scholarly journals Densidade e diversidade fenotípica de bactérias diazotróficas endofíticas em solos de mineração de bauxita, em reabilitação

2004 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 85-93 ◽  
Author(s):  
R. Melloni ◽  
R. S. A. Nóbrega ◽  
F. M. S. Moreira ◽  
J. O. Siqueira

Bactérias diazotróficas endofíticas contribuem para o desenvolvimento das plantas por meio da fixação biológica do nitrogênio, produção e liberação de substâncias reguladoras do crescimento vegetal, podendo, assim, facilitar a revegetação de solos degradados por atividades antrópicas. No entanto, pouco se conhece sobre as populações destas bactérias em solos ou plantas de áreas de mineração. Objetivando avaliar o efeito de diferentes tipos de vegetação e tempo de reabilitação de áreas degradadas por mineração de bauxita na densidade e diversidade de algumas espécies de bactérias diazotróficas endofíticas, realizaram-se, em duas épocas, amostragens de solo, de dois ambientes distintos, submetidos a diferentes processos de reabilitação. A densidade, avaliada pelo número mais provável, utilizando os meios de cultura: NFb, JNFb e Fam, para Azospirillum brasilense e A. lipoferum, Herbaspirillum spp. e A. amazonense, respectivamente, variou de 0 a 2,0 x 10(4) bactérias por grama de solo e mostrou que o tipo de vegetação influiu nas populações destas bactérias. Foram encontradas densidades maiores em solos revegetados com gramíneas: braquiária (Brachiaria decumbens), capim-azevém (Lolium multiflorum) e capim-gordura (Melinis minutiflora). Contudo, estas densidades podem ser consideradas baixas, se comparadas às de solos agrícolas, e não apresentaram relação com o tempo de reabilitação da área. Foram encontrados 36 fenótipos culturais em meio batata, entre os 72 isolados obtidos dos três meios de cultura utilizados. A partir destes, foram formados sete grandes grupos com similaridade superior ou igual a 63 %, dos quais cinco, representando 62,5 % do total de isolados obtidos, continham as estirpes-tipo de Burkholderia brasilensis, Herbaspirillum seropedicae e Azospirillum spp. (A. brasilense, A. amazonense, A. lipoferum, A. irakense). Apesar da baixa densidade, este grupo de bactérias apresentou alta diversidade fenotípica no ambiente estudado.

2005 ◽  
Vol 40 (10) ◽  
pp. 997-1004 ◽  
Author(s):  
Tharwat El-Sayed El-Desouk Radwan ◽  
Zeinat Kamel Mohamed ◽  
Veronica Massena Reis

Foi analisada a produção de compostos indólicos por Azospirillum brasilense Cd, A. lipoferum Br 17, Herbaspirillum seropedicae Z 67, H. rubrisubalbicans M4 e a estirpe 34 isolada de arroz, que não se enquadra em nenhuma das espécies de Herbaspirillum já descritas, em relação a diferentes condições de aeração e concentrações de sais. A maior aeração do meio propiciou aumento na produção de compostos indólicos pelas bactérias testadas. Foi verificado aumento desses compostos, em culturas estáticas, em meio sem nitrogênio no caso de Azospirillum, e na presença de N para as estirpes de Herbaspirillum. O aumento da concentração de sais no meio de cultivo inibiu a produção de compostos indólicos, embora tenha sido observado um pequeno aumento quando a concentração de CaCl2 foi de 1 g L-1. O efeito mais deletério da salinidade foi observado com a presença de NaHCO3, seguido de NaCl e Na2SO4. Azospirillum produziu mais compostos indólicos em meio semi-sólido e Herbaspirillum em meio líquido, mas em menor nível.


2001 ◽  
Vol 30 (3 suppl 1) ◽  
pp. 955-963 ◽  
Author(s):  
Domingos Sávio Campos Paciullo ◽  
José Alberto Gomide ◽  
Domingos Sávio Queiroz ◽  
Eldo Antônio Monteiro da Silva

Lâminas foliares e segmentos de colmo das gramíneas forrageiras capim-braquiária (Brachiaria decumbens), capim-gordura (Melinis minutiflora) e capim-bermuda Tifton 85 (Cynodon sp) foram amostradas em dois níveis de inserção no perfilho (inferior e superior), em duas idades (momento da exposição da lígula da folha e 20 dias após) e em duas estações de crescimento (verão e outono). Amostras dos segmentos de colmo e lâminas foliares foram submetidas à determinação de sua composição química, composição anatômica e digestibilidade in vitro. Após obtenção dos dados, foram estabelecidas as correlações entre os componentes químicos e anatômicos e entre estes e a DIVMS, na lâmina, no colmo e no agrupamento dos dados das duas frações. A espessura da parede celular foi a característica anatômica a se correlacionar mais fortemente com todos os componentes químicos, independente da fração considerada. Suas correlações foram positivas com os teores de fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido e lignina e negativa com os de proteína bruta. A proporção de mesofilo se correlacionou positivamente com os teores de proteína bruta e negativamente com os de fibra em detergente ácido, enquanto a proporção de esclerênquima apresentou correlação positiva com os teores de fibra em detergente neutro. Os componentes químicos se correlacionaram fortemente entre si e com a DIVMS. Entre as características anatômicas, somente a espessura da parede celular mostrou correlação significativa com a DIVMS, independente da fração. O mesofilo se correlacionou positivamente e o xilema negativamente com a DIVMS, respectivamente, na lâmina e no colmo.


2004 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
Author(s):  
J.S. FLEMMING ◽  
J.V.F. BRUM ◽  
J.R.S. FREITAS ◽  
A. MAIORKA ◽  
P.R.B. PIEKARSKI ◽  
...  

Na região sul do Brasil, no fim do inverno e início da primavera as pastagens estão em início de crescimento, apresentando alto teor de extrato etéreo, rico em ácidos graxos insaturados, com baixo teor de fibra estrutural e baixo teor de matéria seca, proporcionando queda de produção e alteração da composição de ácidos graxos do leite. Em estudo conduzido em uma indústria de laticínios na região metropolitana de Curitiba procurou-se correlacionar as variações nutricionais estacionais das forragens e a sua influência nos teores de gordura e acidez do leite. Foram coletadas amostras de forragens nos meses de julho, agosto e setembro de 2001. As alterações verificadas pela mudança de tipo de forragem (Brachiaria decumbens e Lolium multiflorum) determinaram alterações significativas (P


2013 ◽  
Vol 2 (3esp) ◽  
pp. 94
Author(s):  
Camila Gazolla Volpiano ◽  
Fernando Furlan ◽  
Andressa Estevam ◽  
Eliane Cristina Gruszka Vendruscolo ◽  
Fernanda Cristina Buraslan Neves Pereira ◽  
...  

2015 ◽  
Vol 14 (sup) ◽  
pp. 276-280
Author(s):  
L.C. Offemann ◽  
V.F. Guimaraes ◽  
R.F.B. Souza ◽  
A.M. Inagaki ◽  
A.G. Battistus ◽  
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Zootaxa ◽  
2009 ◽  
Vol 2240 (1) ◽  
pp. 41-59 ◽  
Author(s):  
ANTONIO C. LOFEGO ◽  
PETERSON R. DEMITE ◽  
RAQUEL G. KISHIMOTO ◽  
GILBERTO J. DE MORAES

Surveys were conduced in 16 sites in the State of São Paulo to evaluate the phytoseid mite fauna on some of the most common grass species in that State: Brachiaria decumbens Stapf., Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf, Brachiaria ruziziensis R. Germ & C.V. Evrard, Melinis minutiflora Beauv., Panicum maximum Jacq. and Pennisetum purpureum Schumach. Twenty known species and one new species (Proprioseiopsis biologicus Lofego, Demite & Moraes sp. nov.) were found. Two species are reported for the first time in the American continent: Neoseiulus benjamini Schicha and Typhlodromus (Anthoseius) neobakeri Prasad . Seven of the species collected have been reported in Brazil from different crops. The largest number of specimens and of species of phytoseiids was found on M. minutiflora. The results of this study indicate that grasses may play a role in agroecosystems and pasture lands, serving as reservoirs of phytoseiids that prey upon mite pests.


1999 ◽  
Vol 34 (4) ◽  
pp. 683-689 ◽  
Author(s):  
Milton de Andrade Botrel ◽  
Maurílio José Alvim ◽  
Deise Ferreira Xavier

Foram conduzidos dois experimentos na região do sul de Minas Gerais para avaliar o potencial de gramíneas forrageiras. No experimento 1 foram avaliadas as seguintes espécies, consideradas de baixa exigência nutricional: Andropogon gayanus, Kunt; Brachiaria brizantha, Stapf; Brachiaria decumbens, Stapf; Brachiaria ruziziensis, Germain Evrard; Brachiaria humidicola (Rendle) Schweickt e Melinis minutiflora, Beauv. No experimento 2 foram avaliadas as gramíneas consideradas de média e alta exigência nutricional, a saber: Setaria sphacelata (Schum.) Moss; Hemarthria altissima (Poir.) Stapf; Chloris gayana, Kunt; Cynodon nlemfuensis, Vanderyst var. nlemfuensis; Hyparrhenia rufa, (Ness) Stapf. e as cultivares de Panicum maximum, Jacq.: Tobiatã, Green Panic e Makueni. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com três repetições. Os níveis de calagem e de adubação para estabelecimento e manutenção foram diferenciados para os dois experimentos. Cada espécie foi avaliada nos seguintes aspectos: produção de forragem e teor de proteína bruta no período da seca e das chuvas e cobertura vegetal do solo. As gramíneas do experimento 1 que se destacaram na maioria dos aspectos avaliados foram: B. brizantha, B. decumbens, A. gayanus enquanto que no experimento 2 as espécies que apresentaram maior potencial forrageiro foram: S. sphacelata, P. maximum cv. Tobiatã.


2001 ◽  
Vol 30 (3 suppl 1) ◽  
pp. 964-974 ◽  
Author(s):  
Domingos Sávio Campos Paciullo ◽  
José Alberto Gomide ◽  
Domingos Sávio Queiroz ◽  
Eldo Antônio Monteiro da Silva

Lâminas foliares e segmentos de colmo das gramíneas forrageiras capim-braquiária (Brachiaria decumbens), capim-gordura (Melinis minutiflora) e capim-bermuda Tifton 85 (Cynodon sp) foram analisados quanto aos teores de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose, hemicelulose e lignina e aos coeficientes de digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), em duas estações de crescimento: verão e outono. As lâminas, amostradas no momento da exposição da lígula e 20 dias após, situavam-se nas posições inferior e superior do perfilho. Os segmentos de colmo avaliados foram os situados imediatamente abaixo da lâmina da posição superior. O colmo de capim-bermuda Tifton 85 apresentou 8,5 unidades percentuais a menos de FDA que os das outras duas gramíneas, que não diferiram entre si. Os teores médios de PB de lâminas foliares exibiram pequena variação entre as espécies e diminuíram de 18,8 para 14,6%, após 20 dias de expansão, e de 18,9 para 14,5%, entre as lâminas das posições inferior e superior do perfilho. Lâminas da posição superior apresentaram mais elevados teores de FDN e lignina, independente da espécie, da estação e da idade. Os coeficientes de DIVMS reduziram a partir do momento da expansão da lâmina foliar e foram maiores em lâminas situadas no nível inferior e colhidas no outono. Entre as espécies, a DIVMS não variou em lâminas recém-expandidas, mas foi mais elevada em capim-bermuda Tifton 85 e mais baixa em capim-braquiária em lâminas com 20 dias após completa expansão. A DIVMS do colmo foi mais baixa em capim-braquiária (56,9%) e mais elevada em capim-bermuda Tifton 85 (59,6%) e capim-gordura (60,5%), que não diferiram entre si.


2005 ◽  
Vol 34 (6) ◽  
pp. 1841-1850
Author(s):  
Maristela de Oliveira Bauer ◽  
José Alberto Gomide ◽  
Eldo Antônio Monteiro da Silva ◽  
Adair José Regazzi ◽  
José Franklim Chichorro

Objetivou-se, com este trabalho, verificar, pela técnica micro-histológica, diferenças entre espécies forrageiras quanto ao percentual de fragmentos identificáveis, em função do processo digestivo e da época do ano. Lâminas foliares frescas recém-expandidas, correspondentes à última e à penúltima posição no perfilho, das espécies Melinis minutiflora Pal. de Beauv (capim-gordura), Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf. (capim-jaraguá), Brachiaria decumbens Stapf. (capim-braquiária), Imperata brasiliensis Trin. (capim-sapé), de Medicago sativa L. (alfafa) e de Schinus terebenthifolius Raddi (aroeira), amostradas nos períodos chuvoso e seco, foram digeridas in vitro e preparadas de acordo com a técnica micro-histológica. Observou-se que as espécies apresentaram diferenças marcantes na porcentagem de fragmentos identificáveis e que a digestão alterou estas porcentagens em torno de 10 %; que o período de amostragem não influenciou a porcentagem de fragmentos identificáveis para a maioria das espécies; que a presença de pigmentos e a adesão da epiderme às células dos tecidos internos da folha prejudicaram a identificação dos fragmentos; e que a digestão melhorou a visualização dos fragmentos dos capins sapé e jaraguá e da aroeira, mas prejudicou a do capim-braquiária e, principalmente, a da alfafa.


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