scholarly journals Crescimento de guanandi em sistemas agroflorestais e em plantio homogêneo em planície inundável

2020 ◽  
Vol 41 ◽  
Author(s):  
Antonio Carlos Pries Devide ◽  
Cristina Maria de Castro ◽  
Raul de Lucena Duarte Ribeiro ◽  
Antonio Carlos de Souza Abboud ◽  
Marcos Gervasio Pereira

O objetivo desse trabalho foi avaliar o crescimento de guanandi (Calophyllum brasiliense Cambess.), em planície inundável, em plantio homogêneo (controle) e em dois sistemas agroflorestais - SAFs (simples e biodiverso). O plantio de guanandi foi instalado no Vale do Paraíba, estado de São Paulo, em 2007. De 2011 a 2014 avaliou-se o crescimento de guanandi em um experimento em delineamento em blocos ao acaso, com oito repetições. Os SAFs consistiram do plantio de culturas anuais nas entrelinhas de guanandi. O SAF biodiverso foi acrescido de 16 espécies arbóreas, bananeiras (Musa sp.) e palmeira juçara (Euterpe edulis Mart.). As árvores de guanandi apresentaram similaridade morfológica no plantio homogêneo e nos sistemas agroflorestais, atingindo, em média, 5,40 m de altura total aos sete anos de idade. A taxa de crescimento relativo foi similar nos três tratamentos, com maiores valores atribuídos ao raio da copa (2,59%) e à circunferência a 1,30 m do solo (1,86%). Os sistemas agroflorestais são promissores, por aliar os benefícios da geração de renda e da restauração ecológica ao plantio de guanandi em planície de inundação.

2006 ◽  
Vol 20 (2) ◽  
pp. 299-311 ◽  
Author(s):  
Daniela Guedes ◽  
Luiz Mauro Barbosa ◽  
Suzana Ehlin Martins

O presente trabalho foi realizado em dois fragmentos de floresta de restinga (floresta inundável e floresta não inundável) no Município de Bertioga, Estado de São Paulo, em uma área com extensão total aproximada de 3.000.000 m², pertencente ao condomínio residencial Riviera de São Lourenço. Para o levantamento fitossociológico foram instaladas 48 parcelas de 10×10 m distribuídas em blocos de 20×30 m e de 10×30 m, onde foram amostrados todos os indivíduos lenhosos com perímetro do caule à altura do peito (PAP) igual ou superior a 10 cm. Foram levantados 893 indivíduos distribuídos em 83 espécies e 31 famílias. As espécies da floresta não inundável com maior valor de importância (VI) foram: Manilkara subsericea (Mart.) Dubard, Amaioua intermedia Mart. ex K. Schum., Didymopanax angustissimum A. Sampaio, Miconia cubatanensis Hoehne, Euterpe edulis Mart., Syagrus pseudococos (Raud.) Glassm., Bactris setosa Mart., Guarea macrophylla Vahl. e Nectandra oppositifolia Ness & Mart. ex Mez. e na floresta inundável: Eriotheca pentaphylla (Vell. emend K. Schum.) A. Robyns, Calophyllum brasiliense Cambess., Syagrus pseudococos, Tabebuia cassinoides (Lam.) DC., Manilkara subsericea, Tabebuia obtusifolia (Cham) Bureau, Didymopanax angustissimum, Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. e Amaioua intermedia. O índice de diversidade de Shannon (H') foi de 3,50 nats/ind. para a floresta inundável e 3,70 nats/ind. para a floresta não inundável.


2003 ◽  
Vol 17 (4) ◽  
pp. 495-506 ◽  
Author(s):  
Márcia C. M. Marques ◽  
Sandro Menezes Silva ◽  
Alexandre Salino

As florestas higrófilas são formações ribeirinhas caracterizadas por ocorrerem em solo permanentemente encharcado e restritas a pequenos fragmentos junto a outros tipos vegetacionais. Neste trabalho caracterizaram-se a florística e a estrutura do componente arbustivo-arbóreo (plantas com DAP>5cm) de uma área de 0,36ha de floresta higrófila localizada em Brotas (48º06'W 22º16'S, 470m.s.m.), Estado de São Paulo, usando-se método de parcelas (total de 24 parcelas). No total foram amostrados 735 indivíduos, distribuídos em 32 famílias e 51 espécies. As espécies que se destacaram na comunidade devido aos elevados valores de importância foram Calophyllum brasiliense Camb., Protium almecega L. Marchand, Podocarpus sellowii Klotzch., Tapirira guianensis Aubl. e Dendropanax cuneatum DC. Decne. & Planch. O índice de diversidade de Shannon foi igual a 2,81, valor pouco superior aos descritos para florestas semelhantes. Na comunidade, as espécies generalistas com relação ao encharcamento do solo e as de solo drenado contribuíram na riqueza total (juntas 62% do total de espécies amostradas), enquanto as espécies de solo encharcado tiveram maior contribuição na composição da dominância (66% da dominância total) e densidade (67% da densidade total) relativas. A diversidade de situações topográficas e a entrada de espécies da vegetação do cerrado adjacente permitiram que espécies com diferentes exigências hídricas se estabelecessem na área relativamente pequena da floresta e influenciaram fortemente a florística e estrutura da comunidade.


2001 ◽  
Vol 26 (1) ◽  
pp. 53-59 ◽  
Author(s):  
MARCELO EIRAS ◽  
ADDOLORATA COLARICCIO ◽  
ALEXANDRE L.R. CHAVES

Em 1996, foi feita a caracterização parcial de um isolado do vírus do mosaico do pepino (Cucumis mosaic virus, CMV) obtido de bananeira (Musa sp.) proveniente do município de Miracatu, SP. Com o objetivo de se determinar o subgrupo do isolado de CMV, recorreu-se às técnicas de ELISA, RT-PCR, RFLP e seqüenciamento de fragmentos de RNA genômico. Amostras de folhas infetadas, desidratadas com cloreto de cálcio e armazenadas à -20 °C desde 1994 na viroteca do Laboratório de Fitovirologia e Fisiopatologia, foram inoculadas em plantas de Nicotiana glutinosa. Dez dias após a inoculação, folhas apresentando mosaico foram utilizadas para DAS-ELISA e extração de RNAs totais. Em ELISA, houve reação apenas contra o anti-soro específico para CMV subgrupo I. Através de RT-PCR com primers desenhados para anelar em regiões conservadas da porção terminal 3' do gene da capa protéica, foi amplificado um fragmento de DNA com 486 pares de bases. O produto obtido via RT-PCR foi submetido à digestão com as enzimas EcoRI, HindIII, BamHI e MspI, obtendo-se um padrão de restrição esperado para o subgrupo I. Estes resultados foram confirmados através do seqüenciamento do produto de PCR, o qual apresentou homologia de 96% a 98% com os isolados do CMV pertencentes ao subgrupo I. Pelos sintomas observados na hospedeira diferencial Vigna unguiculata, o isolado foi confirmado como sendo do subgrupo Ia.


Author(s):  
Ildon Rodrigues Nascimento ◽  
Cândida Pereira da Silva ◽  
Irais Dolores Pascual-Reyes ◽  
Aline Torquato Tavares ◽  
Edilson Nonato da Silva ◽  
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Objective: The objective was to quantify the morphological diversity of Calophyllum brasiliense Cambes from four municipalities of the State of Tocantins employing morphological characteristics, to strengthen information on conservation and future breeding of the species. Methodology: Seeds were collected from four municipalities in the State of Tocantins and one in the State of São Paulo. The following were evaluated: plant height, stem diameter, root length, number of leaves, leaf area, root dry mass, shoot dry mass, total dry mass, and Dickson´s quality index. The data were subjected to univariate analysis of variance, Tocher grouping method, and UPGMA, obtaining a dendrogram through the generalized Mahalanobis distance. Results: The results showed a statistical difference of 1 and 5% probability. Dueré stood out in stem diameter(5.52 mm), Sandolandia in height (34.84 cm) and root length (42.13 cm). Formoso stood out in the number of leaves (34 leaves). Lagoa da Confusão in leaf area (856.28 cm 2 ) and São Paulo in root dry mass (16.20 g), shoot dry mass (12.38 g), total dry mass (16.20 g), and Dickson´s quality index (1.57). Implications: Variations in morphological characteristics can be used as a tool for genetic studies of guanandi progeny accordingto their similarity and/or differences. Conclusions: The morphological divergence evidenced that among the five studied areas it is possible to direct the collection of seeds to subsidize conservation strategies and future breeding of the species.


2012 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 125-145 ◽  
Author(s):  
Carlos Alfredo Joly ◽  
Marco Antonio Assis ◽  
Luis Carlos Bernacci ◽  
Jorge Yoshio Tamashiro ◽  
Mariana Cruz Rodrigues de Campos ◽  
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Este trabalho resume os dados de florística e fitossociologia de 11, das 14 parcelas de 1 ha, alocadas ao longo do gradiente altitudinal da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. As parcelas começam na cota 10 m (Floresta de Restinga da Praia da Fazenda, município de Ubatuba) e estão distribuídas até a cota 1100 m (Floresta Ombrófila Densa Montana da Trilha do rio Itamambuca, município de São Luis do Paraitinga) abrangendo os Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Na Restinga o solo é Neossolo Quartzarênico francamente arenoso, enquanto que na encosta o solo é um Cambisolo Háplico Distrófico argilo-arenoso, sendo que todas as parcelas apresentaram solo ácido (pH 3 - 4) com alta diluição de nutrientes e alta saturação de alumínio. Na Restinga e no sopé da encosta o clima é Tropical/Subtropical Úmido (Af/Cfa), sem estação seca, com precipitação média anual superior a 2.200 mm e temperatura média anual de 22 ºC. Subindo a encosta mantêm-se a média de precipitação, mas há um gradativo resfriamento, de forma que a 1.100 m o clima é Subtropical Úmido (Cfa/Cfb), sem estação seca, com temperatura média anual de 17 ºC. Destaca-se ainda que, quase diariamente, a parte superior da encosta, geralmente acima de 400 m, é coberta por uma densa neblina. Nas 14 parcelas foram marcados, medidos e amostrados 21.733 indivíduos com DAP > 4,8 cm, incluindo árvores, palmeiras e fetos arborescentes. O número médio de indivíduos amostrados nas 14 parcelas foi de 1.264 ind.ha-1 (± 218 EP de 95%). Dentro dos parâmetros considerados predominaram as árvores (71% FOD Montana a 90% na Restinga), seguidas de palmeiras (10% na Restinga a 25% na FOD Montana) e fetos arborescentes (0% na Restinga a 4% na FOD Montana). Neste aspecto destaca-se a FOD Terras Baixas Exploradas com apenas 1,8% de palmeiras e surpreendentes 10% de fetos arborescentes. O dossel é irregular, com altura variando de 7 a 9 m, raramente as árvores emergentes chegam a 18 m, e a irregularidade do dossel permite a entrada de luz suficiente para o desenvolvimento de centenas de espécies epífitas. Com exceção da FOD Montana, onde o número de mortos foi superior a 5% dos indivíduos amostrados, nas demais fitofisionomias este valor ficou abaixo de 2,5%. Nas 11 parcelas onde foi realizado o estudo florístico foram encontradas 562 espécies distribuídas em 195 gêneros e 68 famílias. Apenas sete espécies - Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), Calyptranthes lucida Mart. ex DC. e Marlierea tomentosa Cambess (ambas Myrtaceae), Guapira opposita (Vell.) Reitz (Nyctaginaceae), Cupania oblongifolia Mart. (Sapindaceae) e as Urticaceae Cecropia glaziovii Snethl. e Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini - ocorreram da Floresta de Restinga à FOD Montana, enquanto outras 12 espécies só não ocorreram na Floresta de Restinga. As famílias com o maior número de espécies são Myrtaceae (133 spp), Fabaceae (47 spp), Rubiaceae (49) e Lauraceae (49) ao longo de todo gradiente da FOD e Monimiaceae (21) especificamente nas parcelas da FOD Montana. Em termos de número de indivíduos as famílias mais importantes foram Arecaceae, Rubiaceae, Myrtaceae, Sapotaceae, Lauraceae e na FOD Montana, Monimiaceae. Somente na parcela F, onde ocorreu exploração de madeira entre 1960 e 1985, a abundância de palmeiras foi substituída pelas Cyatheaceae. O gradiente estudado apresenta um pico da diversidade e riqueza nas altitudes intermediárias (300 a 400 m) ao longo da encosta (índice de Shannon-Weiner - H' - variando de 3,96 a 4,48 nats.indivíduo -1). Diversas explicações para este resultado são apresentadas neste trabalho, incluindo o fato dessas altitudes estarem nos limites das expansões e retrações das diferentes fitofisionomias da FOD Atlântica durante as flutuações climáticas do Pleistoceno. Os dados aqui apresentados demonstram a extraordinária riqueza de espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, reforçando a importância de sua conservação ao longo de todo o gradiente altitudinal. A diversidade desta floresta justifica também o investimento de longo prazo, através de parcelas permanentes, para compreender sua dinâmica e funcionamento, bem como monitorar o impacto das mudanças climáticas nessa vegetação.


1990 ◽  
Vol 4 (2 suppl 1) ◽  
pp. 1-7 ◽  
Author(s):  
Francismar Francisco Alves Aguiar
Keyword(s):  

Duas espécies da família Palmae: Euterpe edulis Mart. (palmiteiro) e Geonoma schottiana Mart. (guaricanga), ambas com potencial ornamental e em vias de extinção, estão sendo estudadas no Instituto de Botânica de São Paulo, quanto à germinação de suas sementes. Testes de germinação foram realizados em diferentes condições ambientais (casa de vegetação e laboratório) e substratos (terra vegetal, areia, esfagno natural, esfagno seco moído e vermiculita). O efeito dos substratos e dos ambientes na germinação das sementes, foi avaliado através da porcentagem de germinação e velocidade de germinação (V.G.). Considerando-se os resultados obtidos, pode-se concluir que o melhor substrato para germinação de Euterpe edulis Mart. em casa de vegetação foi o esfagno natural. Já em condições controlada (25ºC e fotoperíodo de 12 horas), o melhor substrato para germinação das duas espécies investigadas foi a vermiculita.


2020 ◽  
Vol 30 (2) ◽  
pp. 489
Author(s):  
Pietro Oliveira Scarascia ◽  
Eliana Cardoso Leite ◽  
Roberta Averna Valente
Keyword(s):  

Diante dos diversos métodos de mensuração da integridade biótica de determinada área de floresta evidencia-se a Avaliação Ecológica Rápida (AER). Com base na AER foi desenvolvido um índice para avaliar a condição da vegetação, denominado Índice de Integridade Biótica (IIB). A aferição e precisão deste índice retratam o quão íntegro um dado ecossistema florestal se encontra no momento da análise. O alicerce para a eficiência na aplicação do IIB está na escolha correta dos indicadores de integridade biótica, ou seja, nas variáveis a serem mensuradas. O presente estudo partiu de um índice anteriormente proposto para Floresta Estacional Semidecidual (FES), e teve como objetivo adaptar o IIB para uso em área de Floresta Ombrófila Densa no Estado de São Paulo, bem como testar sua eficiência no diagnóstico da integridade de fragmentos de Floresta Ombrófila Densa (FOD) inseridos em matriz rural. Dos onze indicadores presentes no método original, alguns foram mantidos como no original ou adaptados, alguns retirados e alguns novos foram criados. O IIB adaptado foi aplicado numa área de FOD de 70 hectares. Para isso, foram utilizadas 20 parcelas de 10x10m, dentro da área amostral. Os resultados mostraram uma variação do IIB entre 28 e 47, ou seja, 2 parcelas registraram integridade baixa, 11 integridade média e 7 integridade boa. A área como um todo apresentou integridade regular, o que era esperado devido ao seu tamanho, ao entorno agrícola e ao histórico de perturbações. O IIB mostrou-se adaptado e eficiente para análise da integridade biótica da FOD, pois conseguiu mostrar a diferença de integridade entre diferentes trechos de Floresta Ombrófila Densa. Os indicadores menos eficientes foram: “cobertura de serapilheira” e “espécies exóticas lenhosas”. Os mais eficientes foram: “Euterpe edulis”, “epífitas”, “clareiras” e “cipós/lianas”.


2004 ◽  
Vol 4 (2) ◽  
pp. 130 ◽  
Author(s):  
Alexandre Marco da Silva
Keyword(s):  

O objetivo deste trabalho foi levantar informações sobre a cobertura do solo numa faixa de entorno de 3000 metros para as Unidades de Conservação (UCs): Parques Estaduais Intervales, Morro do Diabo e Vassununga, localizadas no Estado de São Paulo. Com base em imagens de satélite a classificação das cenas foi realizada por interpretação visual. Utilizando-se o software Idrisi uma faixa tampão de 3.000 metros foi criada no entorno da área de cada UC. Este mapa foi sobreposto com o mapa de cobertura anteriormente criado, objetivando recortar e isolar a área a ser estudada. Os resultados indicam uma situação distinta de cobertura do solo entre as UCs. No entorno do P. E. Morro do Diabo a classe de cobertura do solo predominante foi a pastagem (≈43%), para o P. E. Vassununga foi a cana-de-açúcar (≈34%) e para o P. E. Intervales foi a vegetação natural remanescente (≈96%). Estas informações indicam que os parques estaduais Vassununga e Morro do Diabo possuem um alto grau de isolamento e as informações complementares obtidas junto à bibliografia ratificam os riscos de impactos ambientais que são previstos devido à situação dos usos da terra do entorno destas UCs. Para o caso do P. E. Intervales a preocupação maior é com a exploração ilegal do palmito (Euterpe edulis) e com a possível instalação de empresas mineradoras na região, o que poderia comprometer a manutenção da integridade da UC e da qualidade de vida da população.


Rodriguésia ◽  
2014 ◽  
Vol 65 (4) ◽  
pp. 1043-1055 ◽  
Author(s):  
Kelly Fernandes de Oliveira ◽  
Simey Thury Vieira Fisch ◽  
Juliana de Souza Duarte ◽  
Matheus Fischer Danelli ◽  
Luiz Fernando da Silva Martins ◽  
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A estrutura ontogenética e espacial de dez espécies de palmeiras que ocorrem na Serra do Mar, Ubatuba, São Paulo, foi analisada nas fitofisionomias: Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, Submontana e Montana. Em 12 parcelas de um hectare (quatro parcelas em cada fitofisionomia) foram instaladas três transecções de 10 × 100 m, subdivididas em subparcelas de 10 × 10 m, totalizando 0,3 hectares inventariados em cada parcela. Foram procedidas identificação e biometria completa de todas as palmeiras, e a distribuição espacial das populações foi analisada por meio do Índice de agregação (Ia) proposto por Perry. Com a elevação, foram observadas alterações na riqueza e abundância das espécies, com predominância de plântulas em Astrocaryum aculeatissimum, Euterpe edulis, Geonoma gamiova, Geonoma pohliana e Syagrus pseudococos. Indivíduos jovens apresentaram maior frequência em Attalea dubia, Bactris hatschbachii e Geonoma schottiana. Geonoma elegans apresentou mais adultos e Bactris setosa, frequências similares de plântulas e jovens. A maioria dos estádios ontogenéticos não foi correlacionada com a altitude e o padrão agregado foi predominante nas espécies de palmeiras. Dessa forma, concluiu-se que a altitude não influenciou no padrão de distribuição espacial das populações de palmeiras, mas afetou a composição dessa comunidade na Floresta Ombrófila Densa na Serra do Mar.


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