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Published By ARTIS-IHA - School Of Arts And Humanities Of The University Of Lisbon, Portugal

2183-7082

ARTis ON ◽  
2020 ◽  
pp. 170-176
Author(s):  
Aziz José De Oliveira Pedrosa
Keyword(s):  

A influência lusófona na arquitetura religiosa colonial luso-brasileira, principalmente durante o século XVIII, pode ser detectada na solução conferida às edifi cações erguidas e, sobretudo, nas escolhas ornamentais que visaram transformar o austero ambiente interno de centenas de templos erguidos em todo território, destacando-se o uso da pintura, talha dourada e azulejaria. Refl exos das feições desse tempo chegaram ao século XX, reinterpretados pela arquitetura moderna brasileira, quando painéis de azulejos foram utilizados para estabelecer relações com o citado passado arquitetônico local. Encontram-se nesse quadro os painéis de azulejo criados por Cândido Portinari para forrar a Capela Curial de São Francisco de Assis (Belo Horizonte), projetada por Oscar Niemeyer. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo analisar o uso do material cerâmico no referido templo, a partir da existência de conceitos modernos que incentivavam o emprego de itens inspirados no patrimônio colonial arquitetônico local.


ARTis ON ◽  
2020 ◽  
pp. 97-108
Author(s):  
Livia Gaby Costa ◽  
Cybelle Salvador Miranda

A arquitetura, na história da humanidade, apresenta-se vinculada à trajetória de vida dos seres humanos. A tipologia arquitetônica das instituições assistenciais, representam, nesse viés, documentos, testemunhos materiais dos convívios sociais de culturas e épocas distintas, cujo apagamento conduz ao silenciamento de importantes  testemunhos. No caso dos hospitais de isolamento, sua destruição enterra também as vozes nunca ouvidas, que poderiam narrar as experiências de dor vividas nestes locais. Este é o caso do Sanatório Domingos Freire, primeiro sanatório da cidade de Belém, inaugurado em 1901 e demolido em 1959. Testemunho material silenciado, o espaço de “morte certa” representou, não só um ambiente de separação, como a disposição higienista entre “limpo e sujo”, carregando em seu traçado arquitetônico, importantes fontes de compreensão da arquitetura assistencial. Neste estudo, busca-se trazer à tona os documentos escritos e iconográfi cos que proporcionem o entendimento de seus funcionamentos e o papel deste para a assistência às epidemias na cidade de Belém.


ARTis ON ◽  
2020 ◽  
pp. 161-167
Author(s):  
Mariana De Soveral Gomes da Costa
Keyword(s):  

Na obra de Michel Foucault, a instituição hospital constitui-se como um dispositivo biopolítico exemplar do nexo entre saber e poder. Esta comunicação abordará o laço entre medicalização do hospital e a hospitalização da medicina. No fi nal do séc. XVIII, ao mesmo tempo que o hospital passa de morredouro a máquina de curar, a medicina deixa de ser uma técnica geral de saúde para se assumir como prática clínica. O devir-ciência da medicina tem como correlato uma organização do espaço hospitalar caracterizada por uma distribuição espacial dos elementos, desde a arquitectura ao interior hospitalar, cujo critério é a optimização dos processos e dos resultados – o controlo da doença e a maximização da vida. Por outro lado, a tomada de poder pelo médico que Foucault aí denota pode também dar a ver o modo como o médico, no topo da hierarquia hospitalar, é afi nal assujeitado pelo poder que representa.


ARTis ON ◽  
2020 ◽  
pp. 75-84
Author(s):  
Lina Marrafa De Oliveira

Este estudo assenta de modo exclusivo na importante fonte documental que são as Memórias Paroquiais que resultaram do inquérito ordenado em 1758 pelo Marquês de Pombal. Procedeu-se ao levantamento e transcrição paleográfica de todos os registos referentes a hospitais, Misericórdias e outros estabelecimentos assistenciais, contidos nos depoimentos respeitantes às 4073 Freguesias do país, sendo encontrados os pretendidos registos em 398 Freguesias, com indicação de localização de hospitais e/ou Misericórdias e/ou Albergarias ou outros estabelecimentos de assistência. Na maior parte dos casos os mesmos possuem informações adicionais, que se revelaram do maior interesse para este estudo, não só em termos panorâmicos, mas proporcionando estudos parcelares em âmbitos diversos da mesma temática.


ARTis ON ◽  
2020 ◽  
pp. 46-58
Author(s):  
Annemarie Kinzelbach

The Schneidhaus was a hospital foundation of the counts Fugger specialized in surgery of hernia and bladder-stones and characterized by a number of apparently unique features, which allow to trace aspects of how the counts Fugger represented themselves during the sixteenth and early seventeenth centuries. An allusion to charity covers just one functional aspect. During major confessional crises the hospital, including its localization(s) in Augsburg, also served to represent the Fugger as exemplary Catholic citizens. Moreover, evasive traces of several buildings designated as Schneidhaus and singular hints at their architecture point to additional functions: the hospital also was a means to support the efforts of the Counts Fugger to establish themselves among the German (and European) noblemen by displaying model behavior as rulers and humanists. A recently acquired illustrated manuscript in the German Museum of the History of Medicine in Ingolstadt was a further tool to assist these functions. The manuscript transferred practices inside the Schneidhaus into transportable evidence, thus allowing the counts Fugger to display, wherever necessary, their practice as models for Catholic charitable citizens and rulers of territories in combination with hints at their noble engagement for revealing wonders and marvels while also encouraging accountability of medical personnel and advancement of medical knowledge.


ARTis ON ◽  
2020 ◽  
pp. 34-45
Author(s):  
Jorge Mangorrinha

A fundação de um hospital, em 1485, pela rainha D. Leonor, mulher do rei D. João II, foi uma complexa operação política de fazer surgir uma povoação e um empreendimento pioneiro em todo o mundo, em que os melhores recursos artísticos e técnicos serviram o objetivo estratégico do Reino e permitiram a origem de uma das mais antigas manifestações de Humanismo da Europa. O Hospital Termal constituiu, a partir desse momento, um elemento de interesse científi co e histórico, enquanto obra de arquitetura termal e engenharia hidráulica, e elemento estruturante do urbanismo. Simultaneamente, sublinhamos a sua ligação ao culto da água e ao apoio assistencial aos mais desfavorecidos, que lhe dá um valor imaterial com grande significado através dos tempos. Este texto apresenta a singularidade, autenticidade e excecionalidade histórica do Hospital Termal das Caldas da Rainha, bem como a intenção de definir uma rede de hospitais como suporte para uma candidatura conjunta à UNESCO.


ARTis ON ◽  
2020 ◽  
pp. 85-96
Author(s):  
Cybelle Salvador Miranda ◽  
Ronaldo Marques De Carvalho ◽  
Beatriz Trindade De Oliveira Lobato

O Hospital Bom Jesus dos Pobres Enfermos foi erigido pelo Frei Caetano Brandão, tendo em vista a necessidade de acolhimento da população desvalida. O Hospital de Caridade possuía estrutura simples em contraste aos modelos coetâneos, mas realizava o cumprimento eficaz de sua função. Apesar de ter sido construído para ser um hospital, o Bom Jesus não possuía tipologia típica destes estabelecimentos, podendo ser equiparado às Misericórdias portuguesas, as quais raramente erigiram construções de raiz, pois instalavam-se em prédios preexistentes. Durante o período em que esteve sob diversas posses, o edifício passou por significativas modificações, o que, em conjunto com a escassez de documentação, contribuiu para o seu desaparecimento. Com o intuito de contribuir para a ativação da memória social a respeito dos edifícios assistenciais, propõe-se uma reconstituição gráfica da fachada do hospital, bem como de seus vizinhos, estimulando o entendimento destes enquanto patrimônio da saúde e da cidade de Belém.


ARTis ON ◽  
2020 ◽  
pp. 109-119
Author(s):  
Larissa Silva Leal ◽  
Cybelle Salvador Miranda ◽  
Thayse Layane Oliveira de Queiróz

Este trabalho integra-se aos estudos sobre o patrimônio da saúde no Pará e tem o intuito de analisar elementos estético-funcionais do antigo Sanatório Barros Barreto (atual Hospital Universitário João de Barros Barreto). Este hospital foi produzido em um período em que a tuberculose causava altos índices de mortalidade no país, como parte das políticas públicas para controle da doença em que a Arquitetura Moderna era o padrão adequado. Através das pesquisas bibliográfi ca e documental aborda-se de forma qualitativa elementos arquitetônicos do antigo sanatório, fazendo-se um paralelo com elementos presentes na arquitetura moderna da saúde no Brasil, bem como destaca-se a estratégia de construir o sanatório afastado do centro urbano, devido às políticas de isolamento, em uma área considerada aprazível e arborizada, no bairro do Guamá. Ademais, esta análise de elementos demonstra que seguiam princípios funcionais, além de uma reprodução em massa, afastando-se da preocupação com a estética e atualmente, devido as necessidades contemporâneas presentes no Hospital, é perceptível a difi culdade em conciliar os usos originais dos ambientes da edifi cação, como demonstra a modifi cação e extinção das antigas varandas para inserção de banheiros nas enfermarias e o esquecimento do antigo parque dos eucaliptos.


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