scholarly journals Colletotrichum gloeosporioides em frutos de juçara (Euterpe edulis) na Mata Atlântica, em Paraty-RJ e Ubatuba-SP

2014 ◽  
Vol 40 (1) ◽  
pp. 88-89
Author(s):  
Tathianne Pastana de Sousa Poltronieri ◽  
Luís Antônio Siqueira de Azevedo ◽  
Jaqueline Rosemeire Verzignassi ◽  
Diene Elen Miranda da Silva
2013 ◽  
Vol 39 (4) ◽  
pp. 281-285 ◽  
Author(s):  
Tathianne Pastana de Sousa Poltronieri ◽  
Luís Antônio Siqueira de Azevedo ◽  
Diene Elen Miranda da Silva

A palmeira juçara (Euterpe edulis) é uma das espécies mais importantes da Mata Atlântica. E. edulis faz parte da lista das espécies florestais ameaçadas de extinção. A antracnose, causada por Colletotrichum gloeosporioides, é a principal doença do fruto da juçara. O patógeno prejudica a germinação das sementes e pode causar perda total da produção da polpa do fruto. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da temperatura no desenvolvimento de quatro isolados de C. gloeosporioides obtidos de frutos de juçara. Os isolados foram obtidos de frutos doentes da região de Paraty-RJ e Ubatuba-SP. Dos isolamentos monospóricos de C. gloeosporioides, discos de micélio com 7 mm de diâmetro foram transferidos para placas de Petri contendo meio BDA e submetidos às temperaturas de 20º, 25º, 28º, 32º e 35ºC durante sete dias sob fotoperíodo de 12 horas em câmara tipo BOD. Foram avaliados as variáveis: crescimento micelial diariamente por meio de medições ortogonais na placa, produção e germinação de conídios aos sete dias de idade (inoculação). A maior taxa de crescimento micelial de C. gloeosporioides ocorreu aos 28ºC, seguida pela temperatura de 25ºC. A produção de conídios foi maior a 28ºC, seguida na temperatura de 30ºC. A germinação de conídios foi maior a 28ºC atingindo 84% a 87%. Concluiu-se que o crescimento micelial, a produção e germinação dos conídios dos isolados de C. gloeosporioides é maior na temperatura de 28ºC.


2002 ◽  
Vol 26 (6) ◽  
pp. 727-742 ◽  
Author(s):  
Rosângela Alves Tristão Borém ◽  
Ary Teixeira de Oliveira-Filho

Este estudo foi realizado em um fragmento de Floresta Atlântica pertencente à fazenda Biovert, no município de Silva Jardim, Rio de Janeiro. Teve como objetivos a caracterização da vegetação e a análise da estrutura da comunidade arbórea que ocorre ao longo de uma toposseqüência de um trecho de Floresta Atlântica bastante alterado antropicamente, de forma a estabelecer critérios adequados para seu manejo e sua recuperação. Para o estudo foi empregado o método de amostragem por parcelas de área fixa, distribuídas de forma sistemática, na toposseqüência. Os dados foram coletados de parcelas amostrais de 600 m², alocadas nos terços inferior, médio e superior de uma toposseqüência. Foram registrados, por espécie, os nomes vulgares e científicos e a circunferência do tronco a 1,30 m (CAP). No levantamento da composição florística foram constatadas 43 famílias, 95 gêneros e 129 espécies, obtendo-se um índice de diversidade de Shannon (H') de 4,137 nats/indivíduo. As espécies mais importantes (VI) foram Euterpe edulis, Cecropia glaziovii, Astrocaryum aculeatissimum e Piptadenia gonoacantha.


2011 ◽  
Vol 4 (3) ◽  
pp. 05
Author(s):  
Leilson De Oliveira Ribeiro ◽  
Marisa Fernandes Mendes ◽  
Cristiane De Souza Siqueira Pereira

A polpa de juçaí, fruto da palmeira juçara (Euterpe edulis Martius) encontrada nas áreas da Mata Atlântica e a polpa de açaí, fruto da palmeira juçara (Euterpe oleracea Martius) cultivado na Floresta Amazônica, foram caracterizadas obtendo assim sua composição centesimal, mineral e também seu teor de antocianinas. Com os resultados obtidos foi possível fazer um estudo comparativo da concentração de antocianinas das duas polpas congeladas e verificar a importância do consumo destes alimentos, classificados como funcionais, devido às propriedades antioxidantes de suas antocianinas no combate dos radicais livres no organismo humano.


2012 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 125-145 ◽  
Author(s):  
Carlos Alfredo Joly ◽  
Marco Antonio Assis ◽  
Luis Carlos Bernacci ◽  
Jorge Yoshio Tamashiro ◽  
Mariana Cruz Rodrigues de Campos ◽  
...  

Este trabalho resume os dados de florística e fitossociologia de 11, das 14 parcelas de 1 ha, alocadas ao longo do gradiente altitudinal da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. As parcelas começam na cota 10 m (Floresta de Restinga da Praia da Fazenda, município de Ubatuba) e estão distribuídas até a cota 1100 m (Floresta Ombrófila Densa Montana da Trilha do rio Itamambuca, município de São Luis do Paraitinga) abrangendo os Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Na Restinga o solo é Neossolo Quartzarênico francamente arenoso, enquanto que na encosta o solo é um Cambisolo Háplico Distrófico argilo-arenoso, sendo que todas as parcelas apresentaram solo ácido (pH 3 - 4) com alta diluição de nutrientes e alta saturação de alumínio. Na Restinga e no sopé da encosta o clima é Tropical/Subtropical Úmido (Af/Cfa), sem estação seca, com precipitação média anual superior a 2.200 mm e temperatura média anual de 22 ºC. Subindo a encosta mantêm-se a média de precipitação, mas há um gradativo resfriamento, de forma que a 1.100 m o clima é Subtropical Úmido (Cfa/Cfb), sem estação seca, com temperatura média anual de 17 ºC. Destaca-se ainda que, quase diariamente, a parte superior da encosta, geralmente acima de 400 m, é coberta por uma densa neblina. Nas 14 parcelas foram marcados, medidos e amostrados 21.733 indivíduos com DAP > 4,8 cm, incluindo árvores, palmeiras e fetos arborescentes. O número médio de indivíduos amostrados nas 14 parcelas foi de 1.264 ind.ha-1 (± 218 EP de 95%). Dentro dos parâmetros considerados predominaram as árvores (71% FOD Montana a 90% na Restinga), seguidas de palmeiras (10% na Restinga a 25% na FOD Montana) e fetos arborescentes (0% na Restinga a 4% na FOD Montana). Neste aspecto destaca-se a FOD Terras Baixas Exploradas com apenas 1,8% de palmeiras e surpreendentes 10% de fetos arborescentes. O dossel é irregular, com altura variando de 7 a 9 m, raramente as árvores emergentes chegam a 18 m, e a irregularidade do dossel permite a entrada de luz suficiente para o desenvolvimento de centenas de espécies epífitas. Com exceção da FOD Montana, onde o número de mortos foi superior a 5% dos indivíduos amostrados, nas demais fitofisionomias este valor ficou abaixo de 2,5%. Nas 11 parcelas onde foi realizado o estudo florístico foram encontradas 562 espécies distribuídas em 195 gêneros e 68 famílias. Apenas sete espécies - Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), Calyptranthes lucida Mart. ex DC. e Marlierea tomentosa Cambess (ambas Myrtaceae), Guapira opposita (Vell.) Reitz (Nyctaginaceae), Cupania oblongifolia Mart. (Sapindaceae) e as Urticaceae Cecropia glaziovii Snethl. e Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini - ocorreram da Floresta de Restinga à FOD Montana, enquanto outras 12 espécies só não ocorreram na Floresta de Restinga. As famílias com o maior número de espécies são Myrtaceae (133 spp), Fabaceae (47 spp), Rubiaceae (49) e Lauraceae (49) ao longo de todo gradiente da FOD e Monimiaceae (21) especificamente nas parcelas da FOD Montana. Em termos de número de indivíduos as famílias mais importantes foram Arecaceae, Rubiaceae, Myrtaceae, Sapotaceae, Lauraceae e na FOD Montana, Monimiaceae. Somente na parcela F, onde ocorreu exploração de madeira entre 1960 e 1985, a abundância de palmeiras foi substituída pelas Cyatheaceae. O gradiente estudado apresenta um pico da diversidade e riqueza nas altitudes intermediárias (300 a 400 m) ao longo da encosta (índice de Shannon-Weiner - H' - variando de 3,96 a 4,48 nats.indivíduo -1). Diversas explicações para este resultado são apresentadas neste trabalho, incluindo o fato dessas altitudes estarem nos limites das expansões e retrações das diferentes fitofisionomias da FOD Atlântica durante as flutuações climáticas do Pleistoceno. Os dados aqui apresentados demonstram a extraordinária riqueza de espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, reforçando a importância de sua conservação ao longo de todo o gradiente altitudinal. A diversidade desta floresta justifica também o investimento de longo prazo, através de parcelas permanentes, para compreender sua dinâmica e funcionamento, bem como monitorar o impacto das mudanças climáticas nessa vegetação.


2016 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 773
Author(s):  
Matheus Fischer Danelli ◽  
Simey Thury Vieira Fisch ◽  
Simone Aparecida Vieira

Os padrões de distribuição e estoque do carbono em áreas manejadas de Mata Atlântica ainda são pouco conhecidos. Visando compreender o papel destas áreas na fixação de carbono, procurou-se caracterizar a estrutura florestal e estimar a biomassa acima do solo em áreas de colheita de frutos de juçara (Euterpe edulis Mart.). O trabalho foi realizado em áreas alteradas nas quais foi introduzido o manejo de frutos de juçara, no Parque Estadual da Serra do Mar - SP e no seu entorno, abrangendo as fitofisionomias Floresta Submontana e Floresta Montana. Para representar todas as diferentes situações em que é praticado o manejo, foram selecionadas oito áreas e em cada uma foi alocada uma parcela de 10 x 100 m dividida em subparcelas de 10 x 10 m, nas quais foram inventariados todos os indivíduos arbóreos (árvores, juçaras, bananeiras e pteridófitas) com DAP (diâmetro a altura do peito) > 4,8 cm. As áreas estudadas foram caracterizadas como Florestas Secundárias e como sistemas de Consórcio de Banana e Juçara. A biomassa encontrada nas parcelas estudadas variou de 47,9 a 279,9 Mg ha-1. As Florestas Secundárias apresentaram maior biomassa que os sistemas de cultivo em Consórcio de Banana e Juçara, sendo as árvores responsáveis pela maior parte dessa biomassa. O manejo dos frutos da palmeira juçara para a produção de polpa alimentar representa uma alternativa sustentável à extração ilegal do palmito na região, diversificando os cultivos de banana existentes, agregando valor às florestas e aumentando o estoque de carbono em áreas de Mata Atlântica com sistemas agroflorestais.


2017 ◽  
Vol 20 (0) ◽  
Author(s):  
Maria Francisca Croda ◽  
Debora Carvalho ◽  
Sara Fraga ◽  
Juliana da Silveira Espindola ◽  
Neusa Fernandes de Moura

Resumo A Euterpe edulis (palmeira juçara), assim como a Bunchosia glandulifera (falso-guaraná), são espécies nativas da Mata Atlântica. Estudos revelam que os frutos da palmeira juçara apresentam elevada concentração de antocianinas, compostos bioativos de importante função antioxidante. A Bunchosia glandulifera apresenta frutos ricos em carotenoides e vitamina C, sendo considerado um fruto com alta capacidade antioxidante. O objetivo deste trabalho foi produzir um suco misto com estas duas espécies, avaliando a concentração dos compostos bioativos antes e após processamento, e durante o armazenamento (sob refrigeração e congelamento). Os resultados demonstraram que a pasteurização a 80 °C por um minuto não provocou perda significativa dos compostos bioativos, sendo que a concentração de carotenoides aumentou após processamento do suco. O armazenamento sob congelamento não alterou o teor de compostos bioativos, porém provocou perda significativa da atividade antioxidante. Já o armazenamento sob refrigeração alterou a concentração dos compostos bioativos, exceto para os carotenoides, e a atividade antioxidante. Os compostos mais sensíveis ao armazenamento foram as antocianinas, que apresentaram perda de 38% no seu teor, após 45 dias de armazenamento sob refrigeração. A cor do suco misto não apresentou alteração significativa após o processamento ou durante o armazenamento.


2017 ◽  
Vol 22 (40) ◽  
pp. 303
Author(s):  
Marilia Souza Lucas ◽  
Carolina Da Silva Carvalho ◽  
Marina Corrêa Côrtes

A Mata Atlântica tem sido impactada pela perda de habitat e fragmentação, afetando dispersores de sementes, com os grandes frugívoros sendo os primeiros a desaparecer. A extinção local pode influenciar a estrutura espacial, demográfica e genética de espécies com frutos carnosos. O objetivo foi testar a hipótese de que a dispersão de sementes de Euterpe edulis e de seus genes é mais limitada em áreas fragmentadas, onde os grandes frugívoros foram extintos, do que em áreas preservadas, e associar esta perda à redução do tamanho das sementes. O trabalho foi conduzido em duas áreas fragmentadas e em duas áreas de reserva. Para avaliar a diversidade genética foram comparados os parâmetros de heterozidozidade, riqueza alélica e Fis entre adultos reprodutivos e sementes dispersas, utilizando oito marcadores de microssatélites. Não foram encontradas diferenças na diversidade genética entre adultos e sementes ao se comparar áreas fragmentadas e defaunadas e reservas, porém o tamanho das sementes se mostrou menor nos fragmentos.


Author(s):  
Gimena Picolo Amendola Correa ◽  
Leandro Amendola Correa ◽  
Ana Aparecida da Silva Almeida ◽  
Julio Cesar Raposo de Almeida

Over the years, the natural landscape of Atlantic forest has undergone significant changes. Inventories carried out by the Fundação SOS Mata Atlântica and by the National Institute for Space Research (SOS Mata Atlântica and INPE, 2017), showed that 83.7% of the São Paulo territory initially covered by this biome has already been transformed into pasture, monoculture and other uses. This intensive exploration resulted in extensive degraded areas, resulting from abandonment after the loss of the productive capacity of the soil. For the recovery of physical and chemical characteristics and the reduction of soil loss due to erosive processes, forest species are planted. During planting and in the first weeks of plant growth, the lack or excess of water can limit development. In this case, an alternative used is to add water-retaining polymers to the soil that have the ability to increase water retention. This study evaluated the effect on the growth of Palmito-Juçara (Euterpe edulis Mart) seedlings of different doses of water-retaining polymer incorporated into the growing substrate, with watering on five consecutive days and with alternating watering for a period of three months in a nursery. The experiment started when the seedlings presented 220 days after sowing. The juçara plants were grown in plastic bags filled with 850 g of substrate composed of a mixture of peat, carbonized rice husk, horse manure, chicken manure, tanned bovine manure, mineral fertilizer and dolomitic limestone. To study the effect of the hydro-retaining polymer, the following doses of a polyacrylic potassium copolymer were added to the dry substrate: D0 = without adding the polymer to the substrate (control); D2 = 2g of polymer; D3 = 3 g of polymer; D4 = 4 g of polymer; and, D5 = 5 g of polymer. Each dose was combined with two irrigation regimes, watering for five consecutive days or alternating, in a 5 x 2 factorial arrangement, with 15 repetitions, totaling 150 experimental plots in a randomized block design. The transplanting of the seedlings to the bags took place in April 2019 and every 30 consecutive days, five individuals were collected from each dose and each type of irrigation (50 experimental plots / collection), that is, 3 collections (250 days, 280 days and 310 days after sowing). In each collection, the length of the leaves and the root system, the diameter of the stem, the height of the plant, the dry mass of the aerial part, the dry mass of the root and the total dry mass were measured. After checking the normality of the data and the homoscedasticity of the variances, analyses of variances were performed (ANOVA, p <0.05) and the differences between the means were compared using the Tukey test (p <0.05). The analysis of the results showed significant differences between the irrigations, with greater growth for the variables of leaf length, stem diameter, plant height and dry mass of the aerial part in the initial period of development of juçara plants. In the condition of irrigation in five consecutive days, the highlight was for dose D3 and, in alternate watering, for dose D5.


2017 ◽  
Vol 27 (3) ◽  
pp. 853 ◽  
Author(s):  
Ronan Felipe de Souza ◽  
Sebastião Do Amaral Machado ◽  
Franklin Galvão ◽  
Afonso Figueiredo Filho

Fitossociologia da Vegetação Arbórea do Parque Nacional do Iguaçu - O Parque Nacional do Iguaçu está inserido no Bioma Mata Atlântica, sendo considerado o maior Parque extra-amazônico brasileiro. Apesar de sua importância e expressiva área de superfície florestal, poucos são os estudos científicos relacionados à sua vegetação. Com o objetivo de atender esta demanda foi realizado inventário fitossociológico da vegetação arbórea por meio de parcelas instaladas em diferentes condições ambientais, buscando a máxima representatividade ambiental possível. Na classificação da vegetação por meio da TWINSPAN as florestas foram separadas inicialmente em ambientes montanos e submontanos. Uma região de transição entre as florestas estacionais e ombrófilas foi observada no ambiente montano, com altitude acima de 700 m. A Floresta Estacional Montana foi observada em altitudes entre 600 a 700 m e a Floresta Estacional Submontana, imediatamente abaixo, foi separada em duas subformações devido às variações fisionômicas regidas pela geomorfologia e variabilidade hídrica existente. A vegetação arbórea do Parque Nacional do Iguaçu é, de acordo com os resultados encontrados, um remanescente de grande relevância para a preservação das espécies florestais no sul do Brasil, entre as quais, se destacam Aspidosperma polyneuron Müll. Arg., Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Euterpe edulis Mart. e Ilex paraguariensis A. St.-Hil.


2006 ◽  
Vol 30 (5) ◽  
pp. 693-699 ◽  
Author(s):  
Maisa Pimentel Martins-Corder ◽  
Cleber Witt Saldanha

O palmiteiro (Euterpe edulis Mart.) é uma espécie característica da Mata Atlântica, sendo conhecida pela produção de palmito. É uma palmeira com grande potencial para o manejo em regime de rendimento sustentável, e seus frutos são consumidos amplamente pela fauna. A propagação do palmiteiro através de sementes torna-se fator determinante na produção de mudas de qualidade para a manutenção de populações sustentáveis. O presente trabalho, realizado no Laboratório de Biotecnologia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria, teve como objetivo avaliar a germinação e o crescimento inicial de 15 progênies de palmiteiro. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições e 15 tratamentos (progênies) distribuídos em parcelas com 10 tubetes, contendo duas sementes por tubete. Foram analisadas as características: porcentagem de germinação de sementes; porcentagem de sobrevivência de mudas; diâmetro do colo; número de folhas e altura de plantas. Os resultados apontaram que as progênies de palmiteiro apresentaram maior variabilidade para a porcentagem de sobrevivência (amplitude de 26 a 58% e média geral de 38%), aos 210 dias. As mudas de palmiteiro mais vigorosas foram produzidas pela progênie (P12), que exibiu melhores valores para porcentagem de sobrevivência (média= 58%), altura (média= 2,12 cm), número de folhas (média= 1,45) e diâmetro do colo (média= 0,7 cm). As progênies com menores taxas de sobrevivência (média= 26%) foram mais tardias na iniciação da germinação e, conseqüentemente, apresentaram menor altura de plântulas (média= 1,7 cm). Portanto, lotes de sementes oriundas da população estudada de E. edulis deverão ser formados pelas progênies que mostraram homogeneidade dentre as características analisadas, no sentido de facilitar o manejo das mudas em condições de viveiro e também garantir maior uniformidade do material para o estabelecimento em condições de campo.


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