scholarly journals Denis Cosgrove e o desenvolvimento da perspectiva simbólica e iconográfica da paisagem / Denis Cosgrove and the development of symbolic and iconographic perspective of the landscape

2018 ◽  
Vol 7 (2) ◽  
pp. 87
Author(s):  
José Luiz De Carvalho

O presente artigo analisa as aproximações epistemológicas verificadas entre a obra do geógrafo cultural inglês Denis Cosgrove e o Instituto Warburg. A partir da biblioteca fundada pelo historiador de arte Aby Warburg nas primeiras décadas do século XX na Alemanha, em Hamburgo; com referenciais voltados, sobretudo, ao estudo da memória e formação das imagens representacionais na cultura humana. Investiga como com base nessas referências iniciais, bem como da filosofia das formas simbólicas desenvolvida na obra do filósofo da cultura alemão Ernst Cassirer, o historiador de arte Erwin Panofsky pode repensar e reinterpretar conceitualmente o conhecimento da iconografia e iconologia. E, por conseguinte, como a partir do contexto desta específica teoria do conhecimento o geógrafo cultural inglês Denis Cosgrove realizou, através das suas obras de referência, uma renovação epistemológica na ciência da geografia, mais especificamente pelos seus estudos voltados à categoria de paisagem, reformulada categorialmente em sua obra também nas dimensões iconográficas, iconológicas e simbólicas.

Images ◽  
2007 ◽  
Vol 1 (1) ◽  
pp. 26-28
Author(s):  
Carol Zemel

AbstractThis essay sets out an agenda for the study of modern Jewish visual culture. Topics and issues raised encompass questions of idolatry, the ethics of visuality and picturing the unrepresentable, nationalism in traditional cultural historiography, diasporic art production, and a suggested review of Jewish cultural issues in theorists such as Aby Warburg, Erwin Panofsky and others of the interwar generation.


2020 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 145-160
Author(s):  
Mariana Garcia Vasconcellos

Este artigo busca analisar o papel exercido pelos elementos pictóricos de desenho e colorido dentro da pintura tardia do artista oitocentista francês Gustave Moreau, utilizando como ferramenta teórica o conceito de “forma simbólica” de acordo com as concepções de Ernst Cassirer e Erwin Panofsky. Argumenta-se que a noção de “forma simbólica” oferece a possibilidade de integrar os aspectos visuais e simbólico-filosóficos peculiares a esse período da pintura de Moreau, quais sejam: a dissociação da linha e da mancha e a construção de uma mitopoese que explora dualismos como o de espírito e matéria.


MODOS ◽  
2020 ◽  
Vol 4 (3) ◽  
Author(s):  
Stéphane Huchet

Os livros de Georges Didi-Huberman articulam um denso saber para produzir o que ele propôs chamar de “antropologia do visual”. É uma posição de caráter neo-warburguiano, embora, no início de sua trajetória, Didi-Huberman não se apoiasse em Aby Warburg, que ele ainda não tinha integrado ao seu panthéeon. Antropologia que não representa mais um risco, mas uma chance para a História da arte. As imagens artísticas, observadas e analisadas com grande atenção crítica, revelam processos que seu conhecimento aprofundado da filosofia o legitimam a qualificar como “dialéticos”. Suas primeiras ideias e argumentações, disseminadas em vários livros que se sucederam em um ritmo anual, encontraram em Aby Warburg, por volta do ano 2000, um modelo de confirmação e consolidação. A historiografia e a filosofia da arte de Didi-Huberman foram construídas por meio de livros que privilegiam artistas, pensadores, críticos (Fra Angelico, Giorgio Vasari, Sigmund Freud, Erwin Panofsky, Georges Bataille, Carl Einstein, Aby Warburg, Alberto Giacometti, Marcel Duchamp, Walter Benjamin, Bertold Brecht, os minimalistas, Pier-Paolo Pasolini, Giorgio Agamben), que instigam uma História da arte que é uma filosofia prática da imagem e do tempo.


Author(s):  
André Melo Mendes ◽  
Juliana Ferreira

Esse artigo busca entender como os palestinos e os judeus foram representados nas páginas das revistas semanais Veja, Istoé e Carta Capital em julho de 2014, quando se deu a operação conhecida como Margem Protetora. Para isso, foram trabalhadas as noções acontecimento (a partir das ideias de Louis Queré) e de enquadramento (Erwin Goffman). Ao operacionalizar tais conceitos, utilizamos como ferramenta uma análise imagética e textual baseada nos princípios de Erwin Panofsky e Roland Barthes, além do conceito de pathosformeln que Aby Warburg desenvolveu para compreender como uma imagem é capaz de sobreviver no universo simbólico de uma certa sociedade. O artigo conclui que as quatro revistas apresentaram diferentes narrativas para o mesmo acontecimento, assim como identidades distintas para os atores envolvidos nesse acontecimento. Todas as revistas utilizaram imagens que evocam a iconografia cristã.


Discurso ◽  
2016 ◽  
Vol 46 (1) ◽  
pp. 271-282
Author(s):  
Isabel Coelho Fragelli
Keyword(s):  

2010 ◽  
Vol 38 (1/4) ◽  
pp. 210-241
Author(s):  
Jelena Melnikova-Grigorjeva ◽  
Olga Bogdanova

Our main goal in this paper is to study one Hieronymus Bosch’s iconographic motif, an owl, considering the iconography, production of meaning and connotations. Pursuant to the comparative analysis of the variants of the formal model we intend to ascertain the meaning of Bosch’s “owl” motif. We supplement its pure visual legend throughout European art history with mythological and symbolic (mainly verbal) legend. Methodologically, we base the vast range of interpretations on the school of history of ideas (Aby Warburg, Ernst Gombrich, Erwin Panofsky, Francis Yates, Carlo Ginzburg) and the Tartu-Moscow school of semiotics of culture and text analysis. The article concludes that the “owl” motif, including in the works of Bosch, conveys the semantic aura of the “blind sight” (“blind foresight”). This ideological concept is in turn included into the archaic concept of mutual communication between the worlds carried out by a mythological observer — shaman, trickster.


Author(s):  
Mauricio Lissovsky

A fama de Aby Warburg (1866-1929) sempre superou o conhecimento de sua obra. Mas, nas últimas duas décadas, alguns dos mais importantes pensadores da estética - como Georges Didi-Huberman e Giorgio Agamben - encontram neste obscuro historiador da arte alemão um precursor de suas próprias investigações. Partindo do debate sobre o legado de Warburg nas obras de Ernst Gombrich e Erwin Panofsky, este ensaio procura historiar a trajetória deste resgate e repertoriar os conceitos e procedimentos warburgianos que mais mobilizam os teóricos contemporâneos. Sugere-se, por fim, que é devido à crescente influência de Walter Benjamin e às inquietações suscitadas pelo estatuto da imagem na contemporaneidade que os estudos de Warburg voltam a servir de referência para historiadores e estudiosos da imagem.


Author(s):  
Michael P. Steinberg ◽  
Yaron Ezrahi

This chapter draws attention to the anthropological imagination of Aby Warburg, the great student of world culture and comparative mythology whose “Warburg Library,” founded in Hamburg, served as the meeting place for Weimar philosophers, historians, and cultural critics. Warburg determined the library's acquisitions from 1886 until his sudden death in October 1929. In December 1933 the library (approximately 60,000 books, plus slides, photographs, other materials, as well as the collective argument of the enterprise itself) was evacuated to London, to be linked as of 1937 to the University of London and fully incorporated into the university in 1944. The Warburg Institute's second-generation principal scholars, adherents, and administrators included Erwin Panofsky, Ernst Gombrich, Rudolf Wittkower, Edgar Wind, Frances Yates, and Anne Marie Meyer. In recent years, the methods and claims of visual culture and visual studies have embraced the legacy of Warburg's critique of formalist art history.


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