Vers un nouvel empirisme juridique : les Études Juridiques Empiriques et le Nouveau Réalisme Juridique

Un regain d’intérêt pour la recherche empirique au sein des disciplines juridiques s’est produit au cours de la dernière décennie, rappelant un tournant empirique similaire ayant eu lieu pendant l’ascension du Réalisme Juridique en pleine période du New Deal. Toutefois, le renouveau actuel de l’empirisme juridique a émergé avec en arrière-plan plusieurs traditions bien établies de recherches socio-juridiques empiriques, au sein du mouvement interdisciplinaire droit et société, et au sein des disciplines des sciences sociales. Cet article examine deux des principales manifestations de ce « nouvel » empirisme juridique, les études juridiques empiriques (ELS pour Empirical Legal Studies) et le nouveau réalisme juridique (NLR pour New Legal Realism) tout en les situant dans le champ socio-juridique préexistant. L’analyse se termine en considérant les avenirs possibles de la recherche empirique du droit.

Novos caminhos da figuração: a migração dos artistas portugueses para Londres e Paris no pós-guerra

Este artigo cruza duas investigações centradas nos percursos internacionais dos artistas portugueses e as suas experiências criativas em Londres e Paris. Partindo do contexto português e dos novos desafios artísticos no período após a Segunda Guerra Mundial, o texto explora os distintos contributos dos artistas em Londres e Paris para a formulação de uma nova corrente estética, a nova-figuração, e para a abordagem da contemporaneidade, quer do ponto de vista político, quer do ponto de vista da nova cultura de massas e de consumo. Neste artigo, é dada ainda particular atenção à receção pela crítica portuguesa do trabalho destes artistas, que foi interpretado como sendo especificamente português, resultando de movimentos criativos anteriores e do ambiente político, económico e social do país. Esta “nacionalização” da nova-figuração é confrontada, neste estudo, com a abordagem crítica por parte dos artistas portugueses relativamente às novas correntes artísticas internacionais, como o “realismo moderno”, a pop art e o nouveau réalisme. Propõe-se, ainda, que estes artistas migrantes delinearam no contexto internacional, linhas de trabalho que complexificaram o panorama artístico europeu ao colocar em diálogo uma realidade específica, marcada pelo totalitarismo e repressão, e novas formas de expressão.

Almoços partilhados, amores não correspondidos e conversas inacabadas. Quotidiano e arte contemporânea

A tentativa de fixar o trivial, de dar visibilidade ao aparentemente banal e de, assim, recusar que o quotidiano se dilua no esquecimento é um dos traços que podemos identificar em muitas das propostas artísticas que têm vindo a ser desenvolvidas, sobretudo desde o segundo pós-guerra. Esta produção privilegia um renovado contacto com a realidade e traduz-se através da apropriação, utilização e problematização das suas matérias, dos seus objectos e dos seus gestos - como se tornou particularmente evidente na Pop Art ou no Nouveau Réalisme, mas também nas diferentes dinâmicas performativas que se consubstanciaram ao longo das décadas seguintes e que continuam a ser exploradas na actualidade. Partindo da década de 1960, e tomando como referência a produção de diferentes artistas que recuperaram acções muitas vezes consideradas como anónimas ou residuais (Lefebvre 1947), este artigo procura problematizar o quotidiano nas práticas artísticas contemporâneas.

Rooms in Alibi: How Akasegawa Genpei Framed Capitalist Reality

In 1963 and 1964, Japanese artist Akasegawa Genpei was working on two related series of objects he called “model” 1,000 Yen-notes and “model” wrapped objects. As he established in his 1964 “Thesis of ‘Capitalist Realism,'” he made these “models” as a method of exposing the contingent legitimacy that mass-produced currency and commodities had as “real things.” This article focuses its analysis on Akasegawa's wrapped furniture installation for Room in Alibi (1963) as a complex demonstration of the ways in which the model could “frame” capitalism's emerging consumer lifestyle object systems. As such, his models can be seen as part of a larger discursive engagement with questions about domestic reality emerging at the conjunction of Neo-Dada, Pop, Nouveau Réalisme, happenings, and Fluxus in 1963–64. They ran parallel to other experimental models, scores, games, instructions, and demonstrations, which often, and surprisingly consistently, also used domestic furniture and objects (such as Gerhard Richter and Konrad Lueg's use of model living room sets in Living with Pop—A Demonstration for Capitalist Realism).