cunto de li cunti
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2019 ◽  
Vol 8 (3) ◽  
pp. 245-256
Author(s):  
Adriana Aparecida de Jesus Reis ◽  
Maria Celeste Tommasello Ramos

Trata-se da tradução literária do conto de fadas “Petrosinella”, presente no livro Lo cunto de li cunti ovvero lo trattenemiento de peccerille (O conto dos contos ou o entretenimento dos garotinhos), também chamado de Pentamerone ossia la fiaba delle fiabe (Pentamerão, ou seja, a fábula das fábulas), obra-prima do escritor italiano Giambattista Basile, original de Nápoles, que viveu entre 1575-1632. Lo cunto de li cunti é uma antologia composta por quarenta e nove contos maravilhosos narrados durante cinco dias ou jornadas e enquadrados por uma narrativa que é também um conto maravilhoso, totalizando cinquenta deles articulados entre si para compor a obra. Essa coletânea foi publicada póstuma e originalmente em dialeto napolitano, língua falada na porção meridional da Itália, na região de Nápoles, fato que dificultou a divulgação da obra de Basile no restante da península e na Europa, por conta da restrição linguística ligada ao dialeto. Assim, a obra prima do autor napolitano permaneceu, durante muito tempo, desconhecida do público literário em geral. Foi somente em 1925 que a obra foi traduzida para o italiano standard, recebeu o nome Pentamerone, título atribuído pelo filósofo e crítico literário Benedetto Croce, que realizou tal tradução em alusão à estrutura narrativa empregada no Decamerone, de Giovanni Boccaccio. Contudo, antes mesmo dos italianos em geral terem contato com a obra, os bibliotecários, escritores e filólogos alemães Jacob e Wilhelm Grimm conheceram-na por intermédio do amigo Clemens Brentano (de família com origem italiana), fato que impulsionou a tradução da obra para a língua germânica, em 1846 pelo estudioso Félix Liebrecht, para a qual os irmãos Grimm escreveram um prefácio. Em virtude desse dado, atestado pelo pesquisador Andrea Lombardi (2015), e da confluência entre seus enredos, é possível afirmar que “Petrosinella”, primeiro conto maravilhoso narrado na segunda jornada do Pentamerone, pode ser o texto-fonte de “Rapunzel”, conhecidíssimo conto de fadas pela versão dos Grimm, que legou à Literatura Infantil e ao imaginário popular a figura da famosa personagem de longuíssimos cabelos, reclusa durante muitos anos numa alta torre. Em outras palavras, a personagem “donzela da torre”, forma pela qual a bela Rapunzel é identificada pelos folcloristas. Com isso, chegamos à conclusão de que é inegável a contribuição de Basile para o nascer da Literatura infantil. Nesse sentido, com o objetivo de alargar o escopo de autores europeus estudados nesse campo de pesquisa em nosso país, acreditamos ser relevante propor para o público brasileiro a leitura da versão infantojuvenil do conto em italiano, agora traduzida para o português e acompanhada de notas explicativas a respeito de questões que envolvem aspectos culturais e tradutórios. A intenção é tanto a de promover uma leitura em português quanto de contribuir para que a obra de Basile seja mais conhecida no Brasil.  


2015 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 5
Author(s):  
Andréia Guerini ◽  
Rozalir Burigo Coan

<p>Se as traduções mantêm vivos os “originais”, as retraduções os colocam em contínuo movimento literário, abrindo espaço para algumas reflexões, com destaque para a posição do tradutor em relação à obra que irá traduzir. Neste artigo buscamos analisar alguns paratextos, mais especificamente os prefácios e posfácios, que orientaram a primeira tradução para o italiano do dialeto napolitano de Lo cunto de li cunti, de Giambattista Basile, realizada por Benedetto Croce, em 1925, e a sua última retradução, de Carolina Stromboli, em 2013, a fim de verificar o que norteou os dois projetos tradutórios e ver em que medida eles se diferenciam.</p><p>While translations keep “original” texts alive retranslations provide them with unbroken literary flowing – opening up spaces for further reflections and putting the translator’s position vis-à-vis the work to be translated in the spotlight. Within this article we aimed at analysing some paratexts – more specifically fore and afterwords – which have guided the first translation of the Neapolitan dialect present in Giambattista Basile’s Lo cunto de li cunti into Italian, carried out by Benedetto Croce in 1925, and the last retranslation promoted by Carolina Stromboli, in 2013, as to verify how the translation projects’ foundation has been established and in which sense they differ from one another.</p>


2015 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 5
Author(s):  
Andréia Guerini ◽  
Rozalir Burigo Coan

<p>Se as traduções mantêm vivos os “originais”, as retraduções os colocam em contínuo movimento literário, abrindo espaço para algumas reflexões, com destaque para a posição do tradutor em relação à obra que irá traduzir. Neste artigo buscamos analisar alguns paratextos, mais especificamente os prefácios e posfácios, que orientaram a primeira tradução para o italiano do dialeto napolitano de Lo cunto de li cunti, de Giambattista Basile, realizada por Benedetto Croce, em 1925, e a sua última retradução, de Carolina Stromboli, em 2013, a fim de verificar o que norteou os dois projetos tradutórios e ver em que medida eles se diferenciam.</p><p>While translations keep “original” texts alive retranslations provide them with unbroken literary flowing – opening up spaces for further reflections and putting the translator’s position vis-à-vis the work to be translated in the spotlight. Within this article we aimed at analysing some paratexts – more specifically fore and afterwords – which have guided the first translation of the Neapolitan dialect present in Giambattista Basile’s Lo cunto de li cunti into Italian, carried out by Benedetto Croce in 1925, and the last retranslation promoted by Carolina Stromboli, in 2013, as to verify how the translation projects’ foundation has been established and in which sense they differ from one another.</p>


2008 ◽  
Vol 29 (2) ◽  
pp. 73-92
Author(s):  
Pasquale Sabbatino
Keyword(s):  

Nel corso del presente intervento si pone l'attenzione sul profondo e prolifico legame letterario che intercorre tra il drammaturgo novecentesco Roberto De Simone e lo scrittore seicentesco Giovanbattista Basile. In questo senso si evidenziano tre tappe salienti. De Simone debuttò nel 1976 al Festival dei due Mondi di Spoleto con un'opera intitolata La gatta cenerentola chiaramente inspirata alla favola di Basile, nel 1989 pubblicò la traduzione dall'antico napoletano in dialetto moderno della raccolta Il Pentamerone ovvero Lo cunto de li cunti trattenimento de piccerille (Napoli, ed. Il Mattino), mentre del 2002 è la doppia riscrittura, in dialetto e in italiano, del Cunto de li cunti di Basile (Torino, Einaudi). L'analisi, in particolar modo, di quest'ultima opera permette, inoltre, di sottolineare il forte intento parodico di De Simone nei confronti di Benedetto Croce. Nell'anno del cinquantesimo anniversario della morte del filosofo abruzzese, De Simone decide di inserire nella propria riscrittura del Cunto di Basile il personaggio Croce, condannandolo irriverentemente a "un peteggiare involontario, ereditato dall'aerofagia patita prima di morire".


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