DE MAGISTRO (OU CONTRA WITTGENSTEIN?): SOBRE A POSSIBILIDADE DE UMA FILOSOFIA DA LINGUAGEM EM AGOSTINHO
Nas Investigações Filosóficas, Wittgenstein conjectura de início sobre um modelo pré-teórico, de inspiração agostiniana, acerca dos modos de compreensão da linguagem; isto é, ele se questiona a respeito de uma noção de compreensão linguística com base em um paradigma cujo grande recurso seria a “ostensividade”. Todavia, essa percepção não parece corroborar com exatidão àquilo que de fato o filósofo de Hipona advoga em sua teoria. Portanto, o objetivo do artigo é o de compreender o que Agostinho entendia como linguagem, incluindo aí o aprendizado linguístico (a assimilação das palavras), e se de fato podemos considerar que ele estabeleceu uma tentativa genuína no sentido de conceber alguma sorte de filosofia nessa seara linguística, portanto, uma filosofia da linguagem.