scholarly journals Leguminosae-Papilionoideae na Serra do Cabral, MG, Brasil

Hoehnea ◽  
2013 ◽  
Vol 40 (2) ◽  
pp. 293-314 ◽  
Author(s):  
Edson Dias da Silva ◽  
Angela Borges Martins

É apresentado um levantamento das Papilionoideae da Serra do Cabral. A região faz parte da Cadeia do Espinhaço, estando localizada entre as latitudes 17º18'-18º06' S e as longitudes 44º43'-44º10'W, com altitudes que variam de 515 a 1.400 m, onde predominam formações de Cerrado e Campo Rupestre. A subfamília está representada na área por 12 tribos, 34 gêneros e 62 espécies. Vinte e cinco espécies só ocorrem no Brasil, seis são endêmicas do Estado de Minas Gerais e 17 estão restritas ao Cerrado. A distribuição restrita de grande parte das espécies encontradas sugere que esses táxons desenvolvem-se apenas em fitofisionomias específicas sendo, portanto, dependentes da preservação desses ambientes para a sobrevivência. Além de uma lista de gêneros e espécies, com suas respectivas chaves de identificação, também são apresentados dados de distribuição geográfica e os domínios fitogeográficos nos quais as espécies ocorrem.

Rodriguésia ◽  
2019 ◽  
Vol 70 ◽  
Author(s):  
Laís Couto Zeferino ◽  
Rubens Teixeira de Queiroz ◽  
Juliana Gastaldello Rando ◽  
Matheus Martins T. Cota ◽  
Isabella Fernandes Fantini ◽  
...  

Resumo O gênero Chamaecrista possui distribuição pantropical e está bem representado na flora brasileira, principalmente em campos rupestres e matas ciliares. No Brasil são encontradas 256 espécies, sendo que 149 delas aparecem somente em Minas Gerais, o que corresponde mais da metade da diversidade do gênero no país. A área selecionada para o estudo, o Parque Estadual do Rio Preto (PERP), pertence à Cadeia do Espinhaço. A vegetação é composta principalmente por fitofisionomias de Cerrado e Campo rupestre existindo também áreas de matas ciliares e de galerias. O estudo em questão teve como objetivo realizar o levantamento florístico e um estudo taxonômico de Chamaecrista no PERP, abrangendo chave de identificação das espécies e descrições taxonômicas das mesmas. As coletas foram realizadas dentro de um período de dois anos, por meio de caminhadas assistemáticas. O material coletado foi identificado e depositado na coleção do Herbário OUPR. Foram coletados e descritos 19 táxons que compreendem às seções Absus, Chamaecrista e Xerocalyx.


Rodriguésia ◽  
2013 ◽  
Vol 64 (4) ◽  
pp. 817-828 ◽  
Author(s):  
Renata M. Belo ◽  
Daniel Negreiros ◽  
G. Wilson Fernandes ◽  
Fernando A.O. Silveira ◽  
Bernardo D. Ranieri ◽  
...  

Os Campos rupestres têm destaque no cenário mundial da conservação por sua enorme riqueza em espécies e alta taxa de endemismo. É considerado um ecossistema ameaçado devido à intensa e progressiva descaracterização que vêm sofrendo pela ação antrópica. O objetivo deste estudo foi descrever os padrões fenológicos reprodutivos e vegetativos em seis espécies arbustivas endêmicas dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço, simpátricas na Serra do Cipó, Minas Gerais, e testar a relação entre suas fenofases e a estacionalidade climática. Esperamos que as espécies tenham suas fenofases fortemente relacionadas às variações entre as estações seca e úmida. As observações fenológicas foram conduzidas mensalmente nas fenofases reprodutivas (flor, fruto e dispersão) e vegetativas (queda de folhas e brotamento). De acordo com a combinação dos padrões fenológicos reprodutivos, vegetativos e sazonalidade, foi possivel distinguir quatro estratégias fenológicas para as seis espécies avaliadas. Dessa forma, o presente estudo mostrou uma grande diversidade de padrões fenológicos, mesmo considerando o pequeno número de espécies amostradas. Por outro lado, em todas as espécies as fenofases reprodutivas apresentaram um padrão significativamente sazonal, com alta concentração de espécies reproduzindo em uma dada estação do ano, sugerindo uma importância destacada da sazonalidade do clima na definição dos padrões fenológicos em campos rupestres.


Author(s):  
Hémilly Marques Seixas

A região do Semiárido ocupa ca. 900.000 Km2, incluindo parte dos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais, correspondendo basicamente à delimitação do Bioma Caatinga (Queiroz et al. 2006). Essa região é bastante heterogênea e no centro da Bahia inclui a Chapada Diamantina, que representa a porção norte da Cadeia do Espinhaço. O principal tipo de vegetação da Chapada é o campo rupestre, que se desenvolve acima de 900m, composto basicamente por plantas herbáceas e arbustivas; mas outros tipos de vegetação também são encontrados, como florestas nas encostas das montanhas e caatingas nas áreas mais baixas (Giulietti et al. 1997). Muitos estudos florísticos vêm sendo realizados nessa região, com grande número de gêneros e espécies endêmicas, além de frequentes novas espécies e novos registros de ocorrência (Zappi et al. 2002; Rapini et al. 2008).Cyperaceae é uma família de monocotiledôneas inserida na ordem Poales (APG 2016). É bem representada na Chapada Diamantina e inclui ervas rizomatosas, com caule triangular, bainhas fechadas, sem lígula e folhas frequentemente formando rosetas na base das plantas; as inflorescências ocorrem em complexos arranjos de espiguetas, normalmente subtendidas por brácteas (Judd et al. 2009). Ocorre especialmente em lagoas temporárias e outros ambientes úmidos ou alagados, incluindo as subfamílias Mapanioideae e Cyperoideae, diferenciadas por unidades reprodutivas (Monteiro 2015).Com distribuição cosmopolita, Cyperaceae inclui ca. 5.000 espécies (Oliveira et al., 2011) e para o Brasil foram citados 39 gêneros e 667 espécies, sendo 177 endêmicas. Esses dados têm sido continuamente revisados, e atualmente, segundo o Flora do Brasil 2020, são registrados 32 gêneros e 667 espécies, dos quais 21 gêneros e 288 espécies ocorrem no Nordeste. Destes, 20 gêneros e 257 espécies são citadas para a Bahia, sendo 11 gêneros e 65 espécies listadas para áreas cobertas por vegetação de campo rupestre (Flora do Brasil 2020, em construção). Entretanto, não existem informações consistentes sobre a família Cyperaceae na Chapada Diamantina, o que justificou a realização do presente trabalho.Estudos taxonômicos e florísticos envolvendo Cyperaceae no Brasil são desejáveis, uma vez que existem muitas coleções em herbário sem qualquer identificação além de espécies com morfologias muito variáveis (Luceño & Alves 1997), causando confusões taxonômicas. Muitas dessas coleções foram feitas no Semiárido, cuja flora conhecidamente tem grande potencial para estudos nesse sentido.Assim, a fim de ampliar o conhecimento a respeito da família na região, o presentetrabalho representa um importante ponto de partida, enfocando amostras oriundas daChapada Diamantina, uma vez que a família é muito numerosa no Semiárido como umtodo. Outro grande objetivo é incentivar a formação de mais um taxonomista nessegrupo, que carece de especialistas tanto na Bahia quanto no Nordeste.


1987 ◽  
Vol 1 (2 suppl 1) ◽  
pp. 195-207 ◽  
Author(s):  
Renato de Mello-Silva ◽  
Nanuza Luiza de Menezes

Duas novas especies brasileiras de Velloziaceae são descritas: Pleurostima riparia N. Menezes & Mello-Silva, conhecida somente de Grão-Mogol e Vellozia luteola Mello-Silva & N. Menezes, de Grao-Mogol e Itacambira, ambas do campo rupestre da Cadeia do Espinhaço, ao norte de Minas Gerais. São apresentadas descrições incluindo características morfológicas das partes vegetativas e florais e características anatômicas das folhas, além de ilustrações do hábito, flores e frutos. Também são discutidos os atributos característicos de cada espécie, assim como suas relações com táxons afins


2007 ◽  
Vol 21 (3) ◽  
pp. 687-696 ◽  
Author(s):  
Luiz Menini Neto ◽  
Ruy José Válka Alves ◽  
Fábio de Barros ◽  
Rafaela Campostrini Forzza
Keyword(s):  

O Parque Estadual de Ibitipoca (PEIB) está situado no sudeste do estado de Minas Gerais, entre os municípios de Santa Rita de Ibitipoca e Lima Duarte, a 21º40'-21º44'S e 43º52'-43º55'W. Apresenta em sua área um mosaico de formações vegetais, das quais o campo rupestre ocupa a maior extensão, sendo também encontradas em seus domínios diversas formações florestais. O presente trabalho teve como objetivo o levantamento das espécies de Orchidaceae ocorrentes no PEIB. Foram registrados 118 táxons distribuídos em 47 gêneros. Os gêneros mais numerosos são Pleurothallis sensu lato (13 spp.), Oncidium (12 spp. e um possível híbrido), Epidendrum (10 spp.) e Maxillaria (9 spp.). O estudo da distribuição geográfica dos táxons revelou quatro novos registros para a flora de Minas Gerais e ampliou o conhecimento sobre a distribuição de muitas espécies. Uma comparação com as espécies de orquídeas ocorrentes em outras áreas de campo rupestre conhecidas até o momento demonstra que o PEIB, embora com área relativamente pequena, é uma das regiões com maior número de espécies.


Hoehnea ◽  
2009 ◽  
Vol 36 (3) ◽  
pp. 455-458
Author(s):  
Leonardo M. Versieux ◽  
Maria das Graças Lapa Wanderley

Vriesea piscatrix, uma nova espécie relacionada à Vriesea guttata G. Lodd. é descrita e ilustrada. O novo táxon é, até o momento, endêmico da Serra do Cipó, ocorrendo em matas nebulares distribuídas em meio ao campo rupestre.


Rodriguésia ◽  
2019 ◽  
Vol 70 ◽  
Author(s):  
Pedro Henrique Cardoso ◽  
Andressa Cabral ◽  
Fernanda Santos-Silva ◽  
Fátima Regina Gonçalves Salimena

Resumo O Parque Estadual da Serra do Papagaio está localizado no sul de Minas Gerais, e faz parte do Complexo da Serra da Mantiqueira, com vegetação representada por campos de altitude, floresta ombrófila densa e floresta ombrófila mista. O presente estudo teve como objetivo realizar um tratamento florístico para Verbenaceae nesta Unidade de Conservação. A família está representada no Parque por dez táxons distribuídos em quatro gêneros: Glandularia (G. lobata var. glabrata e G. phlogiflora), Lantana (L. camara e L. fucata), Lippia (L. lupulina, L. rotundifolia, L. stachyoides var. martiana e L. triplinervis) e Verbena (V. alata e V. hirta). Verbena alata destaca-se como nova ocorrência para o estado de Minas Gerais. Lippia rotundifolia e L. stachyoides var. martiana, comuns na Cadeia do Espinhaço, são registradas pela primeira vez na Serra da Mantiqueira, no domínio Atlântico. São apresentadas chaves de identificação, descrições, ilustrações e comentários ecológicos, taxonômicos e de distribuição geográfica dos táxons.


2005 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 109-135 ◽  
Author(s):  
Andréa O Araujo ◽  
Vinicius C Souza ◽  
Alain Chautems

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