A tradução brasileira de Wide Sargasso Sea, de Jean Rhys
Este artigo tem o objetivo de analisar a tradução brasileira do romance Wide Sargasso Sea (1966), da escritora Jean Rhys, com ênfase na mediação cultural realizada pela tradutora Léa Viveiros de Castro, a partir de questões de gênero e étnico-raciais. Para tanto, a análise embasa-se nas perspectivas de tradução feminista e pós-colonial para cotejo do corpus – composto pelo romance Wide Sargasso Sea e a tradução brasileira Vasto Mar de Sargaços (Rocco, 2012). Os resultados apontam para necessidade urgente de traduções engajadas em transmitir o viés político das obras traduzidas, uma vez que o cotejo apresentado neste trabalho evidencia escolhas de tradução que podem vir a interferir no sentido proposto pelo texto fonte e, em certos casos, operar até mesmo de modo contrário ao que este pretende, atenuando seu potencial feminista pós-colonial.