scholarly journals Características produtivas de pastagens de milheto ou capim sudão submetidas ao pastejo contínuo de vacas para abate

2014 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 266-276 ◽  
Author(s):  
Rangel Fernandes Pacheco ◽  
Dari Celestino Alves Filho ◽  
Ivan Luiz Brondani ◽  
José Laerte Nornberg ◽  
Luiz Angelo Damian Pizzuti ◽  
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Objetivou-se avaliar os parâmetros produtivos das pastagens de milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. BR) e capim sudão (Sorghum bicolor cv. sudanense) submetidas ao pastejo contínuo de vacas destinadas ao abate. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com dois tratamentos e três períodos, sendo cinco repetições (área). Os parâmetros produtivos das pastagens foram similares na comparação entre os tratamentos (P<0,05). O ciclo vegetativo das pastagens não alteraram a massa de forragem (1.606,93 kg e 1.617,47 de matéria seca (MS)/ha) e a oferta de forragem (9,42 e 8,29 kg de MS/100 kg de PV) das pastagens de milheto ou capim sudão. No entanto, as médias para taxa de acúmulo de matéria seca e proteína bruta demonstraram maiores valores nos primeiros 21 dias de utilização das pastagens (130,77 kg de MS/ha e 17,04 g/kg de MS), seguidas de reduções nos dois últimos períodos, sendo as médias do segundo período (65,53 kg/ha de MS e 12,96 g/kg de MS) superior à do terceiro período experimental (36,13 kg/ha de MS e 10,01 g/kg de MS). Os valores para fibra em detergente neutro foram similares nos dois períodos iniciais (48,81; 49,01 g/kg de MS), seguida de aumento nos últimos 21 dias de utilização das pastagens (56,54 g/kg de MS). A taxa de lotação em kg/ha de PV demonstrou interação entre tratamento e período; no entanto, os valores médios entre os tratamentos foram similares (1741,1 kg/ha de PV para milheto e 1881,7 kg/ha de PV para sudão). Pastagens de milheto ou capim sudão se equivalem em relação às características produtivas, sob sistemas de pastejo contínuo com vacas de descarte.

2008 ◽  
Vol 43 (1) ◽  
pp. 115-122 ◽  
Author(s):  
Glenio Guimarães Santos ◽  
Pedro Marques da Silveira ◽  
Robélio Leandro Marchão ◽  
Thierry Becquer ◽  
Luiz Carlos Balbino

O objetivo deste trabalho foi caracterizar a macrofauna edáfica e avaliar o efeito de plantas de cobertura em plantio direto, nos principais grupos da macrofauna do solo, em duas épocas de avaliação em um Latossolo Vermelho distroférrico. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com oito tratamentos (plantas de cobertura) e quatro repetições. As plantas de cobertura: Crotalaria juncea, guandu-anão (Cajanus cajan), Stylosanthes guianensis, Brachiaria brizantha, B. brizantha consorciada com milho (Zea mays), milheto (Pennisetum glaucum), mombaça (Panicum maximum) e Sorghum bicolor foram cultivadas de novembro a abril. Em setembro de cada ano, foi realizado o plantio de feijão, em cultivo irrigado por pivô central. A área útil em cada parcela foi de 60 m². Amostras de solo na forma de monólitos (25x25 cm) foram retiradas aleatoriamente em cada parcela, para contagem da macrofauna, às profundidades de 0-10 cm e 10-20 cm, em abril e em setembro de 2005. Os grupos taxonômicos, identificados em ordem decrescente de densidade relativa, são: Formicidae, Oligochaeta, Dermaptera, Coleoptera, Hemiptera, Miriapoda, Isoptera, Araneae, Lepidoptera, Blattodea e larvas de Diptera. Crotalaria juncea apresentou maior densidade de macrofauna, seguida por B. Brizantha, B. Brizantha consorciada com milho, Sorghum bicolor, Stylosanthes guianensis, Cajanus Cajans, Pennisetum Glaucum e Panicum maximum. O uso das plantas de cobertura, associado à irrigação na avaliação de setembro, favorece a colonização do solo pela macrofauna.


2006 ◽  
Vol 41 (4) ◽  
pp. 577-582 ◽  
Author(s):  
Luís Fernando Stone ◽  
Pedro Marques da Silveira ◽  
José Aloísio Alves Moreira ◽  
Antônio Joaquim Braga Pereira Braz

O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito das palhadas de diferentes culturas de cobertura na evapotranspiração do feijoeiro irrigado cultivar Pérola. O experimento foi conduzido por dois anos, 2002/2003 e 2003/2004, na Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás, GO, em Latossolo Vermelho distrófico, em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. No primeiro ano, os tratamentos consistiram de sete culturas de cobertura, conduzidas em plantio direto: braquiária (Brachiaria brizantha cv. Marandu); milho (Zea mays L.) consorciado com braquiária; guandu anão (Cajanus cajan (L.) Millisp); milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. Br. cv. BN-2); mombaça (Panicum maximum cv. Mombaça); sorgo granífero (Sorghum bicolor (L.) Moench cv. BR 304); e estilosantes (Stylosanthes guianensis cv. Mineirão). No segundo ano, foi acrescentada a crotalária (Crotalaria juncea L.). A evapotranspiração, durante o ciclo do feijoeiro, foi determinada pela metodologia do balanço hídrico de campo e variou de 259,8 a 343,7 mm, dependendo da cultura de cobertura e do ano. As palhadas de braquiária e mombaça, pela maior produção de matéria seca, propiciaram as menores perdas de água por evapotranspiração. As maiores diferenças entre as palhadas das culturas de cobertura, com relação à evapotranspiração do feijoeiro, ocorrem nos estádios iniciais e finais do ciclo.


Author(s):  
Jultesse S.B. Banon ◽  
Innocent Yaou Bokossa ◽  
Célestin C.K. Tchekessi ◽  
Roseline Bleoussi ◽  
Pivot Sachi ◽  
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Revista CERES ◽  
2010 ◽  
Vol 57 (6) ◽  
pp. 778-786 ◽  
Author(s):  
Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira ◽  
Fernando Mendes Lamas

Este trabalho objetivou avaliar a produção, a persistência e os efeitos de coberturas vegetais sobre as plantas daninhas e a produtividade do algodoeiro em sistema plantio direto. Os tratamentos consistiram das espécies de cobertura: milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. Brown), Brachiaria ruziziensis Germain & Evrard, sorgo forrageiro (Sorghum bicolor L. Moench), capim-pé-de-galinha (Eleusine coracana L. Gaerth), Crotalaria juncea L., Crotalaria spectabilis Roth, aveia-preta (Avena strigosa Schreb.), nabo forrageiro (Raphanus sativus L.), P. glaucum + C. juncea, P. glaucum + C. spectabilis, B. ruziziensis + C. juncea, B. ruziziensis + C. spectabilis, S. bicolor + C. juncea, S. bicolor + C. spectabilis, E. coracana + C. juncea, E. coracana + C. spectabilis, A. strigosa + R. sativus, P. glaucum + R. sativus e pousio. As espécies foram semeadas no final do verão, após a colheita de soja, e o algodoeiro BRS 269-Buriti, nove meses após. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições. As espécies B. ruziziensis, B. ruziziensis + C. juncea, B. ruziziensis + C. spectabilis e P. glaucum + R. sativus produziram mais de 6,8 t ha-1 de biomassa seca. A palhada produzida pela B. ruziziensis garantiu boa cobertura do solo durante o ciclo do algodoeiro. A biomassa seca de B. ruziziensis, B. ruziziensis + C. juncea e B. ruziziensis + C. spectabilis reduziu a infestação de plantas daninhas até a época de semeadura do algodão e durante os estádios iniciais de seu desenvolvimento. Palhas de R. sativus e A. strigosa, solteiras e consorciadas, interferiram negativamente na produtividade do algodoeiro.


2015 ◽  
Vol 50 (7) ◽  
pp. 551-561 ◽  
Author(s):  
Arminda Moreira de Carvalho ◽  
Thais Rodrigues Coser ◽  
Thomaz Adolpho Rein ◽  
Raíssa de Araujo Dantas ◽  
Rafael Rodrigues Silva ◽  
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Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do manejo de plantas de cobertura na floração e na maturação fisiológica sobre a produtividade do milho cultivado em sucessão. O experimento, em delineamento de blocos ao acaso com parcelas subdivididas, foi realizado em Latossolo Vermelho, em sistema plantio direto, com nove espécies. Foram avaliados: produtividade de matéria seca; tempo de ciclagem dos resíduos vegetais; teores de N das plantas de cobertura; e produtividade de grãos e teores de N nas folhas do milho. As espécies Pennisetum glaucum, Mucuna aterrima, Cajanus cajan e Canavalia brasiliensis apresentaram as maiores produtividades de matéria seca na floração. Na maturação fisiológica, Sorghum bicolor, P. glaucum, C. brasiliensis, Crotalaria juncea e C. cajan apresentaram produtividades mais elevadas de fitomassa. Não houve efeito da época de corte e da interação planta de cobertura e época de corte sobre a produtividade do milho. As maiores produtividades de milho foram obtidos após cultivo de Urochloa ruziziensis, C. juncea, C. brasiliensis, C. cajan, P. glaucum e Raphanus sativus, e estão relacionadas ao maior acúmulo de matéria seca e ao menor tempo de ciclagem dos resíduos vegetais das plantas de cobertura.


Weed Science ◽  
2020 ◽  
Vol 68 (6) ◽  
pp. 673-680
Author(s):  
Gabrielle de Castro Macedo ◽  
Caio Antonio Carbonari ◽  
Edivaldo Domingues Velini ◽  
Giovanna Larissa Gimenes Cotrick Gomes ◽  
Ana Karollyna Alves de Matos ◽  
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AbstractMore than 80% of soybean [Glycine max (L.) Merr.] in Brazil is cultivated in no-till systems, and although cover crops benefit the soil, they may reduce the amount of residual herbicides reaching the soil, thereby decreasing herbicide efficacy. The objective of this study was to evaluate sulfentrazone applied alone, sequentially after glyphosate, and in a tank mixture with glyphosate before planting no-till soybean. Experiments were performed in two cover crop systems: (1) pearl millet [Pennisetum glaucum (L.) R. Br.] and (2) forage sorghum [Sorghum bicolor (L.) Moench ssp. bicolor]. The treatments tested were: glyphosate (720 g ae ha−1) at 20 d before sowing (DBS) followed by sulfentrazone (600 g ai ha−1) at 10 DBS; glyphosate + sulfentrazone (720 g ae ha−1 + 600 g ai ha−1) for cover crop desiccation at 10 DBS; and sulfentrazone alone at 10 DBS without a cover crop. The accumulation of straw was 31% greater using sorghum rather than pearl millet. In the sorghum system, the concentration of sulfentrazone at 0 to 10 cm was 57% less with sequential application and 92% less with the tank mixture compared with the treatment without cover crop straw at 1 d after application (DAA). The same occurred in the pearl millet system, where the reduction was 33% and 80% for the sequential application and tank mixture, respectively. The absence of a cover crop resulted in greater sulfentrazone concentrations in the top layer of the soil when compared with the sequential application or tank mixture. At 31 and 53 DAA, the concentration of sulfentrazone at 10 to 20 and 20 to 40 cm did not differ among treatments. Precipitation of 90 mm was enough to remove the herbicide from the cover crop straw at 31 DAA when using sequential application. An additional 90-mm precipitation was necessary to promote the same result when using the tank mixture.


2008 ◽  
Vol 43 (7) ◽  
pp. 815-823 ◽  
Author(s):  
Leandro Pereira Pacheco ◽  
Fábio Ribeiro Pires ◽  
Fernando Pereira Monteiro ◽  
Sérgio de Oliveira Procópio ◽  
Renato Lara de Assis ◽  
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de estabelecimento de plantas de cobertura em sobressemeadura na cultura soja. A soja foi semeada em diferentes épocas para que, no estádio R7 (maturação fisiológica), ocorressem diferentes condições climáticas para implantação das plantas de cobertura. O experimento foi realizado em Rio Verde, GO, na safra de verão 2005/2006, em Latossolo Vermelho distroférrico. Foram avaliadas seis plantas de cobertura: Brachiaria brizantha, B. ruziziensis, B. decumbens, Eleusine coracana, Pennisetum glaucum e o híbrido Cober Crop [Sorghum bicolor (L.) Moench x Sorghum sudanense Piper Stapf], e uma testemunha mantida em pousio. A soja foi semeada em quatro épocas: 27/10/2005, 10/11/2005, 24/11/2005 e 14/12/2005. A sobressemeadura das plantas de cobertura foi realizada manualmente, a lanço, quando a soja atingiu o estádio R7. Com exceção da segunda época de semeadura da soja, que apresentou a menor média de estande em todas as plantas de cobertura, em razão da maior matocompetição, todas as demais possibilitaram crescimento inicial satisfatório das plantas de cobertura sobressemeadas em R7, com base na emergência, altura de plantas, cobertura do solo e produção de palhada. B. ruziziensis, B. brizantha, B. decumbens e o híbrido Cober Crop apresentam maior potencial para a produção de palhada durante a entressafra no Cerrado, com uso da sobressemeadura.


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