Ao longo da história, músicos, pintores, fotógrafos, literatos, cineastas, teatrólogos, cronistas, poetas, desenhistas, buscaram captar um pouco a essência das cidades e, a partir de suas obras, criaram representações e discursos para explicá-la ou evidenciá-la. Assim sendo, torna-se viável investigar uma urbe a partir de diversos pormenores e formas de representação. A cidade de Pelotas foi palco de uma série de transformações urbanas na virada do século XIX para o XX a partir do desenvolvimento e ampliação de diversas melhorias para a população, tais como: iluminação, pavimentação, transporte, obras de lazer e saneamento, entre outras. Dessa forma, o objetivo da presente comunicação é analisar as crônicas literárias sobre o mundo urbano pelotense nos primeiros decênios do século XX a fim de compreender de que forma a urbe e o seu cotidiano foi retratado pelos autores que escreviam ao “rés-do-chão”.