scholarly journals Avaliação da mistura de cultivares de aveia preta (Avena strigosa Schreb) com azevém (Lolium multiflorum Lam.) sob pastejo

2006 ◽  
Vol 36 (3) ◽  
pp. 910-915 ◽  
Author(s):  
Stefani Macari ◽  
Marta Gomes da Rocha ◽  
João Restle ◽  
Alcides Pilau ◽  
Fabiana Kellermann de Freitas ◽  
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O experimento foi conduzido com objetivo de avaliar a produção de novilhas de corte em duas cultivares de aveia preta (Avena strigosa Schreb): "Comum" e "IAPAR 61" em mistura com azevém (Lolium multiflorum Lam.). Foram avaliadas a massa de forragem (MF), oferta de forragem (OF), taxa de acúmulo diário de matéria seca (TA), carga animal (CA), ganho médio diário (GMD), ganho de peso vivo por hectare (GPA), proteína bruta (PB) e digestibilidade in vitro da matéria orgânica (DIVMO). As cultivares avaliadas não diferiram (P>0,05) para TA, CA, GMD, GPA e PB. A DIVMO de IAPAR 61 manteve valores mais elevados durante um período mais prolongado da estação de crescimento da pastagem. A cultivar de aveia preta IAPAR 61 pode ser indicada para utilização sob pastejo no Estado do Rio Grande do Sul.

2007 ◽  
Vol 31 (5) ◽  
pp. 1131-1140 ◽  
Author(s):  
Mastrângello Enívar Lanzanova ◽  
Rodrigo da Silveira Nicoloso ◽  
Thomé Lovato ◽  
Flávio Luiz Foletto Eltz ◽  
Telmo Jorge Carneiro Amado ◽  
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A compactação do solo é um dos principais fatores responsáveis pela queda da produtividade das culturas agrícolas. Por isso, o impacto causado pelo pisoteio bovino sobre o solo e os conseqüentes reflexos nos atributos físicos densidade do solo, porosidade do solo, resistência mecânica à penetração e infiltração de água no solo, em área manejada sob sistema integração lavoura-pecuária, foram investigados em experimento de campo, no município de Jari, na região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram avaliados três sistemas de manejo da pastagem de inverno (aveia-preta, Avena strigosa Schreber + azevém, Lolium multiflorum Lam.), caracterizados pela freqüência de pastejo: (1) Sem Pastejo (SP), (2) Pastejo a cada 28 dias (P28) e (3) Pastejo a cada 14 dias (P14). Além disso, foi avaliada a influência da cultura de verão, soja [Glycine max (L.) Merr.] ou milho (Zea mays L.), em rotação com as pastagens de inverno, em amenizar ou agravar a ação compactadora do pisoteio bovino. A compactação do solo, avaliada pela sua densidade, concentrou-se na camada de 0-0,05 m de profundidade, porém houve redução de sua macroporosidade até a camada de 0,10-0,15 m, no sistema com a maior freqüência de pastejo (P14). A resistência mecânica do solo à penetração atingiu valores de 2,61 e 2,49 MPa nos tratamentos P14 e P28, respectivamente, nas profundidades de 0,05 e 0,08 m, enquanto as áreas que não foram pastejadas mantiveram valores inferiores a 1,66 MPa. A taxa de infiltração de água no solo foi alterada significativamente pelo pisoteio bovino e pela cultura de verão antecedente. Com a cultura de milho, o solo mostrou-se menos sensível ao pisoteio bovino, ao passo que com a cultura de soja na maior freqüência de pastejo (P14) a taxa de infiltração de água no solo foi reduzida. A cultura de soja proporcionou os maiores valores de macroporosidade nas camadas avaliadas e, quando conjugada à menor freqüência de pastejo (P28) ou à ausência de pastejo (SP), observaram-se as maiores taxas de infiltração de água no solo.


1999 ◽  
Vol 28 (4) ◽  
pp. 668-674 ◽  
Author(s):  
Jorge Fainé Gomes ◽  
José Carlos Leite Reis

Forrageiras anuais de estação fria, Avena strigosa Schreb cv. IAPAR-61 Ibiporã, Lolium multiflorum Lam cv. Comum, Lotus subbiflorus Lag. cv. El Rincón, Avena sativa L. cv. UPF-16, Trifolium subterraneum L. cv. Woogenellup, Trifolium resupinatum L. var. resupinatum cv. Kyambro, Secale cereale L. cv. BR-1, Trifolium vesiculosum Savi cv. EMBRAPA-28 Santa Tecla e Vicia angustifolia L. foram avaliadas usando um delineamento experimental de blocos ao acaso com três repetições, no período de 1994 a 1996, na Estação Experimental Terras Baixas da EMBRAPA - Clima Temperado, Pelotas, RS, em Planossolo, unidade de mapeamento Pelotas. A área recebeu preparo convencional e adubação conforme análise do solo. Os cortes foram efetuados a cada 28 dias, sendo o primeiro 60 dias após a emergência. Os rendimentos médios anuais de MS (kg/ha•ano) e os teores médios de PB e FDN foram determinados. Houve efeito da interação entre anos e espécies. Avena strigosa IAPAR-61, L.multiflorum Comum e L.subbiflorus Rincón foram destaque, pelo alto potencial de produção de forragem, assim como pelo crecimento nos períodos outono/inverno, inverno/primavera e primavera, respectivamente. Todas as espécies avaliadas produziram forragem de alto valor nutricional, em termos dos teores de PB e FDN. Vicia angustifolia teve sempre o mais alto teor de PB e a maior produção relativa de inverno. Trifolium subterraneum Woogenellup foi a única espécie que produziu sementes viáveis suficientes para assegurar adequada regeneração natural da planta no início do segundo ano.


2002 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 705-712 ◽  
Author(s):  
E. A. Cassol ◽  
R. Levien ◽  
I. Anghinoni ◽  
M. P. Badelucci

A paralisação do crescimento da pastagem nativa no período do inverno no Rio Grande do Sul tem incentivado a introdução de espécies hibernais para aumentar a oferta de forragem aos animais. Com o objetivo de estudar as perdas de nutrientes por erosão influenciadas por métodos de melhoramento da pastagem nativa, realizou-se um estudo na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, no município de Eldorado do Sul (RS), em um Argissolo Vermelho distrófico típico, submetido ao uso prolongado com pastagem nativa. Uma mistura de espécies hibernais composta por aveia preta (Avena strigosa), azevém (Lolium multiflorum) e trevo vesiculoso (Trifolium vesiculosum) foi introduzida sobre parcelas de 3,5 x 11,0 m e declividade média de 0,107 m m-1. Aplicou-se uma chuva simulada de 64 mm h-1, durante 75 minutos, em três épocas: 55 dias após o preparo do solo e semeadura; 125 dias após o preparo do solo e semeadura (logo após o primeiro pastejo) e 175 dias após o preparo do solo e semeadura (logo após o segundo pastejo). O delineamento experimental foi completamente casualizado com cinco tratamentos para a introdução das espécies hibernais: Testemunha, Gradagem, Plantio Direto, Convencional e Subsolagem. Em amostras compostas de enxurrada, coletadas de 15 em 15 min durante cada chuva, determinou-se a concentração dos nutrientes fósforo, cálcio, magnésio e potássio disponíveis, utilizando o método de extração por resinas de troca iônica. Houve diferenças entre as épocas de aplicação das chuvas e entre os tratamentos quanto às concentrações e perdas de nutrientes na enxurrada. As maiores perdas ocorreram na primeira época. No geral, as maiores perdas de nutrientes foram verificadas no tratamento Testemunha e as menores no Convencional, as quais não foram diretamente relacionadas com as perdas de solo e de água na enxurrada, porém determinadas pelas condições de superfície do solo e modo de aplicação do calcário e dos fertilizantes.


2002 ◽  
Vol 32 (2) ◽  
pp. 303-308 ◽  
Author(s):  
Enio Marchezan ◽  
Vandro Rogério Vizzotto ◽  
Marta Gomes da Rocha ◽  
Eduardo Londero Moojen ◽  
José Henrique Souza da Silva

A utilização das áreas de várzea na Depressão Central do Rio Grande do Sul limita-se basicamente ao cultivo do arroz irrigado, permanecendo em pousio durante o inverno devido à deficiência de drenagem natural. A melhoria do sistema de drenagem pode ser obtida através do nivelamento da área, da correção do microrelevo, associado ao estabelecimento de drenos superficiais. Assim, foi desenvolvido um trabalho com o objetivo de avaliar a produção animal em área de terras baixas sistematizada, cultivada com espécies forrageiras de inverno, as quais foram submetidas a diferentes níveis de adubação. O experimento foi conduzido na área experimental do Departamento de Fitotecnia da UFSM, em solo classificado como PLANOSSOLO HIDROMÓRFICO Eutrófico arênico, unidade de mapeamento Vacacaí. A área foi sistematizada em desnível de aproximadamente 0,06%, e as espécies forrageiras foram: azevém (Lolium multiflorum), trevo branco (Trifolium repens) e cornichão (Lotus corniculatus), cultivadas em consorciação. Adotaram-se como tratamentos três níveis de adubação: 50%, 100% e 150% da recomendação oficial, sendo utilizada calagem para corrigir o pH para 5,5. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com duas repetições, totalizando seis parcelas de 0,5ha cada uma. Utilizaram-se terneiros de 8 a 10 meses de idade, em pastejo contínuo, com carga inicial média de 480kg ha-1 de peso vivo. As variáveis avaliadas foram: ganho médio diário de peso por animal, carga animal, ganho de peso vivo ha-1, digestibilidade in vitro, proteína bruta, composição botânica e taxa média de acúmulo de matéria seca das forrageiras. O resíduo de matéria seca (MS) ha-1 da pastagem manteve-se ao redor de 1000kg, e a taxa média de acúmulo de MS ha-1dia-1 das forrageiras foi de 19,9kg. O ganho médio diário foi de 1016g animal-1 dia-1, com carga média de 738,6kg ha-1 peso vivo e ganho de peso de 469,7 kg ha-1. O número de dias de pastejo foi de 98, 121 e 128 para os tratamentos 50, 100 e 150% da recomendação oficial, respectivamente. Os níveis de adubação NPK, mantendo constante a adubação nitrogenada, não afetaram o ganho médio dos animais, a carga animal e o ganho de peso vivo por hectare.


2008 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 315-321 ◽  
Author(s):  
Ana Paula Moreira Rovedder ◽  
Flávio Luiz Foletto Eltz

A degradação de solos muito arenosos, no sudoeste do Rio Grande do Sul, ocorre devido à perda da cobertura vegetal e compromete a manutenção das atividades agropecuárias e do ecossistema de pradarias, formando os chamados areais. Uma técnica de revegetação com espécies de cobertura, Avena strigosa Schieb. e Lupinus albescens H. et Arn., esta última uma espécie nativa do Bioma Pampa, foi desenvolvida com o objetivo de conter o transporte de partículas do solo pela erosão eólica. O experimento foi realizado em área de Neossolo Quartzarênico distrófico, de setembro a dezembro de 2001 e de janeiro a dezembro de 2002, em delineamento completamente casualizado e nove repetições, com parcelas de 10 x 15 m, estabelecidas em área degradada e em área degradada que recebeu revegetação com plantas de cobertura. Caixas de metal galvanizado de 0,5 x 0,5 m, em forma de base de pirâmide, foram enterradas no centro das parcelas, com abertura superior ao nível do solo, realizando-se a coleta da areia depositada nas caixas pelo vento a cada 15 dias, com uma amostra sendo retirada para determinação do teor de água. Em 2001, a quantidade de areia transportada foi de 365 t ha-1 na área com plantas de cobertura e de 5.053 t ha-1 na área degradada, expressando redução de 93 % no transporte de sedimentos. Já em 2002, 775 t ha-1 de areia foram transportados na área degradada que recebeu plantas de cobertura, enquanto 11.080 t ha-1 foram transportados na área degradada, também com redução de 93 % no transporte de sedimentos em função da cobertura do solo. Esses resultados indicam que a técnica de revegetação com plantas de cobertura pode ser usada para contenção de areais.


2014 ◽  
Vol 40 (2) ◽  
pp. 156-162 ◽  
Author(s):  
Antonio Eduardo Loureiro da Silva ◽  
Erlei Melo Reis ◽  
Rosane Fátima Baldiga Tonin ◽  
Anderson Luiz Durante Danelli ◽  
Aveline Avozani

O trabalho teve como objetivos, identificar e quantificar os fungos associados a sementes de azevém, comparar a incidência em diferentes meios de cultura, e determinar o número de escleródios de Claviceps purpurea presentes em amostras de sementes. Foram analisadas 37 amostras de sementes de azevém provenientes de municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. As sementes foram plaqueadas em três meios de cultura: BDA, semi-seletivo de Reis e semi-seletivo de Segalin & Reis, analisando-se a incidência dos fungos. Para detecção de C. purpurea, foram pesados 100g de sementes por amostra e, através de exame visual, foi determinado o número de escleródios. Os fungos detectados foram Alternaria alternata, Bipolaris sorokiniana, Drechslera spp., D. siccans, Fusarium graminearum, Fusarium spp., Aspergillus spp. e Penicillium sp. A incidência de A. alternata variou de 0,0% a 33,7% e freqüência de 89,2% nas amostras analisadas. Para B. sorokiniana a incidência foi de 0,0% a 2,2% e frequência de 62,2%, Drechslera spp., apresentou incidência de 0,0% a 40,3% e frequência de 78,4%. D. siccans a incidência foi de 0,1% a 20,0% e frequência de 100%.Para Fusarium spp., e F. graminearum a incidência foi de 0,0% a 31,0% e 0,0% a 11,3% e frequência de 81,1% e 64,9%, de 0,0% a 43,7% de incidência e 94,6% de frequência para Aspergillus spp. e Penicillium sp. com incidência entre 0,0% a 51,7% e frequência de 91,9%, respectivamente. O fungo C. purpurea foi encontrado em 81,1% das amostras em estudo.


2002 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 127-132 ◽  
Author(s):  
Eduardo Londero Moojen ◽  
Gerzy Ernesto Maraschin
Keyword(s):  

Um experimento de pastejo em pastagem nativa foi conduzido na Estação Experimental Agronômica, UFRGS, Eldorado do Sul, RS, para avaliar o ganho médio diário, o ganho por hectare de novilhos de corte, taxa de acumulação de massa seca da pastagem, produção de matéria seca, conteúdo de proteína bruta, digestibilidade in vitro da matéria orgânica e percentagem de material morto na matéria seca, sob níveis de 4,0, 8,0, 12,0 e 16,0% do peso vivo de oferta de forragem. As ofertas de forragem condicionaram diferentes resíduos de massa seca, e moldaram diferentes perfis. A redução na pressão de pastejo provocou aumento no resíduo. Diferentes quantidades de forragem em oferta afetaram a resposta animal. A melhor taxa de acumulação de massa seca da pastagem, ganho médio diário e ganho por hectare foram obtidos na faixa de 11,5 a 13,4% de oferta de forragem. A qualidade da forragem for reduzida com o aumento da quantidade de forragem em oferta.


2008 ◽  
Vol 37 (7) ◽  
pp. 1161-1167 ◽  
Author(s):  
Carolina Bremm ◽  
Marta Gomes da Rocha ◽  
Fabiana Kellermann de Freitas ◽  
Stefani Macari ◽  
Denise Adelaide Gomes Elejalde ◽  
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Avaliou-se o comportamento ingestivo de novilhas de corte recebendo suplemento em pastagem de aveia preta (Avena strigosa Schreb.) e azevém (Lolium multiflorum Lam.) sob lotação contínua. Como tratamentos, foram avaliadas quatro estratégias de suplementação: sem suplemento - animais em pastagem de aveia (AV) e azevém (AZ); crescente - animais em pastagem de AV e AZ recebendo níveis crescentes de suplemento (0,3; 0,6 e 0,9% do peso vivo -PV); fixo - animais em pastagem de AV e AZ recebendo nível fixo de suplemento (0,9% PV); e decrescente - animais em pastagem de AV e AZ recebendo níveis decrescentes (1,5; 1,2 e 0,9% do PV) de suplemento. As características estruturais (massa de forragem, massa de forragem verde, oferta de forragem, oferta de lâminas foliares verdes, relação folha:colmo, proporção de lâminas foliares e colmos + bainhas de aveia e proporção de lâminas foliares e colmos + bainhas de azevém) e bromatológicas (proteína bruta, digestibilidade in vitro da matéria orgânica, nutrientes digestíveis totais e fibra em detergente neutro) do pasto foram semelhantes entre as estratégias de suplementação, mas variaram conforme os períodos de utilização do pasto. Os tempos diários de pastejo, ruminação e ócio e de permanência no cocho (min/dia) e a massa de bocado (g MO/boc) diferiram entre as estratégias de suplementação e as características do pasto no decorrer do ciclo. A taxa de bocado/minuto foi influenciada apenas pelo ciclo do pasto.


2007 ◽  
Vol 36 (6) ◽  
pp. 1729-1735 ◽  
Author(s):  
Clair Jorge Olivo ◽  
Pablo Santini Charão ◽  
Lilian Elgalise Techio Pereira ◽  
Magnos Fernando Ziech ◽  
Gilmar Meinerz ◽  
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Objetivou-se avaliar o valor nutritivo do capim-elefante, quanto aos teores de PB e FDN e a digestibilidade in vitro da MS (DIVMS), submetido a algumas práticas agroecológicas. Foram usados dois piquetes (0,15 ha cada), onde foi estabelecido o capim-elefante, em 2001, com espaçamento entrelinhas de três metros. Nas entrelinhas, estabeleceram-se aveia (Avena strigosa Schreb.) e azevém (Lolium multiflorum Lam.) no período hibernal e, no estival, permitiu-se o desenvolvimento de espécies de crescimento espontâneo. A adubação foi feita com fertilizantes orgânicos (150 kg de N /ha). No período experimental (24/04/2004 a 05/05/2005), foram conduzidos sete pastejos. Os animais experimentais foram vacas da raça Holandesa que receberam, como complementação alimentar, 3,5 kg/dia de concentrado. Avaliaram-se a massa de forragem inicial, composição botânica do pasto e os componentes estruturais. Para as análises de valor nutritivo do pasto, foram feitas amostragens simulando o pastejo. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com duas repetições (piquetes) e sete tratamentos (pastejos). Os melhores resultados do valor nutritivo foram obtidos no período hibernal. Foram encontradas correlações negativas da PB e DIVMS e positivas da FDN com a biomassa de lâminas foliares do capim-elefante. O capim-elefante, manejado sob princípios agroecológicos, apresentou alto valor nutritivo e produtividade, tanto no verão quanto no inverno, possibilitando que a produção animal seja mais sustentável no decorrer do ano.


2003 ◽  
Vol 33 (4) ◽  
pp. 737-742 ◽  
Author(s):  
Minerva Santamaría Vargas ◽  
Noé Soberanes Céspedes ◽  
Hugo Fragoso Sánchez ◽  
João Ricardo Martins ◽  
Carlos Octávio Cordovés Céspedes

O uso dos acaricidas químicos ainda se constitui no principal instrumento de controle do carrapato bovino Boophilus microplus. No sul do Brasil, o amitraz aplicado por imersão e aspersão é o ingrediente ativo mais utilizado, nos últimos anos, contra as cepas de carrapatos resistentes aos organofosforados (OF) e piretróides sintéticos (PS). Em conseqüência, torna-se importante a realização de investigações que possam contribuir para prolongar a vida útil desse ixodicida. No presente estudo, foi analisado o comportamento toxicológico de uma cepa de B. microplus colhida na localidade de Alegrete, Rio Grande do Sul, usando-se químicos da família dos OF, PS, misturas OF/PS, além do amitraz. Os resultados indicaram que a cepa denominada "Santa Luiza" apresentou fatores de resistência (FR) que variaram entre 2,3 e 3,95 para OF, 23,3 e 147,56 para PS e de 3,76 a 21.57 para amitraz em testes realizados com larvas de carrapatos. A caracterização e purificação de uma cepa de B. microplus resistente ao amitraz permitem seu uso como cepa de referência para a avaliação biológica de ixodicidas alternativos, além de padronizar e validar métodos de diagnósticos toxicológicos que possam detectar resistência frente a esse acaricida.


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