A quimioterapia antineoplásica representa a utilização de substâncias químicas isoladas ou combinadas no tratamento dos tumores malignos, sendo considerada uma das mais importantes formas de combater o câncer. A neuropatia periférica (NP) é uma condição clínica caracterizada pelo comprometimento de nervos sensitivos e/ou motores periféricos, que pode apresentar múltiplas causas. A neuropatia periférica induzida por quimioterapia (NPIQ) é uma síndrome neurológica que acomete principalmente pacientes que realizam tratamento com antineoplásicos como taxanos (docetaxel, paclitaxel e cabazitaxel), derivados da platina (oxaliplatina, cisplatina e carboplatina), bortezomibe e alcalóides da vinca (vimblastina, vincristina e vinorelbina). A NPIQ é a complicação neurológica mais frequente, secundária ao tratamento antineoplásico e afeta um terço dos pacientes, interferindo na funcionalidade e comprometendo a qualidade de vida. Foi realizada uma revisão integrativa sobre a neuropatia periférica induzida por quimioterapia utilizando artigos científicos publicados nas bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library on Line), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Medical Literature Analysis (PubMed/MEDLINE) e Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde (IBECS) de acordo com os seguintes critérios de elegibilidade: estudos que tratavam da NPIQ e seus efeitos nos pacientes oncológicos e possíveis estratégias e intervenções relacionadas à prevenção, minimização e tratamento das NPIQ, e que incluíam no tratamento os quimioterápicos potencialmente neurotóxicos no formato de artigos científicos, nacionais e internacionais, publicados nos idiomas português, inglês e espanhol e indexados nos bancos de dados nos últimos cinco anos, incluindo 2015 à 2020. A amostra final consistiu em 10 estudos publicados nos últimos 05 anos. Constatou-se um pequeno número de estudos que tratam sobre o tema, identificando-se a necessidade de realização de estudos desse tipo, devido à alta incidência da NPIQ, para que possam ser compartilhadas estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento com consequente melhora da qualidade da assistência. Quanto mais práticas clínicas/resultados forem comentados, maior será a quantidade de estratégias para melhorar a qualidade de vida desses pacientes.