ENCONTRO NACIONAL SOBRE O ENSINO DE BIM
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Published By Associacao Nacional De Tecnologia Do Ambiente Construido (ANTAC)

2763-6771

2021 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Matheus Pereira da Silva ◽  
Rodrigo Otávio Valente Ribeiro da Silva ◽  
Michele Tereza Marques Carvalho

A Pandemia de COVID 19 causou impacto significativo na relação de ensino e aprendizagem, com o fechamento de diversas universidades. Este fato demonstrou a necessidade de implementação de metodologias ativas para ensino, acelerando uma tendência já existente de migração de modelo de ensino em áreas voltadas a tecnologia. O Bim é uma disciplina multidisciplinar e integrada, que apresenta grande potencial de ensino mediante metodologias ativas, com compartilhamento constante e horizontal de conhecimento por parte dos próprios acadêmicos. Este trabalho visa expor as metodologias ativas e conceitos de sala de aula invertida aplicados, resultados e lições aprendidas referentes ao ensino de ferramentas BIM para orçamento e planejamento na disciplina de Planejamento e Controle das Construções, onde se obteve, através da autoavaliação dos próprios acadêmicos, taxas significativas de aprendizado e maturidade no manuseio de ferramentas BIM. Realizou-se um comparativo entre as autoavaliações dos discentes quanto ao aprendizado na disciplina, considerando os períodos 2019.1, onde se utilizou uma metodologia ativa, porém presencial, e o período 2020.1, onde a metodologia ativa se deu de forma remota. A forma remota de ensino levou a um aprofundamento da aplicação de metodologias ativas e maior responsabilização dos acadêmicos pelo aprendizado, o que resultou em índices maiores de autoavaliação de conhecimento obtido para a turma do período 2020.1, com alto grau de participação no aprendizado BIM, na elaboração de Projetos, orçamentos e planejamentos, o que indica que o aprofundamento em metodologias ativa pode favorecer o aprendizado de disciplinas tecnológicas. Apresentação no Youtube: https://youtu.be/ikzjtjqVuJs


2021 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Tamiris Capellaro Ferreira ◽  
José Carlos Paliari
Keyword(s):  

O ensino de BIM na instituição começou em 2019, em uma disciplina do 9º período denominada Computação Gráfica Aplicada para Engenharia Civil (carga horária: 44 horas), com o ensino do nível básico do software Revit® da Autodesk. A escolha do software se deu por dois motivos: i) a instituição já tinha convênio com a Autodesk; ii) a Autodesk disponibiliza o download gratuito do software para os alunos. Com o uso do Revit®, os alunos desenvolveram o projeto de uma residência de dois pavimentos. O curso de engenharia civil tem entrada de alunos duas vezes ao ano (em janeiro e julho), de forma que as disciplinas acontecem todo semestre. Assim, no primeiro semestre de 2019, 53 alunos se matricularam na disciplina e destes apenas 4 foram reprovados (7,5%). No segundo semestre de 2019, haviam 30 alunos matriculados e apenas 2 foram reprovados (6,7%). A instituição conta com grande quantidade de alunos de transferência, que cursam disciplinas de vários períodos diferentes. Alguns destes alunos, em via de se formarem (10º semestre) solicitaram que a disciplina fosse ofertada também para eles. Desta forma, no primeiro semestre de 2020 foi oferecida a disciplina optativa de Estudo Dirigido em Computação Gráfica (carga horária: 22 horas) para orientação no desenvolvimento de projetos em Revit®. Por ter metade da carga horária da disciplina original, foi estruturada de forma que a professora apenas apresentasse os conceitos iniciais sobre BIM, indicasse vídeos, livros e manuais para autoaprendizado do Revit® e orientasse na realização dos trabalhos. A disciplina começou a ser ministrada presencialmente, mas precisou ser transferida para a forma remota devido à pandemia do COVID-19. Frente a este contexto, a docente mudou o método de avaliação, permitindo aos alunos que não tivessem acesso ao software a realização de um trabalho teórico. Mesmo assim, a maioria dos alunos não foi bem sucedida, sendo que dos 18 matriculados, 10 foram reprovados (55,6%). A disciplina de Computação Gráfica Aplicada para Engenharia Civil também foi oferecida no primeiro semestre de 2020, para alunos do 9º período, tendo iniciado de forma presencial e terminado de forma remota. Isso afetou negativamente a prática do software, uma vez que alguns alunos não tinham computador. Estes não foram prejudicados em relação à aprovação na disciplina (dos 38 alunos matriculados, apenas 2 foram reprovados, ou seja, 5,3%), pois a docente permitiu que os alunos que não tiveram o software fizessem um manual teórico sobre seu uso. Em 2019, o ensino de Revit® acontecia no Laboratório de Informática e cada aluno tinha acesso a um computador com o software instalado. Frente ao contexto de pandemia, a disciplina não foi ofertada no segundo semestre de 2020. No entanto, no referido período, após a solicitação dos alunos, buscando atender às demandas do mercado e às diretrizes nacionais de implantação do BIM, realizou-se uma revisão curricular, e a disciplina denominada Representação Gráfica para Projetos que trata sobre BIM começou a ser ofertada para alunos do 2º período, com carga horária de 80 horas. Ela se inicia com o ensino do software AutoCAD® e a partir do meio do semestre passa a tratar do ensino de Revit®. Ensina-se o básico sobre o uso do software na intenção de: i) permitir que os alunos, ao chegarem no 9º semestre, possam aprender Revit® em nível intermediário, ii) possibilitar que eles desenvolvam os projetos de outras disciplinas utilizando softwares BIM. Dos 53 alunos matriculados, 20 alunos foram reprovados (37,7%), mesmo a docente tendo permitido aos alunos que não tivessem acesso aos softwares a realização de trabalhos teóricos. De acordo com o exposto, pode-se inferir 3 fatores que influenciaram o aproveitamento dos alunos nas disciplinas avaliadas: modalidade de oferta (presencial ou remota), grau de conhecimento acerca de desenvolvimento de projetos de edificações e o caráter da oferta da disciplina (obrigatória ou optativa). Nas duas turmas da disciplina Computação Gráfica Aplicada para Engenharia Civil ofertada para alunos do 9º período, a taxa de reprovação foi de 7,5% e 6,7%, respectivamente. O conteúdo e forma de condução desta disciplina por parte da docente, a modalidade presencial, somados ao fato de que os alunos já tinham conhecimento suficiente sobre projetos de edificações se destacaram como fatores positivos quanto ao desempenho detectado. Para esta disciplina ofertada aos alunos do 9º período no primeiro semestre de 2020 de forma remota observa-se uma taxa de reprovação semelhante à oferta desta disciplina de forma presencial. Porém, não se pôde identificar a influência do ensino remoto, pois foram aceitos trabalhos alternativos que não exigiram aplicação do software em questão como avaliação dos alunos. Na disciplina Estudo Dirigido em Computação Gráfica observa-se que caráter optativo da sua oferta, assim como o ensino remoto, influenciaram negativamente no desempenho dos alunos, culminando com elevado índice de reprovação. Finalmente, em relação à disciplina Representação Gráfica para Projetos ofertada na modalidade remota e para alunos do 2º período do curso, apesar da maior carga horária em relação às demais disciplinas analisadas, observa-se claramente a influência da modalidade da oferta e também do fato de estes alunos não terem conhecimento prévio sobre projetos de edificações, resultando numa taxa de reprovação de 37,7%. Sendo assim, este estudo pode auxiliar na definição sobre qual seria o semestre ideal para a inserção do ensino sobre BIM na grade curricular do curso de engenharia civil. Apresentação no YouTube: https://youtu.be/b1wkZ9jkR74


2021 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Izabella Pessoa Castro

A exigência para a determinação de prazos de construção cada vez mais precisos é um dos maiores desafios a serem superados no setor da construção civil. Para as construtoras, obras orçadas com baixa margem de erro e executadas dentro do cronograma planejado representam economia de recursos e lucros representativos. As tecnologias usualmente utilizadas na gestão dos processos construtivos têm se mostrado insuficientes para enfrentar a crescente necessidade do mercado na busca por obras com menores custos e prazos mais enxutos. Diante deste cenário, as dimensões 4D e 5D do Building Information Modeling (BIM) vêm sendo, desde 2015, implementadas dentro da disciplina de Orçamento de Empreendimentos do curso de graduação em Engenharia Civil, da Universidade Federal Fluminense – UFF. Os alunos por meio da disciplina, tomam ciência da importância de agregar custo e tempo ao modelo tridimensional, tendo como foco antecipar as tomadas de decisão para as etapas que precedem a execução da obra. Visando assim, minimizar erros construtivos que poderiam ser previstos com a realização do planejamento adequado da construção. Ao longo do curso, por meio de exercícios práticos, são apresentadas as ferramentas BIM de orçamento e planejamento, que tornam o processo mais eficiente, exigindo cada vez menos intervenção humana. Entretanto, para que o nível de intervenções seja reduzido, o primeiro passo é o entendimento pelo aluno, de que a modelagem deve ser desenvolvida focada na extração de quantidades e diretamente relacionada aos critérios de medição adotados pela contratante. Além disso, outro aspecto importante apresentado durante o curso é a necessidade da modelagem em camadas, visto que os softwares BIM de orçamento não extraem separadamente quantidades de serviços de elementos modelados de forma unificada. É apresentada também, a importância da modelagem do maior número possível de elementos, uma vez que só é permitido extrair quantidades de itens desenhados virtualmente e a simulação da evolução construtiva da obra exibe somente os objetos contidos no modelo virtual. No curso, são elaborados orçamentos utilizando quantificações extraídas diretamente de modelos 3D por meio de visualizadores BIM 3D associados a softwares de orçamento ou utilizando plugins de orçamento instalados em softwares modeladores 3D, ou ainda tratando as quantidades extraídas dos modelos em softwares de orçamento não alinhados com a plataforma BIM, mas deixando claro que os softwares de orçamento associados a visualizadores 3D e os plugins ainda apresentam diversas limitações na parte de elaboração de orçamento e de exportação de dados para os softwares de planejamento. O curso, também foca no esclarecimento dos pontos positivos e limitações dos softwares de orçamento utilizados tais como, importação de tabelas de referência, criação de base própria, possibilidade de aplicação de mais de uma taxa de Bonificação e Despesas Indiretas (BDI), substituição automatizada de insumos por serviços, equalização automática de insumos, geração de Curvas ABC de serviços e de insumos (materiais, mão de obra, equipamentos, empreitadas e locações), cadastro de novos insumos com inserção de informações de rastreabilidade (número da proposta, data de emissão, tributação, fornecedor e contatos), além da determinação automática da duração de cada atividade, a exportação dos serviços de forma analítica para importação no software de planejamento de modo a possibilitar a geração de histogramas (materiais, mão de obra e de equipamentos). Esses softwares e plugins para orçamento ainda não possuem ferramentas suficientes para exportar informações completas do orçamento de modo que possam ser importadas diretamente para os softwares Microsoft Project ou Primavera, necessitando do intermédio do Microsoft Excel. Para o planejamento das obras modeladas em 3D, tem sido utilizado o software Navisworks, na versão estudantil, e para sua correta utilização, existe a necessidade de que cada objeto do modelo esteja vinculado ao serviço correspondente no orçamento, tornando possível estabelecer a relação de dependência entre as atividades e, consequentemente, definir prazos e equipes necessárias para a execução da obra. Os alunos conseguem promover a importação do modelo 3D para o software sem dificuldades, bem como o cronograma advindo do Microsoft Project. Outro aspecto abordado com os alunos é a importância da modelagem do canteiro de obras com suas respectivas mudanças de configuração em função do tempo. Por fim, são promovidas simulações 4D dos empreendimentos planejados em que o aluno entende que a simulação 4D é um excelente recurso para a visualização da evolução construtiva do empreendimento. Proporcionando a percepção detalhada dos objetos a serem executados e da sequência de atividades a ser seguida. Os esforços canalizados pela UFF para introduzir a tecnologia BIM, nas dimensões 4D e 5D, em disciplinas do curso de graduação para capacitar seu corpo discente, tem gerado resultado positivo. Este resultado foi observado por meio do crescimento do número de alunos da instituição efetivados como estagiários em empresas de planejamento que estão investindo na tecnologia BIM para atender as demandas da indústria AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção) e que ainda se deparam com dificuldades relacionadas à escassez de profissionais capacitados neste segmento. Apresentação no YouTube:  https://youtu.be/kZH8hIgQPfs


2021 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Ana Paula Pereira ◽  
Bruno Leão de Brito ◽  
Rafael Santos Câmara

Esse trabalho apresenta uma proposta de prática integrativa entre as disciplinas de Projeto de arquitetura, urbanismo e paisagismo 2, que tem carga horária de 120h mensais e Modelagem da Informação da Construção que tem carga horária de 60h mensais 60h. Ambas disciplinas fazem uso de recursos digitais de ensino-aprendizagem do curso de Arquitetura e Urbanismo do Senai CIMATEC (Salvador). A experiência didática foi planejada conjuntamente pelo coordenador e professor do curso de Arquitetura e Urbanismo do SENAI CIMATEC Bruno Leão de Brito, e os professores do mesmo curso/instituição Ana Paula Carvalho Pereira e Rafael Santos Câmara, visando a integração de uma disciplina de tecnologia com uma de projeto a fim de aplicar o BIM no início do curso. As disciplinas estão no terceiro semestre da grade curricular. Esta ação está acontecendo neste primeiro semestre de 2021, com 20 alunos divididos igualmente entre 5 equipes, onde irão elaborar uma proposta ao nível de estudo preliminar de uma Escola Parque a ser construída em área de preexistência fabril na Península Itapagipana de Salvador. A proposta tem como objetivo, para além de introduzir conceitos fundamentais de Modelagem da Informação da Construção (BIM), a sua aplicação no desenvolvimento de projeto arquitetônico, utilizando o Revit e explorando as possibilidades de trabalho colaborativo à distância. Desta forma, espera-se que haja o desenvolvimento de competências funcionais BIM individuais por intermédio do aprendizado do trabalho colaborativo enquanto adoção de metodologias, técnicas de trabalho em equipe e gerenciamento de processos. A edificação deverá ser concebida através da participação integrada, onde todos tenham a compreensão global do modelo, viabilizando a transferência contínua de conhecimento entre os diversos alunos. Estes irão discutir e definir os critérios que serão utilizados, tais como: quem será responsável por modelar cada item da edificação; quem irá coordenar o processo de modelagem e gerenciar a base de dados BIM; e quais informações deverão ser inseridas. Os entregáveis da unidade serão: vídeo de 3 minutos; conjunto de pranchas técnicas (plantas, cortes e elevações), tantas quanto exigido para o correto entendimento do projeto, respeitando as normas de representação; perspectivas renderizadas do projeto desenvolvido; e o modelo. As disciplinas estão divididas em três unidades, e a proposição de integração se dará na segunda unidade, onde já terá sido abordado os conceitos fundamentais de BIM. Durante a atividade será discutida e definida a especificação de modelagem, com definições dos componentes do modelo; arquivo padrão, premissas de modelagens, estrutura do modelo, etc. O ensino de projeto no ambiente BIM possibilita construir o conhecimento através de atividades pedagógicas com métodos ativos, pois utiliza-se de processos colaborativos através da interação. Também tem o potencial de fazer com que os discentes sejam capazes de criar projetos com as melhores escolhas desde as fases iniciais. Por fim, espera-se ganhos de aprendizagem no processo de concepção e desenvolvimento do espaço e da forma arquitetônica através de simulações relacionadas ao conforto ambiental, aprimorando o nível de desenvolvimento projetual e de representação gráfica, além de ganhos de aprendizagem de competências BIM. Apresentação no YouTube: https://youtu.be/8ZPTi-i2eZA


2021 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Sérgio Leal Ferreira

O dimensionamento de tubulações é uma das tarefas que já existem no ambiente BIM e que, teoricamente, substituem o procedimento de cálculo tradicional. No entanto, verifica-se que uma das ferramentas mais populares não incorpora efetivamente a norma brasileira a esse respeito. Deparou-se com diversas alternativas de adaptação e destacou-se a possibilidade de harmonização da ferramenta mais popular com a norma brasileira, voltando-se especialmente para o ambiente didático. Esse caminho foi empreendido e, como resultado, foram desenvolvidos procedimentos e instrumentos de apoio à aula. Testes de compatibilização da proposta com a norma NBR 5626 demonstraram-se plenamente satisfatórios e sua aplicação em aula demonstrou-se prática embora ainda sejam necessários ajustes para tornar a proposta mais robusta, já que pequenos erros de modelagem ainda impedem o avanço dos alunos. Apresentação no YouTube: https://youtu.be/gab4uol6JeU


2021 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Ivna Alencar ◽  
Joyce Frutuôso ◽  
Joel Leite

Devido aos desenvolvimentos tecnológicos no ambiente da engenharia civil, percebe-se que os conhecimentos técnicos referentes à utilização de softwares e métodos que contribuem nas fases de planejamentos de um projeto são aspectos essenciais para que haja resultados satisfatórios. A atuação da Liga Acadêmica de BIM (LABIM), realizou-se com o objetivo de elevar os níveis de conhecimento acerca dessas habilidades técnicas. Deste modo, desenvolveu-se uma capacitação ocorrida em ambiente virtual (Google meet), em razão das restrições e das precauções tomadas para conter o avanço da pandemia da Covid-19. O evento foi direcionado para as empresas juniores Projetta e Pilares, da UFCA e da UEPB respectivamente, no âmbito do ensino do BIM, na qual participaram 20 membros da Projetta e 20 da Pilares. A experiência ocorreu do dia 20 ao dia 24 de julho de 2020, essa formação complementar direcionou-se para os alunos do curso de graduação de Engenharia Civil que faziam parte das empresas juniores citadas, onde foi apresentado um ensino sobre processos colaborativos dentro da tecnologia BIM. Com o intuito de obter um melhor desempenho nas suas atividades dentro dessas empresas. A capacitação teve participação de 40 pessoas e carga horária total de 10 horas, nas quais foram apresentadas o processo colaborativo, o conceito de organização do projeto e a separação das competências de cada projetista, levando em consideração uma hierarquia para que se possa ter um ambiente de ordem entre os envolvidos. Além disso, foi abordado os procedimentos para a implementação da colaboração feita através de uma nuvem para manterem os arquivos salvos; no caso do workshop disponibilizado pela LABIM, utilizou-se o Dropbox, através do método de modelo central-local. Dessa forma, foi possível demonstrar com uma abordagem teórico-prática as interferências que podem ocorrer na hora de unir os projetos quando não compatibilizados, em que, provavelmente, só seriam percebidos na execução da obra. Nessa perspectiva, com o auxílio do plugin BIMcollab integrado ao software Navisworks foi possível fazer a análise dos projetos de modo a encontrar essas interferências automaticamente, atrelado a isso, foi apresentado o BCF, arquivo que facilita o processo. A iniciativa teve como competência abordada a técnica e a operação, de acordo com a elucidação exposta por Succar, Sher e Williams (2013). Esse processo colaborativo equivale a sobrepor todos os projetos elaborados, ou seja, o projeto arquitetônico, o projeto estrutural e os projetos de instalações poderão ser feitos por diferentes projetistas e ao serem finalizados, sejam apenas combinados. A capacitação teve como objetivo, simplificar ao máximo o processo colaborativo dentro da tecnologia BIM para os estudantes que acompanharam o workshop. Para que, dessa forma, os discentes possam analisar e julgar eventuais interferências entre projetos, visualizar os modelos integrados, prever possíveis erros e repassar as correções das incompatibilidades a serem feitas. Verificou-se, por meio de um questionário aplicado pelo Google Forms, que - baseando-se nas exposições dos autores supracitados - os participantes da capacitação entravam, a princípio, no Nível 0, no qual há falta de competência em uma área particular e após a capacitação saíram com o Nível 1, que se refere ao entendimento dos princípios e aplicabilidade prática inicial. Nesse contexto, o método de ensino-aprendizagem aplicado foi a experimentação, mesclando entre experimentação show e ilustrativa, segundo as definições de Taha et al., (2016). Nessa perspectiva, verificou-se que 60,6% dos participantes não tinham conhecimento prévio sobre o assunto abordado, 33,3% afirmou ter em um nível superficial e apenas 6,1% possuíam conhecimento prévio. Após o evento, foi aplicado um questionário aos participantes e de acordo com o mesmo, a capacitação atingiu as expectativas e os objetivos de 100% do público, no qual, 51,5% considerou que o seu aproveitamento neste curso foi suficiente, 33,3% satisfatório e os demais, 15,2%, parcial. Assim, diante desses dados satisfatórios, pode-se afirmar que o evento proporcionou um efeito positivo para as empresas devido ao fato de ter agregado conhecimento aos membros presentes na capacitação. Na mesma pesquisa de satisfação, foi questionado o que cada participante achou da abordagem prática das ferramentas e mais da metade, 66,7%, afirmou ser muito boa, 30,3% respondeu ser boa e apenas 3%, regular. Em sequência, diante da indagação a respeito da abordagem teórica, 66,7% explicou ser muito boa e 30,3% ser boa, porém, 3% fez uso do termo “Achei detalhado ao extremo” na sua resposta. E diante dos dados coletados através do questionário, fica evidente para os organizadores que a metodologia de ensino utilizada foi adequada, porém, ainda cabe melhorias. Além disso, a Liga Acadêmica de BIM conseguiu melhorar o seu networking, ampliar os seus contatos e divulgar ainda mais o seu trabalho. Deste modo, com o evento realizado, a Liga conseguiu observar a eficácia dessa nova linha de atuação, que fora a capacitação de empresas, para ambos os lados, organizadores e público. Como também, esse evento foi de muita importância para a ampliação dos conhecimentos de didática e comunicação dos membros da LABIM. Apresentação no YouTube: https://youtu.be/37ICE-ZquOE


2021 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Bruno Barzellay ◽  
Leandro Knopp ◽  
Pedro Ferreira

Com a crescente disseminação do Building Information Modelling (BIM) no Brasil, a academia passou a discutir e aprimorar suas grades visando a inserção da metodologia nos cursos de Arquitetura e Engenharia. A graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), campus Macaé, capacita profissionais para atuar nos mais diversos setores desta área de conhecimento, apresentando um caráter generalista desde sua concepção. Entretanto, o curso conta somente com uma disciplina eletiva com enfoque no paradigma BIM, intitulada “Introdução ao BIM”. Portanto, o objetivo desta pesquisa é apresentar uma avaliação da grade curricular do curso e o potencial alinhamento com a metodologia BIM. O trabalho é fruto da pesquisa de conclusão de curso  para obtenção do título de Engenheiro Civil. A análise geral do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) foi realizada mediante a aplicação do método desenvolvido pela professora Checcucci (2014). Esta divide-se entre as matérias do Núcleo Básico (em que as disciplinas são lecionadas em conjunto com a Engenharia de Produção e Engenharia Mecânica), Núcleo Profissionalizante e Núcleo Específico. Este último apresenta uma segmentação em cinco eixos temáticos, são eles: Sistemas Estruturais; Sistemas Hidrológicos e Saneamento; Sistemas Geomecânicos; Sistemas de Construção Civil; e Sistemas de Transportes e Logística. De modo a facilitar a leitura da grade e torná-la mais harmônica, a mesma foi reformulada e representada no programa Microsoft Excel. Posteriormente, foi realizado um reagrupamento das disciplinas por cores, utilizando os quadros referentes às cargas horárias e código de 8 cores que separa o núcleo comum e os eixos temáticos que compõem o núcleo profissionalizante. O próximo passo foi a identificação quantitativa e qualitativa das disciplinas que efetivamente apresentam interação com o BIM. Inicialmente, foram removidos todos os componentes curriculares que não possuem qualquer interface com o BIM, sendo mantidos somente aqueles que apresentam potencial para trabalhar algum de seus conceitos, a depender do enfoque conferido pelo professor, ou que possui interface clara com o BIM. Por fim, com as análises efetuadas e as disciplinas classificadas, foi possível gerar um quantitativo de todas as componentes curriculares que possuem conexões com o BIM. Observou-se que de 27 matérias do Núcleo Básico, 13 têm possíveis interações com o BIM, e dessas 13 disciplinas, 4 apresentam interações claras. Já no eixo temático de Sistemas Estruturais todas as 10 disciplinas possuem vínculos com a metodologia, e somente 4 possuem conexões claras. Em Sistemas Hidrológicos e Saneamento, de 5 disciplinas somente 1 exibe possíveis relações com o BIM. O eixo temático de Sistemas Geomecânicos, conta com 5 disciplinas, dentre as quais 2 expõem possíveis elos com o BIM. Das 8 disciplinas de Sistemas de Construção Civil, 7 manifestam possíveis associações e 6 demonstram ligações claras com o BIM. No eixo temático de Sistemas de Transportes e Logística, nenhuma das 3 componentes curriculares apresentam relação com a metodologia. Por fim, a disciplina do TCC não possui diretrizes e ementas específicas, permitindo que todos os aspectos relativos ao BIM abordados, cabendo ao discente e ao seu orientador definirem qual linha de pesquisa pretendem adotar. Podemos concluir, portanto, que é viável inserir a metodologia BIM já no primeiro período do núcleo de conteúdos básicos, trabalhando conceitos que envolvem colaboração, programação e informática que intrínsecos à utilização dos softwares, além da introdução à modelagem BIM. As 4 disciplinas, a saber: “Introdução à Engenharia”, “Sistemas Projetivos”, “Engenharia e Sustentabilidade” e “Desenho Computacional”, revelam que é possível debater assuntos que permeiam o BIM de forma clara já nos períodos iniciais do curso. É importante ressaltar a disciplina “Introdução à Engenharia”, como a única da grade em que é possível transitar por todos os conceitos que regem o paradigma BIM. Entretanto, o fato de ser uma disciplina com baixa carga horária e presente no 1º período de integração curricular, pode dificultar a absorção por parte dos alunos sobre todas as vantagens que o BIM pode proporcionar. Além disso, se trata de uma disciplina que é lecionada em conjunto com todos os alunos que adentram o curso de Engenharia da UFRJ Macaé (Civil, Mecânica e Produção). Conclui-se, também, que mais da metade das disciplinas que compõem o núcleo profissionalizante podem trabalhar os aspectos do BIM, permeando sobre diversos conceitos, etapas e projetos. Vale destacar que a única disciplina na qual foi encontrada relação com a etapa de demolição e requalificação da edificação, foi “Engenharia e Sustentabilidade”, mostrando que esse é um aspecto pouco abordado na grade curricular. A etapa do uso (operação e manutenção) pode ser abordada na disciplina “Edificações II”, ao introduzir o tema de patologia da construção, e também na disciplina de “Engenharia Portuária e Costeira”, sob o enfoque da operação de portos. Todas as disciplinas do Eixo de Sistemas Estruturais possuem ao menos uma interface com o BIM, nas quais é possível trabalhar todos os seus conceitos, podendo passar pelas etapas de projetação, planejamento e construção. Vale ressaltar que este é o eixo do ciclo de profissionalização com a maior carga horária da grade. O Eixo dos Sistemas de Construção Civil é o que possui mais disciplinas e maior carga horária com interface clara com o paradigma BIM. Todos os conceitos estão contemplados nessas disciplinas, salientando que o BIM pode oferecer uma contribuição importante ao desenvolvimento de profissionais com ampla visão sobre os processos que envolvem sua atuação. A disciplina “Desenho Técnico Aplicado à Engenharia Civil” deve ser a responsável por discutir e apresentar as funcionalidades de um software BIM específico, proporcionando ao aluno o desenvolvimento dos diversos tipos de projetos. Sendo assim, é possível trabalhar todas as disciplinas de projeto BIM nas disciplinas já existentes na grade. Por fim, em termos quantitativos, a carga horária de disciplinas com interface clara com o BIM (780 horas) representam 23% da carga horária total de disciplinas obrigatórias (3390 horas), e 30,6% (630 horas) dos Ciclos Profissionalizante e Específico (2055 horas). Apresentação no YouTube: https://youtu.be/bKOnE0OqJhs


2021 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Reymard Savio Sampaio de Melo ◽  
Érica de Sousa Checcucci ◽  
Ana Paula Carvalho Pereira
Keyword(s):  

Este trabalho apresenta e discute a experiência de ensino e aprendizagem vivenciada durante o II Workshop on line de prática integrada de projeto BIM realizado na UFBA de forma remota durante o período de 26 de fevereiro a 19 de março de 2021. A atividade foi planejada conjuntamente pelo professor da Escola Politécnica Sávio Melo, a professora da Faculdade de Arquitetura Érica Checcucci e a professora convidada Ana Paula Carvalho Pereira. O workshop foi desenvolvido como curso de extensão, teve duração de 3 semanas e 30 horas de carga-horária distribuídas em 4 encontros síncronos de 2 horas cada e 22 horas de trabalho autônomo dos participantes. Seus objetivos foram os mesmos do primeiro workshop: explorar as possibilidades de trabalho colaborativo de um projeto BIM enfocando os diferentes papéis de uma equipe multidisciplinar e promover uma experiência introdutória de desenvolvimento do estudo preliminar de um pequeno centro comercial, definindo os projetos arquitetônico, estrutural, hidrossanitário e elétrico de forma remota, e com auxílio de uma Plataforma de Gestão de Projetos BIM (Plannerly). Teve como premissas o trabalho colaborativo, multidisciplinar e à distância com participação ativa dos inscritos. Como pré-requisito, foi solicitado que o participante tivesse competências técnicas BIM individuais em pelo menos uma das disciplinas a serem trabalhadas. O foco do workshop era desenvolver competências funcionais BIM individuais (coordenar projetos, trabalhar em equipe, gerenciar processos, etc.). Se inscreveram para o workshop 32 candidatos, entre arquitetos-urbanistas, engenheiros e estudantes de arquitetura e engenharia. Destes, 24 foram selecionados e distribuídos em 3 times de 8 participantes cada, com diferentes formações, níveis de competência BIM e de diferentes partes do Brasil. Foi sugerido pelos docentes uma distribuição preliminar de funções nos times, que foi ratificada ou alterada por cada grupo, contendo: 1 BIM manager; 3 projetistas de arquitetura, 2 projetistas de estruturas e 2 projetistas de instalações. Foi fornecida uma planta baixa de um centro comercial de pequeno porte, a partir da qual deveria ser desenvolvido o estudo preliminar, além de material de apoio sobre a plataforma de gestão Plannerly. No primeiro encontro síncrono a atividade foi explicada e os participantes se reuniram para escolher o nome do time (“empresa”) e definir as funções de cada membro do grupo, além de organizar o trabalho a ser desenvolvido nas 3 semanas seguintes. No segundo encontro os participantes apresentaram seus estudos iniciais e o planejamento para desenvolver o projeto. No terceiro e quarto encontros, o trabalho desenvolvido foi apresentado também para especialistas convidados, que fizeram críticas e sugestões sobre o trabalho desenvolvido. Além de entregáveis referentes aos projetos, foi solicitado que cada time apresentasse reflexões e entregáveis do processo desenvolvido, como dificuldades e vantagens do trabalho colaborativo e remoto. Ainda, cada participante deveria entregar, a partir da segunda semana, um diário individual de atividades desenvolvidas descrevendo o que havia realizado na semana, a carga-horária de trabalho dispendida com as atividades do workshop e suas reflexões sobre o processo vivenciado. Após três semanas de trabalho, os resultados mostraram ganhos de aprendizagem e desenvolvimento de competências BIM pelos participantes, reforçando a ideia que ações pontuais e curtas podem ajudar a promover a adoção de BIM no país. Ficou clara a importância de promover oportunidade para trabalhar as competências funcionais que o BIM demanda. Os times conseguiram desenvolver diversos entregáveis e projetos preliminares das disciplinas solicitadas, produzindo modelos BIM, pranchas técnicas e vídeo dos projetos desenvolvidos. Nesta segunda versão do workshop o público de inscritos foi majoritariamente de graduados, ao contrário do primeiro, que teve mais estudantes. Isto mostra a crescente demanda de atualização e capacitação de profissionais já formados para trabalhar com BIM. Neste II workshop também aumentamos em uma semana o período da atividade para dar mais tempo para o desenvolvimento do trabalho. Percebeu-se ganhos, principalmente nas interações entre os participantes e no uso da plataforma de gestão Plannerly com esta ampliação de prazo do workshop. Apresentação no YouTube: https://youtu.be/v9NWs22VFzo


2021 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Paula Katakura

O texto apresenta as mudanças realizadas na disciplina de Urbanismo do curso de graduação em engenharia civil do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia - CEUN-IMT, a partir da revisão das competências esperadas e de alterações na metodologia de ensino. A verificação dos objetivos da disciplina anual de urbanismo indicou a necessidade de se repensar a estrutura cronológica da abordagem de formação das cidades bem como da coleta e análise de dados urbanísticos tradicionalmente empregada. A reestruturação incluiu a forma de realizar a leitura da cidade, a maneira de se incorporar conceitos e utilizar instrumentos urbanísticos com o emprego de recursos tecnológicos mais atuais e de ferramentas BIM buscando aquelas que melhor se ajustavam aos objetivos de cada etapa do desenvolvimento projetual. Diferentes alterações, desde 2017, foram pensadas para a disciplina de urbanismo do curso de engenharia civil do CEUN-IMT. Sua estrutura estava dividida em conhecimentos históricos, instrumentos legais e desenvolvimento de projeto de loteamento. A disciplina de urbanismo possui carga horária de 80 horas em regime anual de oferecimento e faz parte de um conjunto de áreas com inserção de conteúdos BIM conforme projeto pedagógico do curso. O módulo que realizava a abordagem histórica foi substituído por discussões temáticas e análises morfológicas da cidade sob os aspectos da água, circulação, moradia e trabalho com o intuito de mostrar aos alunos da engenharia civil a importância da observação crítica do espaço construído e de suas infraestruturas. Os exercícios práticos, associados a esta etapa inicial, passaram a utilizar o Google Earth Pro na análise da forma das cidades considerando água e meio ambiente, circulação e moradia. Os instrumentos urbanísticos e legislação passaram a ser discutidos de maneira contextualizada e a partir de “cases” e problemas que ilustram de forma concreta a relação entre o regramento e o espaço urbano dele decorrente. A clássica forma de elaboração de mapas temáticos para o planejamento urbano foi substituída pela consulta aos Sistemas de Informação Geográfica – SIG, que permitem hoje a obtenção de informações associadas a bases cartográficas. Os alunos foram incentivados a utilizar estas informações para interpretar e avaliar as características de diferentes locais com a utilização de mapas online e dados abertos de plataformas como  “Urban Atlas” da “European Environment Agency”, “NASA - National Aeronautics and Space Administration” e Geosampa que reúne dados georreferenciados da cidade de São Paulo. Os loteamentos eram desenvolvidos em Autocad e Revit com a aplicação da lei de parcelamento do solo e da legislação ambiental e davam ênfase à distribuição de lotes e vias em grandes glebas. A partir de uma avaliação a respeito das competências a serem adquiridas pelos engenheiros civis para trabalhar em equipes multidisciplinares na área do urbanismo e do planejamento urbano foram realizadas sucessivas alterações até que em 2020 foram estruturadas as novas linhas de abordagem e metodologias com o uso de ferramentas BIM que melhor se ajustavam aos objetivos das diferentes etapas do desenvolvimento da disciplina. Paralelamente, e logo após a finalização das análises temáticas, inicia-se o desenvolvimento de propostas para uma gleba urbana, objeto de edital público para a construção de habitações, comércio, equipamentos públicos, edifícios mistos, áreas verdes, galpões logísticos dentre outros. As tentativas anteriores contemplaram a modelagem em REVIT de todo o estudo preliminar e também a modelagem deste diretamente no Infraworks sem passar por outro software. A experiência de 2020 mostrou-se mais adequada ao estudo de viabilidade do empreendimento, simulações com diferentes densidades e posterior estudo de massas: setorização inicial em Autocad, massas no Revit e modelagem no Infraworks. Passar do desenho de vias e lotes para o desenvolvimento de possibilidades de ocupação em glebas utilizando instrumentos legais e ferramentas urbanísticas representou um ganho para a disciplina. A própria disciplina concebia a cidade em duas dimensões ao utilizar apenas o desenho em Autocad. A utilização do Revit no estudo de viabilidade não fez muito sentido, faltava uma etapa de estudo da topografia em Autocad e também uma primeira concepção que permitisse alterações rápidas. A modelagem precisa do Revit não atendia a necessidade de mudanças rápidas, mesmo utilizando os recursos de criação de massas. A utilização direta do Infraworks mostrou-se também inadequada por não permitir o estudo um pouco mais rigoroso e com dimensões precisas. Equilibrar o ensino de conceitos específicos desta área de conhecimento e o ensino de ferramentas tecnológicas aplicadas à prática projetual, dentro do tempo destinado à disciplina, é um desafio e ponto fundamental para a obtenção de resultados positivos e avanços nesta área. A disciplina de projeto de rodovias e vias urbanas, oferecida em paralelo à de urbanismo, passará a contribuir, a partir do segundo semestre de 2021, com o desenvolvimento de parte do projeto com a modelagem em Civil 3D de vias e ciclovias previstas nas diretrizes do edital adotado para a disciplina e que posteriormente será importada no Infraworks. Para os próximos oferecimentos existe a previsão de utilização do Spacemaker, software que utiliza sistema baseado em inteligência artificial, recentemente adquirido pela Autodesk e que permite explorar diferentes soluções de forma mais rápida tornando os processos de planejamento mais eficientes. Apresentação no YouTube: https://youtu.be/mMcn8qxsoig


2021 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Reymard Savio Sampaio de Melo ◽  
Érica de Sousa Checcucci ◽  
Ana Paula Carvalho Pereira
Keyword(s):  

Este trabalho apresenta e discute a experiência de ensino e aprendizagem vivenciada durante o I Workshop on line de prática integrada de projeto BIM realizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) de forma remota durante o Semestre Letivo Suplementar (SLS) que aconteceu em 2020. A atividade foi planejada conjuntamente pelo prof. da Escola Politécnica Sávio Melo, a professora da Faculdade de Arquitetura Érica Checcucci e a professora convidada Ana Paula Carvalho Pereira. O workshop foi desenvolvido como curso de extensão, teve duração de 2 semanas e 30 horas de carga-horária distribuídas em 3 encontros síncronos de 2 horas cada e 24 horas de trabalho autônomo e assíncrono dos participantes. Seus objetivos: explorar as possibilidades de trabalho colaborativo de um projeto BIM enfocando os diferentes papéis de uma equipe multidisciplinar e promover uma experiência introdutória de desenvolvimento do estudo preliminar de uma residência unifamiliar, definindo os projetos arquitetônico, estrutural, hidrossanitário e elétrico de forma remota, e com auxílio de uma Plataforma de Gestão de Projetos BIM (Plannerly). Teve como premissas o trabalho colaborativo, multidisciplinar e à distância com participação ativa dos inscritos. Como pré-requisito, foi solicitado que o participante tivesse competências técnicas BIM individuais em pelo menos uma das disciplinas a serem trabalhadas. O foco do workshop era desenvolver competências funcionais BIM individuais (coordenar projetos, trabalhar em equipe, gerenciar processos, etc.). Se inscreveram para o workshop 128 candidatos, entre arquitetos-urbanistas, engenheiros e estudantes de arquitetura e engenharia. Destes, 28 foram selecionados e distribuídos em 4 times de 7 participantes cada, com diferentes formações, níveis de competência BIM e de diferentes partes do Brasil. Foi sugerido pelos docentes uma distribuição preliminar de papéis nos times, que foi ratificada ou alterada por cada grupo, contendo: 1 BIM manager; 2 projetistas de arquitetura, 2 projetistas de estruturas e 3 projetistas de instalações. Foi criado para o workshop um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) na plataforma Moodle composto de edital do workshop, planta baixa de uma residência da qual deveria ser desenvolvido o estudo preliminar, fórum de discussão para cada time, espaço para envio dos entregáveis de processo e de projeto, tutoriais onlines sobre a plataforma de gestão Plannerly e questionário de avaliação do workshop. No primeiro encontro síncrono a atividade foi explicada e os participantes se reuniram para escolher o nome do time (“empresa”) e definir os papéis de cada membro do grupo, além de organizar o trabalho a ser desenvolvido nas 2 semanas seguintes. No segundo e no terceiro encontro cada time apresentou o modelo BIM desenvolvido para os docentes responsáveis pelo workshop e para 3 especialistas convidados, que fizeram críticas e sugestões sobre o trabalho desenvolvido. Além disso, o uso do Plannerly permitiu que cada time elaborasse o Plano de Execução BIM do projeto, definisse uma lista visual de requisitos de escopo necessários para os marcos de entrega do projeto, criasse um cronograma para desenvolvimento do modelo BIM e acompanhasse o progresso das tarefas por marco, equipe ou membro individual do grupo. Além de entregáveis referentes aos projetos, foi solicitado que o time apresentasse reflexões e entregáveis do processo desenvolvido, como dificuldades e vantagens do trabalho colaborativo e remoto. Ainda, cada participante deveria entregar, a partir da segunda semana, um diário individual de atividades desenvolvidas descrevendo o que havia realizado na semana, a carga-horária de trabalho dispendida com as atividades do workshop e suas reflexões sobre o processo vivenciado. Após duas semanas de trabalho, os resultados mostraram ganhos de aprendizagem e desenvolvimento de competências BIM pelos participantes, reforçando a ideia de que ações pontuais e curtas podem ajudar a promover a adoção de BIM no país. Ficou clara a importância de promover oportunidade para trabalhar as competências funcionais que o BIM demanda. Os times conseguiram desenvolver diversos entregáveis e projetos preliminares das disciplinas solicitadas, entregando modelos BIM, pranchas técnicas e vídeo dos projetos desenvolvidos. Apresentação no YouTube: https://youtu.be/MCnYyGrPlt4


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