scholarly journals ENSINO DE CIÊNCIAS NA ERA DA PÓS-VERDADE: CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO PRESENTE EM FAKE NEWS

Author(s):  
Daniella Maria Coelho de Britto ◽  
Irene Cristina de Mello
Keyword(s):  

As Fake News não são novidade na história da humanidade. No entanto, quando as Fake News passam a veicular pretensos conhecimentos científicos, deve-se refletir como o Ensino de Ciências tem produzido conhecimentos e enfrentado os desafios da pseudociência nas salas de aula. Estamos vivenciando um fenômeno social chamado de “pós-verdade”, termo utilizado em circunstâncias onde pessoas atribuem maior importância a sentimentos e crenças do que aos fatos em si, o que favorece a disseminação de Fake News. Este trabalho teve como objetivo analisar o discurso presente em algumas Fake News – relacionadas à origem do vírus SARS-CoV-2 e os possíveis tratamentos para a Covid-19 – a partir das cenas da enunciação propostas por Dominique Maingueneau, além de discutir o papel do ensino de Ciências diante de tal cenário. O trabalho foi desenvolvido a partir de uma abordagem qualitativa, com elementos de pesquisa bibliográfica e exploratória. Os resultados mostraram que nas Fake News o discurso do enunciador geralmente flui sem dificuldades, em acordo com convicções prévias do leitor; a fonte parece familiar ou confiável (principalmente quando a cenografia se apropria do discurso científico); a cena genérica – redes sociais – favorece a formação de bolhas sociais. Consideramos que o ensino de Ciências precisa explorar as evidências que sustentam determinada informação ou teoria. Julgamos que saber lidar com informação de caráter duvidoso na era da pós-verdade seja uma questão estrutural que depende de uma formação inicial e continuada adequada para professores e, como consequência, para estudantes do ensino básico.

physiopraxis ◽  
2018 ◽  
Vol 16 (07/08) ◽  
pp. 58-58
Author(s):  
Ulrike Maier
Keyword(s):  

Eine Hausärztin, die, statt ein Physio-Rezept auszustellen, auf Übungen aus der Apotheken Umschau verweist? Unmöglich, sollte man meinen. Doch Physiotherapeutin Ulrike Maier belehrt eines Besseren. Ihre unwissende Hausärztin von nebenan liefert ihren Patienten gerne mal „alternative Fakten“ und hat bei ihren physiotherapeutischen Kenntnissen noch dringend Nachholbedarf.


2020 ◽  
pp. 101-114
Author(s):  
Jesús Miguel Flores Vivar
Keyword(s):  

Éste trabajo parte de una información compartida por muchos investigadores. La comprensión de la desinformación como un fenómeno que va mucho más allá del término “noticias falsas”. Estos términos han sido apropiados y usados engañosamente por poderosos actores para desestimar y poner en entredicho la cobertura informativa que ya atraviesa momentos críticos sobre la credibilidad.


MIS Quarterly ◽  
2019 ◽  
Vol 43 (3) ◽  
pp. 1025-1039 ◽  
Author(s):  
Antino Kim ◽  
◽  
Alan R. Dennis ◽  

2018 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 55-60
Author(s):  
Colin Lang

Recently, the effort to counter Fake News faced a counter attack: academic »postmodernism « and »social constructivism« it was said—because they say that facts are soaked in prior interpretations—are either purveyors of Fake News or set the cultural context in which it flourishes. They do so by undermining confidence in inquiry governed by simple facts. That is erroneous, argues William E. Connolly, because postmodernism never said that facts or objectivity are ghostly, subjective or »fake«. However, that what was objective at one time may become less so at a later date through the combination of a paradigm shift in theory, new powers of perception, new tests with refined instruments, and changes in natural processes such as species evolution. But the emergence of new theories and tests does not reduce objectivity to subjective opinion. Facts are real. Objectivity is important. But as you move up the scale of complexity with respect to facts and objectivity, it becomes clear that what was objective at one time may become subjective at another. Not because of Fake News or postmodernism. But because the complex relationships between theory, evidence and conduct periodically open up new thresholds. Colin Lang in turn rhetorically asks if »fake news« or »alternative facts« are a new carnival and Trump its dog and pony show? The idea of »fake news« and »alternative facts« as a carnival could not only help to see the constructedness of the media spectacle, but also provides a new perspective on Trump as an actor who is playing a particular role in this carnival, and that role is not one that any of us would describe as presidential. Many in the popular press have assumed it is just what it looks like, an infantilized narcissist, a parody of some Regan-era New York real estate tycoon straight out of a Bret Easton Ellis novel. The problem is that this description is all too obvious, and misses something fundamental about alternative facts, and the part that Trump is playing. A central assumption is, then, that the creation of alternative facts is one symptom of a more structural, paradigmatic shift in the persona of a president, one which has few correlates in the annals of political history. The closest analogy for his kind of performance is actually hinted at in the title of Trump’s greatest literary achievement: The Art of the Deal. Trump is playing the part of an artist, pilfering from the tactics of the avant-garde and putting them to very different ends.


2018 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 149-160
Author(s):  
Thaís de Melo Lobo ◽  
Alessandro Gonçalves da Paixão ◽  
Marcos Ricardo da Silva Silva
Keyword(s):  

O resultado das eleições para a presidência dos Estados Unidos e o referendo que definiu a saída da Grã-Bretanha da União Europeia mostrou ao mundo o poder das fake news. Temendo que impacto semelhante seja sentido nas eleições deste ano no Brasil, diversos parlamentares apresentaram projetos de lei que pretendiam, em sua maioria, criminalizar e punir os atos de criação e compartilhamento de notícias falsas. As propostas, contudo, colidem com o já definido na Constituição Federal e com o Marco Civil na Internet em termos de liberdade de expressão e de imprensa. Este trabalho analisou a legislação vigente e as propostas dos parlamentares, e também recorreu a artigos de juristas para entender se é possível combater notícias falsas sem atingir os direitos constitucionais.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document