scholarly journals Proust y la geografía literaria. De la iconografía al manuscrito

Recial ◽  
2021 ◽  
Vol 12 (19) ◽  
pp. 15-27
Author(s):  
Mireille Naturel
Keyword(s):  

Si bien André Ferré es conocido como editor, junto con Pierre Clarac, de la primera edición de À la recherche du temps perdu en la colección de La Pléiade, fue primero el autor de una tesis y luego de un libro sobre la Géographie de Marcel Proust (Le Sagittaire, 1939). El resurgimiento editorial de una experiencia de deambulación comentada por Roland Barthes, tema de una serie de emisiones radiofónicas en 1978, que nos lleva de París a Illiers-Combray, nos vuelve a sumergir en esos lugares proustianos míticos. La reciente publicación, por Nathalie Mauriac Dyer, de los Soixante-quinze feuillets, et autres manuscrits inédits, extraídos de los archivos de Bernard de Fallois, confirma el “deseo obsesivo” que experimenta Proust por el lugar. Pero lo que interesa aquí es más bien el nacimiento de la mitología del lugar proustiano para las primeras generaciones de lectores de Proust. El lugar, en la paradójica fascinación que suscita entre realidad y ficción, es fotografiado, dibujado, reproducido. La ciudad de Illiers, que se convertirá en Illiers-Combray en 1971, nos servirá de referencia.

2012 ◽  
Vol 31 (1-2) ◽  
pp. 95-115
Author(s):  
João Gonçalves Vilela Leandro

Os conceitos de “trapaça da linguagem” e o de “véu” presentes, respectivamente, na Aula de Roland Barthes e no ensino de Jacques Lacan, parecem-nos fornecer elementos para melhor compreensão da modernidade do gênero ensaio como uma forma de escritura que joga com o leitor, valendo-se, fundamentalmente, de uma suposta experiência vivida pelo narrador que se anuncia em uma primeira pessoa - je. Nesse sentido, procuro nesse artigo, a partir de momentos esparsos da escritura de Marcel Proust, observar como ela se enleia ao gênero ensaístico a partir de um jogo enunciativo de um je que se serve de uma suposta experiência a fim de convencer seu leitor, mas que se alicerça na própria ficção.


Author(s):  
Carla Cavalcanti e Silva

<p><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">Em seu ensaio "Durante muito tempo, fui dormir cedo", publicado em o </span><em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">Rumor da língua</span></em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">, Barthes ressalta uma das características mais importantes da obra proustiana: não se trata nem de Romance, nem de Ensaio, mas de uma terceira forma. Essa forma seria a única possível a dar estrutura ao romance proustiano, que destaca, dentre outros elementos, a busca do próprio narrador por tornar-se escritor. Ao discorrer sobre essa nova lógica proustiana, Barthes se identifica com Marcel Proust, pois naquele momento, o crítico busca uma nova forma de escrever (a literatura) tendo como ponto de partida seu estado de luto, ou para usarmos um termo barthesiano, de acedia. O intuito desta comunicação é percorrer os escritos barthesianos que discorrem notadamente sobre Marcel Proust para analisar a importância do escritor francês na produção crítica e na escrita de Roland Barthes. Para tanto, propomos comentar fundamentalmente as obras: </span><em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">Novos ensaios críticos</span></em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">, </span><em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">O rumor da língua</span></em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;"> e </span><em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">A</span></em><em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">Preparação do romance</span></em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">.</span></p>


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