scholarly journals Análise da disponibilidade de imagens Landsat e Sentinel para o Brasil

2020 ◽  
Vol 24 ◽  
pp. e47
Author(s):  
Jean Francois Mas ◽  
Carlos Henrique Sopchaki ◽  
Francisco Davy Braz Rabelo ◽  
Francisca Soares de Araújo ◽  
Jonathan Vidal Solórzano

Neste trabalho, analisamos a disponibilidade de dados sem nuvens dos programas Landsat (refletância da superfície, 1982-2019) e Sentinel 2 (reflectância no topo da atmosfera, 2015-2019) no território brasileiro. No caso do Landsat, a quantidade de informações disponíveis aumenta consideravelmente em 1999 com o início do Landsat 7. No entanto, principalmente devido à presença de nuvens, a disponibilidade de dados varia muito em espaço e tempo. O bioma Amazônia, em particular, apresenta escassez de dados com uma média de 0,72 observações válidas por mês e com cinco meses com menos de 0,4 observações válidas (dezembro a abril). Os biomas Caatinga e Mata Atlântica também apresentam, em menor grau, poucos dados (0,96 e 1,07 observações válidas por mês, em média). Entretanto, outros biomas, como o pampa, apresentam um número significativo de dados (1,44 observações válidas por mês em média para a pampa) distribuídos ao longo do ano de maneira mais regular. O Sentinel 2, devido à melhor resolução temporal,  permite alcançar um número maior de observações válidas por mês (cerca de 3 para a Amazônia e 4 para o Pampa). No entanto, a constelação de satélites Sentinel tornou-se totalmente operacional somente em 2018 e, para estudos de períodos históricos, o Landsat, eventualmente combinado com outros sensores, como CBERS ou SPOT, permanece sendo a base de muitos estudos.

Nativa ◽  
2019 ◽  
Vol 7 (4) ◽  
pp. 437
Author(s):  
Ayrton Machado ◽  
Ana Paula Marques Martins ◽  
Carlos Roberto Sanquetta ◽  
Ana Paula Dalla Corte ◽  
Jaime Wojciechowski ◽  
...  

A Mata Atlântica é reconhecida internacionalmente como uma das maiores e mais importantes florestas tropicais do continente sul-americano e além de sua importância para a biodiversidade, esse Bioma exerce importante função no ciclo de carbono. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e aplicar uma rotina de detecção de mudanças dos estoques de volume, biomassa e carbono de 2000 a 2015 na Bacia do Rio Iguaçu, Estado do Paraná. Foram utilizadas imagens Landsat-7 ETM+ para o ano 2000 e Landsat-8 OLI para o ano de 2015 totalizando dez cenas para cada período. Foi desenvolvido uma rotina em Python e implementado no Software ArcGIS 10.4 para realizar a automatização de um processo de cálculo de estimativa de volume, biomassa e carbono para os remanescentes de vegetação natural. Houve acréscimo de 15,21% em volume, 14,95% em biomassa, 14,96% em carbono não considerando os estágios sucessionais nem subdivisão por fitofisionomia na bacia do Rio Iguaçu.  Desta forma, concluiu-se que a região de estudo está colaborando de forma positiva para a remoção de dióxido de carbono da atmosfera.Palavras-chave: bacia do rio Iguaçu; mudanças climáticas; sequestro de carbono. DYNAMICS OF VOLUME, BIOMASS AND CARBON IN THE ATLANTIC FOREST BY A CHANGE DETECTION TOOL ABSTRACT: The Atlantic Forest is recognized internationally as one of the largest and most important tropical forests in the South American continent and besides its importance for biodiversity, this biome plays important role in the carbon cycle. The objective of this work was to develop and apply a routine of detection of changes in volume, biomass and carbon stocks from 2000 to 2015 in the Iguaçu River Basin, State of Paraná. They were used Landsat-7 ETM+ images for the year 2000 and Landsat-8 OLI images for the year 2015 totaling ten images for each period. A routine was developed in Python and implemented in ArcGIS 10.4 Software to perform the automation of a calculation process of volume, biomass and carbon estimation for the remnants of natural vegetation. There was an increase of 15.21% in volume, 14.95% in biomass, 14.96% in carbon, not considering successional stages nor subdivision by phytophysiognomy in the Iguaçu River basin. Thus concludes that the region of study is collaborating in a positive way for the removal of carbon dioxide from the atmosphere.Keywords: Iguaçu river basin; climate changes; carbon sequestration.


2020 ◽  
Vol 72 (4) ◽  
pp. 681-696
Author(s):  
Andeise Cerqueira Dutra ◽  
Egidio Arai ◽  
Claudia Bloisi Vaz Sampaio ◽  
Yosio Edemir Shimabukuro

O presente estudo tem como objetivo avaliar a distribuição espacial e temporal da cobertura de nuvens no Nordeste brasileiro, mensal e anualmente, a partir de 2000 a 2019, afim de determinar se há um padrão espacial e temporal na distribuição da cobertura de nuvens e se existe um padrão entre a distribuição de cobertura de nuvens em relação à quantidade de chuva. Para isso, foram utilizadas imagens diárias adquiridas para o período analisado pelo sensor MODIS, que incluem a garantia de qualidade (QA) desses dados quanto a cobertura de nuvens (pixel livre de nuvens, com total cobertura de nuvens, ou com mistura de nuvens). Para fins comparativos, dados de QA dos sensores OLI (Landsat-8) e MSI (Sentinel-2) para 2019 foram utilizados. Além disso, foram utilizados dados de chuva adquiridos pelo satélite TRMM, considerando os biomas Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado. Os resultados possibilitaram conhecer a distribuição espacial e temporal de imagens livres de nuvens e aqueles com presença de nuvens. Na região Nordeste, os biomas Amazônia e Mata Atlântica são fortemente afetados pela presença de nuvens, enquanto os biomas Caatinga e Cerrado são os menos afetados. Observações anuais não indicam clara evidência sobre a redução na qualidade dos dados em anos mais chuvosos. Enquanto que as observações mensais indicam que, exceto para a Mata Atlântica, nos meses mais chuvosos há redução de ~50% de imagens livres de nuvens. Dessa maneira, os meses mais favoráveis à aquisição de dados por sensores ópticos são no período seco, mais especificamente entre maio e outubro, principalmente no bioma Cerrado. Os resultados apontam a necessidade de aumento na disponibilidade de imagens orbitais livres de nuvens na região, sobretudo nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, visto que isso se torna um fator limitante para o mapeamento e monitoramento de uso e cobertura da terra dessa região principalmente quanto menor for a resolução temporal do sensor utilizado.


IRRIGA ◽  
2012 ◽  
Vol 17 (1) ◽  
pp. 85 ◽  
Author(s):  
Kelly Cristina Tonello ◽  
José Teixeira Filho

2019 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 205-217
Author(s):  
Nádson Ricardo Leite de Souza ◽  
Vanessa Vasconcelos da Silva ◽  
Edson Henrique Almeida de Andrade ◽  
Valéria Raquel Porto de Lima

A Mata do Buraquinho consiste no maior remanescente de Mata Atlântica em área urbana do país, é cortada pelo Rio Jaguaribe, um dos afluentes do Rio Paraíba e maior rio urbano de João Pessoa/PB que, represado, forma o Açude do Buraquinho, de onde provém parte da água potável da capital paraibana. O local é declarado uma Área de Preservação Permanente desde 1989, devido à importância ambiental e, desde o ano de 2000, abriga o Jardim Botânico Benjamin Maranhão, que ocupa mais de 65% da área total, criado com a missão de fortalecer as ações de preservação e promover a intensificação dos estudos no representativo ambiente, todavia, a existência de trilhas em seu interior possibilita maior vulnerabilidade à degeneração ecossistêmica, somada aos efeitos de borda no contato com a densa urbanização do entorno. Com o objetivo de analisar os impactos ambientais negativos ocasionados por tais bordas, foram realizadas observações in loco, por meio de inventariações de parcelas concretizadas ao longo das trilhas mais frequentadas, onde se apurou diversos indicativos de degradação florestal. A partir disso, confirmou-se a autenticidade das teorias empregadas sobre os impactos ambientais negativos e a degeneração das espécies habituais, resultantes das ações de caráter antrópico, concluindo-se que a propagação dos efeitos de borda originada pela abertura de trilhas que favorecem o avanço da degradação e fazem-se necessárias ações de conservação mais rigorosas do que as em vigor, mesmo se tratando de uma área legalmente protegida.Palavras-chave: Efeitos de borda; Degeneração ecossistêmica; Mata do Buraquinho. ABSTRACTMata do Buraquinho is the largest remnant of Mata Atlântica in an urban area of the country. It is cut by the Jaguaribe River, - one of the tributaries of the Paraíba River and the largest urban river of João Pessoa/PB – which was dammed up forming the Açude do Buraquinho, from where comes part of the potable water of the capital of Paraíba. The place has been declared a Permanent Preservation Area since 1989. Due to its environmental importance and, since the year of 2000, it has sheltered the Benjamin Maranhão Botanical Garden, which occupies more than 65% of the total area. This garden was created with the mission of strengthening actions of preservation and to promote the intensification of studies in the representative environment. However, the existence of trails inside of it, allows greater vulnerability to the ecosystem degeneration, and combined with effects of border in the contact with the dense urbanization of the surrounding area. In order to analyze the negative environmental impacts caused by such edges, some observations were made in loco, through inventories of concretized plots along the most frequented trails, where several indications of forest degradation were obtained. From this, the authenticity of the theories used on the negative environmental impacts and the degeneration of the habitual species was confirmed. And resulting from actions of anthropic character, it was concluded that the propagation of the edge effects originated by the opening of tracks, favors the advance of the degradation and becomes necessary conservation actions more stringent than those in force, even in the case of a legally protected area. Keywords: Edge effects; Ecosystem Degeneration; Mata do Buraquinho. RESUMENLa “Mata do Buraquinho” es el testimonio más grande del bosque Atlántico en el área urbana de Brasil, es cortado por el Río Jaguaribe, uno de los tributarios del Río Paraíba, además, es el río urbano más grande de João Pessoa/PB, que forma la presa del “Buraquinho”, de donde proviene el suministro de agua potable para la capital del Estado de Paraíba. Esta zona es declarada un Área de Preservación Permanente desde 1989, debido a su importancia ambiental, y desde el año 2000, acoge el Jardín Botánico Benjamin Maranhão, que ocupa más de 65% del área total, creado con la misión de fortalecer las acciones de preservación y promover la intensificación de los estudios en el representativo de ambiente, sin embargo, la existencia de rutas en el interior aumenta la vulnerabilidad a la degeneración ecosistémica, añadidos a los efectos de borde que tienen contacto directo con la densa urbanización de los alrededores. Con el propósito de analizar los impactos ambientales negativos ocasionados por estos bordes, han sido realizadas observaciones "In loco", a través de inventariaciones de parcelas implementadas a lo largo de las rutas más frecuentadas, donde se ha detectado indicios de degradación forestal. Con eso, se ha confirmado la autenticidad de las teorías utilizadas sobre los impactos ambientales negativos y la degeneración de especies habituales, resultantes de acciones antrópicas, se concluye que la propagación de los efectos de borde originada por la apertura de rutas ha favorecido el avance de la degradación, con eso, son necesarias acciones de conservación todavía más estrictas de que las que existen, aún que ya sea un área protegida por la ley.Palabras-clave: Efectos de borde; Degeneración ecosistémica; Mata do Buraquinho.


IAVS Bulletin ◽  
2016 ◽  
Vol 2016 (4) ◽  
pp. 8-23
Author(s):  
Monika Janišová ◽  
Ladislav Mucina ◽  
Manoel Cláudio Da Silva Júnior ◽  
Giselda Durigan ◽  
Gabriel Pavan Sabino ◽  
...  

2014 ◽  
Vol 26 (1) ◽  
pp. 79-82
Author(s):  
Dilze Argôlo Magalhães ◽  
Edna Dora Martins Newman Luz ◽  
Marcos Vinícius Oliveira dos Santos ◽  
Larissa Argôlo Magalhães ◽  
José Luiz Bezerra

2002 ◽  
Vol 26 (6) ◽  
pp. 727-742 ◽  
Author(s):  
Rosângela Alves Tristão Borém ◽  
Ary Teixeira de Oliveira-Filho

Este estudo foi realizado em um fragmento de Floresta Atlântica pertencente à fazenda Biovert, no município de Silva Jardim, Rio de Janeiro. Teve como objetivos a caracterização da vegetação e a análise da estrutura da comunidade arbórea que ocorre ao longo de uma toposseqüência de um trecho de Floresta Atlântica bastante alterado antropicamente, de forma a estabelecer critérios adequados para seu manejo e sua recuperação. Para o estudo foi empregado o método de amostragem por parcelas de área fixa, distribuídas de forma sistemática, na toposseqüência. Os dados foram coletados de parcelas amostrais de 600 m², alocadas nos terços inferior, médio e superior de uma toposseqüência. Foram registrados, por espécie, os nomes vulgares e científicos e a circunferência do tronco a 1,30 m (CAP). No levantamento da composição florística foram constatadas 43 famílias, 95 gêneros e 129 espécies, obtendo-se um índice de diversidade de Shannon (H') de 4,137 nats/indivíduo. As espécies mais importantes (VI) foram Euterpe edulis, Cecropia glaziovii, Astrocaryum aculeatissimum e Piptadenia gonoacantha.


Rodriguésia ◽  
2017 ◽  
Vol 68 (2) ◽  
pp. 557-567
Author(s):  
Thiago Machado Greco ◽  
Ana Zannin

Resumo O trabalho apresenta o levantamento das espécies de Olyreae na Ilha de Santa Catarina, inserida no domínio da Mata Atlântica, no litoral do estado de Santa Catarina, sul do Brasil. A tribo compreende os bambus herbáceos e está distribuída nas florestas tropicais e subtropicais, especialmente nos Neotrópicos. É caracterizada por apresentar espiguetas unissexuadas, frequentemente dimórficas, unifloras, sem extensão da ráquila e células epidérmicas com corpos silicosos em forma de cruz na zona costal e crenados na zona intercostal. Foram realizadas coletas entre maio de 2011 e março de 2013. Procedeu-se a análise morfológica de estruturas vegetativas e reprodutivas e a realização de microfotografias de antécios pistilados de coleções de herbário. Foram reconhecidos três gêneros e cinco espécies, todas da subtribo Olyrinae: Olyra glaberrima, O. humilis, O. latifolia, Parodiolyra micrantha e Reitzia smithii. A maioria das espécies está presente apenas em alguns pontos da Ilha, em populações reduzidas, em áreas de vegetação mais preservada ou em regeneração. Parodiolyra micrantha é a espécie mais comum e amplamente distribuída na Ilha e Reitzia smithii a de distribuição mais restrita, recoletada após 34 anos no estado de Santa Catarina. São apresentadas descrições, ilustrações, uma chave de identificação e comentários para cada espécie.


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