scholarly journals O gênero Chamaecrista (Leguminosae: Caesalpinioideae) no Parque Estadual do Rio Preto, São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil

Rodriguésia ◽  
2019 ◽  
Vol 70 ◽  
Author(s):  
Laís Couto Zeferino ◽  
Rubens Teixeira de Queiroz ◽  
Juliana Gastaldello Rando ◽  
Matheus Martins T. Cota ◽  
Isabella Fernandes Fantini ◽  
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Resumo O gênero Chamaecrista possui distribuição pantropical e está bem representado na flora brasileira, principalmente em campos rupestres e matas ciliares. No Brasil são encontradas 256 espécies, sendo que 149 delas aparecem somente em Minas Gerais, o que corresponde mais da metade da diversidade do gênero no país. A área selecionada para o estudo, o Parque Estadual do Rio Preto (PERP), pertence à Cadeia do Espinhaço. A vegetação é composta principalmente por fitofisionomias de Cerrado e Campo rupestre existindo também áreas de matas ciliares e de galerias. O estudo em questão teve como objetivo realizar o levantamento florístico e um estudo taxonômico de Chamaecrista no PERP, abrangendo chave de identificação das espécies e descrições taxonômicas das mesmas. As coletas foram realizadas dentro de um período de dois anos, por meio de caminhadas assistemáticas. O material coletado foi identificado e depositado na coleção do Herbário OUPR. Foram coletados e descritos 19 táxons que compreendem às seções Absus, Chamaecrista e Xerocalyx.

Rodriguésia ◽  
2013 ◽  
Vol 64 (4) ◽  
pp. 817-828 ◽  
Author(s):  
Renata M. Belo ◽  
Daniel Negreiros ◽  
G. Wilson Fernandes ◽  
Fernando A.O. Silveira ◽  
Bernardo D. Ranieri ◽  
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Os Campos rupestres têm destaque no cenário mundial da conservação por sua enorme riqueza em espécies e alta taxa de endemismo. É considerado um ecossistema ameaçado devido à intensa e progressiva descaracterização que vêm sofrendo pela ação antrópica. O objetivo deste estudo foi descrever os padrões fenológicos reprodutivos e vegetativos em seis espécies arbustivas endêmicas dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço, simpátricas na Serra do Cipó, Minas Gerais, e testar a relação entre suas fenofases e a estacionalidade climática. Esperamos que as espécies tenham suas fenofases fortemente relacionadas às variações entre as estações seca e úmida. As observações fenológicas foram conduzidas mensalmente nas fenofases reprodutivas (flor, fruto e dispersão) e vegetativas (queda de folhas e brotamento). De acordo com a combinação dos padrões fenológicos reprodutivos, vegetativos e sazonalidade, foi possivel distinguir quatro estratégias fenológicas para as seis espécies avaliadas. Dessa forma, o presente estudo mostrou uma grande diversidade de padrões fenológicos, mesmo considerando o pequeno número de espécies amostradas. Por outro lado, em todas as espécies as fenofases reprodutivas apresentaram um padrão significativamente sazonal, com alta concentração de espécies reproduzindo em uma dada estação do ano, sugerindo uma importância destacada da sazonalidade do clima na definição dos padrões fenológicos em campos rupestres.


Rodriguésia ◽  
2012 ◽  
Vol 63 (4) ◽  
pp. 857-881 ◽  
Author(s):  
Mariana de Oliveira Bünger ◽  
Viviane Renata Scalon ◽  
Marcos Sobral ◽  
João Renato Stehmann

Apresentamos neste trabalho o estudo taxonômico das Myrtaceae ocorrentes no Parque Estadual do Itacolomi (PEIT), uma Unidade de Conservação localizada no estado de Minas Gerais, no sul da Cadeia do Espinhaço. A vegetação da área é formada por florestas montanas tropicais e campos rupestres. Para o tratamento taxonômico foram elaboradas descrições, comentários, chaves de identificação e ilustrações. Foram realizadas coletas de setembro 2009 a dezembro de 2010 e foram revisados os herbários BHCB, OUPR, RB e VIC. A família está representada no PEIT por 11 gêneros e 44 espécies: Blepharocalyx (1 sp.), Calyptranthes (1 sp.), Campomanesia (4 spp.), Eugenia (4 spp.), Marlierea (3 spp.), Myrceugenia (2 spp.), Myrcia (20 spp.), Myrciaria (1 sp.), Plinia (1 sp.), Psidium (3 spp.) e Siphoneugena (4 spp.).


Hoehnea ◽  
2018 ◽  
Vol 45 (3) ◽  
pp. 484-508 ◽  
Author(s):  
Dimas Marchi do Carmo ◽  
Jéssica Soares de Lima ◽  
Marcela Inácio da Silva ◽  
Leandro de Almeida Amélio ◽  
Denilson Fernandes Peralta

RESUMO A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) da Serra do Caraça está localizada no complexo orográfico da Cadeia do Espinhaço e caracteriza-se como uma área de transição entre dois importantes domínios fitogeográficos brasileiros, a Mata Atlântica e o Cerrado. Essa Reserva é composta por diferentes tipos de formações vegetais e apresenta, predominantemente, os campos rupestres. Na Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Caraça foram encontradas 439 espécies de briófitas (238 musgos, 199 hepáticas e dois antóceros), 74 (17%) espécies endêmicas brasileiras e 80 (18%) novos registros para o Estado de Minas Gerais. A família de hepáticas Lejeuneaceae foi a mais rica, com 75 espécies, enquanto Sphagnaceae apresentou maior riqueza para os musgos, com 29 espécies. A maioria das espécies encontradas apresenta uma distribuição moderada para o país e são neotropicais.


Rodriguésia ◽  
2010 ◽  
Vol 61 (3) ◽  
pp. 467-490 ◽  
Author(s):  
Elidio Armando Exposto Guarçoni ◽  
Cláudio Coelho de Paula ◽  
Andrea Ferreira da Costa

Resumo O Parque Estadual da Serra do Rola-Moça localiza-se na porção centro-sul da Cadeia do Espinhaço, na região denominada Quadrilátero Ferrífero, nos municípios de Belo Horizonte, Brumadinho, Ibirité e Nova Lima. Apresenta como vegetação os Campos Rupestres ferruginosos e quartizíticos, Floresta Estacional Semidecidual e Cerrado. O presente trabalho teve como finalidade estudar a florística da família Bromeliaceae no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça. Foram identificadas 25 espécies pertencentes a 11 gêneros, sendo Dyckia o gênero mais representativo em espécies. Eduandrea selloana, Cryptanthus schwackeanus, Dyckia consimilis, D. densiflora, D. macedoi, D. simulans, D. schwackeana, D. trichostachya, Vriesea longistaminea e V. minarum encontram-se citadas na Listas das Espécies da Flora e da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado de Minas Gerais. Neste trabalho optamos por revalidar Dyckia oligantha.


Check List ◽  
2009 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 035 ◽  
Author(s):  
Ruy José Válka Alves ◽  
Jiří Kolbek

The campos rupestres form a mosaic of rocky savannas concentrated mainly along the Espinhaço chain, on the Brazilian shield. Though the Serra de São José lies over 100 km to the south of the Espinhaço chain, the campo rupestre flora of this small range harbors several endemic plant taxa. The provided checklist is the result of two decades of floristic research complemented with data from herbaria and literature. The flora is compared with the results of several other pertinent surveys. A total of 1,144 vascular plant species, representing 50.3 species/km2, were documented to date in the São José range, representing a species-richness per unit area over five times greater than other known campo rupestre floras. The most species-rich families were the Asteraceae (126 species), Orchidaceae (106), Melastomataceae (63), Leguminosae (60), Cyperaceae (45), Poaceae (41), Rubiaceae (37), Myrtaceae (28), Bromeliaceae (27), Eriocaulaceae (23), Lamiaceae (23), and Malpighiaceae (22).


Hoehnea ◽  
2013 ◽  
Vol 40 (2) ◽  
pp. 293-314 ◽  
Author(s):  
Edson Dias da Silva ◽  
Angela Borges Martins

É apresentado um levantamento das Papilionoideae da Serra do Cabral. A região faz parte da Cadeia do Espinhaço, estando localizada entre as latitudes 17º18'-18º06' S e as longitudes 44º43'-44º10'W, com altitudes que variam de 515 a 1.400 m, onde predominam formações de Cerrado e Campo Rupestre. A subfamília está representada na área por 12 tribos, 34 gêneros e 62 espécies. Vinte e cinco espécies só ocorrem no Brasil, seis são endêmicas do Estado de Minas Gerais e 17 estão restritas ao Cerrado. A distribuição restrita de grande parte das espécies encontradas sugere que esses táxons desenvolvem-se apenas em fitofisionomias específicas sendo, portanto, dependentes da preservação desses ambientes para a sobrevivência. Além de uma lista de gêneros e espécies, com suas respectivas chaves de identificação, também são apresentados dados de distribuição geográfica e os domínios fitogeográficos nos quais as espécies ocorrem.


1996 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 103-138 ◽  
Author(s):  
L.G. Lohmann ◽  
J.R. Pirani

Este trabalho consiste num levantamento florístico dos representantes da tribo Tecomeae (Bignoniaceae) ocorrentes na Cadeia do Espinhaço, região serrana do interior de Minas Gerais e Bahia com cobertura vegetal constituída principalmente por campos rupestres. A tribo está representada na área por 17 espécies, distribuídas em 4 gêneros: Zeyheria (2 spp.), Tabebuia (6 spp.),Jacaranda (8 spp.) e Cybistax (1 sp.). São apresentadas chaves para os gêneros e espécies, descrições, ilustrações e comentários. J. oxyphylla é considerada sinônimo de J. caroba e J. morii é considerada sinônimo de J. ulei.


Rodriguésia ◽  
2014 ◽  
Vol 65 (2) ◽  
pp. 311-328 ◽  
Author(s):  
Gracineide Selma Santos de Almeida ◽  
Rita Maria de Carvalho-Okano ◽  
Jimi Naoki Nakajima ◽  
Flavia Cristina Pinto Garcia

O estudo das tribos Barnadesieae e Mutisieae é parte do levantamento florístico das espécies de Asteraceae nos campos rupestres do Parque Estadual do Itacolomi (PEI) em Minas Gerais, realizado através de coletas mensais no período de agosto de 2005 a agosto de 2007. Para as duas tribos foram identificadas 21 espécies pertencentes a seis gêneros: Dasyphyllum Kunth com quatro espécies e uma variedade; Chaptalia Vent.(quatro spp.), Gochnatia Kunth. (três spp.), Mutisia L.f. (uma spp.), Richterago Kuntze (seis spp.) e Trixis P. Br. (três spp.). Destas espécies, a maioria é restrita aos Campos Rupestres da Cadeia do Espinhaço ou áreas próximas com vegetação de transição, sendo quatro endêmicas de Minas Gerais. São apresentadas chaves de gêneros e espécies, descrições morfológicas, comentários taxonômicos, informações sobre a distribuição geográfica das espécies e ilustrações.


Rodriguésia ◽  
1989 ◽  
Vol 41 (67) ◽  
pp. 63-69 ◽  
Author(s):  
Marcos Valério Peron

Resumo 0 Parque Estadual do Itacolomi situa-se nos municípios de Ouro Preto e Mariana, Minas Gerais, Brasil, abrangendo toda a Serra do Itacolomi, uma das componentes da Cadeia do Espinhaço. É apresentada uma listagem preliminar da flora fanerogâmica dos campos rupestres que ocorrem na área do parque, que consta de 67 famílias e cerca de 300 espécies.


Rodriguésia ◽  
2013 ◽  
Vol 64 (3) ◽  
pp. 527-541 ◽  
Author(s):  
Flávio Fonseca do Carmo ◽  
Claudia Maria Jacobi

A vegetação nas cangas (afloramentos ferruginosos) abriga dezenas de espécies raras, várias novidades taxonômicas e elevada diversidade alfa e beta. Utilizando um banco de dados constituído por 1.080 táxons de angiospermas, a vegetação associada às cangas no Quadrilátero Ferrífero foi caracterizada a partir dos elementos florísticos, das formas de crescimento e das fisionomias mais frequentes. Analisou-se a distribuição geográfica e os domínios fitogeográficos de 980 espécies. Ainda, com o objetivo de verificar se há distinção entre a vegetação das cangas em relação às de cinco áreas inseridas em sistemas rupestres de Minas Gerais e Bahia, analisou-se a similaridade a partir do número de espécies de 920 gêneros de angiospermas. Em comparação aos sistemas quartzíticos, principalmente os inseridos na Cadeia do Espinhaço, pode-se distinguir a vegetação das cangas pela maior influência de elementos florísticos do domínio Atlântico, maior frequência de sinúsias formadas por árvores e arbustos, riqueza elevada de espécies de gêneros como Solanum e Cattleya e pouca representatividade fisionômica de alguns gêneros típicos dos campos rupestres. Essa distinção parece correlacionar-se com a localização geográfica do Quadrilátero e com as características geomorfológicas e mineralógicas das cangas.


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