MODOS
Latest Publications


TOTAL DOCUMENTS

266
(FIVE YEARS 166)

H-INDEX

0
(FIVE YEARS 0)

Published By Modos Revista De Historia Da Arte

2526-2963

MODOS ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (3) ◽  
pp. 1-13
Author(s):  
Marize Malta ◽  
Maria de Fátima Morethy Couto ◽  
Emerson Dionisio Oliveira

Como aquilo que é considerado global, pode estar associado a um lugar específico, como o Brasil ou a cidade em que nascemos ou moramos no Brasil, ou seja, um local? Por que podemos afirmar que o global é aqui? Um país “descoberto”, colonizado, no Atlântico Sul, periférico, “exótico”, que, a partir do século XIX ainda buscou civilizar-se aos moldes europeus, assumindo como modelos instituições do Velho Mundo e suas formas de pensamento, legando uma herança construída a partir da colonização do pensamento?


MODOS ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (3) ◽  
pp. 289-311
Author(s):  
Daniel Vladimir Tapia Lira de Siqueira ◽  
Edson Leite
Keyword(s):  

Este trabalho relaciona a obra de Ai Weiwei com o conceito de testemunho, discute a questão da violência e aponta o valor artístico de sua obra, inserida na sua postura de ativista. Recorre-se a Walter Benjamin para apontar a ambiguidade da ação policial e como através dela o Estado mantém a ordem e controla as ações dos cidadãos. Para ilustrar isto, escolheu-se o que aconteceu ao artista no episódio relacionado ao terremoto da China em 2008, no qual cerca de 5.000 crianças morreram. Houve denúncias de que o material usado para construção era de má qualidade e acusou-se as autoridades e as construtoras de desvio de verbas. O governo se recusou a publicar o nome das crianças mortas e o artista se mobilizou para descobrir o nome delas e as publicou em seu blog. Posteriormente, o artista realizou várias obras para que a morte dessas crianças não fosse esquecida.


MODOS ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (3) ◽  
pp. 313-342
Author(s):  
Flavia Galli Tatsch
Keyword(s):  

Este artigo tem como objetivo analisar a Virgem Abrideira dos Gozos de Maria pertencente à Coleção Ivani e Jorge Yunes, em São Paulo. Virgens Abrideiras dos Gozos de Maria são esculturas de vulto que possuem um tipo de mecanismo frontal que permite abrir seus corpos totalmente ou apenas em parte, revelando cenas marianas em seu interior. Existem três exemplares ibéricos, dos séculos XIII e XIV, que se encontram em acervos nas cidades de Allariz, Évora e Salamanca. Apesar dos temas entalhados em seu interior, a Abrideira da Coleção Yunes foi elaborada em outro espaço temporal e geográfico (em alguma possessão ibérica no Extremo Oriente). Na falta de exemplares similares que pudessem conduzir a análise, esta pesquisa procurou vislumbrá-la à luz das imaginárias resultantes dos encontros culturais entre europeus e asiáticos, como a indo-portuguesa, singalesa, hispano-filipina ou chinesa. Os enigmas que cercam os fatores de sua produção levantaram questões a respeito das fronteiras impostas pela historiografia ― como taxonomias e categorias etnocêntricas ― e apontaram para a necessidade de se pensar a transculturalidade e os espaços “intermediários”.


MODOS ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (3) ◽  
pp. 259-287
Author(s):  
Marco Túlio Lustosa de Alencar

Animais foram deslocados do ambiente natural, apropriados como as coisas em geral e, ao serem expostos em instituições legitimadas, confirmados como objetos de arte. Embora constatemos a regularidade desses seres em trabalhos artísticos, a temática carece de reconhecimento. Mudanças na abordagem da História da Arte, contudo, favorecem o debate em torno da questão ao atentar para práticas pouco ou quase nunca estudadas, como o emprego do corpo do animal. Ainda assim, os artistas não desistiram de utilizar em seus trabalhos exemplares das mais inusitadas espécies, incluindo aqueles que se alimentam de matéria em decomposição, classificados como necrófagos. Este artigo intenta engendrar um paralelismo entre esses espécimes que, apesar de gozarem de má-reputação, ocupam posição fundamental no ciclo da vida e artistas contemporâneos que desempenham papel estratégico na manutenção do equilíbrio do ecossistema da arte ao fazer uso de animais de toda origem em suas produções.


MODOS ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (3) ◽  
pp. 197-221
Author(s):  
Madalena Hashimoto Cordaro ◽  
Michiko Okano

A partir de pesquisas de levantamento e de campo já realizadas das principais coleções asiáticas no Brasil – Ema Klabin, Instituto Moreira Salles, Museu Oscar Niemeyer e Museu da Imigração Japonesa – analisaremos e refletiremos sobre o alargamento de gêneros artísticos baseado na história da arte japonesa em contraponto à eurocêntrica. Assim, a metodologia utilizada será qualitativa, dentro de uma abordagem historiográfica, indutiva e analítica. As coleções estudadas foram formadas por mobilidades e conexões pessoais estabelecidas sem uma pré-agenda institucional, por dois empresários e um diplomata brasileiros bem como por imigrantes japoneses. Externam a não hierarquização de gêneros artísticos e descortinam a compreensão oriental tradicional de arte.


MODOS ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (3) ◽  
pp. 223-257
Author(s):  
Fernanda Mendonça Pitta

O artigo examina a gênese da noção de arte indígena a partir do ensaio “l’Art” de Eduardo Prado, publicado em francês no livro Le Brésil, em 1889. Historicizando a noção e refletindo sobre as implicações que teve essa invenção para a construção de uma ideia de arte brasileira, o artigo conclui com uma discussão a respeito das demandas contemporâneas formuladas por agentes e artistas indígenas que convidam à uma mudança de perspectiva: ao invés de assentar a origem de uma noção de arte brasileira na apropriação das manifestações artísticas indígenas, indigenizar o campo da história da arte no Brasil, respeitando as demandas de vários agentes indígenas que exigem que as instituições reconheçam suas cosmovisões, experiências e proposições sobre arte e criação.


MODOS ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (3) ◽  
pp. 164-195
Author(s):  
Franziska Koch

The transcultural artistic strategies formulated in the Fluxus network during the 1960s, spanning Europe, East Asia, and the USA, are an important reference when searching for ways how to write art history in a global way. These strategies challenged national framings of art informed by the Eurocentric legacy of modernism. In this paper, I focus on Nam June Paik’s (self)positioning in negotiation with the taxonomic mechanisms of the Guggenheim Museum New York in 1994. I will analyze the conditions and limits of his cultural mediation. The first part of my chapter shows how Paik drew a fine-grained picture of Japanese experimental art as a Korean who had studied in Tokyo during the 1950s and then re-visited in the 1960s. In his version, Paik employs transcultural discursive strategies directed towards rewriting art history in ways that take account of multiple agencies and cultural entanglements. The second part of my study analyzes the resulting institutional conflict between Paik and Guggenheim’s Japanese survey show, Scream against the sky, to which he contributed an essay but declined to participate with his work. This paper articulates the transcultural (counter-) potential of artists who work(ed) across borders, especially at moments when Western canonization was a double-edged sword.


MODOS ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (3) ◽  
pp. 122-139
Author(s):  
Claire Farago

With a special emphasis on regional studies, this chapter takes up the challenge to theorize about the complexities of cultural interaction without imposing ethnocentric categories such as those that historically defined the discipline of art history on Euro-American terms. One of the primary obstacles to rethinking the discipline of art history has been the segmentation of our archives by period style and national culture. How can we access this past (and present) without also passing on values that may no longer be tenable but are inherent in our classifying terms and structures? I review issues of shared concern across a wide expanse of methods and subjects under four categories: (1) the problem of universals and universalism; (2) working within a national culture model in a transcultural setting; (3) the epistemic and ontological ground of research; and (4) the ethics of scholarship. I advocate for a material-based, non-transcendental ontology capacious enough to appeal to many different interpretative aims at the center of transcultural approaches, such as what happens when values, beliefs, and information are not held in common. In such cases, interpretation focuses on the heterogeneity of the artwork itself.


MODOS ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (3) ◽  
pp. 141-162
Author(s):  
Maria Berbara

Em ilustrações de livros, gravuras e mapas europeus produzidos na primeira época moderna é comum representar o canibalismo através de mesas de abate sobre as quais seres humanos são desmembrados. Este artigo investiga os meandros globais percorridos pela mesa de açougueiro, ou de abate, antes de ser firmemente incorporada à iconografia do “canibalismo brasileiro”. Importantes precedentes são, de um lado, elementos retóricos e visuais remontantes à antropofagia mongol; de outro, a iconografia da profanação da hóstia e o conceito da contrafação do sagrado. 


MODOS ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (3) ◽  
pp. 97-120
Author(s):  
Flavia Galli Tatsch ◽  
Claire Farago

As discussões sobre a "virada global" na História da Arte estão ganhando cada vez mais espaço. Desde o final do século passado, os historiadores da arte voltaram seus procedimentos e métodos para aprofundar as conexões, trocas, interdependências, mobilidade e culturas visuais compartilhadas entre grupos geograficamente diversos. As pesquisas realizadas nesse contexto abriram novos caminhos para materialidades, obras e objetos pouco estudados ou conhecidos. É cada vez mais necessário incentivar a pesquisa que conecte as várias regiões e formas culturais. Como os insights de estudos regionais e locais podem ser integrados em uma rede internacional inclusiva de atividades acadêmicas? Convidamos propostas teóricas criativas e estudos de caso estratégicos de todos os campos, locais e épocas para prever um futuro para a história da arte global, concentrando-nos em conectividades, diferenças culturais negociadas e processos históricos dinâmicos. Esse futuro disciplinar resiste à lógica da globalização econômica, evita o enquadramento nacional de seus objetos de investigação, evita hierarquias de gênero, rejeita o presentismo histórico e põe em causa reivindicações não examinadas de universalidade.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document