scholarly journals Efeito alelopático de Solanum pimpinellifolium L. sobre a germinação e crescimento inicial de Lactuca sativa e Bidens pilosa

2021 ◽  
Vol 17 (6) ◽  
Author(s):  
Raiane de Souza Fioresi ◽  
Josinei Rodrigues Filho ◽  
Idalina Tereza de Almeida Leite Perin ◽  
Rodolpho Waichert Da Silva ◽  
Camila Reis Dos Santos ◽  
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Alelopatia é a interferência causada por substâncias químicas produzidas por plantas em organismos da comunidade, acarretando tanto efeitos benéficos quanto prejudiciais. Devido ao grande potencial alelopático do gênero Solanum, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito alelopático dos extratos hexânico, metanólico e de acetato de etila de folhas de Solanum pimpinellifolium L. sobre a germinação de Lactuca sativa e Bidens pilosa. Os extratos foram obtidos por maceração à temperatura ambiente por 7 dias. Depois foram secos e diluídos para as concentrações 1,0; 2,0 e 5,0 mg/mL. Em seguida, 100 sementes de cada espécie foram distribuídas em placas de Petri umedecidas com as diferentes concentrações de cada extrato e colocadas para germinar sob luz constante em câmara de germinação tipo BOD. Os bioensaios foram monitorados diariamente, obtendo-se ao final de 7 dias a porcentagem de germinação e o índice de velocidade de germinação (IVG). Dos três extratos analisados, o obtido pela extração com acetato de etila apresentou melhor desempenho, diminuindo a velocidade e a porcentagem de germinação em todas as concentrações e na concentração 5,0 mg/mL apresentou apenas 7% de germinação para L. sativa. O extrato hexânico diminuiu a velocidade e a porcentagem de germinação de B. pilosa em todas as concentrações. As análises fitoquímicas realizadas por meio de técnica de cromatografia em camada delgada (CCD) nos extratos de folha de Solanum pimpinellifolium identificaram quatro grupos químicos: flavonoides, saponinas, alcaloides e mono e diterpenos, sendo apenas esta última classe presente em todos os extratos analisados.

2016 ◽  
Vol 18 (9) ◽  
pp. 908-917 ◽  
Author(s):  
Carolina Vergara Cid ◽  
Judith Hebelen Rodriguez ◽  
María Julieta Salazar ◽  
Andrés Blanco ◽  
María Luisa Pignata

2009 ◽  
Vol 27 (4) ◽  
pp. 655-663 ◽  
Author(s):  
H.L. Silva ◽  
M.M. Trezzi ◽  
J.A. Marchese ◽  
G. Buzzello ◽  
E. Miotto Jr. ◽  
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Na agricultura atual, o método mais utilizado para o controle de plantas daninhas é o químico, em razão da facilidade de uso, elevada eficiência e baixa necessidade de mão de obra. No entanto, a utilização inadequada desses produtos provoca problemas ao ambiente e à saúde humana. Cresce, portanto, a busca por métodos alternativos de controle de plantas daninhas, menos demandadores de energia e menos tóxicos e agressivos ao ambiente. Este trabalho objetivou avaliar o efeito alelopático da cultura do girassol (Helianthus annuus) sobre diferentes espécies de plantas daninhas e cultivadas, em dois experimentos realizados em delineamento experimental completamente casualizado, utilizando o método da semeadura em substituição. O primeiro experimento foi realizado com quatro repetições, em esquema bifatorial. O primeiro fator foi constituído por seis espécies indicadoras: picão-preto (Bidens pilosa), corda-de-viola (Ipomoea grandifolia), caruru (Amaranthus hybridus), alface (Lactuca sativa, cultivar Aurélia), tomate (Lycopersicon esculentum, cultivar Santa Cruz), trigo (Triticum aestivum, cultivar BRS 208); e o segundo, pela presença ou não de plântulas de girassol. O segundo experimento foi composto por 24 tratamentos, representados por 23 genótipos de girassol e por uma testemunha sem girassol, utilizando-se quatro repetições. A espécie indicadora foi apenas o picão-preto. Em ambos os experimentos, no final do período de sete dias de convívio, foram avaliados o número de sementes germinadas e o comprimento radicular e da parte aérea das espécies indicadoras. Não foram observadas diferenças entre as porcentagens de germinação de quaisquer das espécies indicadoras avaliadas, em função da presença ou não das plântulas de girassol. A presença de plântulas de girassol estimulou o crescimento radicular das plântulas de tomate e trigo e inibiu o crescimento da parte aérea de picão-preto, trigo e corda-de-viola. Houve grande variabilidade de potencial alelopático entre genótipos de girassol sobre a germinação e o crescimento radicular e da parte aérea de Bidens pilosa. Os resultados demonstram que a técnica da semeadura em substituição é adequada para detectar efeitos estimulativos ou inibitórios de girassol sobre espécies indicadoras e para discriminar genótipos de girassol quanto à habilidade em inibir ou estimular plântulas de Bidens pilosa.


2021 ◽  
Author(s):  
Huiyuan Cheng ◽  
Shu Wang ◽  
Mei Wei ◽  
Youli Yu ◽  
Congyan Wang

Abstract Allelopathy of alien invasive plants (AIP) on plant germination performance is essential for their successful invasion. However, the allelopathy of AIP may be reformed or even strengthened under acid deposition. AIP in Asteraceae covers the uppermost number of AIP species at the family level presently in China. It is necessary to estimate the allelopathy of multiple Asteraceae AIP under acid deposition to address the mechanism driving their successful invasion, especially under acid deposition. However, research in this area is very restricted presently. This study purposes to estimate the allelopathy of four Asteraceae AIP, i.e., Conyza canadensis L. Cronq., Erigeron annuus (L.) Pers., Aster subulatus Michx., and Bidens pilosa L., on germination performance of the cultivated Asteraceae plant species Lactuca sativa L. which is sensitive to allelochemicals under acid deposition with different levels of acidity. Of the four Asteraceae AIP, C. canadensis, E. annuus, and B. pilosa create noticeable allelopathy on germination performance of L. sativa. The allelopathy of the four Asteraceae AIP decreases in the following order: E. annuus, C. canadensis, B. pilosa, and A. subulatus. Acid deposition with a low level of acidity reduces the allelopathy of C. canadensis, E. annuus, and B. pilosa. Inversely, acid deposition with a high level of acidity elevates the allelopathy of B. pilosa. The progressively growing level of acid deposition with high acidity may facilitate the invasion process of B. pilosa via the improved level of allelopathy.


2011 ◽  
Vol 13 (3) ◽  
pp. 328-336 ◽  
Author(s):  
L.L. Alves ◽  
P.V.A. Oliveira ◽  
S.C. França ◽  
P.L.C. Alves ◽  
P.S. Pereira

O potencial alelopático de quatro diferentes extratos de plantas medicinais (Eclipta alba, Gomphrena globosa, Tabernaemontana catharinensis e Tithonia diversifolia) foi avaliado na germinação de Bidens pilosa e Lactuca sativa. Dentre os resultados obtidos no teste de germinação, notou-se um maior poder inibitório do extrato de G. globosa sobre sementes e plântulas de Bidens pilosa e Lactuca sativa independente da concentração utilizada e aumento da atividade inibitória de extratos T. catharinensis e de T. diversifolia com aumento da concentração destes. Quanto ao Índice de Velocidade de Germinação, os dados demonstraram redução do índice devido a elevada mortalidade das plântulas submetidas aos extratos de G. globosa e de T. catharinensis e a germinação tardia das sementes submetidas ao extrato de T. diversifolia. Quanto ao vigor das sementes, as menores porcentagens de sobrevivência ocorreram extratos à 2,5% para B. pilosa e 10% para L. sativa.


2017 ◽  
Vol 22 (40) ◽  
pp. 484
Author(s):  
Bruna Carminate ◽  
Winicius Botelho De Souza ◽  
Bianca Ferreira Santos ◽  
Marcelo Barreto Da Silva

A alelopatia é um fenômeno que ocorre largamente em comunidades de plantas, sendo um mecanismo pelo qual determinadas plantas interferem no desenvolvimento de outras. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade alelopática do extrato aquoso das folhas de Eugenia astringens (C.) em relação ao efeito inibitório no crescimento inicial de Bidens pilosa L. (picão-preto) e Lactuca sativa L. (alface). Foi avaliada a atividade fitotóxica do extrato aquoso nas concentrações de 100%, 75%, 50%, 25% e 0% de extrato. Os parâmetros analisados foram comprimento das radículas e plântulas de picão-preto e alface. Os resultados indicaram que o extrato de E. astringens é capaz de inibidor o crescimento de plântulas e radículas, conferindo um potencial efeito alelopático contra o picão-preto e alface utilizadas como plantas alvo.


Biotemas ◽  
2020 ◽  
Vol 33 (2) ◽  
pp. 1-10
Author(s):  
Lívia Maria de Lima Santos ◽  
Adenilson Henrique Gonçalves

Extratos vegetais possuem metabólitos secundários que podem atuar como bioherbicidas com a vantagem de promoverem menores riscos ao ambiente. Mikania laevigata pertence à família Asteraceae e possui a cumarina 1,2-benzopirona como marcador químico, capaz de inibir ou estimular a germinação e crescimento de plantas adjacentes. Diante do exposto, objetivou-se avaliar a fitotoxicidade dos extratos aquoso e etanólico de M. laevigata sobre Lactuca sativa (alface) e Bidens pilosa (picão preto). Foram testadas cinco concentrações (0,1; 1,0; 1,5; 2,0 e 3,0 mg.mL-1) dos extratos, aquoso e etanólico, em experimentos separados, e água destilada como controle. Para isso, foram avaliados a porcentagem de germinação, o índice de velocidade de germinação, o crescimento inicial e os teores de peróxido de hidrogênio (H2O2) e do malonaldeido (MDA). Na presença do extrato etanólico, as espécies (alface e picão preto) reduziram 85 e 90% da germinação, respectivamente. O comprimento da radícula, na menor concentração dos extratos, não foi afetado. Entretanto, na concentração de 2,0 mg.mL-1, as reduções foram de 85%, para alface, e 65%, para picão preto. O aumento do teor de H2O2 foi dose dependente, ou seja, conforme o aumento da concentração dos extratos maior a produção de peróxido, seguido do aumento do MDA para alface e picão preto. As plântulas cultivadas na concentração de 3 mg.mL-1 do extrato etanólico sofreram necrose, impossibilitando as análises subsequentes. Os extratos da M. laeviagata nas concentrações 2,0 e 3,0 mg.mL-1 demonstraram fitointoxicação com aumento do estresse oxidativo nas espécies alface e picão preto.


2012 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
pp. 282-286 ◽  
Author(s):  
L.L. Lousada ◽  
G.C.S. Lemos ◽  
S.P. Freitas ◽  
R.F. Daher ◽  
B.S. Esteves

Este trabalho visou avaliar a bioatividade de extratos hidroalcoólicos de capim-limão sobre germinação e crescimento inicial da planta daninha picão-preto (Bidens pilosa L.) e da planta teste alface (Lactuca sativa L.). A partir de maceração hidroalcoólica de folhas secas e rasuradas (127,46 g) de capim-limão em 1L de álcool de cereais (70%), foram preparados os tratamentos como extratos hidroalcoólicos (HA) pela diluição (v/v) do macerado filtrado em água deionizada na proporção 1:1 (HA1:1) e 1:2 (HA1:2); dos quais foram obtidos os respectivos extratos secos (ES), a partir da evaporação da fase líquida de duas alíquotas de 50 mL de cada extrato HA, que após re-suspendidas em igual volume de água, sendo uma autoclavada (1 atm por 15 minutos), resultando nos extratos secos de HA1:1 e HA1:2 autoclavados (ES1:1A e ES1:2A) e nos extratos secos não autoclavados (ES1:1 e ES1:2); e água (AG) como controle. No primeiro dia dos bioensaios, foram aplicados 2 mL dos tratamentos, em DIC, com cinco repetições. Avaliou-se a porcentagem de germinação (G%), Índice de Velocidade de Germinação (IVG), altura da parte aérea (AA) e comprimento de radícula (CR) de aquênios (25) de picão-preto e de alface distribuídos em placas de Petri e mantidos em câmara de germinação (B.O.D.) por duas semanas. Os extratos HA1:1 e HA1:2 inibiram a G%, AA e CR das duas espécies. Todos os extratos secos reduziram a G%, IVG e o CR da alface. Para o picão preto, apenas o extrato ES1:1 reduziu a G% e o IVG foi reduzido por todos os extratos, a exceção do ES1:1A, mas nenhum extrato influenciou o crescimento inicial desta espécie.


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