scholarly journals O MITO DA CONSPIRAÇÃO JESUÍTICA NO SÉCULO XIX: DAS PÁGINAS DA IMPRENSA AO UNIVERSO HISTÓRICO DE AS MINAS DE PRATA, DE JOSÉ DE ALENCAR

Fragmentum ◽  
2021 ◽  
Author(s):  
Rafaela Mendes Mano SANCHES

Resumo: O presente trabalho investiga a ressonância de propagandas e leituras antijesuíticas  na ficção histórica de José de Alencar. As investigações debruçam-se, em particular, sobre os debates e polêmicas em torno do libelo as Monita Secreta (Instruções Secretas dos Jesuítas) e dos folhetins franceses O Judeu Errante, de Eugène Sue, e O Visconde de Bragelonne, de Alexandre Dumas, que circulam na imprensa fluminense e contribuem para a configuração de aspectos temáticos e ideológicos do romance As Minas de Prata, de Alencar.  

2020 ◽  
Vol 65 (2) ◽  
pp. 73-95
Author(s):  
Rémy Poignault

"Tyranny and Derision in Alexandre Dumas’ Caligula. This paper studies the character of Caligula in Alexandre Dumas’ Caligula (1837) in comparison with the image left by the Roman emperor in ancient literary sources. Dumas highlights a tyrannical regime based on denial and flattery, shows the emperor as a tyrannical lover and mocks aspirations to the divinity of the one who takes himself for Jupiter, but is afraid of thunder, who wants to be the master of the destiny of all, but doesn’t master his own, falling under Messalina’s machinations. Keywords: Latin historiography, drama, destiny, machinations, tyranny."


1981 ◽  
Vol 61 (1) ◽  
pp. 140
Author(s):  
Manoel Cardozo ◽  
Luis Viana Filho
Keyword(s):  

2006 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
pp. 89-114
Author(s):  
Valdeci Rezende Borges
Keyword(s):  

Este artigo aborda, primeiramente, as relações estabelecidas entre cultura, natureza, sociedade, história e literatura no ensaio crítico Benção paterna, de José de Alencar, no qual se expressa a preocupação com a edificação de uma literatura brasileira, com "cor local" e uma identidade nacional. Em seguida, focam-se as descrições da natureza fluminense no romance Sonhos d'ouro, observando as formas culturais de interação dos indivíduos com os aspectos físico-naturais e as apreciações sobre eles inseridas num processo de produção de um imaginário formador de uma identidade da nação e da cidade, no qual se põem em relevo suas singularidades, belezas e monumentalidade.


2013 ◽  
Vol 88 (1) ◽  
Author(s):  
Mario Luiz Frungillo
Keyword(s):  

Publicado postumamente em 1877, Encarnação, de José de Alencar, tem recebido pouca atenção da crítica. Entretanto, este romance, publicado quando o romance romântico já dava sinais de esgotamento, mostra diferenças consideráveis em relação à sua ficção anterior, dando mesmo a impressão de que, em alguns aspectos decisivos, representa uma revisão de valores, especialmente daqueles expressos nos romances urbanos do autor (e mesmo a sua inclusão nesse conjunto parece em alguns momentos discutível). O romance, em suma, parece por vezes um pêndulo a balançar entre as convicções românticas de Alencar e o assédio do realismo já em seus começos no Brasil. E, assim como se relaciona de maneira problemática com a ficção que o antecede, também deixa dúvidas sobre a contribuição que Alencar, morto prematuramente, ainda poderia dar ao romance brasileiro.


2021 ◽  
Vol 33 (59) ◽  
Author(s):  
Telma Borges Silva

Este trabalho visa realizar uma reflexão sobre a literatura infantil e juvenil produzida no Brasil apósa Lei 10.639/2003, explicitando em que medida ela vai ou não ao encontro do que é postulado pelodocumento legal. Para tanto, valho-me das noções de “política de identidade” e de “identidade empolítica”, pensadas por Walter Mignolo, quando discute o que é “desobediência epistêmica”. Façoum diálogo com Michel Foucault, a partir de sua reflexão sobre episteme e com base no prefácio de As palavras e as coisas. A concepção de estereótipo e seus usos na literatura brasileira, conforme apresentado em Bastide, Brookshow e Proença Filho, contribui para uma incursão na história da literatura infantil e juvenil brasileira, que dividi em 5 fases, para evidenciar sua relação direta com as temáticas produzidas pela literatura brasileira dita para os adultos, destacando os estereótipos produzidos para tipificar os negros e cristalizando uma visão monotópica dessas personagens. Como contraponto a essa discussão, apresentei uma breve análise do livro O tronco do Ipé, de José de Alencar, no qual esses estereótipos se manifestam com bastante clareza. Destaquei algumas produções literárias da quinta fase para demonstrar em que medida elas avançam desconstruindo esses estereótipos, assinalando para conhecimentos pluriversais ou permanecem no sistema universal da episteme ocidental. No primeiro grupo, há aqueles livros que conservam o substrato cultural eurocêntrico, fazendo alguns ajustes para reacomodar personagens e espaços, dando uma nova coloração ao mito da democracia racial. No segundo, destaquei de que modo as produções baseadas em estudos sobre as culturas africanas, que fundamentam a afro-brasileira, apontam na direção da pluralidade praticando, portanto, a desobediência epistêmica.


Author(s):  
Thaís Maciel de Oliveira
Keyword(s):  
De Re ◽  

A partir de um contexto literário, busca-se fomentar uma harmonização do Direito com a Literatura com intuito de aproximar a imaginação literária da racionalidade pública, através da obra Senhora de José de Alencar. Portanto, através de uma pesquisa complexo-paradoxal e pelo método de abordagem dialético, problematiza-se a delimitação dos papéis sociais diante de uma dialética do reconhecimento com o outro. Consequentemente, a anulação das identidades presentes na obra é uma discussão atual e que ainda causa exclusões e infelicidades em pleno século XXI.


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