scholarly journals Biologia floral de cultivares de Avena strigosa

Biotemas ◽  
2021 ◽  
Vol 34 (2) ◽  
pp. 1-15
Author(s):  
Natália Oliveira Bonfante ◽  
Sandra Patussi Brammer ◽  
Simone Meredith Scheffer-Basso ◽  
Nádia Canali Lângaro

A aveia-preta é uma planta de múltiplos usos no sistema agrícola, contudo programas de melhoramento tem pouco sucesso em obter novos genótipos, não se sabe o motivo exato. Assim sendo, este trabalho teve como objetivo caracterizar e avaliar a morfologia floral e a viabilidade polínica em Avena strigosa. Para isso, duas cultivares de hábito e ciclo contrastantes (IAPAR 61-Ibiporã e UPFA 21-Moreninha) foram estabelecidas no campo e em vaso no município de Passo Fundo, no norte do estado do Rio Grande do Sul. Foram realizadas avaliações morfológicas na panícula, espiguetas e grãos de pólen das cultivares. Na cv. IAPAR 61-Ibiporã foram encontrados os maiores comprimentos de espigueta, ráquila, gluma I, gluma II, pálea, arista e pistilo. Na cv. UPFA 21-Moreninha encontrou-se maior comprimento da ráquis, lema e antera apicais e maior densidade de espiguetas na panícula. Em relação à viabilidade polínica, as cultivares não diferem entre si, evidenciando-se que apenas as medidas dos grãos de pólen foram contrastantes.

2008 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 315-321 ◽  
Author(s):  
Ana Paula Moreira Rovedder ◽  
Flávio Luiz Foletto Eltz

A degradação de solos muito arenosos, no sudoeste do Rio Grande do Sul, ocorre devido à perda da cobertura vegetal e compromete a manutenção das atividades agropecuárias e do ecossistema de pradarias, formando os chamados areais. Uma técnica de revegetação com espécies de cobertura, Avena strigosa Schieb. e Lupinus albescens H. et Arn., esta última uma espécie nativa do Bioma Pampa, foi desenvolvida com o objetivo de conter o transporte de partículas do solo pela erosão eólica. O experimento foi realizado em área de Neossolo Quartzarênico distrófico, de setembro a dezembro de 2001 e de janeiro a dezembro de 2002, em delineamento completamente casualizado e nove repetições, com parcelas de 10 x 15 m, estabelecidas em área degradada e em área degradada que recebeu revegetação com plantas de cobertura. Caixas de metal galvanizado de 0,5 x 0,5 m, em forma de base de pirâmide, foram enterradas no centro das parcelas, com abertura superior ao nível do solo, realizando-se a coleta da areia depositada nas caixas pelo vento a cada 15 dias, com uma amostra sendo retirada para determinação do teor de água. Em 2001, a quantidade de areia transportada foi de 365 t ha-1 na área com plantas de cobertura e de 5.053 t ha-1 na área degradada, expressando redução de 93 % no transporte de sedimentos. Já em 2002, 775 t ha-1 de areia foram transportados na área degradada que recebeu plantas de cobertura, enquanto 11.080 t ha-1 foram transportados na área degradada, também com redução de 93 % no transporte de sedimentos em função da cobertura do solo. Esses resultados indicam que a técnica de revegetação com plantas de cobertura pode ser usada para contenção de areais.


2007 ◽  
Vol 31 (5) ◽  
pp. 1131-1140 ◽  
Author(s):  
Mastrângello Enívar Lanzanova ◽  
Rodrigo da Silveira Nicoloso ◽  
Thomé Lovato ◽  
Flávio Luiz Foletto Eltz ◽  
Telmo Jorge Carneiro Amado ◽  
...  

A compactação do solo é um dos principais fatores responsáveis pela queda da produtividade das culturas agrícolas. Por isso, o impacto causado pelo pisoteio bovino sobre o solo e os conseqüentes reflexos nos atributos físicos densidade do solo, porosidade do solo, resistência mecânica à penetração e infiltração de água no solo, em área manejada sob sistema integração lavoura-pecuária, foram investigados em experimento de campo, no município de Jari, na região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram avaliados três sistemas de manejo da pastagem de inverno (aveia-preta, Avena strigosa Schreber + azevém, Lolium multiflorum Lam.), caracterizados pela freqüência de pastejo: (1) Sem Pastejo (SP), (2) Pastejo a cada 28 dias (P28) e (3) Pastejo a cada 14 dias (P14). Além disso, foi avaliada a influência da cultura de verão, soja [Glycine max (L.) Merr.] ou milho (Zea mays L.), em rotação com as pastagens de inverno, em amenizar ou agravar a ação compactadora do pisoteio bovino. A compactação do solo, avaliada pela sua densidade, concentrou-se na camada de 0-0,05 m de profundidade, porém houve redução de sua macroporosidade até a camada de 0,10-0,15 m, no sistema com a maior freqüência de pastejo (P14). A resistência mecânica do solo à penetração atingiu valores de 2,61 e 2,49 MPa nos tratamentos P14 e P28, respectivamente, nas profundidades de 0,05 e 0,08 m, enquanto as áreas que não foram pastejadas mantiveram valores inferiores a 1,66 MPa. A taxa de infiltração de água no solo foi alterada significativamente pelo pisoteio bovino e pela cultura de verão antecedente. Com a cultura de milho, o solo mostrou-se menos sensível ao pisoteio bovino, ao passo que com a cultura de soja na maior freqüência de pastejo (P14) a taxa de infiltração de água no solo foi reduzida. A cultura de soja proporcionou os maiores valores de macroporosidade nas camadas avaliadas e, quando conjugada à menor freqüência de pastejo (P28) ou à ausência de pastejo (SP), observaram-se as maiores taxas de infiltração de água no solo.


2002 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 7-12 ◽  
Author(s):  
Mauro Tadeu Braga da Silva ◽  
Ervandil Corrêa Costa

O estudo aqui relatado foi conduzido nas safras agrícolas de 1991 e 1992, em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. O objetivo foi avaliar o efeito de diferentes níveis de infestação de Diloboderus abderus Sturm, 1826 (Coleoptera: Melolonthidae) em aveia preta (Avena strigosa L.), em linho (Linum usitatissimum L.), em milho (Zea mays L.) e em girassol (Helianthus annuus L.), no sistema de plantio direto. O aumento do número de larvas/m² propiciou a ocorrência de danos e, em conseqüência, a diminuição da população de plantas, da massa seca da parte aérea e da produtividade. Os níveis de controle obtidos foram variáveis dependendo da cultura. Com base nos danos produzidos pelo inseto, sugerem-se os níveis de controle de 12 larvas/m² em linho, de 10 larvas/m² em aveia preta, de 0,5 larva/m² em milho e de 0,4 larva/m² em girassol, como indicador para tratamento de sementes destas culturas com inseticidas.


2006 ◽  
Vol 36 (3) ◽  
pp. 910-915 ◽  
Author(s):  
Stefani Macari ◽  
Marta Gomes da Rocha ◽  
João Restle ◽  
Alcides Pilau ◽  
Fabiana Kellermann de Freitas ◽  
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O experimento foi conduzido com objetivo de avaliar a produção de novilhas de corte em duas cultivares de aveia preta (Avena strigosa Schreb): "Comum" e "IAPAR 61" em mistura com azevém (Lolium multiflorum Lam.). Foram avaliadas a massa de forragem (MF), oferta de forragem (OF), taxa de acúmulo diário de matéria seca (TA), carga animal (CA), ganho médio diário (GMD), ganho de peso vivo por hectare (GPA), proteína bruta (PB) e digestibilidade in vitro da matéria orgânica (DIVMO). As cultivares avaliadas não diferiram (P>0,05) para TA, CA, GMD, GPA e PB. A DIVMO de IAPAR 61 manteve valores mais elevados durante um período mais prolongado da estação de crescimento da pastagem. A cultivar de aveia preta IAPAR 61 pode ser indicada para utilização sob pastejo no Estado do Rio Grande do Sul.


1999 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
pp. 339-344 ◽  
Author(s):  
Ribas A. Vidal ◽  
Giovani Theisen

Conduziu-se um experimento na Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Eldorado do Sul, RS, no ano agrícola 1996/97, para avaliar a mortalidade de sementes de capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) colocadas sob cinco níveis (0 a 10t/ha) de resíduo de aveia-preta (Avena strigosa) sobre o solo, duas profundidades das sementes (2 e 10 cm) e cinco períodos de enterrio (de 40 a 300 dias). Níveis de palha na superfície do solo inferiores a 5,2 t/ha aceleram a mortalidade de sementes. Sementes de capim-marmelada posicionadas a 2 cm da superfície do solo apresentaram maior mortalidade do que aquelas posicionadas a 10 cm, exceto em solo desnudo, onde a mortalidade foi similar para sementes em ambas profundidades. O período de tempo necessário para se obter 50% de mortalidade das sementes de capim-marmelada foi 5 e 72 dias, quando a superfície do solo se encontrava sem palha ou com 10,5 t/ha de palha, respectivamente. Os resultados sugerem que técnicas de manejo da cultura que mantenham as sementes de B. plantaginea próximas à superfície do solo aumentam a mortalidade das sementes tendo maior potencial de reduzir novas infestações do que técnicas que acumulem palha na superfície do solo.


1999 ◽  
Vol 28 (4) ◽  
pp. 668-674 ◽  
Author(s):  
Jorge Fainé Gomes ◽  
José Carlos Leite Reis

Forrageiras anuais de estação fria, Avena strigosa Schreb cv. IAPAR-61 Ibiporã, Lolium multiflorum Lam cv. Comum, Lotus subbiflorus Lag. cv. El Rincón, Avena sativa L. cv. UPF-16, Trifolium subterraneum L. cv. Woogenellup, Trifolium resupinatum L. var. resupinatum cv. Kyambro, Secale cereale L. cv. BR-1, Trifolium vesiculosum Savi cv. EMBRAPA-28 Santa Tecla e Vicia angustifolia L. foram avaliadas usando um delineamento experimental de blocos ao acaso com três repetições, no período de 1994 a 1996, na Estação Experimental Terras Baixas da EMBRAPA - Clima Temperado, Pelotas, RS, em Planossolo, unidade de mapeamento Pelotas. A área recebeu preparo convencional e adubação conforme análise do solo. Os cortes foram efetuados a cada 28 dias, sendo o primeiro 60 dias após a emergência. Os rendimentos médios anuais de MS (kg/ha•ano) e os teores médios de PB e FDN foram determinados. Houve efeito da interação entre anos e espécies. Avena strigosa IAPAR-61, L.multiflorum Comum e L.subbiflorus Rincón foram destaque, pelo alto potencial de produção de forragem, assim como pelo crecimento nos períodos outono/inverno, inverno/primavera e primavera, respectivamente. Todas as espécies avaliadas produziram forragem de alto valor nutricional, em termos dos teores de PB e FDN. Vicia angustifolia teve sempre o mais alto teor de PB e a maior produção relativa de inverno. Trifolium subterraneum Woogenellup foi a única espécie que produziu sementes viáveis suficientes para assegurar adequada regeneração natural da planta no início do segundo ano.


2000 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 93-101 ◽  
Author(s):  
C. Gianello ◽  
F. A. O. Camargo ◽  
E. Reichmann ◽  
M. J. Tedesco

Com o objetivo de avaliar a disponibilidade de nitrogênio do solo para a aveia e o milho, realizou-se um experimento em microparcelas com vinte solos do Rio Grande do Sul. As microparcelas foram constituídas por recipientes com 20 L de solo, com drenagem livre, mantidas em céu aberto e com irrigação quando necessária. Foi determinado o N absorvido por plantas de aveia preta (Avena strigosa ) e por três cultivos sucessivos de milho (Zea mays ). Foram determinados, inicialmente, os teores de N-total e de matéria orgânica dos solos. Antes de cada cultivo, foram também determinados os teores extraíveis de N por KMnO4 0,05 mol L-1, tampão fosfato-borato e por KCl 2 mol L-1 às temperaturas de 100 e 95°C, durante 4 e 16 horas, respectivamente. O N do solo extraído por KCl 2 mol L-1 a 95°C por 16 h apresentou os maiores coeficientes de correlação com o somatório do N acumulado pelas plantas nos quatro cultivos. Os coeficientes de correlação entre o N extraído por todos os métodos químicos e o N acumulado pelas plantas aumentaram com a correção da acidez do solo a pH 6,0.


2006 ◽  
Vol 36 (3) ◽  
pp. 1011-1020 ◽  
Author(s):  
Paulo Regis Ferreira da Silva ◽  
Gilber Argenta ◽  
Luis Sangoi ◽  
Mércio Luiz Strieder ◽  
Adriano Alves da Silva

A maioria dos produtores do estado do Rio Grande do Sul adota o sistema de semeadura direta, em que não há revolvimento do solo para preparo da área para semeadura. A adoção de um sistema de rotação e sucessão de culturas diversificado, que produza adequada quantidade de resíduos culturais na superfície do solo, é fundamental para sustentabilidade do sistema de semeadura direta. Os agricultores dispõem de várias espécies de cobertura de solo no inverno com potencial para anteceder a cultura do milho em sucessão. Na família das poáceas, destaca-se a aveia preta (Avena strigosa) como a mais cultivada. No entanto, o seu uso continuado pode causar prejuízos ao cultivo do milho em sucessão. Objetivando minimizar os efeitos das poáceas e ao mesmo tempo atender às exigências do sistema de semeadura direta, novas espécies de inverno pertencentes a famílias botânicas distintas, como fabáceas e brassicáceas, têm sido estudadas, tanto em cultivos solteiros quanto em consórcio com poáceas, como alternativas para anteceder o cultivo do milho. Assim, esta revisão bibliográfica tem como objetivos descrever as principais vantagens e limitações do uso de coberturas de solo no inverno, em cultivos solteiros ou consorciados, como culturas antecessoras ao milho no sistema de semeadura direta e discutir estratégias de manejo destas coberturas que resultem em maiores benefícios para o milho.


2002 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 705-712 ◽  
Author(s):  
E. A. Cassol ◽  
R. Levien ◽  
I. Anghinoni ◽  
M. P. Badelucci

A paralisação do crescimento da pastagem nativa no período do inverno no Rio Grande do Sul tem incentivado a introdução de espécies hibernais para aumentar a oferta de forragem aos animais. Com o objetivo de estudar as perdas de nutrientes por erosão influenciadas por métodos de melhoramento da pastagem nativa, realizou-se um estudo na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, no município de Eldorado do Sul (RS), em um Argissolo Vermelho distrófico típico, submetido ao uso prolongado com pastagem nativa. Uma mistura de espécies hibernais composta por aveia preta (Avena strigosa), azevém (Lolium multiflorum) e trevo vesiculoso (Trifolium vesiculosum) foi introduzida sobre parcelas de 3,5 x 11,0 m e declividade média de 0,107 m m-1. Aplicou-se uma chuva simulada de 64 mm h-1, durante 75 minutos, em três épocas: 55 dias após o preparo do solo e semeadura; 125 dias após o preparo do solo e semeadura (logo após o primeiro pastejo) e 175 dias após o preparo do solo e semeadura (logo após o segundo pastejo). O delineamento experimental foi completamente casualizado com cinco tratamentos para a introdução das espécies hibernais: Testemunha, Gradagem, Plantio Direto, Convencional e Subsolagem. Em amostras compostas de enxurrada, coletadas de 15 em 15 min durante cada chuva, determinou-se a concentração dos nutrientes fósforo, cálcio, magnésio e potássio disponíveis, utilizando o método de extração por resinas de troca iônica. Houve diferenças entre as épocas de aplicação das chuvas e entre os tratamentos quanto às concentrações e perdas de nutrientes na enxurrada. As maiores perdas ocorreram na primeira época. No geral, as maiores perdas de nutrientes foram verificadas no tratamento Testemunha e as menores no Convencional, as quais não foram diretamente relacionadas com as perdas de solo e de água na enxurrada, porém determinadas pelas condições de superfície do solo e modo de aplicação do calcário e dos fertilizantes.


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