scholarly journals As "formas simbólicas" na pintura tardia de Gustave Moreau

2020 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 145-160
Author(s):  
Mariana Garcia Vasconcellos

Este artigo busca analisar o papel exercido pelos elementos pictóricos de desenho e colorido dentro da pintura tardia do artista oitocentista francês Gustave Moreau, utilizando como ferramenta teórica o conceito de “forma simbólica” de acordo com as concepções de Ernst Cassirer e Erwin Panofsky. Argumenta-se que a noção de “forma simbólica” oferece a possibilidade de integrar os aspectos visuais e simbólico-filosóficos peculiares a esse período da pintura de Moreau, quais sejam: a dissociação da linha e da mancha e a construção de uma mitopoese que explora dualismos como o de espírito e matéria.

2018 ◽  
Vol 7 (2) ◽  
pp. 87
Author(s):  
José Luiz De Carvalho

O presente artigo analisa as aproximações epistemológicas verificadas entre a obra do geógrafo cultural inglês Denis Cosgrove e o Instituto Warburg. A partir da biblioteca fundada pelo historiador de arte Aby Warburg nas primeiras décadas do século XX na Alemanha, em Hamburgo; com referenciais voltados, sobretudo, ao estudo da memória e formação das imagens representacionais na cultura humana. Investiga como com base nessas referências iniciais, bem como da filosofia das formas simbólicas desenvolvida na obra do filósofo da cultura alemão Ernst Cassirer, o historiador de arte Erwin Panofsky pode repensar e reinterpretar conceitualmente o conhecimento da iconografia e iconologia. E, por conseguinte, como a partir do contexto desta específica teoria do conhecimento o geógrafo cultural inglês Denis Cosgrove realizou, através das suas obras de referência, uma renovação epistemológica na ciência da geografia, mais especificamente pelos seus estudos voltados à categoria de paisagem, reformulada categorialmente em sua obra também nas dimensões iconográficas, iconológicas e simbólicas.


2021 ◽  
Vol 19 (41) ◽  
pp. 492-521
Author(s):  
Guilherme Sebastião

No ensaio A invenção da paisagem, a filósofa Anne Cauquelin investiga possíveis relações entre a produção imagética ocidental no gênero paisagem e a percepção visual do espaço como paisagem. Compreendendo a paisagem como uma peculiar forma simbólica, a filósofa defende que sua percepção resulta de um perene processo de aprendizagem que cria tanto a existência da paisagem como objeto da sensibilidade quanto as condições específicas para sua identificação com a realidade. Este artigo procura apresentar como o conceito de forma simbólica aparece e se desdobra em A invenção da paisagem, destacando o recorte referencial e a articulação autoral de Cauquelin diante da origem neokantiana do conceito em Ernst Cassirer e de sua retomada na história da arte por Erwin Panofsky.


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