a capacidade de retenção de água pelos substratos. O hidrogel aplicado no substrato, uma vez desidratado, mantém sua capacidade de reidratação.


2021 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 1714-1732
Author(s):  
Giovana Reali Stuani ◽  
Ana Carolina da Silva ◽  
Pedro Higuchi ◽  
Janaina Gabriela Larsen ◽  
Felipe Domingos Machado ◽  
...  
Keyword(s):  

O objetivo do presente estudo foi investigar a dinâmica da comunidade arbórea adulta e regenerante em um fragmento de Floresta Nebular em Urubici, Santa Catarina, sujeito ao impacto de gado. Os inventários dos indivíduos arbóreos adultos (diâmetro na altura do peito – DAP ≥ 5 cm) foram realizados em 2011, 2015 e 2019, e dos regenerantes arbóreos (DAP 5 cm), em 2013, 2015, 2017 e 2019. Para o componente adulto, a amostragem foi realizada em 25 parcelas de 20 × 20 m alocadas de forma sistemática no fragmento. Em cada uma dessas parcelas também foram coletadas variáveis edáficas e topográficas. O componente regenerativo arbóreo foi avaliado em subparcelas conforme classe de tamanho das plantas (classe 1: plantas com altura de 0,15 cm até 1 m, em 5 m2; classe 2: plantas com altura acima de 1 m e até 3 m, em 10 m2, e classe 3: plantas com altura maior que 3 m e DAP 5 cm, em 20 m2). Foram calculadas as taxas demográficas para a comunidade e as populações de indivíduos adultos e regenerantes. Utilizaram-se Árvores de Regressão (AR), para testar a influência das variáveis ambientais sobre as taxas de dinâmica dos regenerantes, e Análises dos Componentes Principais (PCA), para sintetizar os gradientes representados pelas taxas de dinâmica entre populações. No último período, 2015-2019, a floresta apresentou perda em indivíduos e em área basal, o que sugere um processo de desestruturação. Para os indivíduos regenerantes, as variáveis mais influentes na dinâmica estiveram relacionadas com a fertilidade do solo, os teores de H+Al, a cota altitudinal e a compactação dos solos. Para a conservação da área, medidas, como o cercamento contra entrada de gado, são essenciais para a manutenção da floresta ao longo do tempo.


2021 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 1654-1670
Author(s):  
William Gomes Montes ◽  
Leonardo David Tuffi Santos ◽  
Rodrigo Eduardo Barros ◽  
Wellington Almeida ◽  
Antônio Junior Silva Abreu ◽  
...  

A pulverização de herbicidas sobre a rebrota do eucalipto é uma prática comum no setor florestal. Entretanto, observa-se a necessidade de várias operações em uma mesma área para controle das brotações. Objetivou-se avaliar a eficiência dos herbicidas glyphosate e imazapyr, aplicados no fuste principal antes do corte raso das árvores, no controle de brotações de eucalipto. Foram implantados sete tratamentos representados por doses de 3,0; 4,0 e 5,0 mL/fuste de glyphosate (Gli-Up® 360 g i.a L-1) e das doses de 0,3; 0,5 e 0,7 mL/fuste de imazapyr (Chopper Florestal® 250 g i.a. L-1), além de um tratamento-testemunha. A aplicação dos herbicidas foi realizada em inserções feitas nos fustes das árvores. Aos 30 dias após aplicação dos herbicidas, realizou-se o corte das árvores. Aos 150 dias após o corte das árvores, foram realizadas avaliações do número de brotações por cepa, número de cepas com presença de brotações, altura e a eficiência de controle das brotações. A aplicação de glyphosate promoveu redução do vigor das brotações. Porém, observou-se emissão de brotações em pelo menos 80% das cepas avaliadas. A aplicação da dose de 3 mL de glyphosate promoveu porcentagens de 80% de eficiência de controle. Contudo, observou-se que operações de controle adicionais seriam necessárias. A aplicação de imazapyr mostrou-se ineficiente com controle inferior a 25%. Portanto, conclui-se que a aplicação de glyphosate no fuste da árvore em pré-corte reduz o vigor de brotações de eucalipto. Adicionalmente, a aplicação de imazapyr, nas doses e forma de aplicação testadas, não é recomendada para controle de brotações de eucalipto.


2021 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 2002-2022
Author(s):  
Magnos Alan Vivian ◽  
Marcelo Callegari Scipioni ◽  
Thaisa Do Nascimento ◽  
Olávio Rosa Neto
Keyword(s):  

O objetivo do presente estudo foi realizar a avaliação morfológica das fibras da madeira de imbuia (Ocotea porosa) ao longo das camadas de crescimento de uma árvore multissecular. A amostra utilizada foi resgatada em 2018 de um corte ilegal e doada à UFSC pela Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina. Foi retirado um disco a 2,3 m de altura, sendo medida a série completa de crescimento da medula à casca. A amostra foi datada com outras árvores vivas nos seus primeiros 91 anos por pesquisadores colaboradores que concluíram que esta apresenta 533 anos em um raio de 95 cm. A partir disso, retirou-se uma bagueta radial do disco, que foi marcada em porções a cada 10% no sentido medula-casca (0% = próximo à medula, 100% = próximo à casca), totalizando 11 posições. Cada uma dessas porções foi submetida ao processo de maceração, visando à individualização das fibras para mensuração das dimensões de comprimento, largura, diâmetro do lúmen e espessura da parede celular, bem como dos indicadores anatômicos de fração parede, coeficiente de flexibilidade, índice de enfeltramento e índice de Runkel. A árvore apresentou um ritmo de crescimento oscilante ao longo de sua vida, o que se constatou pelos diferentes números de anéis nas porções radiais amostradas, indicando períodos de crescimento mais lento e outros mais acelerados. As dimensões das fibras e os indicadores anatômicos variaram de forma significativa no sentido radial (medula-casca), com exceção do diâmetro do lúmen e do índice de enfeltramento. Estudos com árvores centenárias ou multisseculares são raros, assim, tais avaliações possibilitam conhecer um pouco mais sobre uma das espécies mais relevantes do sul do Brasil.


2021 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 1833-1848
Author(s):  
Lucas Graciolli Savian ◽  
Jéssica Emilia Rabuske ◽  
Clair Walker ◽  
Janaina Silva Sarzi ◽  
Jessica Mengue Rolim ◽  
...  

Juglans regia e Carya illinoinensis, ambas da família Juglandaceae, são espécies de nogueiras conhecidas mundialmente pela produção das chamadas nozes, com crescente expansão da área cultivada na América do Sul. Entretanto, nos últimos anos houve aumento da incidência de doenças nessas espécies, o que compromete a rentabilidade dos cultivos e a qualidade do produto. Colletotrichum nymphaeae foi recentemente identificado no Brasil causando danos em frutos de Juglans regia. Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial de infecção cruzada de C. nymphaeae, isolado de frutos sintomáticos de Juglans regia, em folíolos e frutos de cultivares de Carya illinoinensis. Para isso, discos de meio de cultura contendo estruturas do patógeno foram depositados sobre folíolos e frutos de seis e três cultivares de Carya illinoinensis, respectivamente. Colletotrichum nymphaeae mostrou-se patogênico tanto em folíolos como em frutos de todas as cultivares avaliadas, sendo que as maiores lesões em folíolos foram observadas nas cultivares ‘Barton’, ‘Melhorada’ e ‘Imperial’, enquanto que a cultivar ‘Shawnee’ demonstrou menor suscetibilidade ao patógeno. Nos frutos, a cultivar ‘Imperial’ mostrou-se mais suscetível ao patógeno, já que apresentou as maiores lesões.


2021 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 2023-2034
Author(s):  
Jéssica Ferreira Silva ◽  
Jaqueline Magalhães Pereira ◽  
Charlles Brandão Silva Rocha ◽  
André Júnio Andrade Peres
Keyword(s):  
Ex Situ ◽  

A mangabeira Hancornia speciosa é uma frutífera nativa do Cerrado utilizada para consumo in natura e fabricação de sorvetes, doces, geleias, entre outros. Essa espécie pode abrigar insetos e ácaros, associados a diferentes fases fenológicas da planta. Por isso, o objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência de insetos da ordem Hemiptera em Hancornia speciosa. Para tanto, foram realizadas coletas na coleção de germoplasma ex situ de espécies nativas da Escola de Agronomia, UFG, Goiânia – GO, em quatro variedades de Hancornia speciosa (speciosa, cuyabensis, gardneri e pubescens). Para cada variedade foram selecionadas oito plantas aleatoriamente. De cada planta, foram coletados dois ramos/planta no terço médio. Os ramos foram acondicionados em sacos plásticos, etiquetados e transportados para o laboratório para avaliação. As coletas ocorreram em média a cada 15 dias, no período de janeiro a dezembro de 2016. A superfamília Coccoidea e as famílias Aleyrodidae e Aphididae foram predominantes nas coletas. No estudo, foram observados 1.163 indivíduos de Parasaissetia nigra em Hancornia speciosa variedade cuyabensis. Este é o primeiro relato de ocorrência de Parasaissetia nigra em mangabeira. Quanto à interação entre insetos e a mangabeira, verifica-se que as variedades diferiram quanto à abundância de hemípteros. A família Aleyrodidae foi abundante na variedade gardneri, correspondendo a 49,84% dos indivíduos e a variedade pubescens em relação aos pulgões (Aphididae).


2021 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 1631-1653
Author(s):  
Jorgeana Almeida Benevides ◽  
Rafaela Camargo Maia ◽  
Ingrid H’Oara Carvalho Vaz da Silva

Os manguezais se configuram em um dos ecossistemas mais produtivos do planeta, entretanto eles vêm sofrendo progressivas alterações ambientais, devido às pressões antrópicas. Informações sobre o comportamento fenológico podem ser utilizadas como instrumento na construção de projetos de conservação de recursos naturais. O presente estudo foi realizado em quatro áreas estuarinas em Acaraú, Ceará, objetivando analisar o comportamento fenológico dos componentes reprodutivos de três espécies de mangue em diferentes áreas sujeitas a diferentes tipos de impactos ambientais (resíduos sólidos, desmatamento e efluentes da carcinicultura) e uma área de baixo impacto no período de um ano. A fim de se caracterizar os padrões fenológicos foi realizada observação direta, registrando-se a presença e a intensidade da floração e frutificação. Dois métodos de análise foram aplicados para entender os padrões de floração e frutificação: percentual de intensidade de Fournier e o índice de atividade. As florações de Avicennia spp. e Rhizophora mangle L, em condições naturais, ocorrem o ano todo, e nas áreas impactadas mostraram padrões irregulares. Quanto à frutificação, Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn foi a espécie que apresentou os mais altos percentuais para os dois índices fenológicos analisados. A pluviosidade e a salinidade parecem exercer maior força seletiva quando as espécies estão sujeitas a algum tipo de impacto antrópico. A análise comparativa dos diferentes métodos de avaliação fenológicos realizados neste estudo indicou que estes fornecem dados distintos e complementares sobre o comportamento reprodutivo vegetal e de como os impactos a que estes ambientes estão sujeitos pode estar interferindo negativamente sobre a flora deste ecossistema.


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