scholarly journals Carbono, matéria orgânica leve e fósforo remanescente em diferentes sistemas de manejo do solo

2010 ◽  
Vol 45 (5) ◽  
pp. 508-514 ◽  
Author(s):  
Marcos Gervasio Pereira ◽  
Arcângelo Loss ◽  
Sidinei Júlio Beutler ◽  
José Luis Rodrigues Torres

O objetivo deste trabalho foi avaliar os teores de carbono orgânico total (COT), matéria orgânica leve (MOL) e fósforo remanescente (Prem), em áreas de cerrado sob sistema de plantio direto com diferentes cultivos de coberturas do solo, e compará-los aos de áreas sob preparo convencional e pousio. O experimento foi conduzido em campo, em um Latossolo Vermelho, de agosto de 2000 a março de 2007. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso com parcelas subdivididas, sendo as parcelas constituídas pelos cinco sistemas de manejo do solo avaliados - pousio, preparo convencional e plantio direto com uso dos cultivos de cobertura crotalária (Crotalaria juncea), milheto (Pennisetum americanum) e braquiária (Urochloa brizantha) -, e as subparcelas pelos cultivos de soja e milho. Em março de 2007, coletaram-se amostras de solo das profundidades 0,0-0,025, 0,025-0,05, 0,05-0,10 e 0,10-0,20 m, das quais foram quantificados COT, MOL, estoques de COT e Prem. Em áreas sob plantio direto, o aumento nos teores de MOL pode reduzir a adsorção de fósforo ao solo. Sistemas de manejo que não envolvem revolvimento do solo favorecem o aumento do estoque de carbono orgânico nas camadas superficiais, enquanto o preparo convencional e o plantio direto com uso do milheto como planta de cobertura propiciam a incorporação mais profunda do carbono.

2021 ◽  
Vol 10 (6) ◽  
pp. e51810616057
Author(s):  
Pedro Henrique Gomes Pinto ◽  
Camila Martins da Silva Rodrigues ◽  
Sebastião Ferreira Lima ◽  
Rita de Cássia Félix Alvarez ◽  
Izabela Cristina de Oliveira ◽  
...  

O presente trabalho baseia-se na hipótese de que o cultivo de diferentes coberturas vegetais poderia suprimir o banco de sementes de plantas daninhas, além de melhorar as condições do solo e incrementar a produtividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o banco de sementes de plantas daninhas com diferentes coberturas vegetais. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com nove tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pelas coberturas vegetais: crotalária (Crotalaria juncea), milheto (Pennisetum americanum), nabo forrageiro (Raphanus sativus), sorgo (Sorghum bicolor), Urochloa brizantha, U. piatã, U. ruziziensis, mistura de sementes (nabo forrageiro + milheto) e o pousio. Foi avaliado o fluxo germinativo das plantas daninhas a partir de amostras de solo, retiradas das áreas onde semeou-se os tratamentos e levando-as para a casa de vegetação, onde foi realizada a quantificação e identificação das sementes de plantas daninhas germinadas. As famílias Asteraceae, Convolvulaceae e Fabaceae se destacaram com ocorrência em maior número de coberturas vegetais. O uso de coberturas vegetais propicia a redução do fluxo de emergência de plantas daninhas a partir do banco de sementes. As coberturas nabo, nabo+milheto e U. piatã foram as que mais reduziram o fluxo de germinação de plantas daninhas, enquanto o pousio, crotalária e Urochloa ruziziensis tiveram menor capacidade de reduzir esse fluxo.


2008 ◽  
Vol 32 (spe) ◽  
pp. 2853-2861 ◽  
Author(s):  
Edson Cabral da Silva ◽  
Takashi Muraoka ◽  
Salatiér Buzetti ◽  
Freddy Sinencio Contreras Espinal ◽  
Paulo César Ocheuze Trivelin

A qualidade dos resíduos vegetais de culturas comerciais e adubos verdes influencia a taxa de mineralização/imobilização de N e o respectivo aproveitamento desse nutriente pelas subseqüentes culturas. Com o objetivo de avaliar a utilização do N mineralizado da parte aérea e do sistema radicular da crotalária (Crotalaria juncea) e milheto (Pennisetum americanum) e da palha de milho, marcados com 15N, realizou-se um estudo, em casa de vegetação, no Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA/USP, Piracicaba (SP), em vasos com 5 kg de solo de um Latossolo Vermelho distroférrico. Foram utilizados seis tratamentos e quatro repetições, dispostos num delineamento inteiramente casualizado, compreendendo: T1 = palha de milho-15N (parte aérea, exceto os grãos) (80 mg kg-1 de N no solo); T2 = raiz de milheto-15N (30 mg kg-1 de N no solo); T3 = parte aérea de milheto-15N (80 mg kg-1 de N no solo); T4 = raiz de crotalária-15N (30 mg kg-1 de N no solo); T5 = parte aérea de crotalária-15N (80 mg kg-1 de N no solo) e T6 = tratamento sem adição de fonte orgânica de N. Para os tratamentos que receberam raiz marcada com 15N, adicionou-se parte aérea sem marcação isotópica na mesma quantidade que naqueles que receberam parte aérea marcada, e vice-versa. As raízes foram incorporadas ao solo e a parte aérea adicionada sobre a superfície. Para avaliar absorção de N da palha de milho-15N (7,35 Mg ha-1, equivalente a 56 kg ha-1 de N) pela cultura do milho, realizou-se também um experimento de campo, na mesma área em que foi coletado solo para o experimento de casa de vegetação. A quantidade de N no milho proveniente da crotalária (111,80 mg vaso-1 N ) foi superior à do milheto (30,98 mg vaso-1 N ), que foi superior à da palha de milho (11,80 mg vaso-1N ). A crotalária proporcionou maior absorção de N e produtividade de matéria seca ao milho. O aproveitamento pelo milho do N da parte aérea da crotalária foi superior ao do N do sistema radicular, mas não houve diferença para o N do milheto. A absorção do N dos restos culturais de milho pela cultura do milho, no campo, foi de 4,1 % da quantidade inicial.


2013 ◽  
Vol 43 (4) ◽  
pp. 424-435 ◽  
Author(s):  
Edemar Moro ◽  
Carlos Alexandre Costa Crusciol ◽  
Adriano Stephan Nascente ◽  
Heitor Cantarella

A utilização de plantas de cobertura pode alterar a rela-ção NO3-:NH4+ no solo, proporcionando maiores quantidades de NH4+ e podendo viabilizar o desenvolvimento de culturas que absorvem mais e preferem esta forma de nitrogênio (N), como o arroz. Objetivou-se avaliar a influência da interação de plantas de cobertura e fontes de N, com e sem inibidor de nitrificação (dicianodiamida), em sistema plantio direto (SPD). O experimento foi realizado em 2009/2010, em Botucatu (SP), em Latossolo Vermelho distroférrico cultivado por seis anos no SPD. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema de parcela subdividida, com quatro repetições. As parcelas foram constituídas por seis espécies de plantas de cobertura do solo (Urochloa brizantha, U. decumbens, U. humidicola, U. ruziziensis, Pennisetum americanum e Crotalaria spectabilis) e as subparcelas por sete formas de fertilização nitrogenada, aos 0 e 30 dias após a emergência (DAE) do arroz [1 - controle, sem aplicação de nitrogênio; 2 - nitrato de cálcio (40 + 40 kg ha-1); 3 - nitrato de cálcio (0 + 80 kg ha-1); 4 - sulfato de amônio (40 + 40 kg ha-1); 5 - sulfato de amônio (0 + 80 kg ha-1); 6 - sulfato de amônio + dicianodiamida (40 + 40 kg ha-1); e 7 - sulfato de amônio + dicianodiamida (0 + 80 kg ha-1)]. O uso do inibidor de nitrificação e o cultivo de C. spectabilis proporcionaram maiores teores de amônio no solo. A aplicação da fonte amoniacal sem inibidor em dose total aos 30 DAE e com inibidor tanto parcelada quanto em dose total proporcionaram os maiores teores de nitrato no solo.


2005 ◽  
Vol 29 (4) ◽  
pp. 609-618 ◽  
Author(s):  
José Luiz Rodrigues Torres ◽  
Marcos Gervásio Pereira ◽  
Itamar Andrioli ◽  
José Carlos Polidoro ◽  
Adelar José Fabian

A produção de massa seca, a taxa de decomposição e a liberação de nitrogênio (N) foram avaliadas em um experimento com sete tipos de cobertura vegetal: milheto pérola (Pennisetum americanum sin. tiphoydes), braquiária (Brachiaria brizantha), sorgo forrageiro (Sorghum bicolor L. Moench), guandu (Cajanus cajan (L.) Millsp), crotalária juncea (Crotalarea juncea) e aveia-preta (Avena strigosa Schreb), em pousio e em área de cultivo convencional (testemunha), em solo de cerrado, em Uberaba, região do Triângulo Mineiro. Dentre as coberturas avaliadas, o milheto e a crotalária foram as que apresentaram a maior produção de massa seca, maior acúmulo e a maior liberação de N. A braquiária foi a cobertura que apresentou a maior taxa de decomposição. Todas as coberturas apresentaram a maior taxa de liberação de N até 42 dias após dessecação.


2003 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
pp. 355-362 ◽  
Author(s):  
C. A. Rosolem ◽  
J. C. Calonego ◽  
J. S. S. Foloni

Os restos vegetais deixados na superfície do solo em sistemas de semeadura direta, além de proteger o solo da erosão, constituem considerável reserva de nutrientes que podem ser disponibilizados para a cultura principal, subseqüente. Avaliou-se a lixiviação de K da palha de seis espécies vegetais com potencial de uso como plantas para cobertura do solo de acordo com a quantidade de chuva recebida após o manejo. Milheto (Pennisetum americanum, var. BN-2), sorgo de guiné (Sorghum vulgare), aveia preta (Avena strigosa), triticale (Triticum secale), crotalária juncea (Crotalaria juncea) e braquiária (Brachiaria decumbens) foram cultivados em vasos com terra, em casa de vegetação, em Botucatu (SP). Aos 45 dias da emergência, as plantas foram cortadas na altura do colo, secas em estufa e submetidas a chuvas simuladas de 4,4, 8,7, 17,4, 34,9 e 69,8 mm, considerando uma quantidade de palha equivalente a 8,0 t ha-1. A máxima retenção de água pela palha corresponde a uma lâmina de até 3,0 mm, independentemente da espécie, praticamente não ocorrendo lixiviação do potássio com chuvas da ordem de 5 mm. A máxima liberação de K por unidade de chuva ocorre com lâminas de até 20 mm, decrescendo a partir deste ponto. A quantidade de K liberado da palha logo após o manejo depende da espécie vegetal, não ultrapassando, no entanto, 24 kg ha-1 com chuvas da ordem de 70 mm, apresentando correlação positiva com a concentração do nutriente no tecido vegetal. O triticale e a aveia são mais eficientes na ciclagem do potássio.


2020 ◽  
Vol 7 (2) ◽  
pp. 1-9
Author(s):  
Leonardo Metello Costa ◽  
Indiamara Marasca ◽  
Rinneu Elias Borges ◽  
Joanina Gladenucci

Dentre os benefícios que o sistema de plantio direto fornece ao solo, destaca-se a manutenção da microfauna e de microrganismos. Este trabalho tem como objetivo quantificar a fauna epígea e os macrorganismos do solo em áreas com plantas de cobertura e repolho roxo. O experimento foi conduzido na área experimental no setor de hortifruticultura da Faculdade de Agronomia da Universidade de Rio Verde (UniRV). Para determinação da fauna epígea do solo, foram colocados na região central de cada tratamento oito armadilhas do tipo “pitt fall” utilizadas para a avaliação da atividade da fauna epígea. Para a determinação dos macrorganismos utilizou-se o método de coleta direta, mediante o uso do quadrado metálico de 0,30 m de lado, cravado no solo, sendo uma amostra por bloco para cada camada de solo de 0,00-0,05; 0,05-0,10 e de 0,10-0,15 m em duas épocas (início e fim) do experimento. O cultivo principal foi conduzido pela hortaliça repolho roxo (Brassica oleracea) e as plantas de cobertura utilizadas foram milheto (Pennisetum americanum), girassol (Helianthus annuus), braquiária (Brachiaria decumbens), crotalária (Crotalaria juncea) e plantas espontâneas. Foram coletados 1.570 insetos no total, sendo 1.165 durante o ciclo do repolho roxo e 405 no ciclo das plantas de coberturas. Em girassol foram capturados 110 insetos, em milheto 87, em braquiaria 78, em crotalaria 49 e em plantas espontâneas 81, sendo que na área com girassol e braquiaria diversidade de ordens foram maiores.


2008 ◽  
Vol 43 (3) ◽  
pp. 421-428 ◽  
Author(s):  
Jose Luiz Rodrigues Torres ◽  
Marcos Gervasio Pereira ◽  
Adelar José Fabian

O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de fitomassa seca, a taxa de decomposição das palhadas e as quantidades de macronutrientes (N, P, Ca, Mg e S) liberadas dos resíduos vegetais de sete plantas de cobertura de solo, em condições de Cerrado, por dois anos. As plantas de cobertura avaliadas foram: milheto (Pennisetum americanum sin. typhoides), braquiária (Brachiaria brizantha cv. Marandu), sorgo forrageiro [Sorghum bicolor (L.) Moench], guandu [Cajanus cajan (L.) Millsp.], crotalária juncea (Crotalaria juncea L.), aveia-preta (Avena strigosa Schreb) e a vegetação espontânea de uma parcela em pousio. Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições, implantado em um Latossolo Vermelho, textura média. Avaliou-se a produção de fitomassa seca 110 dias após a semeadura. A taxa de decomposição foi quantificada por meio de sacolas de náilon contendo os resíduos culturais, coletadas em intervalos regulares. Observou-se que milheto e crotalária são as coberturas gramínea e leguminosa com maior produção de fitomassa seca e acúmulo de N, nos dois períodos avaliados. A maior taxa de decomposição das plantas de cobertura e de liberação de nutrientes ocorre aos 42 dias após a dessecação. Os maiores tempos de meia-vida foram observados no período de menor precipitação pluvial.


2006 ◽  
Vol 30 (6) ◽  
pp. 965-974 ◽  
Author(s):  
Edson Cabral da Silva ◽  
Takashi Muraoka ◽  
Salatiér Buzetti ◽  
Geovane Lima Guimarães ◽  
Paulo César Ocheuze Trivelin ◽  
...  

Geralmente, grande parte do N de fertilizantes minerais e de plantas de cobertura de solo não é aproveitada pelo milho no cultivo imediato à aplicação, o qual pode ser absorvido pelas culturas cultivadas subseqüentemente. O objetivo deste trabalho foi avaliar o aproveitamento pelo milho do N residual da uréia, da crotalária (Crotalaria juncea) e do milheto (Pennisetum americanum) marcados com 15N, aplicados ao milho cultivado em sistema plantio direto, no ano agrícola anterior, num Latossolo Vermelho distroférrico no Cerrado. O estudo foi desenvolvido na fazenda experimental da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira-UNESP, Selvíria (MS), em áreas distintas. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com 15 tratamentos e quatro repetições, aplicados ao milho em 2001/02 e 2002/03. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 3 x 5, compreendendo a combinação de três coberturas de solo: crotalária juncea, milheto e vegetação espontânea (pousio), e cinco doses de N-uréia: 0, 30, 80, 130 e 180 kg ha-1. Após a colheita do milho, as duas áreas permaneceram em pousio nas entressafras e, em seguida, cultivadas novamente com milho, safras 2002/03 (experimento 1) e 2003/04 (experimento 2), utilizando adubação similar em todas as parcelas, para distinguir o efeito do N residual. O aproveitamento médio do N residual da parte aérea do milheto e da crotalária pelo milho foi inferior a 3,5 e 3 %, respectivamente, da quantidade inicial. A quantidade de N residual da uréia absorvida pelo milho aumentou de forma quadrática, no experimento 1, e linear, no experimento 2, em relação à dose de N aplicada, sendo o aproveitamento desta inferior a 3 %. As coberturas de solo não influenciaram o aproveitamento pelo milho do N residual da uréia, e vice-versa.


2013 ◽  
Vol 80 (4) ◽  
pp. 430-435 ◽  
Author(s):  
Flavio Goncalves de Jesus ◽  
Paulo Vinicius de Sousa ◽  
Bruna Ribeiro Machado ◽  
Alexandre Igor de Azevedo Pereira ◽  
Gleina Costa Silva Alves

Spodoptera eridania (Cramer) é uma praga em expansão nas culturas, que vem causando prejuízos pela desfolha e pela lesão nas estruturas reprodutivas, o que leva à necessidade de estudos de desenvolvimento em diferentes tipos de hospedeiros. O objetivo do trabalho foi estudar o desenvolvimento de S. eridania em diferentes espécies de plantas hospedeiras. As lagartas foram criadas em laboratório em plantas de algodoeiro do cultivar Delta Opal. As lagartas recém-eclodidas foram individualizadas em placas de Petri e alimentadas com as plantas: mucuna-preta (Stizolobium aterrimum), feijão-guandu (Cajanus cajan), feijão-de-porco (Canavalia ensiformes), nabo-forrageiro (Raphanus sativus), Crotalaria juncea e milheto (Pennisetum americanum). Os parâmetros avaliados foram: atratividade e consumo em teste com chance de escolha; viabilidade; período e peso larval e pupal; razão sexual; longevidade de adultos; e duração total do ciclo de desenvolvimento. As plantas de feijão-de-porco e nabo-forrageiro apresentaram maior atratividade e foram as mais consumidas pelas lagartas de S. eridania. O período larval foi menor nas lagartas alimentadas com mucuna-preta do que com feijão-guandu, feijão-de-porco, nabo-forrageiro e C. juncea. Lagartas alimentadas com folhas de nabo-forrageiro e C. juncea tiveram os maiores peso de pupa. Os melhores desenvolvimentos das lagartas foram obtidos nos hospedeiros feijão-guandu, nabo-forrageiro e C. juncea. O hospedeiro milheto influenciou negativamente os parâmetros biológicos das lagartas, provando não ser um hospedeiro viável, visto que a mortalidade larval foi de 100%.


2004 ◽  
Vol 39 (1) ◽  
pp. 35-40 ◽  
Author(s):  
Adriano Perin ◽  
Ricardo Henrique Silva Santos ◽  
Segundo Urquiaga ◽  
José Guilherme Marinho Guerra ◽  
Paulo Roberto Cecon

O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos dos cultivos isolado e consorciado dos adubos verdes de verão crotalária (Crotalaria juncea) e milheto (Pennisetum americanum) na produção de fitomassa, nos teores e acúmulo de nutrientes e na fixação biológica de nitrogênio (FBN). O delineamento experimental adotado foi blocos ao acaso, com quatro repetições, em que os tratamentos constaram dos adubos verdes crotalária, milheto, crotalária + milheto e vegetação espontânea. A crotalária apresentou maior produção de fitomassa, que foi 108% maior que a da vegetação espontânea e 31% superior a do milheto. No consórcio crotalária + milheto, a leguminosa contribuiu com 65% da massa de matéria seca total. A presença da crotalária resultou em maiores teores de N e Ca, enquanto o milheto e as ervas espontâneas apresentaram maiores teores de potássio. O acúmulo de P e Mg foi fortemente influenciado pela produção de fitomassa, atingindo valores elevados com a presença da crotalária, ao passo que o acúmulo de N e Ca resultou tanto dos maiores teores quanto da maior produção de fitomassa nos tratamentos com a leguminosa. A FBN foi 61% na leguminosa quando consorciada e 57% quando isolada, incorporando ao solo via FBN 89 e 173 kg/ha de N, respectivamente, constituindo-se excelente estratégia de incremento de N ao solo.


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