ANÁLISE DA TAXA DE LETALIDADE DE ABORTO POR SÍFILIS NO BRASIL, REGIÕES E CAPITAIS

Author(s):  
Fernanda Vaz Dorneles ◽  
Amanda Curtinaz de Oliveira ◽  
Mariana Xavier da Silva ◽  
Bianca de Moura Pasetto ◽  
Bianca Ledur Monteiro ◽  
...  
Keyword(s):  

Objetivo: analisar a ocorrência da Taxa de Letalidade de abortos por sífilis no Brasil, regiões e capitais. Método: estudo retrospectivo do período de 2009 a 2018, observando dados do  Brasil, Regiões e Capitais, com base em indicadores do DATASUS/Ministério da Saúde. Resultados: O Brasil apresentou redução na taxa de letalidade de aborto por sífilis, encerrando o ano de 2018 com 2,22 casos para cada 100 gestantes com sífilis. As cinco regiões brasileiras também apresentaram queda na taxa de letalidade de 2009 para 2018, podendo estar relacionada a uma melhoria no diagnóstico e tratamento. A região Nordeste teve a taxa de letalidade mais alta (9,98 em 2009) e concentra as capitais com maiores taxas (Fortaleza, com 85,18, seguida de Aracaju, com 61,53, no ano de 2012. As capitais Macapá, Porto Velho, São Luís e Natal apresentaram ausência de registro de casos de aborto por sífilis em todo ou parte do período analisado. Na Região Sul, Porto Alegre tem maior taxa de letalidade (29,77 em 2015), após emissão de Nota Técnica orientando testagem rápida nas situações de abortamento. Conclusão: a taxa de letalidade de aborto pode estar relacionada às desigualdades socioeconômicas de cada local, o que implica na qualidade da assistência ao pré-natal, à acessibilidade aos serviços de saúde e ao diagnóstico precoce e tratamento adequado.

1997 ◽  
Vol 31 (4 suppl) ◽  
pp. 05-25 ◽  
Author(s):  
Maria Helena Prado de Mello Jorge ◽  
Vilma Pinheiro Gawryszewski ◽  
Maria do Rosário D. de O. Latorre

As mortes por causas externas correspondem a grande parcela de óbitos em, praticamente, todos os países do mundo, ocupando, sempre, a segunda ou terceira colocação. Porém a sua distribuição quanto ao tipo de causa é diversa. Com o objetivo de estudar a mortalidade por causas externas, segundo o tipo de causa, sexo e idade, foi descrita a situação dessas mortes no Brasil e capitais, no período 1977 a 1994. Foram calculados os coeficientes de mortalidade por causas externas e a mortalidade proporcional, utilizando os dados de mortalidade fornecidos pelo Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde, e a população foi estimada baseada nos dados censitários de 1970, 1980 e 1991. Os resultados mostraram que, em números absolutos, os óbitos por causas externas quase dobraram no período de 1977 a 1994, passando a ser a segunda causa de morte no País. O coeficiente de mortalidade, em 1994, foi de 69,8/100.000 habitantes e o maior crescimento se deu nos óbitos do sexo masculino. Os coeficientes de mortalidade masculinos são, aproximadamente, 4,5 vezes o valor dos femininos. As causas externas representaram a primeira causa de morte dos 5 aos 39 anos, sendo a maior ocorrência na faixa etária dos 15 a 19 anos (65% dos óbitos por causas externas). Além do aumento, parece estar ocorrendo um deslocamento das mortes para faixas etárias mais jovens. A mortalidade por causas externas, segundo tipo, mostra que durante o período analisado houve aumento tanto nos óbitos por acidentes de trânsito, quanto por homicídios, tendo os suicídios permanecido, praticamente, constantes. No grupo de acidentes classificados como "demais acidentes" houve leve aumento, devido, principalmente, às quedas e afogamentos. Nas capitais dos Estados a mortalidade por causas externas apresentam valores mais altos que a média brasileira, com exceção de algumas áreas do Nordeste. As capitais da região Norte apresentaram algumas das maiores taxas para o País. Já na região Nordeste apenas Recife, Maceió e Salvador apresentaram níveis muito elevados em relação ao País. Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo, na região Sudeste, apresentaram os maiores coeficientes do País e Belo Horizonte apresentou declínio no período de estudo. Na região Sul houve aumento nas taxas, bem como na região Centro-Oeste, que teve aumento homogêneo em suas capitais. Esse aumento observado nas diferentes capitais apresentou diferenciais quanto ao tipo de causa externa. Os suicídios não representaram problema de Saúde Pública em nenhuma delas. Os acidentes de trânsito em Vitória, Goiânia, Macapá, Distrito Federal e Curitiba tiveram sua situação agravada. Os homicídios tiveram aumento expressivo em Porto Velho, Rio Branco, Recife, São Luís, Vitória, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá e Distrito Federal. No período estudado houve o crescimento da importância das causas externas para a população brasileira, chamando atenção, principalmente, o aumento dos homicídios. A qualidade das estatísticas de mortalidade por causas externas depende da colaboração do médico legista, e essa qualidade não é a mesma para todas as capitais estudadas.


Author(s):  
George Jó Bezerra Sousa ◽  
Thiago Santos Garces ◽  
Maria Lúcia Duarte Pereira ◽  
Thereza Maria Magalhães Moreira ◽  
Germana Maria da Silveira

Objective: to analyze the temporal pattern of tuberculosis cure, mortality, treatment abandonment in Brazilian capitals. Method: this is an ecological study whose data source was the Information System of Notifiable Diseases for Tuberculosis (Sistema de Informação de Agravos de Notificação para Tuberculose). For analysis of temporal evolution, regressions by join points were performed considering the annual percentage variation and the significance of the trend change with 95% confidence interval. Results: 542,656 cases of tuberculosis were found, with emphasis on a 3% decrease per year in the cure rate for Campo Grande (interval: −5.0 - −0.9) and a 3.5% increase for Rio de Janeiro (interval: 1.9 - 4.7). Regarding abandonment, it decreased 10.9% per year in Rio Branco (interval: −15.8 - −5.7) and increased 12.8% per year in Fortaleza (interval: 7.6 - 18.3). For mortality, a decreasing or stationary tendency was identified, with a greater decrease (7.8%) for Porto Velho (interval:−11.0 - −5.0) and a lower one (2.5%) in Porto Alegre (interval:−4.5 - −0.6). Conclusion: the rates of cure and abandonment are far from the ones recommended by the World Health Organization, showing that Brazilian capitals need interventions aimed at changing this pattern.


Author(s):  
Karen Leandra ávila da Silva ◽  
Marcelo Félix Alonso ◽  
Sabrina Feltes de Moura ◽  
Túlio Felipe Verdi Filho

Resumo O monitoramento contínuo da qualidade do ar local é extremamente importante para a gestão ambiental de uma cidade, mas nem sempre viável pelo alto custo dos equipamentos. Por conta disso, investe-se muito na utilização da modelagem numérica no estudo da qualidade do ar, que é altamente dependente de inventários de emissões dos poluentes e seus precursores. Nesse contexto o objetivo deste trabalho foi realizar um estudo da dispersão do monóxido de carbono (CO) na Região Metropolitana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, utilizando o sistema de modelagem numérica CCATT-BRAMS, com ênfase nas fontes veiculares. Foram analisados dois períodos - janeiro de 2009 e janeiro de 2016 - utilizando-se as informações dos inventários de gases precursores elaborados pela FEPAM para os anos base de 2009 e 2013, respectivamente, distribuídos espacialmente com o auxílio do pré-processador de emissões PREP-CHEM-SRC utilizado pelo CCATT-BRAMS. No geral, as simulações representaram coerentemente os dados observados pela rede de monitoramento, com RMSE abaixo de 0,3 na maioria das estações avaliadas. Análises de sensibilidade também revelaram que, para o período avaliado, aproximadamente 40% da concentração de CO sobre a cidade de Porto Alegre foi devido ao transporte de larga escala, proveniente das cidades localizadas ao norte, dentro da Região Metropolitana.


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