Manuscrítica: Revista de Crítica Genética
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Published By Universidade De Sao Paulo, Agencia USP De Gestao Da Informacao Academica (AGUIA)

2596-2477, 1415-4498

Author(s):  
Cecilia Salles ◽  
Júlia Meireles ◽  
Mariana Carlin ◽  
Paola Pinheiro ◽  
Patrícia Dourado ◽  
...  

O presente trabalho foi escrito a muitas mãos no contexto do Grupo de Pesquisa de Processos de Criação da PUC-SP, diante do desafio permanente colocado pela expansão dos arquivos da criação. O ponto de partida foi uma publicação no perfil do Instagram do Ateliê Carlos Vergara, em que o artista registra (e posta) a queima de arquivos, como um “exercício de rigor”. A postagem foi detonadora de vários questionamentos sobre a materialidade dos arquivos, especialmente no contexto digital e das redes sociais. Assuntos como transformação das materialidades; acumulação e convivência entre as práticas de registro; performances de processo; especificidades do registro audiovisual e das redes sociais são alguns dos pontos abordados pelo artigo.


Author(s):  
Paula Monseff Perissinotto

Este relato trata-se do processo da pesquisa de doutorado intitulada Arquivo Vivo: a memória cultural do contexto histórico mutante de um passado recente. O objeto da pesquisa é o arquivo do FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica – e seus registros constituídos através de documentos e dados ao longo de vinte anos. O conteúdo narra os desdobramentos práticos decorridos dos encontros on-line realizados em março de 2021, mais especificamente o que se desdobrou da sessão intitulada “Arquivo como Instituição”, realizada em 30 de março de 2021, em que uma aliança de parceiros foi efetivada entre a equipe do ISEA (Simpósio Internacional de Arte Eletrônica), do ACM SIGGRAPH (Association for Computing Machinery’s Special Interest Group on Computer Graphics and Interactive Techniques) e do FILE com objetivo de buscar interconexão entre os arquivos digitais de cada organização. Trata ainda do passo a passo em busca da complexa conexão dos dados entre arquivos digitais e o processo de implementação do arquivo digital do FILE que está sendo realizada de acordo com a modelagem semântica e de dados definidos, incluindo o cadastro de informações de dados relativos aos anos de 2015 a 2019, visando sua organização no repositório digital Tainacan.


Author(s):  
Taylane Vieira dos Santos ◽  
Tainá Matos Lima Alves Boaventura ◽  
Patrício Nunes Barreiros

Neste artigo, discutiremos um modelo de edição que evidencia a pluralidade de textos e paratextos dos arquivos de escritores, propiciado pela aproximação entre a Crítica Textual e a Informática que culminou para o surgimento das Humanidades Digitais. Nossa proposta busca repensar e rever a práxis filológica de edição de textos pelas interfaces das Críticas: Textual, Genética e Sociológica, em ambiente digital. Traçaremos uma proposta de edição que repensa e aponta novos caminhos do fazer filológico na contemporaneidade, possibilitada pelos novos suportes eletrônicos, para rever e ampliar as vozes da história e perceber outras subjetividades acerca dos conceitos de texto e autoria. O objetivo é mostrar como a edição digital explora as complexidades do texto, através de uma hipermídia digital, de modo que contemple os múltiplos aspectos do corpus: linguístico, contextual e bibliográfico, considerando os processos de produção, transmissão e recepção.  


Author(s):  
Cristina Felipeto ◽  
Eduardo Calil

Através de uma análise microgenética, amparada pela Genética Textual e propiciada pelo Sistema Ramos e com suportes teóricos vindos da Linguística da Enunciação e da Psicologia cognitiva, este trabalho tem por objetivo estudar rasuras não visíveis que, realizadas em momentos de revisão que ocorreram tanto durante a produção textual, quanto após o texto já concluído, apontam para a grande complexidade de um processo de escritura, muito para além do que pode ser visto a olho nu. O corpusanalisado foi produzido colaborativamente por uma díade de alunas recém alfabetizadas do 1º ano do ensino fundamental, ambas com quase 7 anos de idade. Os resultados mostraram que 1/3 das rasuras produzidas foi de rasuras não visíveis. Elas embaralham as funções de substituição e adição, de modo que propomos interpretar essas rasuras como sendo rasuras não visíveis cuja função é a de transformação. Essa rasura não apaga, por um traçado, nenhum elemento anterior e, na sua continuidade ou contiguidade adiciona uma letra, um traço, um sinal, para transmutá-lo, corrigí-lo.


Author(s):  
Erik Nardini Medina ◽  
Mauricius Martins Farina
Keyword(s):  

A iminência dos desenvolvimentos tecnocientíficos observados sobretudo a partir dos anos 1960 tem ampliado as maneiras como artistas podem se expressar, principalmente mediante a adoção e colaboração com interfaces inteligentes, que cada vez mais assimilam qualidades humanas e são capazes de assistir a criação. Deste cenário emerge o acoplamento homem-máquina, que embaralha a práxis e se materializa na hibridação – uma simbiose que adota o corpo enquanto metáfora para simbolizar sistemas complexos de naturezas distintas, orgânicas e inorgânicas. A partir do entendimento da necessidade de se refletir sobre a criatividade artística na dimensão artificial, experimentadas numa dinâmica de cocriação, o artigo irá destacar algumas características de um cenário em que a gestação de obras artificializadas implica a adoção de discursos antropomorfizados capazes de assimilar a metamorfose que simboliza tanto uma nova geração de imagens técnicas, quanto um novo momento para a arte e a ciência. A análise se constrói a partir das noções de imagem técnica (FLUSSER), incorpora o pensamento de sistemas enquanto corpos (ZUANON) e apresenta brevemente as noções de embodiment, emoção e sociabilidade (SUCHMAN) como elementos para pensar os próximos passos da criação assistida por interfaces inteligentes. A plataforma de criação Playform auxilia a construção da narrativa.


Author(s):  
Alessandra de Falco Brasileiro Lermen

Após uma introdução sobre os conceitos e as relações entre longform e jornalismo literário - em contraponto com o factual -, são observadas reportagens de cunho literário do site revista piauí, a partir de uma abordagem inicial da Semântica Discursiva (BARROS, 2005) e considerando a possível contribuição da Crítica Genética (SALLES, 2008). Busca-se a re-construção de sentidos - os rastros da criação e dos criadores - pelo olhar para categorias como: recursos narrativos; observação participante; construção textual e visual de personagens; vinculação afetiva entre autor, fenômeno e público; e atuação social e criação de pertencimento identitário. Por fim, apresenta-se um sistema de similaridades, mas também de criações surpreendentes.


Author(s):  
Paula Martinelli ◽  
Wagner Miranda Dias ◽  
Camila Mangueira

No atual cenário de produção híbrida, principalmente no campo artístico, observamos a processualidade presente nos próprios meios tecnológicos a integrar a malha processual dos objetos de criação – mesmo aqueles entendidos como analógicos – e a problematizar a noção de objeto no âmbito da crítica. Diante disso, como a reflexão sobre a criação em suas mais diversas vertentes pode contribuir para uma crítica sobre os fenômenos de produção e experimentação permeados pelas novas mídias? Como esses meios e os procedimentos de pesquisa, interação e criação se inserem nos esforços da Crítica Genética? Estas foram as perguntas, todas elas convergentes à ideia de imaterialidade, que nos levaram a propor o presente dossiê.


Author(s):  
Maria Luísa Acioli Falcão de Alencar ◽  
Dânica Vasques Fagundes Machado

Neste artigo investigamos a recente popularização de ideais como a autonomia, a manualidade e o “faça você mesmo” atrelados aos processos de criação na arte e no design, em diálogo com a cultura das redes. Os conteúdos compartilhados nas redes sociais, em formato de tutoriais, relatos e postagens permitem o estudo de processos manuais de criação e o mapeamento de artistas, coletivos e iniciativas que propõem essa atuação. Por meio do referencial bibliográfico sobre artesanato, design, processos criativos e a cultura das redes, além de dinâmicas produtivas e informacionais da sociedade contemporânea, foi possível compreender como determinadas iniciativas e produções retomam ideias do movimento “faça você mesmo”, formando ambientes virtuais coletivos e de compartilhamento. Observamos que, atualmente, a procura por práticas manuais está conectada à necessidade de atividades que reflitam o tempo artesanal e a contemplação; e o interesse em registrar e acessar documentos de processo demonstra a busca por autonomia e por novos significados para o consumo.


Author(s):  
Hellen Boton Gandin ◽  
Ana Paula Teixeira Porto

O trabalho objetiva apresentar a plataforma ELO – Ensino de Línguas Online – como um sistema de autoria docente que possibilita a criação, o armazenamento e o compartilhamento aberto de Recursos Educacionais Abertos, a fim de refletir sobre a autoria docente como meio de qualificar a aprendizagem no ensino híbrido. Desta forma, serão discutidos aspectos a respeito das plataformas de autoria aberta para com o contexto de ensino híbrido, a apresentação das possibilidades e particularidades da plataforma ELO e, por fim, a abordagem da importância da prática de autoria docente. Para isso, a partir de uma pesquisa bibliográfica crítico-exploratória, serão usados os seguintes autores como fonte de leitura: Litto (2009); Toda at al (2017); Frantz et al (2018); Beviláqua, Costa e Fialho (2020); Leffa (2006, 2003, 2019) e Pretto (2012). A partir do estudo, concluiu-se que a criação de materiais didáticos pelos professores pode contribuir para a transformação e qualificação das práticas educativas no contexto da cibercultura. Dentre as possibilidades decorrentes, destacam-se: desenvolvimento de redes colaborativas para a (co)autoria de REA; qualificação dos materiais didáticos pautados na personalização, mobilidade e interatividade; e a promoção de novos espaços educativos de com a presença de professores autores, protagonistas e autônomos.


Author(s):  
Ludmila Menezes Zwick
Keyword(s):  

A obra pictórica de um artista pode ser acessada por suas próprias palavras, ou seja, nos registros escritos deixados por ele acerca de sua produção e de suas vivências, via fonte primária, produzida no contexto e no instante dos eventos. Com este intuito apresento a tradução do norueguês ao português de um dos manuscritos deixados por Edvard Munch (1863-1944) e disponibilizados pelo Museu Munch, como documento relevante para pesquisas sobre sua obra pictórica. Nesse sentido, a tradução do original desses escritos-fonte de Munch atua como meio-método de democratizar seu conteúdo. A tradução respeita a forma rascunhada do texto e vem precedida de uma defesa dessa prática de tornar o acesso a fontes primárias dos escritos de artistas algo menos restrito e de uma breve nota sobre o artista.


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